quarta-feira, 30 de junho de 2010

Estou-me nas tintas para o facto de brevemente (8 de Julho) ficarmos a saber


se o Tribunal da malfadada União Europeia, por causa da queixinhas da Comissão,  não admite que o Estado português seja o empata negócios à conta das Golden Shares. Saber se Bruxelas admite ou não a licitude das Golden Shares é coisa que não me afecta. Não sou accionista da PT/VIVA, nem da Telefónica, e tanto me faz pagar a uns como a outros. Por mim, Espanha até nos anexava. O que eu quero mesmo é o regresso das bombocas, com sabor a morango ou a baunilha, envoltas em chocolate (tudo com aqueles Es perigosíssimos) que lambuzávamos nos anos 80. Sinto falta  daquele sabor artificial, junto com o Sumol, de sabor igualmente sintético e único, que o empregado insistia em trocar pelo reles Frisumo. Não posso ter uma Golden Share, mas exijo uma bomboca!
No miserento ano de 2010, as únicas bombocas no mercado são umas jovens pretensas cantoras apadrinhadas pelo Emanuel. I rest my case. Ao que isto chegou!

P.S. O renascimento do Fizz, da Olá, deixa-me alguma esperança.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Quadra Saphousiana em noite de São Pedro

O Cristiano Ronaldo,
Malcriado, aparvalhado,
Entornou de vez o caldo,
Em parte já entornado.

Estado do tempo

Hoje estou em estágio. Como o Nani. Apenas interromperei para lavar o carro, o que terá efeitos imediatos, mesmo na cidade do Cabo. É mais interessante um duelo ibérico com chuva a potes, tipos a ir de carrinho numa relva à Sporting e tufos por todo lado. Parece, segundo ouvi ontem, que o que queremos é "conquistar cada pedacinho de relva". Decidi ser literal e fazer a vontade ao Mister. Assim, até podemos trazer a plantação toda para casa, em sacos de 5 quilos.
Se querem conversa, falem com o igod. Nada lhe escapa. Nem os prognósticos depois do jogo (para quem não sabe, porque é parolo e desconhece os famosos como eu, a frase "prognósticos só depois do jogo" é do meu primo por afinidade semi-analfabeto, mas grande ex-jogador de futebol, João Pinto, então jogador do Porto. Não é o João Pinto platinado da Marisa Cruz, mas o outro, igualmente grunho na origem, mas que não se foi polindo com o tempo, ficou em estado puro, como todos nós antes do CONTRATO. Além do mais, sempre permaneceu moreno e com o cabelo crespo).

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Recém-chegada da África do Sul, do suposto "sonho africano",

que eu pensava ter acabado aquando da guerra colonial e da descolonização, mas agora é mais pão e circo, ou melhor vuvuzela e makalasa, ligo a televisão e descubro num anúncio do Santander Totta porque é que estamos à beira da Bancarrota (não que isso interesse alguém, pelo menos até amanhã, em que nuestros hermanos nos darán la machadada final, nem nos dias e meses seguintes em que a generalidade vai a banhos, dentro ou fora). É que o nosso sistema bancário, e passo a citar, é:

"SOLID AS A RACK".

Ora ouçam bem a musiquinha e verifiquem lá a pronúncia para ver se não tenho razão! Será que os intérpretes Rui Drummond e Rita Viegas distinguem uma Rock de uma Rack? O que os vai safando é o coro.

Ao inteirar-me das notícias locais, soube que, embora Cavaco Silva gostasse muito ver Saramago cremado (aproveitamos para lamentar profundamente a sua morte, como todas as mortes) não pôde, porque não podia quebrar a promessa de estar a comer um cozido nas Furnas com os netos à hora do funeral. Já os netos do Chefe da Casa Civil não viram a promessa cumprida.
Eu não pude ir ao funeral de um familiar muito próximo porque não me foi dada dispensa pela sagrada instituição em que trabalho e tinha uma arguição à hora do funeral. Que fique claro que Saramago não era o meu familiar muito próximo.
Mas nisto de finais, também há coisas divertidas: alguém foi ao funeral do 24 Horas?

