sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Minha querida Saphou

Por aqui as coisas vão iguais, ninguém trabalha.
A Blimunda anda nas caipirinhas desde que voltou e vai na trigésima página do tântras. O JG vai bem, já Funes, desde que contratou os 2 novos postadores, vai de mal a pior. O ritmo da produção desacelerou e, na verdade, os canecos já não são os mesmos, ratados e com pouca substância. Diz-se por ai que passam os dias a emborcar groselha e não há nada que os anime.
Portugal melhorou desde que a Manuela anda armada em Humpty Dumpty, foi desde ontem, passou a dizer palavras comuns com significados superiores e todos nós, micro-empresários, nomeadamente jovens com 35 anos, estamos mais animados e esperamos que ponha em curso as suas ideias antes de chegarmos aos 36.
Espero que tudo vá bem por Cuba.
Para si, ditador Fidel, que presumo esteja a ler esta carta, aquele abraço revolucionário.
Para ti, querida Saphou, um beijo, do teu amigo
Privada

Ps. Quando voltes, gostava de discutir contigo a barra lateral, está muito coninhas, faltam coisas como o Paris Mosh e outros, também interessantes.

Comercio, cultura e ensino - Camiões cheios de areia dirigem-se para o deserto

- Tive um sonho incrível. Estava num dos degraus da escada do Platão. Eram umas escadas escavadas em mármore, 24 ao todo, divididas por um patamar talhado em curva, a denunciar uma subida rápida e em círculo, de onde vinha uma luz amarelada, terna e quente. Eu estava seguro, de mão estendida a tentar içar os camaradas que, três degraus abaixo de mim, não se moviam, nem se esticavam, acenavam tipo quem lava vidros. Eu podia evoluir, subir o lanço até à sumptuosa carruagem com que Platão nos esperava no topo. Mas não conseguia iça-los…
- Deixa-me ver, e estavas vestido com uma túnica bordada e uma tiara ornada com plumas de pavão, não?
- Sim, era da Nike, a Deusa da Vitoria, e eu brilhava Pinho, estava a um passo de alcançar a luz…
- As escadas provavelmente são as de uma pirâmide…
- Isso, era isso, a Pirâmide do capitalismo!
- Não Sócrates, aquelas dos funerais.


(Diga-se que nesta passagem Sócrates quer fazer crer que a comitiva se encontrava separada por um vidro e por isso não podia alcança-los. Na verdade, e como se comprovou posteriormente, a comitiva estava ocupada na coreografia que Sócrates teria ordenado a seus súbditos para o momento final, " it's Raining Men! Hallelujah!").

Ai que bom que é, por Saphou

Ai que bom que é,
ter um sms
e não o ler,
um telefonema
e não atender,
um e-mail
com a caixa cheia
a devolver

E mais do que isto
é o Criador,
do sol,
da praia,
do mar,
da floresta,
que nunca elegeu um ministro
e não consta que perceba nada de campanhas.