segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Filarmónica do Gil. Uma última prenda meu amigo.Para mim: deixa-te ficar na minha casa

Kim Clijsters, what a rally in USA Open! Congratulations to this great mum, great player, great woman.


Jogo

Comprei o VIDA III, é idêntico ao VIDA II, só que, desta vez, o meu personagem começa por sentar-se no bloco e dizer:

- Como é possível só me faltarem 2 partes iguais a esta que terminei? 60 anos não chegam. Houve algum bónus de tempo que perdi? Tenho que encontrar resposta, procurar o Mago.

Lanço o boneco contra as escadas, as janelas, carrego nas teclas, mas não faz nada. Limita-se a andar, para andar tem que escrever muitas coisas na internet. De alguma forma, tem que conversar o mais possível, porque de um desses chat´s vai sair a resposta, e depois é correr rápido, porque o desafio inclui um limite de tempo. Também tem que ler mas, basicamente, consegue ler o que leu nos níveis I e II. Há poucos livros verdadeiramente novos.

Na internet tem encontrado pessoas parecidas, que pensam coisas semelhantes, são amigos, mas também não sabem onde encontrar o Mago. Entretanto, surgem personagens do nível I e II, mas nenhum deles dá dicas, dizem apenas: – Corre encontra o Mago - e sorriem como se estivesse próximo da meta.

Já me estou a passar, não pode ser que, depois de tanta emoção, o Vida parte III se reduza a caminhar, tem que haver alguma coisa. Se calhar é tipo o Super Mário, temos que deixar o boneco cair no buraco. E há uns buraquitos onde já perdi parte da energia, a experimentar. Se atiro o boneco num buraco onde não há plataforma e perco a vida toda?

Devia trazer um manual com dicas para ultrapassar níveis, já me estou a encher, qualquer dia compro aquele do Karaoke.

Remodelei-te o quarto. Espero que gostes. Faz bom uso dele, especialmente da cama

Clica na imagem para aumentar e atira-te de cabeça

Happy birthay Privada. We absolutely adore you. Thanks for entering our lives

Parabéns Privada, adooorammmoooos-te! Ser virgem pode não ser um handicap

O tempo em que festejamos os anos do Privada

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...Nem o acho...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!
O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje e a casa dos que me amaram treme através das minhas lágrimas,
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que, meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas o resto na sombra debaixo do alçado,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Pára, meu coração!Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos. Duro. Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for. Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

"Aniversário" , Fernando Pessoa

Momentos Red Bull













E a partir de agora, provavelmente sempre a descer.