sábado, 28 de fevereiro de 2009

E estavam todos reunidos,

com rosas vermelhas ao peito. Uns vieram de perto, outros de longe, outros ainda de muito longe, com grande sacrifício pessoal, para adorar, talvez até tocar, o ditador irritadiço do nariz proeminente, que os enfeitiçara por artes mágicas e afins. Mas, de repente, sobrevieram as trevas e a luz não mais voltou. A EDP estava do lado das forças ocultas.
Ele, que sempre gostou de se fazer esperar, longe do templo, continuou a degustar o jantar. Afinal, era apenas um apagão socialista e ele não tinha nada a ver com isso.
-Ó Augusto, volta imediatamente para o hotel e serve-me lagosta suada.

O sonho

Se havia alguma dúvida quanto ao meu estado de destrambelho, retirei-a hoje. Estava a dormir tranquilamente, enquanto sonhava, quando o sono e o sonho foram interrompidos por um irritante despertador electrónico, que insistia em tocar de cinco em cinco minutos, vindo do além. O além era o quarto do meu filho que não acordava com a barulheira, mesmo em cima da cabeça, nem tinha de acordar. Simplesmente se esqueceu de desligar a geringonça. Lá fui eu, irritada, e acabei com o ruído.
Não consegui retornar ao meu sonho matinal, que ora recordo. Sonhava que Cavaco Silva, com uma grande comitiva, estava a caminhar aceleradamente junto ao Castelo do Queijo, onde teria de fazer uma maratona circular em marcha de 10.000 metros. Enquanto caminhava, falava para os media. Falava aceleradamente. Falava de economia, não para se queixar da crise, mas enquanto especialista, e criticava duramente o governo por causa de ter deixado fechar uma empresa com não sei quantos mil trabalhadores, por não saber legislar e por se ter tornado ditatorial. No entusiasmo do discurso, mandava perdigotos (também apelidados de fernandinhos) para os microfones e tropeçou num buraco, quase caindo de queixos, não fora um segurança atento.
Numa duna junto ao Castelo, ostensivamente de costas e com um microfone, indiferente à fúria da comitiva, aquele tipo do "Vai tudo abaixo" tocava numa gaita de beiços a melodia característica do programa: tititi titititi tititi titititi...

Cúmulo da aldrabice

Segundo o próprio Sócgates, o nosso pinóquio institucional recandidata-se a primeiro-ministro “em nome da ética democrática”. Porque, considera, “há um combate decisivo a travar pela decência na vida democrática”. Violinos de fundo, por favor, enquanto a frase é declamada.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Excertos de uma conversa com Funes, em que ele me tentou levar para o escutismo


Em tempos, Funes, apaixonado, disse-me estas palavras:

"No escutismo tudo é um doce sonho. Ouve-se falar da Ilha de Browsea, De Gilwell Park, sobre toda aquela mística, aquela fraternidade, aquelas aprendizagens maravilhosas. Devias experimentar Saphou. Ouve-se contar sobre os Jamborees passados, sobre o ultimo Mundial, sobre os acampamentos em outros locais.Passam-se os dias, passam-se os sábados, o escuteiro interessado, aprende, estuda, lê, diverte-se, acampa com a maior boa vontade, rasga as roupas, fere as pernas, enfrenta problemas, discute as realidades, chora no Fogo de Conselho, anima-se com a Jornada. Sobe ao cume da montanha, onde está uma rosa estanqueira, quanto mais a rosa cresce, tanto mais o cume cheira. Desculpa a brejeirice, mas estava a ficar emocionado demais, tive que aliviar o clima. O escuta alegra-se ao ser Escuteiro da Pátria. Mas o tempo continua a passar, prepara-se para a ponte pioneira, para, quem sabe, ser chefe da escuteirada. Recorda as palavras de BP, que para ser possível basta tirar o IM da palavra...O escuteiro apaixonado continua o Movimento Amar, com todo aquele pique de garoto, com todo o amor ao fundador, com toda a vontade de continuar a caminhada que pode levar mais um jovem a recomeçar a poesia por BP inventada. Junta-te às Guias Saphou, já que ainda não há escutismo para raparigas. Mas terei o prazer de te ver de farda, e podemos sempre brincar juntos no bosque a aprender a fazer nós em cordas e acender fogueiras com duas pedras".

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Com ternura, para a Procuradora dos Anjos de Torres Vedras e para os bravos da PSP de Braga: comprem um Nokia

Já não se pode confiar em nada!

Depois da Senhora Procuradora-adjunta dos Anjos, agora é a PSP que vem recuar e devolver os livros pornográficos por ordem dos Chefões. Mas o que é esta merda?A PSP de Braga estava proceder de acordo com a moral e os bons costumes. Já não se pode confiar nem no Ministério Público, nem na Polícia? Estavam a ir tão bem no Portugal mais salazarista e muito mais corrupto do que no tempo de Salazar, que descanse em paz e só fez bem à nação, e agora a moda é recuar? Não há blog que aguente! Num curto espaço deram-me cabo de duas postas, para usar a expressão do Engenheiro. O pior é se a moda dos "arrecuas" pega em todas as instituições do país.

http://ww1.rtp.pt/noticias/?headline=98&visual=25&article=389472&tema=5

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Equação

+
=

É assim mesmo, os valores da moral acima de tudo!


"Braga: PSP apreende livros em feira por capa «pornográfica». Cinco exemplares de um livro sobre pintura foram apreendidos no domingo, na Feira do Livro em Saldo e Últimas Edições, em Braga, por a Polícia de Segurança Pública (PSP) considerar que o quadro reproduzido na capa «é pornográfico».
Três agentes «pegaram em cinco» exemplares do «Pornocracia», com o argumento de que «a capa apresenta cenas com conteúdo pornográfico», explicou o organizador da feira, António Lopes, em declarações à TSF.
A imagem reproduz «A Origem do Mundo», de Gustave Courbet (http://pt.wikipedia.org/wiki/Gustave_Courbet), tido como fundador do Realismo. Trata-se da sua obra mais conhecida, por expor as coxas e o sexo de uma mulher.
As autoridades ainda «constituíram um funcionário presente» como arguido, explicou o responsável, «muito indignado» com o incidente, acrescentando que irá queixar-se, nem que para isso seja preciso dirigir-se à Presidência da República.
A PSP adiou as explicações sobre o sucedido para quarta-feira".

