exibir o seu moreno sexy ao jantar. Colocou várias pulseiras, comme il faut, e uma peça única de seda, cai cai, tom camel, com um toque oriental . Todos elogiaram muito Saphou. Mas não deus.
-Gostas?
-deus respondeu, sobre a roupa: de fato macaco? onde estão as ferramentas? não sabia que agora trabalhavas como mecânica; sobre as pulseiras: com um pano na cabeça parecias uma tenda de ciganos.
deus foi calado pelo método da amona.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Férias grandes V
Lembram-se onde ficamos na história das férias grandes, certo?
Pronto, tal como ficou implícito o Tio Jorge ficou de casamento marcado, à noite apareceu o sogro do Gaspar, pai da dita namorada, que alem de outras barbaridades informou a família, que se havia coisa que não dispensava era o uso de armas para ajuste de contas, num país em que, à época note-se, a justiça não funcionava.
Na vida do Jorge pouco mudou, continuou a encontrar-se com a Espanhola, mas já a tentar a posição de machista que qualquer homem casado deve manter para assegurar a fidelidade. Tentei por diversas vezes ensaiar com ele a subida ao altar, onde eu era o menino das alianças, mas ele já nesse ensaio, corria-me ao chuto mal eu fingia entrar na Igreja.
A família estava entusiasmada, o avô não se cansava de repetir a sorte com que a vida resolveu brindar o Jorge - para todas as panelas há um testo - dizia. A avó encorajava-o, não ao avô, ao Jorge, enchendo-o de ânimo e bifes com ovos estrelados, não fosse o rapaz zangar-se com a comida, nada podia incomodar o Jorginho, nem eu, que passei as maiores tormentas com o priminho tosco que exigia comer no meu banco, no meu prato, no meu copo da Heidi.
No fim do Verão o Jorge haveria de vir comigo para o Porto, vinha escolher o fato e eu teria um lindo fato também. A namorada da Régua visitou-nos mais duas ou três vezes naquele Verão, mas nem o priminho tosco conseguia levar com ela. Fazia-me festas na nuca, elogiava os meus olhos, enquanto o Jorge me corria com o cognome de fraldiqueiro.
O meu alvo de setas acabou destruído pela chuva, embora quase com certeza foi o primo que o regou, aprendi a nadar, a Espanhola deu-me um fato de treino do Barça, com calções e tudo. O priminho tentou esganar-me por diversas vezes, mas não tinha hipótese, seria por muitos anos o burro. O galo que me saltava aos olhos acabou dentro do tacho e a minha querida galinha Xana acabou junto com ele, por decisão de convenção familiar para alimentar os Reguenses. Por ela nunca mais comi arroz de cabidela e ainda hoje tenho tonturas com o cheiro que me relembra essa tortura, de que a minha amiga foi alvo. Compreendi anos mais tarde que muitas amigas haveriam de perder a cabeça por mim e isso era mais o menos normal, mas naquele tempo chorei quase tanto como quando terminou o Topo Gigio.
Voltaria ali muitas vezes, ocuparia o sofá onde o Tio Jorge dormia e embora ainda jogássemos ao Bonança em alguns dias, as coisas não eram as mesmas. A Espanhola visitava-nos mas passava horas a conversar com a minha avó e quando ela vinha, o Jorge não aparecia. A última vez que se viram foi três dias depois do casamento dele, em Dezembro, na poça, não sei do que falaram, andava a caçar rãns, mas sei que no Verão seguinte a Espanhola perguntava porque é que o Jorge não era pai ainda, e quantos meses levavam as moças portuguesas para dar à luz um filho.
Eu não sabia, com o tempo comprovou-se que o Jorge também não.
Pronto, tal como ficou implícito o Tio Jorge ficou de casamento marcado, à noite apareceu o sogro do Gaspar, pai da dita namorada, que alem de outras barbaridades informou a família, que se havia coisa que não dispensava era o uso de armas para ajuste de contas, num país em que, à época note-se, a justiça não funcionava.
Na vida do Jorge pouco mudou, continuou a encontrar-se com a Espanhola, mas já a tentar a posição de machista que qualquer homem casado deve manter para assegurar a fidelidade. Tentei por diversas vezes ensaiar com ele a subida ao altar, onde eu era o menino das alianças, mas ele já nesse ensaio, corria-me ao chuto mal eu fingia entrar na Igreja.
A família estava entusiasmada, o avô não se cansava de repetir a sorte com que a vida resolveu brindar o Jorge - para todas as panelas há um testo - dizia. A avó encorajava-o, não ao avô, ao Jorge, enchendo-o de ânimo e bifes com ovos estrelados, não fosse o rapaz zangar-se com a comida, nada podia incomodar o Jorginho, nem eu, que passei as maiores tormentas com o priminho tosco que exigia comer no meu banco, no meu prato, no meu copo da Heidi.
