sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Operação anti-depressão

Suspeito de uma conspiração entre a Presidência da República, os partidos da oposição, uma parte do PS, os media e a indústria farmacéutica, para aumentar ainda mais o consumo de anti-depressivos em Portugal. Não há espírito sensível que aguente a sanidade mental. Nem nos contos dos irmãos Grimm a coisa é tão preta, ou em contos da Walt Disney, como Dumbo ou Bambi, que são do mais cruel que se pode imaginar. Nem mesmo a Paula Rego se lembraria de pintar tantas vezes o mesmo tema. É claro que Sócrates já toma Prozac há muito tempo e obriga os seus ministros a tomar também até ficarem cor-de-rosa. Ou então é feliz, dada a estupidez natural que o caracteriza.
As conexões entre a política, os media e a potente indústria farmacéutica, serão o próximo escândalo qualquer coisa dourado, prevê Saphou a bruxa.
Já sabemos que há crise. Tem de se mencionar isso a toda a hora? É como lembrar a um condenado à injecção letal todos os minutos que faltam até à execução, durante um ano e sem direito a última refeição. O tipo suicida-se.
Como é que alguém pode estar motivado para trabalhar, se já vai para o emprego tolhido de medo? Já não nos chegava a genética melancolia, o fado e a saudade...
Isto já é mental harassment. Para já, os media podem ser processados por danos morais e patrimoniais. Impõe-se uma providência cautelar que impeça, no entretanto, o dramatismo cúpido da luta pelas audiências.
Que Arlindo do Rego me valha!