O gabiru gabarola, tapado com um gabinardo e deixando algumas gadelhas a sair do gabéu, dirigiu-se ao gaiulo, afastando-o da gajada e, apontando-lhe o fura-bolos, disse:
- Passa o gadé para a minha gadanha ou a fusca manda-te para a fábrica de tijolo de uma assentada.
- Passa o gadé para a minha gadanha ou a fusca manda-te para a fábrica de tijolo de uma assentada.
O gaiulo, fanado, com a fajeca, ainda balbuciou que estava com falta de ar, arriscando ser feito em fanicos. Garantiu que ia fazer o correio, mais à noite tinha o cebo e entregava todo o produto da jarda. O gabiru acertou-lhe com a fusca na chaveta e deu-lhe uma carga de lenha, rematando com uma lagosta.
-Isto é só um aviso! Olhou para a cebola, deu-lhe mais uma hora e esgalhou no chiante.
O gaiulo lambeu o fundo ao tacho, limpou o larato e deu de frosques. Tentou um leilão, mas deu fussanga. O balcão não tinha cheta, ainda não tinha sido intervencionado pelo Estado.
Ainda por cima, a bófia bispou tudo. Apanhado com a boca na botija e com o fujante apontado, lá foi no boca-de-sapo para a canga.
Um falante oficioso livrou-o da choldra, embora o gaiulo implorasse para ficar. Mas o falante era cheio de nove horas e falava grosso.
Teve mala pata. Nessa noite, o fabiano tentou cavar, mas não escapou do gabiru. Foi direitinho para a quinta das tabuletas depois de cheirar a brilhantina vezes sem conta. Tanta desgraça por causa do boi, do cavalo branco e do falante fanfarrão.