quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Marrocos já tem direito a tornado, mas à medida do país,
não rejubile RPS, foi apenas uma espécie de mini-tornado! Parece que moramos num país tropical....E foram tantos tótós passar o Ano ao Brasil quando temos em casa tudo o que mais desejam: tempestades tropicais, com vista panorâmica para fabulosos raios e coriscos durante a noite, trovoadas inesquecíveis que têm alegrado as minhas insónias, e até mini-tornados em Marrocos, que o diga a Dona Gabina, que não ganhou para o susto. Falta o Sol? Qual quê! Vá para o solário mais próximo, até sai de lá castanho avelã.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Esbotenar, esbotenadela, esboroar, esboroadela...
Palavras lindas! Mas não superam a mais bela: badalhoca!
Estavam à espera de quê? Estive 9 horas com 10 minutos para almoço, incluindo a ida à casa de banho, a corrigir uma tese de mestrado, linha a linha, de uma gaja filha de um marreta que nem devia ter passado no 1º ciclo. Tive que me dopar e o Privada anda muito forreta, não fornece.
Estou a olhar para o PDF, a cerca de metro e meio. Se fosse psicopata, dava-lhe com um taco de baseball. E daí, acho que sou psicopata, falta-me é o taco e com outro utensílio não teria o mesmo encanto!
Estavam à espera de quê? Estive 9 horas com 10 minutos para almoço, incluindo a ida à casa de banho, a corrigir uma tese de mestrado, linha a linha, de uma gaja filha de um marreta que nem devia ter passado no 1º ciclo. Tive que me dopar e o Privada anda muito forreta, não fornece.
Estou a olhar para o PDF, a cerca de metro e meio. Se fosse psicopata, dava-lhe com um taco de baseball. E daí, acho que sou psicopata, falta-me é o taco e com outro utensílio não teria o mesmo encanto!
Partilho com o Vice-deus Funes o gosto imenso pela palavra badalhoca desde há 25 anos, pelo menos!
Reparem que badalhoco não tem o mesmo poder. Um tipo badalhoco não é novidade. Mas se ela é uma badalhoca, aí é um escândalo maior do que o do BPP onde estão de novo reunidos todos os canais de televisão, aqui na rua. Uma badalhoquice, com direito a intervenção das forças especiais. Parece que querem invadir o jardim primoroso deitando o portão abaixo. Que caldeirada! E com muito molho, que chove cats and dogs.
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saramaguices
Da incompetência da empregada doméstica e dos discos pedidos de competência extrema
Não é que indico à empregada para fazer as camas todas de lavado, transferi o PDF de cela, pois reclamava o direito ao Sol, e a mulher, não sei se por vingança, mas sempre com ar de sonsa, porque lhe troquei a ordem dos trabalhos, de quinta, para segunda-feira, nos colocou a todos lencóis húmidos, para o molhado, em todas as camas? E esta, Saphou? Às duas da matina a refazer quatro camas? Não sei qual a forma de vingança, mas vou servi-la fria, muito fria!
Todos precisam de um mínimo de formaçãp, menos a mulher a dias perdão, empregada doméstica, que parte a louça, estraga a roupa, não limpa nada, cozinha mal e porcamente, recebe tudo a que tem direito e nem passa recibo...juntando todas as casas onde trabalha e tendo em conta as despesas que não tem, ganha mais do que eu. Está decidido, vou para empregada doméstica, mas não cá de casa, por conta de outrém. É só regalias!
E porque isto pode ser um post de discos pedidos, cá vai, a quem o quer dedicar Jama? Diga a frase.
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empregadas domésticas
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Ode à Indústria Farmaceutica
Bem hajas Benuron
e teu irmão pobre Paracetamol
Genérico
Bem hajas Zyrtec
e o teu irmão pobre Cetirizina
Genérico
Bem hajam Xanax e Victan,
ou os vossos irmãos miserentos
respectivamente,
Alprazolam e
Loflazepato de etilo
Genéricos
Generalizo,
Bem hajam
os antibióticos,
os antiviróticos,
os antipiréticos,
os analgésicos,
os antihistamínicos,
os antiinflamatórios,
os antidiarreicos,
os antitússicos,
os substitutos das merdas que nos faltam
das que produzimos a menos
os que nos aceleram
ou desaceleram
consoante a necessidade,
desbloqueiam o bloqueado
bloqueiam o desbloqueado
e análogos.
