De um momento para o outro, encontramos na rua jovens que tocam gaitas de foles que soam a motos serras. Uma rapariga de vestido rodado branco, com bolas cor-de-rosa, chamada Alice, que distribui mensagens e vende amores-perfeitos.
Um passo mais e uma loja com bolsas de plástico e móveis velhos dos nossos avós.
Os velhos verificam, com surpresa, que aqueles rapazes tocam mal e recebem palmas, os comerciantes percebem que têm que apoiar a iniciativa. Os arrumadores pensam noutra forma de ganhar a vida. As crianças entram noutra realidade, palhaços que sorriem, poemas que caem das árvores, pinturas no rosto. Os pais sentam-se, na rua, nos sofás, cadeiras, candeeiros, que servem a quem passa e fica a apreciar o desfile de estilos, num ambiente calmo.
Um passo mais e uma loja com bolsas de plástico e móveis velhos dos nossos avós.
Os velhos verificam, com surpresa, que aqueles rapazes tocam mal e recebem palmas, os comerciantes percebem que têm que apoiar a iniciativa. Os arrumadores pensam noutra forma de ganhar a vida. As crianças entram noutra realidade, palhaços que sorriem, poemas que caem das árvores, pinturas no rosto. Os pais sentam-se, na rua, nos sofás, cadeiras, candeeiros, que servem a quem passa e fica a apreciar o desfile de estilos, num ambiente calmo.
Há um sino que toca e interrompe os espectáculos. Há Almeidas Garretts entre os transeuntes, Mona Lisas, gente que passa o dia a trocar de roupa e a tirar fotografias. Bandas e fanfarras que nos desafiam, com um novo som desafinado, solto de todos os instrumentos. Máscaras, palhaços, poesia, gente acenar da Torre dos Clérigos.
Muito som. Poucas palavras.
Incrivelmente, no fim da rua tudo se evapora não se vê mais ninguém, um gajo ate fica a pensar se foi verdade.
Se a Rua fosse tua o que fazias?