Bom dia a todos! Adeus, até ao meu regresso, e deixo-vos com um pensamento profundo, que vinha no livro que uns escuteiros minorcas me impingiram por 3 euros. Que Funes me perdoe, não tive a coragem de lhes dar um pontapé, nem de dizer não, uma cobardolas, embora tenha visto a vil exploração do trabalho infantil pela paróquia, e tencione escrever uma carta ao pároco, que terá recurso hierárquico, à conta de umas anedotas  impróprias até para ateus, quanto mais minorcas, que vêm num livrinho católico, mas isso será tema para outra conversa.
Hoje o pensamento do dia é:

"Quem tem fome sonha com pão"

terça-feira, 22 de junho de 2010

Por aqui era mais Disto

Discurso do filho-da-puta

que Daquilo.

Só para afugentar os monges

que não nos saem da vista e por via de nada me ocorrer para publicar, lembrei-me de ir ver o que se publicava no Quadratura há um ano atrás. Saiu-me isto.

UM ABAFO DESTES!Socoooooooooorro! Saphou, trate de lavar o carro que já não posso mais com este calor. Não há quem consiga trabalhar, nem blogar, nem falar, nem comer, nem...nada! Jasus!!!!!!

Pena que a Saphou já não use as suas artes mágicas. Que desconsolo!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Dois monges budistas

caminhavam por uma estrada lamacenta.
Uma jovem pediu auxílio, pois que precisava de atravessar para o outro lado e não queria sujar o seu melhor vestido de festa.
Um dos monges, prontamente, pegou na jovem ao colo e atravessou-a.
Mas depois ficou muito preocupado, porque ia contra as regras tocar em mulheres, mesmo para um acto caridoso.
Passadas quatro horas, ao chegar ao mosteiro, virou-se para o outro e perguntou-lhe se não estava cheio de remorsos por terem quebrado as regras.
O outro retorquiu:
-Que mulher? Já larguei esse peso há quatro horas atrás.
...
Lendo esta história ela pensou: porque é que eu não consigo largar os pesos que me colocam corcunda, se já não existem no presente? Porque é que não consigo esquecer a falta de afectos, as humilhações e fazer-me à luta, se passados segundos são apenas memórias? Em vez disso, somatizo e adoeço. Estou presa por um fio muito frágil de afectos que ditam a minha sorte. Como quebrar o ciclo vicioso?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

I'm a legal alien

It takes a great woman
to suffer ignorance
and smile.
Be yourself,
no matter what they say.
(adaptação da letra de Englishman in New York de Sting)

terça-feira, 8 de junho de 2010

Uma questão para o Bloco de Esquerda:

- Partir uma perna é uma questão fracturante?

Uma questão difícil para Arlindo do Rego

Como é que Vexa vai questionar quem é o marido e quem é a mulher sem causar embaraço? Fá-lo antes da cerimónia? Ou adivinha pelo sinais exteriores? Ou já há uma folhinha que os noivos/noivas preenchem para o efeito? Não me diga que se contenta com um insípido ..:"aceita como cônjuge..."
 E o seu gabinete é bafiento? Ou está sempre florido?
 E faz-lhes um pequeno sermão sobre a  fidelidade e demais deveres conjugais, em especial o da coabitação e eventual procriação daí decorrente, ou passa isso à frente?
E desloca-se para celebrar em  festas de casamento, participando na boda?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Depois de ter estado das dez às catorze horas num ninho de víboras,

sem lhes conseguir cortar a cabeça, como é que evito os efeitos secundários? Tomo um banho de sal? Procuro o Professor Fofana?

Às nove da manhã, em ponto, lá estarão elas

a casar. O primeiro casamento homossexual em Portugal, um país moderno, laico, em que o Presidente recusa receber o Dalai Lama, mas recebe o Papa. Ambos são líderes religiosos e Chefes de Estado.
Mas voltemos ao tema. Apenas por razões sociológicas, dois aspectos me interessam:
1º Porque raio é que os homossexuais querem casar? Isso está fora de moda. Os heterossexuais querem é juntar-se ou divorciar-se, caso tenham caído na asneira de terem casado. O meu amigo Funes insiste que a única razão é terem o desejo de cometer adultério, mas não me convence. O tipo é um aldrabão. Gostava que alguém mais iluminado me fizesse um desenho.
2º A cara e os comentários privados de Arlindo do Rego quando, no desempenho das suas funções de arcebispo do Estado, casar o António com o Joselino, ou a Umbelina com a Raquel.
Em jeito de nota fica um conselho: se querem casar, casem em grande, com boda, ao fim-de-semana, a familória e amigos todos entre os convidados. O primeiro histórico casamento homossexual a uma segunda-feira às nove da manhã numa conservatória bafienta de Lisboa é um triste começo, depois de tanta exuberância na luta.

sábado, 5 de junho de 2010

Aviso aos sovinas simples, qualificados (tipo Scrooge) e reincidentes, institucionais e particulares.