Se acaso, inventaram,
como se conspira,
entre os maldizentes,
este novo vírus em mutação,
e aproveitaram a vacina de merda,
que já existia no cu da galinha,
elogio a genialidade.
Uma participação nos lucros
É o mínimo que desejo,
A titulo de indemnização,
Estou-me nas tintas
Para a pena de prisão.
Mas já não para a acessória
De assistir os CEOs
e demais reponsáveis,
um por um
a meter uma caixa
de Tamiflu
supositório XXL,
ressalvados os maricas,
em que o Tamiflu
entrará mediante picas,
Pode ser o Genérico,
Será que há?
Tem é que ser muito grande,
e em doses industriais,
E provoquem-lhes tosse
muita tosse, que tussam
até lhes sairem as tripas
para lhes darem antitússicos,
também em doses industriais,
tudo para dar mais lucro´
às Companies & Friends
Afinal, só queremos o vosso bem.
E, já agora, metam-me o PDF
noutro isolamento,
é que já não o aguento!
e teu irmão pobre Paracetamol
Genérico
Bem hajas Zyrtec
e o teu irmão pobre Cetirizina
Genérico
Bem hajam Xanax e Victan,
ou os vossos irmãos miserentos
respectivamente,
Alprazolam e
Loflazepato de etilo
Genéricos
Generalizo,
Bem hajam
os antibióticos,
os antiviróticos,
os antipiréticos,
os analgésicos,
os antihistamínicos,
os antiinflamatórios,
os antidiarreicos,
os antitússicos,
os substitutos das merdas que nos faltam
das que produzimos a menos
os que nos aceleram
ou desaceleram
consoante a necessidade,
desbloqueiam o bloqueado
bloqueiam o desbloqueado
e análogos.
Se acaso, inventaram,
como se conspira,
entre os maldizentes,
este novo vírus em mutação,
e aproveitaram a vacina de merda,
que já existia no cu da galinha,
elogio a genialidade.
Uma participação nos lucros
É o mínimo que desejo,
A titulo de indemnização,
Estou-me nas tintas
Para a pena de prisão.
Mas já não para a acessória
De assistir os CEOs
e demais reponsáveis,
um por um
a meter uma caixa
de Tamiflu
supositório XXL,
ressalvados os maricas,
em que o Tamiflu
entrará mediante picas,
Pode ser o Genérico,
Será que há?
Tem é que ser muito grande,
e em doses industriais,
E provoquem-lhes tosse
muita tosse, que tussam
até lhes sairem as tripas
para lhes darem antitússicos,
também em doses industriais,
tudo para dar mais lucro´
às Companies & Friends
Afinal, só queremos o vosso bem.
E, já agora, metam-me o PDF
noutro isolamento,
é que já não o aguento!
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Natal com H1N1
domingo, 27 de dezembro de 2009
Também aceito o sofá orgânico ou o etéreo de Tord Boontje, ou qualquer peça concebida por ele
Clique nos cadeirões para se sentar neles, se o seu traseiro for merecedor de tamanha honra.
Tord Boontje
Tord Boontje
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Designer Tord Boontje
Moooi - Marcel Wonders
Clique no candeeiro para ver melhor. Horse Lamp, uma peça notável da Moooi em casas que a mereçam.
Podem enviar-ma pela web no Dia de Reis, por uns míseros 3.509 euros. Então concretizarei um sonho:
-PDF, acende o cavalo que eu quero ler a biografia de Prince Charles and Camila Parker Bowles, ou o best seller "Dr. Bucéfalo e Funes, encontros do outro mundo", escrita por um tal CC, que agora parece que é tendência.
