terça-feira, 21 de junho de 2011
Uma nova penalidade no CEJ: teste anulado vale 10!
Eça de Queiroz, num dos livros de que mais gosto, "Uma Campanha Alegre", no seu estilo de ironia ate ao absurdo, questionava uma nova penalidade, aplicada por um juiz do seu tempo, que devia ter feito o curso na base do copianço. O juiz condenou um homem que matou a mulher e a cortou aos bocadinhos a varrer as ruas de Gouveia. Interrogava-se Eça, se as ruas de Gouveia eram de uma imundície tal que varre-las equivalia à pena de degredo, ou se matar a mulher e corta-la em picadinho seria um acto tão meritório que devia dar direito a emprego remunerado pela Câmara.
Na linha deste juiz, os seus descendentes que ocupam a Direcção do CEJ entendem que, se for detectado o copianço incognito, os testes devem ser anulados, mas, para não estragar as férias a ninguém, não havendo data, a solução é dar dez a toda a gente. Portanto, se alguém copiar num teste, a Direcção do Órgão que neste Pais forma os futuros magistrados entende ser justo anular o teste a todos, vai tudo a eito, mas não se faz novo teste por falta de data, a penalidade é todos terem 10!
Este sentido de justiça é notável e em nome de um valor supremo: não haver data para novo teste e sua correcção antes das férias. Portanto, o gajo que copia, a partir de agora, deixa de estudar de todo, porque sabe que se o teste for anulado tem 10 e passa; o gajo que estuda e é um nerd que até teve 18- porque 20 só os deuses e 19 esta reservado aos professores doutores - é premiado com um 10 sempre que incógnitos copiarem.
Este sentido de justiça é notável e em nome de um valor supremo: não haver data para novo teste e sua correcção antes das férias. Portanto, o gajo que copia, a partir de agora, deixa de estudar de todo, porque sabe que se o teste for anulado tem 10 e passa; o gajo que estuda e é um nerd que até teve 18- porque 20 só os deuses e 19 esta reservado aos professores doutores - é premiado com um 10 sempre que incógnitos copiarem.
O que mais me e diverte nesta nova penalidade é a falta de senso dos formadores de magistrados no nosso pais, que pensam que nos enganam só porque mandam no CEJ. E o facto de a Direcção, apertada por todos os lados, ter mudado a posição, não invalida a tomada de posição inicial, anunciada como a mais justa pelo vice Dr. Elói, que contrabalançava a Justiça com as Férias, em favor das últimas. O que é legitimo num homem que trabalhou todo o ano. Justiça dos magistrados e Ferias deveria ser um novo tema em Introdução ao Direito. Já estamos fartos de Justiça e Segurança e de Justiça e Moral. Uma seca!
Portanto, a coisa começou bem na Direcção, que nem teve a decência de se demitir, e que devia ser corrida a pontapé, no mínimo. A falta de carácter voltou a manifestar-se no emendar a mão à pressa e pressionada por todos os lados. Ou seja, quando não havia mais nada a fazer e não podiam ir de férias porque ninguém deixava.
E estes tipos ficam impunes? Não, porque ser Director do CEJ sem o mais elementar sentido de Justiça merece emprego remunerado por esta Republica das Bananas, tal como ser almeida em Gouveia; ou então aquilo é uma imundice, e tudo leva a crer que sim, pelas cagadelas dos pombos visíveis a olho nu, pelo que trabalhar lá equivale a pena de degredo.
E estes tipos ficam impunes? Não, porque ser Director do CEJ sem o mais elementar sentido de Justiça merece emprego remunerado por esta Republica das Bananas, tal como ser almeida em Gouveia; ou então aquilo é uma imundice, e tudo leva a crer que sim, pelas cagadelas dos pombos visíveis a olho nu, pelo que trabalhar lá equivale a pena de degredo.
Quanto aos futuros magistrados, que vão acabar o curso em Setembro, acho muito bem que copiem, pois são remunerados por todos nós e ganham mais do que a maioria dos portugueses que não copiam. Têm toda a legitimidade para julgar criminosos, devedores e outros. Afinal, também sofreram as duras penalidades dos senhores directores, e ganham menos.
Mas nós, em tribunal, vamos também ter legitimidade para dizer: o Senhor Doutor Juiz, Vexa. não me engana, é do ano 2011, a geração do copianço, logo, alego impedimento. E o magistrado copião do Ministério Publico vai acusar quem? Só os colegas que com ele forem desta colheita. E podemos sempre acrescentar que os advogados que se prezam não falam com magistrados copioes.
Este pais precisa deste apurado sentido de Justiça, a Justiça trauliteira que atingiu o estado de graça do bobo da côrte.
Já agora, Sra Ministra Paulinha, pode varrer estes gajos das ruas da Justiça, forever? Não se esqueça de começar pela Direcção e Conselho pedagógico, porque o exemplo vem de cima e depois arrisca-se a ser varrida também. A expulsão dos futuros magistrados copioes e uma farsola.
P.S.: a falta de acentos não se deve ao acordo ortográfico, mas a um defeito do teclado. As gralhas devem-se ao adiantado da hora. Fick!
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