Ponham os olhos na Hungria! Em crise desde 2008, sempre austeridade e mais austeridade, até o dogmático 13º mês lhes foi retirado, e o que é que conseguiram com tanta poupança em 2010? Entrar em bancarrota.
Por isso, toca a gastar, como a Grécia, que nisso foi way ahead. Se é para insolver (não se diz falir, só os velhos, parolos e ignorantes do CIRE), insolvamos alegretes. Há que gastar tudo o que nos apetecer, comprando sempre com espera de preço ou a prestações, exigindo a entrega da coisa. E nunca permitir claúsulas de reserva de propriedade, nem claúsulas resolutivas expressas. Eles que venham, acenamos aos sacanas dos credores com o art. 886º CCivil. Que nos executem os bens, até nos dá jeito esvaziar a casa da tralha de que já não gostamos.
Let's spend it all, como  dizem os "Ervilhas de Olhos Pretos" de que Funes tanto gosta, à comum e famosa amiga de ambos Oprah e ao Mundial que se prevê fabuloso para eles e para a Shakira, já para não referir o novo nicho de mercado das vuzuzelas e makasalas. Waka Waka para todos!
Por falar em Funes, o meu querido amigo já viu como o Sócgates é bom para si? Agora pode passar directamente do 8º ano para o 10º e concluir o 9º sem ir à escola apesar de ter ultrapassado os seus quinze aninhos e ter ficado retido tanto tempo. O mesmo se aplica ao seu primo, filho da irmã de sua mãe.

Totally pissed off,

descobriu que para fugir aos sacanas, ao pelotão de fuzilamento, às doenças, às ameaças de doenças, ao vazio, à tristeza, à desilusão,atingiu esta madrugada o ponto mais baixo da sua intelectualidade. Das 23h h às 5 h da matina esteve em Farmville para bater um recorde de apanha de tomates, atingir a medalha de ouro e obter como troféu um elefante enfeitado e com vuvuzela incorporada.
Só parou por causa da lei de Murphy: quando ia a recolher os 27 últimos tomates, a net foi abaixo.
Hoje, só conseguiu a prata.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

No meu caso é mais fácil, porque só tenho um. Mas descubra os seus básicos:



Declaração

Declaração:
Estou com insónias. Agora todos têm conhecimento oficial.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Olha a vuvuzela!

Ando a comprar na Galp para revenda. Contratei um grupo, um verdadeiro gang, porque são racionadas: duas por pessoa, com tendência a ser uma ou mesmo meia por pessoa. Como é que um ser normal pode sobreviver sem elas? Como esgotam no próprio dia em que chegam, é só vir ter com Saphou, a intermediária e o seu gang: o gang Saphouzela. Vão ouvir falar de nós. Mais do que da selecção. Viva a vuvuzela que é tão elegante e sonoramente bela.

Unhais da Serra é, de facto, o centro do mundo.

Novidades em dia:
1ª Afinal Jama não mente, Unhais da Serra é o centro do mundo. Por isso é que a selecção foi lá passar a última noite do estágio na zona da Covilhã e Serra da Estrela. Precisamente no SPA de que já falei neste blog, que eu cuidava ser detido a 100% por Jama mas, na verdade, é fifty fifty de Jama e Hércules dos Assafões. Jama, por vezes, veste os assafões de Hércules. Jama, mesmo caladinha, nunca duvide da minha amizade. Então agora que passei a saber que toca e canta...não se limita a não saber dançar no grupo folclórico. Um caso de estudo. E com aquele gato!

2ª Blimunda, ou por assim dizer, o ser humano que Blimunda mostra e esconde, não conhece o ser humano que Funes mostra e esconde. Ou isso, ou Funes, o Cardoso, é um aldrabão.
Blimunda é fabulosa, só ela conseguia manter isto vivo na minha ausência. Estiva na Islândia a tentar apagar o vulcão. Como devem saber, a Islândia é minha e de Funes, em compropriedade, mas ele anda muito ocupado. Tive que ir eu, Fiquei retida pela nuvem vulcânica. Agora está tudo controlado. Valeu a pena ter comprado aquilo no e-Bay. Agradeço tb a todos os que comentaram o blogue. A Mofina, a Mac, o Jama, o 100anos...por vós, meus amigos, farei a tradução da canção dos Basta, que podem ouvir abaixo.

