terça-feira, 4 de agosto de 2009

Os nós e os laços

Ok, a Teresa é amante do Gonçalo e o Duarte não quer saber disso. E daí? Toda a gente conhece casos desses, por exemplo, na aldeia toda a gente sabia que o Ti António sabia que a sua Amélia dormia com o amigo Heitor. O que não se sabia muito bem é quem era o pai dos 6 filhos da Amélia. Supõem-se que fossem do Ti António, já que estes nunca reclamaram a herança do Heitor, que foi inteirinha para os 4 filhos legítimos, que este tinha com a Tia São.

A Inês era amante do Pedro, que já não suportava o casamento com a Isabel e que aceitou o fim da paixão por Inês quando esta quis casar também. Ok e antigamente era igual, toda a gente sabe daquele caso da amante que vai ter com a mulher legítima e reclama que ela deve deixar o marido, porque este há muito que está com ela, por falta da primeira.

Sabe-se também que ao longo dos tempos o sexo nunca respeitou religiões, parentescos ou ideologias. Então, onde está a história? Sim, porque o que eventualmente podia ter mudado era a opinião do exterior e essa o Alçada Baptista não revela.

A única coisa de jeito, e desculpem meus amigos esta total falta de respeito, é o facto de Alçada Baptista dizer que o amor do homem pela mulher termina quando este fica impotente ou lhe é arrancado o sexo.

TWENTE-SCP: round 2

Sempre aquela emoção! Já estão a perder e nem atacam nem defendem. O meio campo, esse é inexistente.
E como não há coincidências no Universo, ao escrever este post apareceu a solução em forma de anúncio: peça já um incrível Talismã Grátis que atrai Sorte!
Quem é uma dragona amiga?!

Happy Birthay President Obama by the Beatles

Vieira da Silva

"É de laço e de nó..."

Dizem que o Homem só deve pensar em descendência quando estiver preparado para criar algo superior, que justifique a evolução e dignifique a humanidade, transmitindo através desse novo ser os ideais que elevam as almas e não as profissões. Estarei, portanto, ocupado nos próximos 10 anos.

Após isso, em 2029, estarei numa pizzaria a cortar vegetais em Paris. Viverei uma vida humilde durante 2 meses nessas paragens, de onde seguirei para Londres, onde serei cantoneiro pelo período financeiramente necessário para seguir para Roma, e assim sucessivamente, até chegar a Cuba. 10 anos após estarei em África a construir abrigos com tijolo de 7´.

Com 70 anos, regressarei a Portugal para preparar o fim da viagem, procurem-me no monte, entre os cedros, os pinheiros e as salvias. Lá estarei rodeado por violetas, flores do campo, a ler e a fumar charros. Se, em vez de mim, encontrarem um homem louco, de longas barbas, mãos trémulas e a tosse convulsa, perguntem-lhe, ele saberá dizer onde estou. Muito provavelmente a subir e a descer embalado entre os dois cornos das alturas, na minha bicicleta de farolim.

Insónias: os novos sem abrigo

Leio, passeio na net, vejo televisão. Sono, nada.
Impressionou-me a história destes novos sem abrigo, porque me são próximos.
Uma senhora de 62 anos, sempre dedicada à carreira, engenheira de profissão, perdeu o emprego. Vive na mesma casa à 21 anos. O subsídio que recebe, de cerca de 590 euros, não dá para pagar as contas. Sobram-lhe 6 euros para alimentação. Sai de casa todos os dias com o carrinho de compras e procura comida nos caixotes do lixo. Encontra alcachofras, pimentos, batatas, uma vez arriscou trazer carne, mas ficou doente. Quando tem sorte, aparece um pacote de chá. Veste-se impecavelmente com as roupas de quando tinha dinheiro. A vizinha corta-lhe o cabelo. As ervas de cheiro que cultiva na varanda, como eu, são a sua companhia. Fala com o cebolinho, a salsa e o funcho...
Tira do carrinho o que encontrou e alimenta-se à base de sopa. Recebe uma ordem de despejo, por não conseguir pagar mais a renda. As sete irmãs fingem que ela não existe. Tirando a vizinha que lhe corta o cabelo, não tem mais ninguém. Em Paris, na cidade de luz. No meio do desespero, teve sorte, arranjam-lhe uma habitação social num bairro muito próximo. O andar tem 3o metros quadrados, mas tem uma varanda onde pode continuar a cultivar o seu jardim de ervas aromáticas.
Uma mãe de 49 anos, reformada do ensino por invalidez, em virtude de uma depressão profunda que teve por base um divórcio complicado, vive numa casa do Ministério da Educação com os seus dois filhos. Para sustentar a família, além da pensão de invalidez, dá aulas de escultura em vários locais. Recebe ordem de despejo porque não tem direito à casa. Ao fim de um processo complicado, arranjam-lhe uma habitação social, que só estará pronta passados sete meses. Como vai viver com os filhos na rua durante os meses de inverno? A família, ex-marido, o que seja, é como se não existissem. A luz da cidade da luz não aquece ninguém.

Pode fazer politica lá dentro, é uma hipotese

Ao minuto 6.50 digam lá se não é igualzinho

James Turrell