Achamos muito bem, acabar com esta pouca vergonha em que o país se tornou. Já era preciso o retorno da censura. Essas mulheres desnudadas a desfilar em cortejos carnavalescos também devem ser apreendidas. Ouviram bem, apreendidas. E mais de 50% do conteúdo das televisões, começando pelas telenovelas em que os tipos se beijam na boca, até ao cinema que ousa mostrar pessoas nuas a praticar o sexo ( e o cinema português parece fazer gala disso). Tudo apreendido. Revistas Playboy, Maxman e afins, apreendidas. Já era altura de alguém vir zelar de novo pela moral sexual neste país. O primeiro ministro quer casamentos entre homosexuais pois, a seu tempo, será apreendido!
Depois de apreendidos, devem ir todos para a sala de espólios de um qualquer tribunal mofento, pessoas e objectos.
E esse Gustave Courbet, um imoral, deveria ser apreendido. Mesmo morto. Era um sacana anarquista. Apreendido junto com os imorais na sala de espólios. De preferência, uma sala infestada de pulgas. Os seus herdeiros espoliados de tudo o que herdaram do antepassado indecente. E os outros pintores e escultores, mais caricaturistas e afins, que para aí andam, não se ficam a rir. Tudo apreendido. Não são pessoas, são coisas abjectas. Como os tipos que fizeram as caricaturas do Maomé. Têm todos muita sorte em não ir para a fogueira. Seria o ideal. Talvez se arranje.
A PSP sabe muito bem o que faz. É a autoridade. Respeitinho e bola baixa.
As únicas faltas de moral que, apesar de tudo, devem continuar ser admitidas são a CORRUPÇÃO e a MENTIRA. Desde o tipo que passa à frente do mais qualificado para cortar bifes porque tem um amigo que manda na secção do talho no hipermercado, ao tipo da mercearia que põe cartão debaixo da balança, ao Conselheiro de Estado que tem uma estranha amnésia na Comissão Parlamentar, não desfazendo dos banqueiros e do nosso do Primeiro Ministro, todos são impecáveis a este nível. Devem ser recompensados.

Estou doente, sem diagnóstico. A incerteza é das piores coisas que nos podem acontecer. Há que esperar, pacientemente, dizem os anormais dos médicos, que não estão doentes. Parece uma partida de carnaval. O mundo que se lixe! Devia ser tudo apreendido. Os fp dos vírus e bactérias à frente.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Espantalho

Preciso de um que me afaste a febre e as dores. Calada pela doença. Esta vida são dois dias e eu sinto-me no fim do segundo. Aproveitem o Carnaval, que são três.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Ditado que se tornará popular entre os benfiquistas, por Saphou

Considerandos:
1) Considerando experiências anteriores menos agradáveis (nomeadamente, com o homem do talho),
2) Considerando que os senhores costumam dar kicks em quem não faz flores,
Saphou prevê o seguinte ditado popular entre os adeptos do campeonato da 2ª circular, à esquerda, quem vai do norte:
"De Espanha, nem bom goleador, nem bom treinador"

Da solidão e outros males

Nunca lhe fizeram uma festa surpresa, apesar de já ser velha. Nunca a convidaram para madrinha de uma criança, nem a sua melhor amiga! Nunca foi a uma festa de carnaval. Nunca viajou para destinos exóticos.
Os outros, nas férias e nas "pontes", vão para a neve, vão para a quinta, vão para a aldeia, têm sempre um sítio paradisíaco para onde ir.
Ela permanece na sua pequena casinha assombrada pela sua vida e os seus fantasmas. Já não se lembra de ter férias fora dessa casa. Da aldeia longínqua onde nasceu já nada lhe resta, a não ser o túmulo, no adro da igreja. Tem uma vista magnífica, com os montes em volta e o rio Tua ao fundo. Mas agora até lhe dizem que não vai poder ser enterrada junto com os seus, porque já não permitem enterros fora do cemitério.
Nunca obteve nada por que não tivesse que lutar muito, desgastando-se a estudar e a trabalhar para se sustentar e sustentar os outros. Esteve sempre disponível para os outros, não sabe bem porquê, talvez por achar que esse era o seu dever. Sempre cumpriu os seus deveres.
O companheiro de sempre, com quem discutia quase diariamente, morreu. Os filhos foram para longe. Com sorte, recebe um telefonema uma ou duas vezes por mês. Nunca os visitou, porque o oceano é imenso e nunca ultrapassou o medo de andar de avião.
Hoje está um trapo doente, já nem tem coragem de conviver com ninguém. O mais difícil, aliás, é conviver com ela própria e o seu sofrimento permanente. Não gosta daquilo em que se tornou. Amarga, com um espírito incrivelmente velho quando comparado com a idade física. Ora chora, ora se enche de raiva. A solidão é a sua companhia diária. A tristeza ainda é maior em dias de sol e festa, quando o mundo se diverte. A sua incapacidade fica mais a nú.
Já não sonha, mas teme. Está incrivelmente doente, não sabe bem de quê. Sente-se doente. Droga-se para adormecer e esquecer.Quando acorda, a realidade ainda é mais cruel.
No entanto, continua a cumprir os seus deveres. Quando os filhos telefonam, coloca a máscara e inventa que está tudo bem.

Ohhhh! Afinal, os nús dos Magalhães foram aceites...

Tanto trabalho com o post e a Procuradora-adjunta muda de opinião! Assim não vale, já um blogger não pode confiar em nada. Será que o grande chefe Pinóquio mandou um recadinho por algum subchefe?

Resposta ao desafio de Blimunda

1. Fiz a segunda classe na escola primária da Povoação, na ilha de S. Miguel.
2. Tenho um gato e um cão que se são muito mal e me sujam a casa consideravelmente.
3. Sempre que posso, nado nua na piscina ou no mar ao anoitecer.
4. Durante 4 anos fui vegetariana.
5. Namorei com três tipos ao mesmo tempo, sem ir para a cama com nenhum e sem que nenhum descobrisse. Uma seca e uma trabalheira.
6. O meu livro preferido é "Cem Anos de Solidão".
7. Uso sempre decotes muito arrojados.
8. Faço as melhores sopas de Portugal e arredores.
9. O beijo mais fantástico que dei foi no meio de um riacho numa noite de lua cheia, algures na Europa.

