segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Questões existenciais

A solução para uma vida equilibrada consiste em mantermo-nos focados no presente, mas distanciados do ego, dos pensamentos e emoções que nos afectam permanentemente. Como se nos estivessemos a observar, deixando tudo fluir e mantendo a calma.
Admitindo que esta teoria está correcta, como é que isto se faz? Se no presente tenho uma doença, estou com dores, estou a ter um AVC, ou um enfarte, estou num conflito familiar, se, em geral, o presente é um inferno, como é que o Eu Superior se impõe? Como é que se consegue manter a distância nestas circunstâncias?
E se o passado não existe, porque são só memórias, não é muito perigoso não preservar essas memórias, nomeadamente colectivas, para não se repetirem os erros, as guerras, os genocídios? E o que somos no presente não depende do que fizemos no passado, a nível físico, emocional, ou intelectual? Se agora sou obesa, é porque andei a comer erradamente e nunca fiz exercício. Se estou deprimida, é porque fiz as escolhas erradas. Se sofro de fobias ou pânico, é porque tive traumas que se perpetuaram. Se estudei muito e geri bem a minha carreira, provavelmente tenho um bom trabalho que me dá prazer. Se escolhi a raridade do homem ideal, tenho um casamento feliz.
E se o futuro também não existe, para quê motivarmo-nos para qualquer projecto?

Só para chatear, o meu ego está mauzinho

1º de Dezembro de 1640, ou de como não aprendemos com os erros

Nunca fomos tão prósperos como quando estivemos sob o domínio dos Filipes.
Mas como é próprio do português típico, tinhamos que estragar tudo. Agora, nem com a corda ao pescoço Espanha nos anexa, ao menos como região autónoma. É um facto que estamos colonizados pelos espanhóis, desde a TVI ao Santander Totta, mas proveito, nenhum...
Nascemos de um pecado de desobediência contra a mãe e quando tivemos oportunidade de emendar o erro, D. João IV e os seus conspiradores, enganando o povo, voltaram a fazer borrada Os amigos de Olivença, que regularmente me escrevem, me perdõem, mas Olivença não podia estar melhor entregue. Oxalá o resto do país tivesse o mesma sorte. Saludos!