No fim do Verão o Jorge haveria de vir comigo para o Porto, vinha escolher o fato e eu teria um lindo fato também. A namorada da Régua visitou-nos mais duas ou três vezes naquele Verão, mas nem o priminho tosco conseguia levar com ela. Fazia-me festas na nuca, elogiava os meus olhos, enquanto o Jorge me corria com o cognome de fraldiqueiro.
O meu alvo de setas acabou destruído pela chuva, embora quase com certeza foi o primo que o regou, aprendi a nadar, a Espanhola deu-me um fato de treino do Barça, com calções e tudo. O priminho tentou esganar-me por diversas vezes, mas não tinha hipótese, seria por muitos anos o burro. O galo que me saltava aos olhos acabou dentro do tacho e a minha querida galinha Xana acabou junto com ele, por decisão de convenção familiar para alimentar os Reguenses. Por ela nunca mais comi arroz de cabidela e ainda hoje tenho tonturas com o cheiro que me relembra essa tortura, de que a minha amiga foi alvo. Compreendi anos mais tarde que muitas amigas haveriam de perder a cabeça por mim e isso era mais o menos normal, mas naquele tempo chorei quase tanto como quando terminou o Topo Gigio.
Voltaria ali muitas vezes, ocuparia o sofá onde o Tio Jorge dormia e embora ainda jogássemos ao Bonança em alguns dias, as coisas não eram as mesmas. A Espanhola visitava-nos mas passava horas a conversar com a minha avó e quando ela vinha, o Jorge não aparecia. A última vez que se viram foi três dias depois do casamento dele, em Dezembro, na poça, não sei do que falaram, andava a caçar rãns, mas sei que no Verão seguinte a Espanhola perguntava porque é que o Jorge não era pai ainda, e quantos meses levavam as moças portuguesas para dar à luz um filho.
Eu não sabia, com o tempo comprovou-se que o Jorge também não.
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Ferias Grandes segundo Privada
Resposta a uma questão há muito colocada por Funes,
dada por uma jovem de 15 anos.
Quantas mãos tem maneta e meio?
Depende da parte do meio maneta em que pegamos e do corte longitudinal ou horizontal efectuado. Poderão ser duas, ou uma, ou zero. E você, sabe mais do que uma jovem de 15 anos?
Quantas mãos tem maneta e meio?
Depende da parte do meio maneta em que pegamos e do corte longitudinal ou horizontal efectuado. Poderão ser duas, ou uma, ou zero. E você, sabe mais do que uma jovem de 15 anos?
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maneta
Caderno
Evitarei maçar o leitor que com certeza nesta fase repudia já as historietas dos grunhos que de uma forma ou de outra elencaram o cenário e a predisposição desta narrativa que não se pretende biográfica, mas sim humorística e critica face à impossibilidade de cada qual puder fugir ao seu próprio destino, se ele existe, cifrando a vida numa mera amostra ocasional da criatividade que nos ocorre.
Nas paginas que restam, rabiscarei a lápis, sem carregar, para que quando rescreva fique uma escrita limpa. Fui imprudente ao escrever algumas com caneta, rasgam-se pedacinhos quando se apagam as letras; nas que desenhei também ficaram marcas que não saem; esbocei de inicio corações e frases bacocas em algumas páginas do fim, uma infantilidade que o blogueiro perdoará. Já rasguei uma ou outra por total inadequação, não posso rasgar mais, são poucas as que restam, exigem subtileza, para que delas não ressalte uma borrada de vida. Veremos como se passa este exercício.
Nas paginas que restam, rabiscarei a lápis, sem carregar, para que quando rescreva fique uma escrita limpa. Fui imprudente ao escrever algumas com caneta, rasgam-se pedacinhos quando se apagam as letras; nas que desenhei também ficaram marcas que não saem; esbocei de inicio corações e frases bacocas em algumas páginas do fim, uma infantilidade que o blogueiro perdoará. Já rasguei uma ou outra por total inadequação, não posso rasgar mais, são poucas as que restam, exigem subtileza, para que delas não ressalte uma borrada de vida. Veremos como se passa este exercício.
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Felix Krull
Novas penalidades
Criminalização dos comportamentos dos animais
24-08-2009
Foi publicada a Lei n.º82/2009,de 21.8,que autoriza o Governo a criminalizar os comportamentos relativos à promoção ou participação com animais em lutas entre estes,bem como a ofensa à integridade física causada por animal perigoso ou potencialmente perigoso,por dolo ou negligência do seu detentor. Ver mais.
A campanha eleitoral não será a mesma coisa. Este governo é um merdas.
24-08-2009
Foi publicada a Lei n.º82/2009,de 21.8,que autoriza o Governo a criminalizar os comportamentos relativos à promoção ou participação com animais em lutas entre estes,bem como a ofensa à integridade física causada por animal perigoso ou potencialmente perigoso,por dolo ou negligência do seu detentor. Ver mais.
A campanha eleitoral não será a mesma coisa. Este governo é um merdas.
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