Resposta ao desafio de Luís Maia

1. Poucos anos após o 25 de Abril, vendia jornal "A Merda" junto do liceu Rainha Santa Isabel.
2. Tenho bigode, barba e falta de dentes.
3.Era a melhor jogadora de Ping-Pong no liceu.
4. Estive 9 anos na FEP (Faculdade de Economia do Porto).
5.Vivo num andar com vista para o mar de todas as janelas.
6. Sou uma menina da Faculdade de Letras.
7. Às oito da manhã podem encontar-me a caminhar na praia, excepto ao fim-de-semana.
8.Sou especilista em arte moderna e contemporânea.
9. A única vez que entrei num estádio de futebol foi num comício na campanha do Freitas do Amaral para presidente, ignorava que o senhor se ia tornar um tótó. Além disso, é meu primo por afinidade.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

A clonagem das trufas

O "diamante negro" do gourmet, afrodisíaco, aromático, dificilimo de encontrar, a ponto de custar 5 mil euros o quilo, está em vias de extinção. Pois é. As trufas (tartufo), produzidas em Espanha, Itália e França, dada a sua extrema sensibilidade de cogumelo, devido ao aquecimento global, correm o risco de desaparecimento, uma vez que não sobrevivem mais de três semanas sem água.
Tenho andado muito apoquentada por causa da falta de trufas. Acho que é por isso que me fui abaixo. Em toda a crise, é o que mais me afecta. Já não degusto um tartufo vai para mais de 100 anos. "Cem Anos de Solidão", apetece-me dizer.
Mas parece que a solução está encontrada. Depois da ovelha Dolly e de Funes, o blogger, parece que vai começar a clonagem das trufas. Tinham que ser investigadores franceses a preocupar-se com o facto, como é típico de uma cultura apodrecida.
O problema é que outros sabores, de que igualmente careço para o meu equilíbrio emocional, como o conhaque da sidra de Somerset, os espargos de Formby, a batata real, a manteiga preta de Jersey, a batata de Gorbea, o queijo de vaca de Menorca e o tomate de Cuarentena, não têm solução à vista. Como sobreviver sem estas iguarias?

Venha visitar Portugal

O Paraíso dos Pinóquios!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Almada Negreiros

Aconselho a leitura de K4, Quadrado Azul

Tantos carros de exteriores

de vários canais de televisão, tanta azáfama por aqui, e afinal não era para me contratarem para os "Morangos com Açucar", era apenas para filmar a sede no norte do BPP. Que chatice, ainda não é desta que me torno actriz!

Seal

Espanha, anexa-nos por favor

Notícias da parvónia.
Tribunal, pela primeira vez, participa no Carnaval de Torres Vedras: censuradas as imagens de mulheres mais ou menos desnudadas no ecrã do Magalhães gigante. As imagens foram injustificadamente consideradas pornográficas... Isto só a brincar! Só podia ser uma Procuradora muito púdica! Por isso se chama Cristina Anjos! Lamentavelmente, arrependeu-se tarde de mais por não se ter deslocado em tempo ao local onde estava o Magalhães gigante, a cerca de 500 metros, onde constatou que fez figura de parva porque que o conteúdo da queixa não fazia sentido, ao contrário do que aparentavam as imagens desfocadas constantes do processo intentado por um palermóide qualquer (que queria agradar ao Chefe?). A Procuradora acabou acabrunhada, a receber e a aceitar um Livre Trânsito para participar no Carnaval, oferecido pelo Presidente da Câmara, exemplar em fair play e sentido de humor.
Os organizadores esperam que a asneira fique por aqui, caso contrário poderão ter que meter para dentro um testículo descaído do CR7, o que, a ser imposto pelo Tribunal, além de pertubar a sátira, será doloroso para o jovem.
No Restelo, um anormal pôs-se a demolir paineis de Almada Negreiros para fazer obras na casa recém adquirida. Onde andas GESPAR?
(Fonte: Mário Crespo, Sic Notícias)

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Rade Serbedzija

Aprenda polaco/polonês com Saphou

Quantos anos tem?: Ile masz lat?
Tenho 27: Mam 27 lat
Onde mora? Gdzie mieszkasz?
Em que trabalha?Jaki masz zawód?
Amo-te: Kocham Cie ~
Gosto de ti: Lubie Cie
Sinto saudades: Tesknie za Toba
Estou casado: Jestem zonaty
Estou casada: Jestem zamezna
Não entendo: Nie rozumiem
Falo polonês: Mówie po polsku ~
Falo inglês: Mówie po angielsku
Da onde você é?: Skad jestes?
Que horas são?: Która godzina?
Estou ocupada: Jestem zajety
Estou contente(a): Jestem szczesliwa
Estou contente(o): Jestem szczesliwy
Desculpa, por chegar tarde: Przepraszam, jestem za pózno
Estou com fome (a): Jestem glodna
Estou com fome (o): Jestem glodna
Entende?: Rozumiesz?
Fala mais alto, por favor: Mów glosniej
Por favor, fala mais devagar: Mów wolniej
Traduz: Przetlumacz to
Não sei: Nie wiem ~
Não me lembro: Nie pamietam
Sou Sandra (ao telefone): To jest Sandra
Posso falar com a Mónica?: Czy moge mówic z Monika?
Por favor repete: Powtórz to, prosze
Agnieszka não está em casa: Nie ma Agnieszki w domu
Ligarei outra vez : Zadzwonie jeszcze
Como foi seu fim de semana?: Jak Ci uplynal weekend?
ótimo, obrigada!: Wspaniale, dzieki!

Tribunal da Boa-Hora, Hotel de Charme

Não está mal, visto não senhor! A "Comissão Pouca Vergonha" não está a ver bem a coisa. Poder-se-ia chegar a um acordo em que os magistrados, advogados e afins, tivessem descontos substanciais nas noites de aniversário, aniverário de 15, 25 e 50 anos de casamento, de união de facto, ou até numa escapadinha de três dias com a amante/o amante. Podiam fazer lá as festas de baptizado, 1ª comunhão, comunhão solene, casamento e divórcio, deles e dos familiares próximos, consoante o caso. Até se podia arranjar um localzinho para os velórios.

-Ó Carlota, foi nesta sala de jantar, em que te ofereço este precisoso anel pelos nossos 25 anos de casados, que condenei um padeiro a 5 anos de cadeia por homicídio doloso na pessoa de seu irmão. Ao fim de 2 anos saiu em liberdade condicional por bom comportamento, até tirou um curso de hotelaria. Olha, sem dares muito nas vistas, é aquele ali que está a servir à mesa do Desembargador Arcádio. Quem diria, Arcádio, o púdico, com um jovem adulto a trocar olhares comprometedores.

Pensando bem, os descontos poder-se-iam estender aos antigos condenados por crimes na Boa Hora. Aos absolvidos já não me parece bem. Não têm uma ligação intensa à instituição. Nem esses, nem os advogados estagiários, que se limitam a pedir justiça.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=1148143

Wojtek (Wojciech) Siudmak

"I look at the sky and the earth. I try to understand others and my own complexity by understanding the cosmos and by preparing myself for endlessly forthcoming discoveries." -- Wojciech Siudmak"

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Enigma

Há que morrer no palco, como Molière!

Pinóquio, o Venezuelano


"Já que somos tão amigos e as nossas relações estão cada vez mais estreitas, quiçá faça isso também por cá: há que redobrar esforços rumo ao socialismo, não importa o meu sacrifício pessoal. Tudo pelo país."


