como aconteceu àqueles monges que todos conhecemos da ficção, sou obrigada a denunciar a situação kafkiana a que chegou o meu local de trabalho, usando metáforas para tentar escapar. Acabam uns, os normais, vêm outros, os que recorrem normalmente, mas depois aparecem os que recorrem especialmente e os que recorrem especialmente, especialmente e os que recorrem especialmente, especialmente, especialmente e os que recorrem especialmente, especialmente, especialmente, especialmente. E a coisa multiplica-se em labirinto até ao infinito, de modo que quando acabo os 1661 que já li, aparecem mais 61 e quando esses acabam aparecem mais 16 e novamente mais 26 e novamente mais 6 e a coisa vai até ao infinito, porque os que recorrem especialmente continuam a recorrer especialmente e fica sempre pelo menos 1 para ler, a que se juntam os trabalhos acumulados dos mais variados cursos do 3º ciclo, os júris e a burocracia do campus virtual, já que campus à boa maneira inglesa ou americana, não temos, só um pequeno campus de relva que não se pode pisar. Mas o campus virtual engole-nos todos os dias e os e-mails são às centenas e tudo volta ao início mas em espiral de desespero e não há férias nem em Agosto, porque há sempre aquele um e a investigação que ficou para fazer, livros e artigos semiacabados ou mal começados e já tenho um dedo azul, espero que a tinta deste não esteja envenenada por saber que ia ter menos que 4. E é bom mandar a pontuação para as malvas como todos eles, mas ainda continuo a escrever "requisitos", são merdas que me ficaram do passado egóico.