segunda-feira, 13 de julho de 2009

Para ti Saphou

Ontem, quando tudo dormia
E o vento, com suspiros indecisos,
Pelas vielas mal corria,
Nenhum repouso me dava o travesseiro,
Nem a papoula, nem o que de resto
Da sono profundo - a consciência tranquila.

Expulsei por fim da ideia o sono
E corri para a praia. (...)

Uma hora, talvez mesmo duas,
Ou foi um ano? - Então de súbito,
Espírito e pensamentos mergulharam
Numa eterna monotonia,
E um abismo sem limites
Se abriu: - e tudo acabou!

Nada aconteceu! Dormimos, dormimos
Todos, ai, tão bem, tão bem.
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E agora resolvei-me o enigma que esta palavra encobre:
"A mulher inventa, quando o homem descobre"

F.N.

Um calão por dia, toda agente aprecia

Com a chaveta a pingar e o corpo a pedir onça, olhos de pescada cozida, terá sido do barbeiro? Estou barbuda.
Tradução:
Com o nariz a pingar e o corpo a pedir cama, os olhos sem expressão, terá sido do vento forte e das correntes de ar? Estou confusa.

Orlando de vez em quando...

Se Elisa Ferreira mandasse o Sr. Orlando Gaspar ter com as miúdas do call center da Blimunda, e nomeasse alguns membros para o executivo com conhecimentos sobre habitação, cultura e segurança publica, capazes de tirar das cabecinhas projectos interessantes que pusessem Rui Rio a pensar à velocidade dos carrinhos do Grande Prémio Histórico, a cidade lucrava.
Agora assim, com uma extrema esquerda cada vez mais forte, já com intrusão directa nas mentes fraquinhas dos assalariados, claques e outros humanos menos atentos à historia do fascismo e outras situações ditatoriais, que partidos "tão liberais" como o Bloco vão escurecidamente defendendo, estamos feitos!
Na verdade, fico dividido: não sei se Elisa até se esforça, ou se ela e a equipa são estilo o meu primo. Deu-me pedras muito bonitas e redondinhas, assim sem lhe pedir nada. Começou a mirar, temos que atirar para ali, estranhamente e ao contrário de quando mirava à minha cabeça, não acertava. Ainda o ouço:
- Atira, atira tu, para ali, é uma casa abandonada, vá força atira.
Grande bacamarte, ainda foi a correr chibar-me e dizer que tentou a todo o custo evitar.
Mentia com um descaramento tal, que a historia ainda não conseguiu desmentir. E vão lá perto de 30 anos.

Ora cá está o alargamento da formação que se impunha, uma vez que muito evoluiu no sector

A acção de formação para coveiros, anunciada no cemitério piloto de Elvas, no ano distante de 2007. Aulas nos cemitérios, para melhorar o desempenho dos profissionais. O termo legislativamente correcto é operador cemiterial. Pombal segue a tendência.

Funes, o Ministro Sombra

da Educação, esqueceu-se do mais importante: ensinar as pessoas, desde o jardim infantil, a distinguir o seu Ser Consciente do seu Ego, nos vários papeis que este assume, ou mesmo do Ego colectivo. Por muito atractivo que seja o seu programa, por muito acertados que sejam os seus pensamentos (tirando o latim, que é birra), o Ministro Sombra apenas está exercitar com prazer, raiva, desdém, indiferença, ou genuíno empenhamento, o seu Ego, caindo numa asneira de longa data, em que se celebrizou Descartes. Eu também estou a exercitar o meu Ego agora, nas partes em que gozo o Ministro Sombra, mas ao menos tenho consciência disso. Se uma pessoa não se distancia do pensamento nunca descobre a sua verdadeira identidade. Qualquer programa educacional será um falhanço à partida. Nunca servirá para FORMAR. Urge, por isso, uma disciplina de meditação, de esvaziamento do Ego. Representaria um salto qualitativo. E isto já não é um exercício do meu Ego. Nunca escrevi tão a sério.

A avaliar pelo número de foguetes

ouvidos este Domingo em toda a parte Oeste da Cidade do Porto e na Cidade de Matosinhos, a várias horas do dia, que continuam a ouvir-se agora, em plena madrugada de Segunda-feira 13, é garantido que chegaram vários carregamentos de droga, certamente para abastecer a malta por uns largos meses (não é Tamifllu, porque esse é distribuido em segredo). O governo e as autarquias permitem o anúncio e distribuição destas benesses e fazem orelhas moucas. Afinal, estamos em época pré-eleitoral e, além disso, o vírus da Gripe A, mais o fantasma, precedido do assassinato, de Michael Jackson, estão-nos a deixar o ego colectivo muito deprimido. A crise económica é o menor dos nossos problemas.
Aqui não se brinca em serviço. Se V.N. de Gaia se distrai com o sexo na Idade Média, nós por cá temos que apostar speed e travanços. Findas as corridas dos carros dos avozinhos, vem logo o I Festival da Erva Ecológica, nas variedades de derivados de papoila, marijuana, folha de coca e afins. Nada de pós. Tudo verde, mais ou menos seco e de agricultura biológica. Para os menos ousados, há infusões de todo o tipo, desde a comum camomila, à bergamota, passando pelas misturas de limonete, ginko, pétalas de rosa e malmequer. O chá verde tem também um papel muito importante neste festival, dado que vai bem com tudo. Não acredita? Dirija-se à FNAC do Mar Shopping, à secção das infusões e chás de levantar a moral, aproveitando para ler um livrinho ou ver o Panda Vai À Escola, sempre no nº 1 do Top, a cómór lórónjós ó bónónós.