"Venezuela: reeleição ilimitada é aprovada com 54,86% dos votos G1.com.br - Caracas, 17 fev (EFE).- A emenda constitucional para a reeleição ilimitada na Venezuela foi aprovada com 54,86% dos votos, informou hoje o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em seu terceiro boletim, com 99,75% da apuração concluída. ...Hugo Chávez redobra esforços rumo ao socialismo".

Burle Marx


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Saphou

Estou mal. Cansaço extremo em qualquer coisa que faço, sensações de queimadura na nuca, seguidas de sensação de desmaio. Sensações de tontura ou vertigem. Tento disfarçar em público. Depois passa tudo e fica o choro, o desespero e a certeza de estar a acabar. Podem mandar-me morrer longe. Já nada me interessa. Nem o sitemeter.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Macacos III

Hoje vou referir uma subespécie recente do cercopiteco-de-colarinho-azul (não se deixem enganar pelo termo, porque não está ligado a nenhum clube de futebol em especial): os cercopitecos-cristianos-ronaldos, que se estão a tornar uma praga em Portugal, comparável aos eucaliptos, no reino vegetal, embora eu prefira de longe os eucaliptos que cheiram bem e têm propriedades medicinais.
Os cristianos-ronaldos existem em vários tamanhos, desde o atarracado gordo, ao alto magro, passando pelo enfezado baixo e pelo gordo XXL em altura.
Caracterizam-se, exteriormente, por usarem crista e brincos a imitar diamante, normalmente adquiridos na loja do chinês. Quando os cristianos-ronaldos recebem o 13º mês, compram uns brincos em brilhantes e, os mais afortunados, filhos de algum industrial provinciano ou ligados ao crime mais ou menos violento, usam diamantes a sério. Em comum têm o ser grunhos e o não saber jogar futebol, embora adorassem continuar grunhos mas ser craques do desporto rei. Alguns podem, eventualmente, jogar na liga dos últimos. Costumam usar calças de ganga a deixar espreitar os boxers, com maior ou menor visibilidade, e umas sapatilhas garridas a condizer com a camisola.
Em idade escolar, andam em grupo e o palavrão é a forma de se expressarem, não sabem falar português (cfr. "Morangos com Açuçar"). Os mais frustrados batem nos professores.
Quando mais velhos, deixam de bater nos professores que já não têm, as outras características mantêm-se. Podem passar a andar à porrada entre si ou com a mulher ou a sogra. Estas costumam ganhar a batalha. Em casa grunhem, mas calçam as pantufas.
Dão aos filhos o nome de Cristiano ou de Ronaldo, ou os dois juntos. Obrigam-nos a vestir-se como o pai desde tenra idade. Têm um carro kitado, comprado em 2ª ou 3ª mão, e o seu habitat são os shoppings dos arredores das grandes cidades e os estádios de futebol.
Dormem nos subúrbios com posters do CR7 no quarto e, em geral, abandonada a escola, têm um emprego indiferenciado, vivem do subsídio de desemprego ou dedicam-se à vadiagem. Alguns, em grupo, assaltam putos, senhoras e velhinhas para roubar uns trocos e o telemóvel. A fina flor dos cristianos-ronaldos (muito rara) está no crime organizado blue colar ou descende dos tais industriais.
Ao domingo passeiam-se em zonas onde habitam cercopitecos-de-colarinho-branco, para exibirem o seu ar macho, que muitas vezes esconde um maricas em sentido próprio ou figurado.
Em regra não são perigosos, ressalvadas as excepções atraídas para a criminalidade. São apenas inestéticos, como as casas dos emigrantes. Os cercopitecos-de-colarinho-branco servem-se deles e comem-nos de cebolada.
P.S: Obviamente, não se incluem na categoria dos cercopitecos todos os que vêm no CR7 o talento e a inspiração para atingirem os seus sonhos. Se CR7 os ajuda nesse sentido, tanto melhor.

Qualifica privado

A frase mais acertada, que me atingiu em cheio, veio hoje em tom de brincadeira da minha filha, enquanto eu me entretinha no blog:

-És uma triste!

Qualific@

Na sexta-feira 13, o meu filho ofereceu-se para ir para a Qualific@, na Exponor, onde a escola tinha um stand. Fiquei surpeendida por este acto benemérito. Ao que ele respondeu que só foi porque conta para o CASE, que não é estúpido a ponto de se oferecer como voluntário para algo sem obter nada em troca.
Felizmente, calhou-lhe o turno das 18 h e não teve que gramar com o discurso da Ministra da Educação. A pobrezinha, no seu casaquinho castanho, foi vaiada e confessou já estar habituada a estas coisas da vida.
Da Feira, trouxe três informações relevantes:
a) que o exército está por todo o lado a tentar recrutar interessados, em estado óbvio de desespero. Até oferecem lápis, com o número de telefone de recrutamento incluído e grátis, entre outro merchandising.
b) que pensa dedicar-se ao airsoft (modalidade desportiva que conheceu e o fascinou) logo que tenha idade para isso. Se fosse num país decente já teria. Aqui é só para maiores de 18 anos. Ao que percebi, trata-se de simular guerrilha urbana ou na montanha, mas com gentleman's rules. Uma transposição dos jogos de computador para o real, que não deixa de ser curiosa. Um upgrade qualitativo do paintball.
c) Que nunca viu tanto parolo junto, eram para aí uns 500.000 Cristianos Ronaldos, todos de brincos e de crista (ao que parece, a praga está a alastrar-se rapidamente porque ontem também vi três na minha rua, num espaço de 10 minutos, um com mulher e um pequeno Cristiano Ronaldo filho de cerca de 4 anos).
Olé! Qualific@.

De Alberto João Jardim

"-O que é que pensa do aborto?
-Governa mal e é um grande mentiroso."

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Julian Beever: Chalk Art, ilusões 3D