Se forem forretas, aceito a mesa porco ou, como dizem as pessoas educadas, the Pig Table.
Não me enviem Rabbit Lamps porque tendem a multiplicar-se muito rapidamente e não tenho espaço disponível. Muito agradecida, Saphou.
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Design,
Marcel Wonders,
moooi
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Primeiro Berlusconi, a seguir o Papa (coloco FCP, para os ignorantes identificarem), agora
O Papa Papa e os Cardeais? É o fim do mundo. Estão por todo o lado. Vêm de todos os quadrantes. E a mulher estava com uma fúria, qual gremlin que foi alimentado ou molhado depois da meia noite. Ainda bem que estou de quarentena. É o fim dos tempos. É por isso que o SLB (Iac) está em primeiro (temporariamente), tudo está relacionado no Universo.
HoHoHo!
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Apocalipse now
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
Não há almoços grátis
AGUA LEVADA
Isto é só para provar à minha querida Mac que, bem lá no fundo, não há almoços grátis para ninguém. De uma ou outra forma, sempre acabaremos por cobrar seja o que fôr que nos sair de dentro. Ou de fora, tanto faz.
Desejo a todos bons feriados e um ano novo cheio de boas mudanças.
(Pago direitos a AR pelo plágio dos seus votos e recebo os que me são devidos pelos meus)
T-Shirts BOI
A oferta imprescindível este Natal. Surpeenda-o, ainda vai a tempo. T-Shirts BOI, ao alcance de um clique. Um homem BOI é tendência. Uma mulher BOI também fica bem.
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Prendas
Natal com H1N1
Os atacados pela gripe A, cujo Natal foi para a o caraças, desejam a todos os que nos visitam Merry Christmas Hohoho.
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Natal 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Tenho medo, estou com insónias, diz ela,
conta-me uma história que não seja assustadora.
-Está bem, vou contar-te a história da Carochinha.
-Não, da Carochinha não, é muito violenta, a Carochinha lembra-me a minha baixa auto-estima e o João Ratão acaba a esticar o pernil, não sei, sequer, se é suicídio. É uma técnica, atirar-se para dentro de um panelão de sopa, de preferência dos pretos, de três pernas, numa lareira enorme em Trás-os-Montes. Pode até virar moda.
-Está bem, então conto-te a história do Capuchinho Vermelho.
-Está bem, vou contar-te a história da Carochinha.
-Não, da Carochinha não, é muito violenta, a Carochinha lembra-me a minha baixa auto-estima e o João Ratão acaba a esticar o pernil, não sei, sequer, se é suicídio. É uma técnica, atirar-se para dentro de um panelão de sopa, de preferência dos pretos, de três pernas, numa lareira enorme em Trás-os-Montes. Pode até virar moda.
-Está bem, então conto-te a história do Capuchinho Vermelho.
-Não, também é muito violenta e cheia de conotações sexuais que tu nem imaginas. Não estou para aí virada. Tenho o nariz entupido e dói-me a cabeça. Li uma análise profunda nesse sentido quando andava na Faculdade de Letras. Nunca mais encarei o Capuchinho da mesma forma. Um dia conto-te.
-Poupa-me mamã! Então vou-te contar uma anedota completamente estúpida, mas que me faz grizar, e não só a mim. Todos os brolhos na maratona das 24 horas de basquete em Esgueira e nós, não sei se era do frio (ninguém nos avisou que devíamos levar saco cama), bastava começar a anedota para se grizarem. Pode ser que resulte:
-Era uma vez um cão que respirava pelo cu, um dia sentou-se e morreu.
-Poupa-me mamã! Então vou-te contar uma anedota completamente estúpida, mas que me faz grizar, e não só a mim. Todos os brolhos na maratona das 24 horas de basquete em Esgueira e nós, não sei se era do frio (ninguém nos avisou que devíamos levar saco cama), bastava começar a anedota para se grizarem. Pode ser que resulte:
-Era uma vez um cão que respirava pelo cu, um dia sentou-se e morreu.
