sábado, 31 de outubro de 2009

Bracara Augusta, com paciência, baixou a crista do "cretino", em machadez. Olé! Parabéns grande Sporting Clube de Braga

Hoje

só os meus mortos me rodeiam. Há uns anos atrás, mascarava-me com os miúdos e íamos de porta em porta pedir doces ou pregar partidas aos sovinas. Esse tempo já era. Abro as janelas na noite, deixo a casa escura, acendo velas com odor a verbena. Os meus mortos estão cá todos e gostam de sossego. Eles e eu. Todos os vivos partiram. Mas quem é que precisa dos vivos? E será que os vivos estão vivos? Os mortos não estão mortos, em biologia o nada não existe. Com os meus mortos tomo um chá. Conversamos sem mexer a boca, choramos e rimos sem mexer o rosto. Pena que eles tragam atrelada a Saudade, uma gaja chata que estraga qualquer festa, uma penetra. De qualquer modo, falta pouco para o reencontro definitivo, por muito que o instinto queira procastinar. Raio-que-parta esta merda toda.

- Hoje não janto em casa,

vou à festa de anos do Leite.
- Com quem?
- Com uns quantos amigos, tantas perguntas.
-Onde vão jantar?
-Algures perto do Hospital de Sto António.
-Que horror! Aquilo é só tascas mal frequentadas. Nem se pode, sequer, passar no jardim da cordoaria, só prostitutas, paneleiros, ladrões, pensões rasca... Ainda és roubado ou apanhas gripe A. Um meu amigo uma vez comeu numa daquelas tascas e ficou doente do fígado vários meses. Não podiam escolher um lugar mais seguro?
-Estou chocado contigo. A minha mãe tem esta linguagem. Eu estou mesmo chocado. Nem acredito. Paraste no tempo. Aquilo agora é um lugar da moda, se bem que o Leite tenha dado em parolo, o que pode explicar a escollha. Mas é meu amigo, vou ao jantar. São não vou depois ao Act, a discoteca dos azeiteiros. Também o Leite só quer ir ao Act porque o Zé Ricardo ganha dinheiro por cada pessoa que lá mete.
-Quem é o Zé Ricardo?
-É o tipo lá da escola que tem a personalidade de uma mesa.

Pausa

Minha querida Saphou


Vou ausentar-me por uns dias, vou visitar a minha futura casa. Ando saudoso. Que se pode fazer, um homem também tem fragilidades, tenho saudades do Mestre deliroso, de Jorge C. e de mais uns quantos malucos. Estou sem encanto pela blogoesfera, parto para uma grande embriaguez, da qual espero não me recuperar nos próximos tempos. Foste uma grande amiga em deixar-me estar aqui em tua casa, a tua bela casa, eu volto, mas por agora parto, pode dar-se o caso de não ter casa e de voltar, espero contar contigo, grande mãe dos anos 8o.

Tenho que ir, deixo-te este recado, ao jeito do Prof. Antena quero posteriormente debater contigo as conclusões.

Um abraço , um enorme abraço

do teu amigo Privada

Ate sempre!

Happy Halloween