Rosa de Inverno

Portugal no tempo do MEC "Da Causa das Coisas" & outros


Tempo fantástico esse. O MEC estava no seu auge. Portugal era um país a sério.
Havia couves galegas em qualquer beira de estrada. Era só apanhar para fazer um caldo verde saboroso. Vendiam-se batatas, cebolas, alhos e tomates a seguir à Póvoa do Varzim, a caminho da Estela. Era indispensável comprar melões e melancias na viagem para o Algarve, a seguir à ponte, em Vila Franca de Xira, onde a paisagem se espraiava com aquela igreja semidestruída no meio de um imenso baldio dourado, de uma beleza inesperada. A Estalagem "Gado Bravo" recebia os comensais. Respirava-se de alívio ao fim de não sei quantas horas ao chegar ao Algarve. Nas férias de dois meses na casa em Vilamoura, deitava-me sem preocupações, de barriga para o ar, ao lado da piscina iluminada, enquanto via um sem número de estrelas cadentes e olhava os insectos desvairados com a luz. Vilamoura ainda consistia num pequeno conjunto de urbanizações aprazível e a praia dos tomates quase não tinha ninguém. Entre a Quarteira e a pitoresca Albufeira havia imensos pinhais.
Foi no Clube de Tiro de Vilamoura que o meu pai me ensinou a atirar aos pratos. Nunca mais perdi a paixão pelo tiro. Por essa altura também comecei a jogar golfe, adorava as caminhadas, o cheiro da relva recém molhada e o prazer de acertar em cheio na bola.
Não se podia fazer uma viagem de mais de 100 quilómetros sem aparecerem, pelo menos, meia dúzia de camiões carregados de fardos de palha.
A criminalidade mais grave, inevitavelmente, resultava do tipo que se passava quando via a mulher na cama com outro, ou se zangava com o vizinho por causa de uma questão de terras. Pegava na caçadeira ou no machado e matava os culpados, a seguir arrependia-se e entregava-se à polícia. Era tudo muito simples, tudo linear. Estava apaixonada, já não sei bem por quem, acho que pela vida, e divertia-me nos fins-de-semana. Estava tudo alinhado no meu universo. Era nova, livre, tinha a vida pela frente. Viajava sózinha pela Europa e pelo mundo, sem medos, pânicos, ou fobias. No último dia de uma dessas viagens, que durou mais de dois meses, tive que dormir no aeroporto de Frankfurt porque já só tinha 20 marcos e o avião partia na manhã seguinte.
Não havia telemóveis e os telefones nem sempre funcionavam de um país para o outro.
Cantaram-me os parabéns, em diversas línguas ao mesmo tempo, uma multidão de amigos, quando fiz 25 anos, em Schwäbisch Hall, desde chilenos até noruegueses. O pub era acolhedor e eu, gozada no início por não beber nada, já emborcava três copos de cerveja e ficava na mesma, ou deliciava-me com o vinho ao copo, uma raridade então entre nós. Na madrugada dos meus 25 anos, sentei-me na escadaria da Catedral a ouvir Bach. Estavam a ensaiar para um concerto no dia seguinte. Foi um tempo mágico.
Agora os crimes são complexos, a criminalidade violenta é organizada. Os fins-de-semana são um turbilhão de conflitos mais ou menos encapuçados. Já não viajo há uma data de tempo. Estou amarrada, presa no medo e na desilusão. Já não há camiões com fardos de palha. As estradas perderam a graça. As auto-estradas e vias rápidas rasgaram o país e são chatas até dizer chega. Passa-se pelos locais com pressa e não se aprecia nada. Já não há casa de Vilamoura. Foi vendida, a terra tornou-se uma metrópole insuportável junto com a miserenta Quarteira.
O meu pai morreu. Já não está cá para me ensinar mais nada. Deixei o tiro, deixei o golfe. Deixei tudo o que me dava prazer. Da vida espero pouco. Agradeço muito se tiver saúde e garra para acompanhar mais um tempo os meus filhos, pelo menos até serem adultos. Todos somos procastinadores. Está na natureza humana o instinto de sobrevivência.
Para cúmulo, é uma chatice fazer caldo verde. Vai-se ao hiper- supermercado, supervisionado pela ASAE, e vêm a porcaria das couves já cortadas às tirinhas. O velho caldo verde aburguesou-se, tornou-se europeu, já não sabe a nada, tal como a fruta normalizada.
Dass para esta porcaria toda. Mais valia que o lixo atirado para o espaço caisse e acertasse em cheio nos alvos certos, sem se incendiar na entrada da atmosfera.
O dia de hoje, para mim, deixou de ser há muito dia dos namorados. É apenas o dia de aniversário do meu pai que morreu. Parabéns, onde quer que estejas. Adoro-te. Cada dia, mês e ano que passa sinto mais a tua falta. Egoísmo? Talvez. Eu chamar-lhe-ia saudade. O fado e a saudade perseguem-nos, sabes como é esta treta de ser português.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Agora saio de fininho porque hoje é Sexta-feira 13 e todo o cuidado é pouco com 600.000 objectos em órbita


Paulo Rangel vs. Pinóquio Pinto de Sousa

Estou de pleno acordo com JPP (in Quadratura do Círculo).
Paulo Rangel tem-se revelado um líder parlamentar notável, trazendo inteligência combativa, vivacidade e brilhantismo ao Parlamento, que até parece um Parlamento Europeu. É sempre um prazer assistir às suas intervenções. Já o Primeiro Ministro, tem-se revelado medíocre nas respostas. O debate de quarta-feira passada foi exemplar a este respeito. Tive o prazer de assistir a algumas partes, nomeadamente às questões que Paulo Rangel colocou sobre o serviços secretos e a justiça e sobre a liberdade para em democracia caricaturar o Primeiro Ministro. Foi perfeito no fundo e na forma. Já o Engenheiro (?) levantou a voz, amuou e mostrou o seu feitiozinho. Como de costume, não conseguiu disfarçar a irritação e a arrogância.
O Engenheiro (?), inclusive, compara-se a Obama: está a fazer tudo para Portugal ser um país moderno e tecnológico, mas só aqui é que a oposição não deixa.
Também acho que é uma hipócrisia miserabilista acreditar que o Primeiro Ministro só ganha e só deve ganhar 5.000 euros por mês. Como é óbvio, com esse dinheiro não pode manter o nível de vida que tem, nem comprar fatos Prada, Armani e afins. Só se fosse apenas aos saldos, viajasse em low costs e fizesse as refeições na tasca do tio Joaquim, e mesmo assim... Só não vê quem não quer.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Para terminar o dia em grande: Gipsy Kings

Questions




O que é que Darwin fazia às corujas mortas?

E se o marido lhe chamasse pernas de jumento?


