quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Frasier

Vão ao engano, a mim encontram-me sempre por aqui!

Estou muito melhor, desde que ando a pé e de Metro. Agora não passa um dia em que alguém não se detenha a mirar o meu queijo.
Demoro mais, quando dou por mim estou pasmado para os prédios do meu Porto, para as suas gentes, e quando as obras são minhas, aí então é que é difícil desgrudar: perco-me a pensar como já trabalhei bem e agora não saio do sítio. As do centro histórico são uma lição de ordenamento e cota, entrar nelas, quando estão renovadas, a madeira, a pedra e aqueles quadros mágicos que saltam das janelas abertas.
Privada, vais ter que investir aqui, sim vou ter que morar aí, mas é cedo, tem calma.

O metro é fabuloso, é um desafio, hoje só me enganei uma vez, mas até esse engano é fantástico, saio e logo entro noutro para me enganar outra vez. Agora já sei que os que vão para o Estádio do Dragão já passaram na Lapa, tenho que apanhar os que vão para Matosinhos, há umas placas nos acessos. Sei disso há muito tempo mas, na dúvida, escolho sempre a escada errada.

Foi na escada que o encontrei, já tinha prometido visitá-lo e, aliás, hoje contava passar a fazer-lhe uma visita. Era o seu último dia no Porto, disse-me, o seu serviço iria ser mudado para Matosinhos - é nisto que dão os projectos de milhares Privadinha, os gajos constroem coisas monumentais e depois tem que obrigar as pessoas a ir para lá .

Não podem ir, qualquer dia fico aqui sozinho. Vou ter tantas saudades, já sei que Matosinhos é ali ao lado, ok, está bem, mas porque insistem em ir para o Lado, o Porto é sempre para frente.