terça-feira, 3 de março de 2009

Notas dispersas


A geração de Riade janta, comemorando os 20 anos de Campões do Mundo de Júniores.
No canal Odisseia passa um documentário notável sobre a "merda d'artista" de Piero Manzoni (de quem já falei no blog). Cada uma das 90 latas vale hoje cerca de 50.000 libras. Alguns coleccionadores guardam a latinha de merda no cofre do banco, outros em cima da mesa da sala de jantar, outros, ainda, criam obras derivadas, ao abrir a lata para comprovar o que tem.
No "Público" desaparece o Calvin & Hobbes com a profunda revolta de Funes e todos nós.
No jornal da noite escarafuncha-se a ferida, mostrando morbidamente a casa e o sangue de Nino Vieira, tentando, ainda por cima, tramar o sobrinho em directo, que de burro não tem nada e não quer ir pelo mesmo caminho.
Passam nos telejornais e repassam os insultos a Carolina Salgado, o que não interessa a ninguém.
No "Trio de Ataque" os árbitros são protagonistas e fala-se dos grandes pequenos clubes portugueses (excepto o FCP, grande em qualquer lado, atençôm!).
Na Bomba de Gasolina da Mealhada um infeliz é morto ao levantar dinheiro no multibanco, levando com um carro desgovernado em cima que só parou na loja de conveniência. Mais não sei quantos ficam gravemente feridos.
José Mourinho, o belo irrascível, está cada vez mais atraente e irresitível ao atacar a imprensa italiana até ao limite da provocação.
Sócgates ganha pela terceira vez consecutiva no Congresso do PS, ninguém fala, sequer, do caricato apagão socialista (perdão Mourinho por colocar o Sócgates logo abaixo do seu nome).
O cosmos parece alinhado, mas não!
Ninguém se parece preocupar com isso, mas por pouco íamos levando com um asteróide na fuça e, dependendo onde caísse, poderiamos não estar agora a ouvir se no SLB/Leixões devia ter havido penalty ou não ou quem irá ganhar o campeonato daqui por dez jornadas.

O bailinho da Madeira

"O offshore da Madeira é muito bom. Eu gosto muito do offshore da Madeira. Quem não gosta do offshore da Madeira é feio e tira catotas do nariz. O offshore da madeira sustenta a minha família. Todos os meus amiguinhos recorrem ao offshore da Madeira. Os maus querem acabar com ele. Mas os heróis não vão deixar".
(redacção da menina Saphouzinha, do 1º ano de escolaridade obrigatória do Funchal , efectuada após ter cantado em pé o Hino da Madeira e o Hino nacional, por esta ordem, e se terem dado vivas ao Senhor Dr. Alberto João Jardim e ao Senhor Engenheiro(?) Pinto de Sousa, porque a sala de aulas está com uma câmara de vigilância e a professora não é burra).

E eu que em tempos fui empresária de minhocas...sempre à frente do sistema, podia estar hoje rica com a vermicompostagem

Vejo que agora este vermes anelídeos são os protagonistas no tratamento dos resíduos orgânicos e poderão, em breve, começar a tratar o nosso lixo. Com este objectivo foi efectuada a apresentação pública de uma unidade que utiliza minhocas no tratamento de lixos domésticos. Agora, quando eu fui empresária de minhocas, como já publicitei neste blog, na segunda metade dos anos 80. Uma visionária! Lorpa, mas visionária.

"Essa unidade será instalada em Riba de Ave (Famalicão), tendo a capacidade de tratar 1000 toneladas de resíduos em bruto. Segundo António Quintão, técnico superior de Engenharia do Ambiente, que tem acompanhado este projecto, esta é sem dúvida uma «solução para pequenos aglomerados».
A utilidade das minhocas tem vindo a crescer desde o seu aparecimento, tanto quanto o número de espécies existentes. No final de 2006 uma técnica inovadora surgiu em Portugal, onde estes bichinhos começaram a ter protagonismo no tratamento de resíduos urbanos.
As primeiras experiências foram realizadas a partir de resíduos em bruto, fornecidos pela Tratolixo, empresa de tratamento de resíduos sólidos constituída pela Associação de Municípios de Cascais, Oeiras e Sintra.
Neste processo, que tem como nome vermicompostagem, as minhocas são colocadas nos resíduos para que elas se alimentem dos detritos de várias origens transformando estes resíduos em húmus a partir das suas fezes. Este composto é posteriormente comercializado e considerado muito bom para fertilizar terras de cultivo como pomares ou outro tipo de plantas de jardim.
A espécie de verme utilizada é geralmente designada vermelha californiana.
Após a acção destes pequenos bichos, resta apenas desta transformação o material inorgânico que posteriormente é lavado e separado mecanicamente e feita a respectiva reciclagem (...)
Este tipo de unidades já existia no Canadá e nos Estados Unidos, e está neste momento em expansão com projectos de crescimento em Portugal.
Segundo Rui Berkemeier, ambientalista da Associação Quercus, este tipo de tratamento oferece várias vantagens. Além de ser um tratamento económico, a vermicompostagem permite uma reciclagem de 80% e protege o ambiente. O ambientalista acrescenta ainda que em época de crise como a que se avizinha, este projecto tem a vantagem de gerar postos de trabalho.
Trata-se de um projecto tanto em larga escala como em pequena escala. Além disso, assim como o próprio ambientalista Rui Berkemeier faz, qualquer cidadão pode ter estes pequenos bichos no seu quintal a produzir fertilizante mas não em dimensões como as estações de tratamento industriais permitem".

Vou por os vermes anelídeos no meu caixote do lixo na cozinha. Palavra de Saphou.

É peciso ser um grande maestro para conduzir a banda de costas

Ai que estamos tão contentes,

porque podemos vir a ter uma fábrica de baterias eléctricas da Nissan em Portugal. Que maravilha maravilhosa! Que orgulho! Mas há que esperar até Junho. Por enquanto contem só com os carrinhos de choques na feira.