O "diamante negro" do gourmet, afrodisíaco, aromático, dificilimo de encontrar, a ponto de custar 5 mil euros o quilo, está em vias de extinção. Pois é. As trufas (tartufo), produzidas em Espanha, Itália e França, dada a sua extrema sensibilidade de cogumelo, devido ao aquecimento global, correm o risco de desaparecimento, uma vez que não sobrevivem mais de três semanas sem água.
Tenho andado muito apoquentada por causa da falta de trufas. Acho que é por isso que me fui abaixo. Em toda a crise, é o que mais me afecta. Já não degusto um tartufo vai para mais de 100 anos. "Cem Anos de Solidão", apetece-me dizer.
Mas parece que a solução está encontrada. Depois da ovelha Dolly e de Funes, o blogger, parece que vai começar a clonagem das trufas. Tinham que ser investigadores franceses a preocupar-se com o facto, como é típico de uma cultura apodrecida.
O problema é que outros sabores, de que igualmente careço para o meu equilíbrio emocional, como o conhaque da sidra de Somerset, os espargos de Formby, a batata real, a manteiga preta de Jersey, a batata de Gorbea, o queijo de vaca de Menorca e o tomate de Cuarentena, não têm solução à vista. Como sobreviver sem estas iguarias?