quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Mais uma aplicação da Lei de Murphy: aos saca-rolhas
- Este saca-rolhas é espectacular, nunca vi nada assim, não falha, disse Saphou à mãe no Dia de Reis. Tenho-o há mais de cinco anos e nunca falhou.
Mal pronunciara as palavras, o saca-rolhas não sacou a rolha, fez-lhe um furo. Nova tentativa, e a rolha afundou mais um pouco no gargalo, mas nem pra cima, nem pra baixo. Do gargalo não passava. Apenas o buraco alargava, a cada tentativa.
Saphou quis servir o vinho com requinte, tirando a rolha cerca de 30 minutos antes, para abrir, colocando, inclusive, um guardanapo de uma brancura mais branca do que o branco é galinha o põe em volta.Tentou disfarçar a história da rolha. Mas, de acordo com a porcaria das leis da física, quando tentava servir o vinho, experimentando na cozinha, a rolha tapava o gargalo e não saía nada. Não esteve com meias medidas, gentilmente, como é sua característica, empurrou a rolha com um espeto de fazer espetadas XXL, até a rolha ficar a boiar no precioso néctar. Ficou contente com a sua esperteza.
Voltou com um ar triunfante e sonso. Só a mãe sabia do sucedido e não se ia desbroncar. O longo guardanapo, com a garrafa estrategicamente colocada na mesa, tapava a rolha.
O PDF, ainda meio adormecido de tanta canseira com o trabalho, coitado, todavia, fez um olhar suspeito e perguntou:
-O que faz uma rolha a nadar no vinho?
- Nada, como é evidente. Que pergunta parva!
Etiquetas:
Saphou na cozinha
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