domingo, 23 de janeiro de 2011

O melhor do rescaldo das eleições que, indiferente, mais de 53% do portuga viu passar

O Pivôt da RTP1 disse:

"Manuel Alegre não soube manifestamente capturar a esquerda nacional"!

Quem fala assim até o alegrete cala!

Também, a Cavaco Silva, dada a qualidade dos oponentes, bastaria fazer como os velhotes que guiam de chapéu ou boné: tiram o carro uma vez por ano da garagem, depois de o polir e verificar todos os detalhes, incluindo o conta-quilómetros e a buzina, não esquecendo de dar lustre ao símbolo prateado que ostenta a marca, dão uma volta ao quarteirão, e voltam a colocar o veículo na garagem durante mais um ano, no caso, cinco anos (fonte de inspiração: Tubo de Ensaio).

O Presidente Cavaco teve um discurso pró muito lamentável, ao aproveitar para achincalhar os derrotados, que em nada o torna moralmente superior, pelo contrário. Não fez por mal, estava muito  magoado, mas como é presidente de todos os portugueses, e já devia ter experiência nestas coisas, confessava à sua Maria na intimidade e mostrava-se acima destas questiúnculas da casa de Albufeira, acções e afins. Foi eleito por falta de opções e porque tem ar de paizinho, não por ser considerado moralmente superior aos outros. O Presidente é um ser terreno, que peca, pelo menos, por negligência inconsciente, ou erro estatisticamente inevitável, 20 vezes ao dia, como todos nós, que é o  mínimo que se pode pode pecar, segundo as sondagens da Universidade Católica Portuguesa.

Graves mesmo foram as irregularidades formais por mor do Cartão do Cidadão que, naturalmente, comprometem todo o acto eleitoral e são a vergonha do país das Bananas. Demissão do Ministro da Administração Interna, demissão do Presidente da Comissão Eleitoral, é o que se exige, indemnização à empresa responsável. E, já agora, coloquem os olhos nos países sub-desenvolvidos, sem computadores nem merdices de cartões informáticos, para tirarem o exemplo: papel e lápis. Don't look at America, que na Florida, em tempos, também deixou muito a desejar.

E viva a abstenção, o voto nulo e o voto em branco que, verdadeiramente, foram os vencedores desta insípida e deselegante campanha.


Arraial, Arraial, por el  Rey de Portugal (mas não Dom Duarte Pio, por favor!)