3ª Esta semana tive a emoção do ano. Sonhei que conheci a Marta que há em Claras, toquei-lhe, dei-lhe beijocas, falei com ela ao ar livre, ela até me deu de comer! E eu dei-lhe rissóis com cuscus. E Funes estava lá! Memorável. Eu parecia uma barata tonta antes do encontro: o que vestir? será que ela gosta de mim? e se não gostar? Por Claras, até fui ao cabeleireiro e saí do casulo. Beijei Funes e acarinhei-o como há muitos anos não fazia. Nem imginava que ele frequentava a Clínica do Pelo! Funes depilado é uma tentação.
 Apaixonada pelos dois, no sentido mais amplo do termo, tendo a certeza que é amor universal, acordei e espreguicei-me, como o gato do Jama (não sabiam que Jama é um gato?).

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Notificação

Acabo de ser mandatada para informar os nossos amigos leitores e/ou comentadores do aproximado regresso da anfitriã Saphou. Depois de ouvidas as alarvidades da época académica e feito o devido reset ao software, aí a teremos, a sarcástica, a metódica, a hilariante, a bem disposta Saphou.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Quatro Para Sete

Entrou no carro e sentiu que fora dentro de um forno acabado de queimar que entrara. O ar rarefeito e irrespirável era insuficiente para lhe oxigenar o cérebro. Ainda assim, o entusiasmo que a movia por se precipitar para o encontro era manifestamente superior ao quebranto que o cachão da tarde teimava ofertar-lhe. Percorridos os parcos quilómetros que a separavam do ponto de encontro sentia a animação encrespar-se antecipando-se a alegria do reencontro com as suas amigas. A vida vazia de emoções fortes que vivera nos últimos meses dissipara-se como que por milagre, devolvendo-lhe a leveza do sentimento que se retira das coisas simples. Deu duas voltas ao parque e estacionou na terceira fila. Desta feita, o nervosismo tolhendo-lhe os gestos que, supostamente, deveriam ser exercidos de forma ordeira e disciplinada, obrigara-a a voltar atrás recolhendo as chaves esquecidas na ignição. Faltavam apenas alguns metros e dali pode avistar a mesa da esplanada onde elas a aguardavam. Mas, que diabo, não estavam todas. Aproximou-se e Nocas, a sua companheira de sempre, fizera notar-se com os gestos e os sons de boas vindas que a caracterizavam. Foi a primeira a receber aquele abraço apertado, à medida do aperto que sentia na garganta. Apesar de tudo, apesar de todos, estavam de novo juntas. À direita, Xana discretamente maquilhada, blasonada por um discreto e elegante tailleur de executiva, ataviada com os indispensáveis colares, brincos e pulseiras, exibia, feliz, um invejável sorriso em cada um dos braços abertos para albergar o segundo abraço.
– Como estás, minha amiga?
– Vou estando, agora bem mais feliz, respondera.
À esquerda, embora a posição nada tivesse a ver com ideologias, Tina, irreverente, alucinada, gesticulando como só ela.
– “Pá, fogo, estava a ver que nunca mais. Venha daí esse abraço, sua abécula.”, atirando-se-lhe ao pescoço com toda a sua alegria de viver.
– Porta-te bem, miúda, olha que eu já não tenho idade para ter 33 anos.” Sentaram-se as três entreolhando-se, analisando cada vinco de pele, cada sombra no olhar, como se quisessem ver, ainda que fugazmente, o que ao longo dos meses limitaram-se a pressentir.
– O que vais beber, apressara-se Tina, exibindo a caneca a transbordar.
– Cerveja é que não. Sei lá, uma água.
– Xi que mau gosto, fogo , pá.
A custo mas não podendo reter por mais tempo a pergunta que nenhuma das quatro queria fazer, Lorena atrevera-se lançando a questão.
- Ainda que mal vos pergunte, alguém sabe o motivo porque somos só quatro?
Nocas encolhendo os ombros e de embargo na voz, atira:
- Que raio de mania de fazer sempre perguntas difíceis. Porque é que não perguntas antes qual a chave do euromilhões?