E desatou a rir, de tal forma, que às tantas nenhuma conseguia parar.
...
A mãe continuou a conversa, recuperada do riso.
-Há bocado passei-me. Um palerma gave me the finger ao provocar-me a atravessar na passadeira, já depois de eu estar em cima dela. O carro de trás até me buzinou.
-E?
-Abri o vidro da janela do carro, retribui-lhe o gesto e gritei-lhe: queres ficar esmagado filho de um cão rafeiro? Atravessa outra vez que eu esmago-te com muito gosto, ficas em picadinho. Ir para a cadeia por uns tempos até me dá muito jeito.
-E a reacção dele?
-Pirou-se. O amigo que, educadamente, não se tinha atirado para cima do meu carro na passadeira, ficou com um ar de respeitinho que me deu vontade de rir. Mostrou até uma certa solidariedade ao dizer, por gestos, que outro era um anormal.
-De qualquer modo essa linguagem, esses gestos e essa atitude não são apropriados. Não baixes ao nível desses tipos.
-Tens razão. Mas deu-me gozo. Bora dormir?
-Não.
-Ok. Tá-se. Vou falar como tu. Tipo, cada uma lê o seu livro, preciso de me grizar. Vou reler os meus preferidos de uma Campanha Alegre.
Ai. E se o papá me pega a Gripe A? Não vai haver Natal...
-Take it easy. Uma coisa de cada vez.
-Tu estás na maior e o teu irmão, que já tiveram a gripe A, mais a empregada, agora eu, que me defendo perante centenas de alunos, tenho hordas de gripe A a entrar-me pela casa há um mês e meio...isto está embruxado.
-Cala-te e relaxa.
-Achas que o Mika também os trilhou numa gaveta quando era mais novo? Terá seguido o ritual dos Bee Gees...
-Cala-te! Só disparatas. E é "entalou-os" a forma mais usada para referir o que pretendes. És uma tola adorável.
Sete Para Sete
Para Xana, que sempre se evidenciara pela firmeza das suas posições, pela rigidez e concretismo com que avaliava as pessoas e a realidade circundante, o Natal era um tempo mágico, perfeito, se perfeição existisse. O tempo por excelência do amor por nada. Não foram poucas as vezes que Xana e Lorena se debateram, uma pelo "Pró" outra pelo "Contra". Xana entendia que no Natal, como que por Magia, o amor brotava sem cobranças. Lorena, talvez por cepticismo, talvez por saber de experiência feito, tendia a não acreditar em altruísmos, fosse em que época fosse, contrapunha argumentando de que não há almoços grátis, nem mesmo no Natal. Nocas, sempre pronta a aliviar tensões, distribuindo gracejos, sentada no topo da mesa rectangular, atira de chufa gaiteira - Protesto, é mentira. O que mais se vêm são almoços e jantares grátis na época de Natal. Mas então, que chamas tu aquilo que nos dão conta os noticiários televisivos? - Reality Shows, responde Lorena. - Não passam de meras encenações da boa-vontade e do puro-fraterno-cristianismo de preferência, bem ventilado aos quatro ventos.
Tina soltava já faíscas frenéticas pelo olhar. A irreverente das irreverentes sempre tivera resposta para qualquer desafio e em qualquer momento. A intrínseca irrequietude pulava-lhe dos olhos para os olhos e como que se libertando das amarras da voz, ironizou: - Ora nem mais! Dêem bacalhau aos pobrezinhos e não os ensinem a pescar. Ponham-lhes as batatas e as couves na boca e escondam as alfaias agrícolas. Este país está á beira da falência e ainda ninguém percebeu que é na terra, que é da terra que virá a solução. Lorena achava que de tanta lucidez incompreendida, um dia Tina acabaria por se entregar, por se abandonar nos braços da loucura. Se é que não seria esse o seu estado natural, a lúcida loucura ou a louca lucidez que facilita o suster do chumbo dos penosos dias nos ombros.
