acho que Portugal deveria referendar o guarda-roupa, o nome das renas e as barbas do Pai Natal. E estou a ser moderada, porque poderia propor o referendo do Pai Natal e da respectiva árvore que dão cabo da paisagem nacional: os Pais Natal de plástico pendurados em tudo o que é varanda e a trepar do prédio mais abjecto ao condomínio de luxo, não têm qualificação, com renas ou sem elas; o corte dos bebés pinheiros de Natal que, finda a festa, vão para a lixeira municipal, traduz-se num dos actos mais nojentos que conheço, só ao nível dos actos imputados ao nosso Primeiro, que tem nariz de Pai Natal, curiosamente, embora o feitio seja de Ebenezer Scrooge em todos os dias em que não é Natal.