segunda-feira, 29 de junho de 2015

Os livros e eu

Depois de reflectir em meditação (mãos em shiva mudra, sentada de pernas cruzadas) concluo que a minha casa é uma biblioteca, com duas pequenas diferenças: tem acessórios e não tem os livros e as revistas catalogados. Tenho que vasculhar nas prateleiras e nos montes para, no fundo, encontrar o livro que quero. Ok, não deixa de ser exercício físico, mas é chato, gosto pouco de agachamentos. Bahhh!

sábado, 27 de junho de 2015

Pasta de dentes

 Do divórcio

A maior causa de divórcio, logo a seguir à infidelidade e "ao" os homens são chatos? Abrir parvamente a pasta de dentes. O tubo da pasta de dentes deve ser aberto debaixo para cima, ou seja, abre-se por baixo e vai-se enrolando até não haver pasta. O homem não, parvamente, começa a abrir por cima, e não fecha a tampa. Depois acumula-se pasta seca em cima e a tampa não fecha. Para não mencionar o desperdício de pasta de dentes que acontece quando a abertura parva da pasta de dentes é efectuada. Metade ou mais da pobre da parvamente aberta pasta de dentes fica por utilizar. Bahhh...

terça-feira, 23 de junho de 2015

São João 2015

Para quem não tem São João
Era a festa dele. Organizava tudo ao pormenor. Desde que eu era pequenina. Nessa altura, fazia ele os balões e o fogo de artifício era mais pobre. O jantar era com a grande família em casa dos avós paternos. A festa era no jardim da casa. Mas era grande a animação.
Muitos anos mais tarde, retomou a tradição, agora para os netos.
Comprava uma dúzia de balões, uns maiores, outros mais pequenos, outros gigantes e fogo de artifício até não mais ter fim.
Jantávamos no restaurante e depois íamos para uma praça lançar os balões e iluminá-la com fogo de artifício. Os miúdos divertiam-se imenso. Desde o tempo em que tinham medo de pegar nos pauzinhos mais inocentes de fogo de artifício, ao tempo em que eles próprios, já com a escola do avô, lançavam os balões e organizavam a artilharia. Entravamos em desgarrada com os outros gupos que se juntavam na praça. O São João era a festa em que ele estava sempre bem disposto, animava toda a gente. Mesmo que na maior parte dos dias do ano estivesse sombrio.
Hoje os netos são grandes, têm as suas festas. Ele morreu. Mas o amor é a saudade que fica. Hoje que a tua viúva, minha mãe, faz anos, vamos brindar a ti, como sempre. Sei que estás connosco.
Amo-te pai. Sempre. Esta é uma história banal, dedico-a a todos os que, por motivos vários, não têm São João vivendo nas cidades onde o mesmo é festejado.