Dos sapos. Esta imaginação só pode dever-se à erva do privada

Vinha a guiar o carro, perdida no passado, quando tive que travar de repente para não bater na traseira de um camião com um desenho enorme de uma garrafa de vinho verde branco "Boca de Sapo". Pensei, que nome estúpido para dar a um vinho. Vai daí, comecei a pensar nos ciganos e no horror que eles têm aos sapos. Explicação, por exemplo, para a estranha decoração que há uns anos atinge a "Gambamar", com horríveis sapos verdes à entrada, atrás dos balcões, e outros mais pequenos em tudo o que é recanto. No princípio, pensei que estavam malucos, mas depois fui-me apercebendo da coisa. Os ciganos começaram a gostar do local e a clientela habitual mais esquisita não gostava dos modos ultra animados deles, porque cantavam e falavam muito alto e, acho eu, sobretudo, porque o grande número a amedrontava.
Então fui mais longe na minha imaginação e pensei no que poderia propor ao Quaresma, se fosse uma ex zangada com ele mas armada em santinha. Mandava-lhe um e-mail qualquercoisa@sapo.pt e convidava-o para um jantar de make up sex, sem compromisso. Ia buscá-lo num carro antigo, "Boca de Sapo", com um longo vestido verde e brincos de esmeraldas e brilhantes em forma de pequenos sapos. O restaurante chamar-se-ia "O Príncipe Sapo". O menú incluiria pernas de rã de entrada, servidas em pequenos sapos de louça das Caldas, a condizer com um grande sapo verde como centro de mesa. Depois, para aliviar, teriamos um prato de lagosta regado com um vinho verde branco "Boca de Sapo". Para sobremesa, sapos de chocolate com natas. Se chegássemos à parte de tirar a lingerie, seria branca com pequenos sapinhos a dizer "amo-te, és o meu Cristiano". Naturalmente, teria que lhe oferecer meia dúzia de boxers da Throttleman com vários motivos de sapos. Se ele ainda não tivesse fugido e começasse a avançar, eu diria:
- "Querido, hoje não posso porque estou com sapinho".
E agora a piadola previsível: acham que ele engoliria este sapo?

Agenda Cultural portuense

A nossa cidade, em tempos Invicta, está com uma agenda cultural de fazer inveja a qualquer cidade cosmopolita. Primeiro, tivemos o sucesso da Feira dos Bruxos na Alfândega, promovido por Mestre Alves (o senhor dos "monelhos de cavelo"), hoje abre a 2ª edição do Eros Porto, salão erótico do Porto que, curiosamente, é no pavilhão multiusos de Gondomar. Provavelmente, dada a falta de dinheiro, Cicciolina, já cinquentona, é "la madrina" do evento. Será que o Major lhe vai pedir um autógrafo? Se ninguém aparecer por aqui hoje, já sei onde estão. O Funes, então, é um ferrinho. E a Blimunda, por certo, não vai querer perder as novidades. O que vale é que já estou preparada para um sitemeter pequenino.
.....
E não é que o Major não apareceu no grande opening! Burro velho, obrigou o vereador a ir e a fazer o caricato discurso em que afirmava que o primeiro filme de adulto que viu, sim porque ele também gosta dessas coisas, era protagonizado pela Cicciolina e que gostou muito da sua actuação. Tinha que "honrar la madrina" de alguma forma. Só tive pena de não fixar o nome do vereador. Isto é Portugal no seu melhor!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O problema está nas balizas, ofuscam


Saphou e Blimunda tomam café graças ao 9 de copas


Capuchinho vermelho in the house

Ela entrou na casa da avózinha e perguntou:
-Ó Funes, porque é que o teu Sitemeter é tão grande?

Por falar em prazer sem culpa


Quando a crise é total, consulta-se o Tarot on line

Para hoje, saiu-me o 9 de Copas, que reza assim:
"Goze a vida!
O 9 de Copas emerge como arcano de conselho neste momento de sua vida, Saphou. Trata-se de um aviso para que você possa gozar melhor os prazeres da vida, permitindo-se situações e encontros que lhe proporcionem felicidade. Você merece, após tantas coisas, passar por uma fase de satisfação do ego. Divirta-se! Procure, neste momento, afastar-se voluntariamente das coisas e pessoas que lhe causam desprazer. Estimule tudo o que lhe parecer satisfatório, principalmente no que diz respeito à satisfação dos sentidos: as coisas belas, gostosas, estimulantes. Observe também que, quando nos colocamos na direção da felicidade, muitas pessoas tentam nos dar opiniões insolicitadas, nem sempre com más intenções, que – se ouvidas – nos afastam dos nossos verdadeiros objetivos. Confiança, portanto, em sua própria intuição! Conselho: Procure se dar prazer sem culpa. Curta a vida!"
Não é que acertou em cheio?! A Patrícia M. é que sabe.
Coisas belas: quero um original do Miró; gostosas: quero um enorme bolo de chocolate negro com chantilly caseiro ao lado; estimulantes: quero curtir com o Brad Pitt. Tudo para hoje.
E agora, quem me satisfaz os meus desejos?
P.S: o quadro do Miró pode ser substituido por um original do primo do Funes. Se o Brad Pitt estiver muito ocupado, quero-o na mesma. Já!

René Maltête

http://fr.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Malt%C3%AAtehttp://fr.wikipedia.org/wiki/Ren%C3%A9_Malt%C3%AAte

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Estou tão feliz

Não importa que não tenha dinheiro para pagar as contas, nada se compara à felicidade que sinto por o Primeiro Ministro me ter feito entrar no mundo dos ricos. Bem Haja Senhor Engenheiro, por concretizar o meu sonho! Em Espanha seria pobre. Cá está um dos benefícios da portugalidade que não descortinei: ser rica para efeitos de IRS.

Já não chegava o carjacking, agora temos o drink spiking a acompanhar

Minha Senhora, está farta da monotonia de ser dona de casa? O seu marido não lhe dá dinheiro, nem para os alfinetes? Não se sente amada? Quer entrar no mundo da aventura?
Somos uma empresa de e-learning na área da criminalidade pouco grave e temos a solução para si. Basta que tenha conhecimentos razoáveis sobre computadores na óptica do utilizador, conhecimentos mínimos sobre drogas ou bebidas que moem, mas não matam, um QI razoável, poucos escrúpulos e não se importe, caso a coisa corra mal, de "ir dentro" por uns meses ou andar com uma pulseira electrónica, que dá com qualquer toilete.
O crime que lhe propomos é chique, uma vez que se enquadra na "Sociedade da Informação", implicando o recurso à Internet, permitindo-lhe ir a salas de chat (nada chatas comparadas com passar a roupa a ferro) e no seu método inclui o recurso a modos de proceder e expressões estrangeiras: o drink spiking não se confunde com aquela coisa pirosa de drogar ou embebedar um tipo até ele não saber o que faz.
Uma sala de chat, um tipo de baixo QI, drink spiking, é diversão garantida e ainda pode ganhar uns trocos. Já para não mencionar o chique de num só crime recorrer a duas expressões inglesas. Já imaginou como as amigas se vão roer de inveja?

Não hesite, contacte-nos.

O JN exemplifica como é.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1134881

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Banco é Caixa

Grande Scolari, passei a ser fã dele. Assim é que é: sacar uma fortuna ao Cheslea sem fazer um corno, nem sequer saber falar inglês. Por favor Mister, escreve um livro para mim aprender?

