sábado, 23 de maio de 2009

Converter a poesia e prosa de Miguel Torga

em linguagem SMS é uma iniciativa louvável. No caso, trata-se do Diário XII, que só pode melhorar.
É o vnto k m lva.
O vnto lusitano.
É st sopro humano
Univrsal
K nfurna a inkietaçao
d Portugal.
É sta fúria
d loucura msnsa
K td alcança
Sm alcançar.
K vai d céu em céu,
D mar em mar,
Ate nc chgar.
É sta tntaçao
d m ncontrar
+ rico d amargura
Nas pausas da avntura
D m procurar…
[p 9] [MAN]

Adágios populares literalmente falsos

"Quem estraga velho, paga novo"
Nada mais enganador, consoante o lesante seja caloteiro sabido,
ou se aplique a esplendorosa teoria da diferença:
"Quem estraga velho, ou nada paga,
ou deduz no que paga o valor que o velho tem"
e
"Se o velho for mais valioso,
acrescenta ao novo o valor que o velho tem"

Cá está o único Ministério que nos faz falta

Monty Python, dedicado a Funes

Onde estão os criativos deste país?

Já viram bem os cartazes eleitorais (ou como dizem os tipos que sabem da coisa, os outdoors) para as eleições europeias? Não há um partido que se safe.
O dinheirinho em notas, por certo, não foi para gastar em publicidade.
O menos mau poderia ser o bloco de esquerda porque apostou no humor, mas piada já está demasiado gasta (até eu a usei no dia da UE). Entre a cinzenta/branca Ms Adams, sobre um fundo cinzento a propugnar pela verdade, que é uma coisa que não interessa a ninguém, ou a suplicar que votemos porque todos somos precisos, passando pelo inquisidor do sorriso falso, mais colorido é certo, mas com a frase oca "Nós, Europeus", que demonstra bem o vazio que vai naquela cabeça, passando pelo amorfo CDS/PP, pela sorridente boazinha Laurinda Alves de branco vestida e de verde rodeada, ou pela CDU, a azul forte, com uma foice e um martelo vermelhos muito muito pequeninos ao lado de um igualmente pequenino girassol (será para o esmagar ou decepar?) ao fundo, até à chama bacoca azul e vermelha do zombie PNR, que quer riscar a UE (se tivermos sorte, não aparece a fronha do cabeça-de-lista), não esquecendo o inqualificável MMS, o eleitor, inevitavelmente, decide que o cartaz mais apelativo é o da abstenção.
P.S. Ainda não vi nenhum dos cartazes com o cabeça-de-lista do PSD (futuro Primeiro Ministro, mais cedo ou mais tarde).