Já viram bem os cartazes eleitorais (ou como dizem os tipos que sabem da coisa, os outdoors) para as eleições europeias? Não há um partido que se safe.
O dinheirinho em notas, por certo, não foi para gastar em publicidade.
O menos mau poderia ser o bloco de esquerda porque apostou no humor, mas piada já está demasiado gasta (até eu a usei no dia da UE). Entre a cinzenta/branca Ms Adams, sobre um fundo cinzento a propugnar pela verdade, que é uma coisa que não interessa a ninguém, ou a suplicar que votemos porque todos somos precisos, passando pelo inquisidor do sorriso falso, mais colorido é certo, mas com a frase oca "Nós, Europeus", que demonstra bem o vazio que vai naquela cabeça, passando pelo amorfo CDS/PP, pela sorridente boazinha Laurinda Alves de branco vestida e de verde rodeada, ou pela CDU, a azul forte, com uma foice e um martelo vermelhos muito muito pequeninos ao lado de um igualmente pequenino girassol (será para o esmagar ou decepar?) ao fundo, até à chama bacoca azul e vermelha do zombie PNR, que quer riscar a UE (se tivermos sorte, não aparece a fronha do cabeça-de-lista), não esquecendo o inqualificável MMS, o eleitor, inevitavelmente, decide que o cartaz mais apelativo é o da abstenção.
P.S. Ainda não vi nenhum dos cartazes com o cabeça-de-lista do PSD (futuro Primeiro Ministro, mais cedo ou mais tarde).