Nada de especial

No sofá da sala, na semi-obscuridade de um dia cinzento, com chuva nas vidraças e ramos de árvores numa dança violenta imposta pelo uivar do vento, ela chora sem raiva, imóvel. As lágrimas caem uma após outra, silenciosas. Tanta humilhação, tanta mentira, logo no Outono da vida. Se ao menos fosse nova... Sabe que tem que agir, mas não sabe como. Está perdida num cruzamento de incógnitas...Qual será o rumo a tomar? Apenas as drogas lhe permitem permanecer numa falsa tranquilidade meditativa. É preciso saber o momento certo para agir. Ela tem consciência que não é este. Mas a espera tortura-a. Nem mesmo sabe por que espera, nem o que a espera. Sabe quem lhe mente, sabe quem a humilha. Sabe o efeito devastador que isso tem na sua mente e no seu corpo. Desejaria um milagre. Que a mentira fosse banida. Mas só a criança que há nela tem essa esperança ténue. Na solidão da sala, as lágrimas caem lentamente. A espera eterniza-se, talvez até ela morrer. Porque é que a mentira não pode ser banida? Porque é que foi educada no valor da verdade acima de tudo? Para cair neste lamaçal?

domingo, 8 de fevereiro de 2009

El Fad: Lua, que tens?

Reflexões

"Não vivemos como mortais, porque tratamos das coisas desta vida como se esta vida fosse eterna. Não vivemos como imortais, porque nos esquecemos tanto da vida eterna, como se não houvera tal vida (Padre António Vieira, Sermão de Quarta-Feira de Cinza).

Von Hagens: esculturas com cadáveres

Salvador Dalí


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Ditado que passará a ser popular, por Saphou

"Ao banqueiro e ao capacho,
põe o governo a mão por baixo".

AICEP, ai, ai

Basílio Horta, presidente da AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal- confessa que já não sabe o que há-de fazer para combater a crise. Demite-se? Não. Apela à solidariedade social. Vou pedir à vizinha um pacote de arroz. Mas se eu nem conheço a vizinha!? Nos tempos que correm, a coisa está mais para guerrilha, no caso, mais para o ricejacking.
Neste país quase ninguém sabe o que faz e ninguém se demite. Como bem aponta RPS, o país mantém-se na mesma.
Mas o nosso Primeiro sabe o que faz. Vítima da "campanha negra", que no Google é a campanha bem sucedida de Obama, mas que em Portugal é a campanha privada de Sócrates para se fazer de Calimero, e vítima das "forças ocultas" (que veio ao Porto exconjurar na Alfândega, a pretexto de uma conferência sobre economia social?), o homem está imparável na campanha de contra-informação e de descredibilização dos media que não são do Estado ou a favor do Estado. Na comunicação social estatal, ou dele aliada, é só "Sócrates & Friends". Para cúmulo, a investigação em curso vai ser alvo de uma investigação. É fácil decifrar a metalinguagem. Mas não estou para isso.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

CR7 faz anos

Cristiano, pá, é só para te dar os parabéns pelos teus vinte e quatro anos que hoje completas. Não fiques triste por seres apenas o oitavo jogador mais bem pago do mundo. Deixa lá, ele há coisas piores! O Stanley Ho, por exemplo, perdeu, em 2008, 89% da sua fortuna, passando do lugar nº 80 para o nº113 da lista da Forbes. Já só tem cerca de 800 milhões de euros. Isto é que grave! E não estou a brincar, ó Cristiano.

Questions

Porque é que agora na comunicação social é tudo qualquer coisa jacking? Porque é que os velhos termos jurídicos "roubo" e "sequestro" já não servem? Começaram pelo carjacking e agora passaram para o homejacking? Acabo de ouvir na Sic Notícias que um casal de idosos foi vítima de homejacking. O que aconteceu foi que lhes roubaram a casa, nem os sequestraram. O que se seguirá? Officejacking? Byciclejacking? Clothesjacking? Walletjacking? Mobilephonejacking? Bubblegumjacking?
Deturpado o termo, tudo pode ser qualquer coisa jacked. É mais chique.
.........
Notícia de última hora: adolescente, de 14 anos, vítima de gumjacking quando se dirigia da escola para casa. Segundo a vítima, ainda em estado de choque, dois indíviduos, de cerca de 15 anos, ter-lhe-ão apontado um canivete suíço e exigido Adams Fresh Mint. O adolescente balbuciou que não tinha e temeu pela vida. Por sorte, tinha duas Gorila no bolso, que o barbeiro lhe havia oferecido, e os gumjackers deram-se por satisfeitos.

Rafael Bordalo Pinheiro




Até a fábrica de Rafael Bordalo Pinheiro está em risco de ir para o caneco.

Como é que os restaurantes e cervejarias vão afastar clientela indesejada e sem recurso a actos patentes de discriminação, na falta dos enormes e horríveis sapos verdes? Como é que alguém vai voltar a comer salada sem as travessas em forma de couve? Como pregar partidas sem as canecas das Caldas e sem puxar a corda aos frades? Uma ralação!
Até estou com remorsos por nunca ter apreciado a louça em causa e, por isso, nunca ter comprado nada da fábrica de cerâmica das Caldas. Trata-se de cultura popular símbolo das Caldas da Rainha e tudo deveria ser feito para salvar a dita fábrica. Por exemplo, podiam fazer porcos-bola, tatus-bola, porcos-espinhos-bola e outros mealheiros com um toque de louça das Caldas . Ou bonecos Cristiano Ronaldo de puxar a corda. O que lhes falta é uma criativa qualificada como eu.

Ao menos conservem o museu, que vale mesmo a pena. Visitei-o há muitos anos e mantenho-o na memória. Fiquei impressionada porque até então, ignorante, achava que a obra de Rafael Bordalo Pinheiro se reduzia ao Zé Povinho e a louça que não aprecio.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Mães e filhos

A panelinha das forças ocultas

Com que então, estavam todos a planear encontrar-se na Alfândega do Porto, para conseguir ou afastar enguiços, amarrações e desamarrações, separações e divórcios, tratar da própria saúde e da saúde do próximo, da sorte no jogo, quiçá, obter trabalho altamente remunerado à frente e à custa dos outros, entre outras maquinações, e queriam deixar-me de fora? Tanto mais que o evento conta com a presença do Zézito que, segundo fontes bem informadas, vai percorrer todas as bancas, uma vez que todos os bruxos presentes têm certificado de qualidade emitido pelo IPQ.
Ingratos! Saphou está indignada.

http://aeiou.expresso.pt/esoterismo:_feira_dos_bruxos_na_alfandega_do_porto=f495691

Forbes Magazine: Top 25 bloggers

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

emotional food side effects


O fim do magalhães

Ou o magalhães se cuida, ou o negócio já era, uma vez que a Índia, daqui por seis meses, estará a produzir e comercializar o portátil mais barato do mundo, a sete euros e pouco. Como se chamará? Essa é a grande dúvida. Aceitam-se sugestões.
Ao ouvir a notícia, Sócgates terá dito: queguem-me linchag a mim e ao meu queguido menino.

http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021&contentid=CF4C635C-549C-49A5-887F-E4BF70020CD8

A crise do mercado da boa vontade

Antigamente, telefonavam-me de uma ou duas instituições credíveis e meritórias (até prova em contrário) e eu aceitava fazer peque nas campanhas de Natal, Páscoa e Férias grandes, o telefone não para. nos donativos.
Acontece que as instituições de solidariedade social se multiplicaram como cogumelos, chegando agora a receber cerca de 10 telefonemas ou mais por semana, de instituições com o mais variado nome a pedir algo, sobretudo nas campanhas de Natal, Páscoa e Férias de Verão ou, ao longo de todo ano, para casos concretos pormenorizadamente descritos de forma a inspirar a pena e produzir o cifrão.
Normalmente, Saphou diz que não está. Explica que é a empregada e não sabe quando Saphou volta. Ou é Saphou filha e não sabe quando a mãe chega. Às vezes Saphou topa os números e não atende. Outras vezes, Saphou diz, pura e simplesmente, que não.
No outro dia telefonaram da "Casa da Sopa". Eu estava com paciência e expliquei que esta multiplicação de associações estava a dar cabo do mercado da boa vontade, porque já ninguém aguentava tantos telefonemas, quanto mais fazer doações para tanta instituição. Aconselhei a representante sonsa da instituição a promover reuniões com outras associações, a criarem uma federação, de modo que ao futuro donatário só aparecesse uma única entidade, um guichet único de pedidos. De outra forma, por mais nobre que fosse a causa, corriam o risco de levar imaginariamente com o telefone na fuça. Já ninguém aguentava os telefonemas, nem tinha vontade ou orçamento para dar.
A Senhora da "Casa da Sopa" fingiu não ter percebido nada. Naturalmente, levou sopa.
..........
P.S: esta graçola final, muito previsível, não deixa de ter a sua piada. Admito, todavia, que discordem, fundamentando.
Resta dizer que este post foi escrito com sacrifício pela consideração que Saphou tem por Jorge C..

Recado

Saphou manda dizer que hoje não escreve porque hoje está nhó nhó.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Statements

O trabalho arrasou-me mental e fisicamente. Vim a guiar com os faróis apagados, enquanto bocejava repetidamente. Quando dei pela asneira, liguei os máximos e encandeei o desgraçado que vinha na rua em que entrei violando o sentido proíbido. O que vale, ao contrário de outros que andam meia hora em contramão na auto-estrada, é que andei apenas cerca de 30 segundos numa rua pacata. Curiosamente, a rua onde habito. Comecei a pensar que estou a perder rapidamente as minhas faculdades mentais, tanto mais que descobri que tinha trazido comigo o comando de um projector e as chaves de uma sala. Tive que voltar ao ponto de partida para os devolver.
Hipocondríaca qb, cada vez mais me fui convencendo que estou mesmo com a idade mental de um ser de 100 anos mal conservado. Só uma doença neurológica, por certo, ou outra coisa igual ou mais grave justificam isto.
Esgotada, tentei abrir a porta do prédio com uma mão, enquanto na outra carregava toda a tralha de papeis, livros e laptop. Nenhuma das três possíveis chaves entrava. Ao fim de minutos que nunca mais terminavam, lá consegui abrir a porta em equilibrio instável. Cheguei finalmente a casa, atirei com tudo e alapei no sofá. A casa estava em silêncio, estavam todos no dentista. Quem bom. Só conseguia mexer os dedos, e mal. Nem pensar em caminhar mais um metro.
Conclui também que o trabalho, além de ser prejudicial à saúde, prejudica altamente a qualidade do blog. Qualquer blogger, sujeito a um regime de avaliação soft pelos pares, deveria receber ordenado condigno do Ministério da Cultura. Seria uma forma de destacamento para outro sector, ao serviço da cultura nacional. Os bloggers do privado deveriam ter mecenas.
Vivemos escravos da cultura, a teclar do amanhecer até à madrugada.
Já foi reconhecido que se evoluiu bastante na escrita graças à blogosfera. Estão à espera de quê?
Agora, parcialmente recuperada, vou atafulhar-me em emotional food para ganhar coragem de escrever o livro sem fim. Chocolate, preciso de muito chocolate negro.

Vou deixar de ligar o rádio

Entro no carro, ligo o rádio e quem me aparece: Odete Santos. Uma criatura do fim do mundo. Começo a achar que a teoria da minha empregada tem fundamento. Entusiamada, Odete Santos conta como foi boa a sua infância no Sabugal, com a sua gata a apanhar cobras de água, enquanto ela lavava as roupas das bonecas no rio, com umas pedras, embora já na altura as melhores pedras lhe fossem sempre tiradas. Ainda não aprendi que o rádio é para estar desligado. Xiça! E hoje nem apareceu o porco-bola.

Ao menos que o mundo acabe em grande!

Pára tudo

Hoje, a empregada doméstica anunciou-me que o mundo vai acabar em 2012, que foi um cientista que disse na televisão, que o filho de 12 anos até já disse que nem vale a pena estudar e que na padaria e na rua não se fala noutra coisa. Confessei a minha ignorância, perante o espanto dela. Não digam que não fiz forward...
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Googlei a coisa e apareceu-me isto, entre outros:
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Resta-nos a esperança de que o encontro entre Funes e Obama, algures na Primavera de 2009, em Whashington D.C., evite a catástrofe. Por isso Funes anda a falar tanto em Obama... Voz amiga fez-me chegar a informação que, ao que sei, não está em segredo de justiça. Obama pediu muito. Funes estava renitente. Mas acabou por dizer que sim.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Saphou ibérica volta ao tema

O Presidente de la Junta de Extremadura, Guillermo Fernández Vara, está próximo da opinião que descrevi uns posts abaixo, embora não nos queira anexar, nem lhe competiria. Esteve em Portugal numa Cimeira para estreitar as relações entre Portugal e Extremadura e disse que se sentiu em casa, muito mais do que em outras zonas de Espanha. Há uma afinidade especial entre a Extermadura, o Alentejo e o centro de Portugal, assim como com Portugal em geral. Afinidade que também tem a Galiza, Castilha-Leon e Andaluzia, por exemplo. Zamora, com o TGV (se vier a existir!), ficará a uma hora de Lisboa e duas de Madrid. Na Europa, só vamos a algum lado numa Europa de Regiões, por isso fala já em ibéricos e não em portugueses ou espanhóis. Acrescentou, que tudo fará para que na Extremadura o português seja a segunda língua mais falada. E que esta união é necessária para bem da geração em que se incluem já os nosso filhos. Cinco Puntos! (in, Pontos de Vista, Sic Notícias).

Fevereiro






Em Fevereiro, tem Carrrnavaul
Mesmo aqui em Porrrrtugaul!