Dina, dolosamente empenhada na sua recente resistência ao único vício que mantivera durante anos – a nicotina - evitava exaltar-se desviando-se de Tina, que mantinha cigarros acesos com cigarros.
Vicky, que até estava em dia "sim", tentando acalmar os ânimos já um tudo-nada fogosos, aproveita a deixa da Tina, e inicia relatos com minúcias telúricas, as suas experiências com as plantações. - Eu já vos contei da minha experiência com a criação de larvas? Foi a gargalhada geral. - Larvas, que nojo! Nocas, que por natureza preferia ouvir e deixar que as outras se soltassem, não resistira. E eu a pensar que te tinhas dedicado à criação de galinhas, coelhos e cabrinhas. Já há tempos que não te visito na quinta. Como te tens saído? Apesar de ter alguma experiência em actividades agrícolas, Lorena nunca se sentira vocacionada para a área, e aproveitara para ridicularizar. - Eu gostava mesmo era de ver-vos a brincar com bichinhos e esterco dentro dos currais mas na versão alive & kicking, e não dentro dos monitores. Vão endrominar outra. Nem para essa agricultura de trazer por casa tenho vocação. Tê, licenciada e pós-graduada em agronomia, faz uma careta. Mas afinal, digam-me lá, a conversa não era sobre o Natal?
Tina soltava já faíscas frenéticas pelo olhar. A irreverente das irreverentes sempre tivera resposta para qualquer desafio e em qualquer momento. A intrínseca irrequietude pulava-lhe dos olhos para os olhos e como que se libertando das amarras da voz, ironizou: - Ora nem mais! Dêem bacalhau aos pobrezinhos e não os ensinem a pescar. Ponham-lhes as batatas e as couves na boca e escondam as alfaias agrícolas. Este país está á beira da falência e ainda ninguém percebeu que é na terra, que é da terra que virá a solução. Lorena achava que de tanta lucidez incompreendida, um dia Tina acabaria por se entregar, por se abandonar nos braços da loucura. Se é que não seria esse o seu estado natural, a lúcida loucura ou a louca lucidez que facilita o suster do chumbo dos penosos dias nos ombros.
Dina, dolosamente empenhada na sua recente resistência ao único vício que mantivera durante anos – a nicotina - evitava exaltar-se desviando-se de Tina, que mantinha cigarros acesos com cigarros.
Vicky, que até estava em dia "sim", tentando acalmar os ânimos já um tudo-nada fogosos, aproveita a deixa da Tina, e inicia relatos com minúcias telúricas, as suas experiências com as plantações. - Eu já vos contei da minha experiência com a criação de larvas? Foi a gargalhada geral. - Larvas, que nojo! Nocas, que por natureza preferia ouvir e deixar que as outras se soltassem, não resistira. E eu a pensar que te tinhas dedicado à criação de galinhas, coelhos e cabrinhas. Já há tempos que não te visito na quinta. Como te tens saído? Apesar de ter alguma experiência em actividades agrícolas, Lorena nunca se sentira vocacionada para a área, e aproveitara para ridicularizar. - Eu gostava mesmo era de ver-vos a brincar com bichinhos e esterco dentro dos currais mas na versão alive & kicking, e não dentro dos monitores. Vão endrominar outra. Nem para essa agricultura de trazer por casa tenho vocação. Tê, licenciada e pós-graduada em agronomia, faz uma careta. Mas afinal, digam-me lá, a conversa não era sobre o Natal?
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As Sete
ÁGUA LEVADA
Ao 100anos e ao Jama
Agora, alguém que se atreva a qualificar esta balada de esquisita.
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
Lava-a de crimes espantos
de roubos, fomes, terrores,
lava a cidade de quantos
do ódio fingem amores
Leva nas águas as grades
de aço e silêncio forjadas
deixa soltar-se a verdade
das bocas amordaçadas
Lava bancos e empresas
dos comedores de dinheiro
que dos salários de tristeza
arrecadam lucro inteiro
Lava palácios vivendas
casebres bairros da lata
leva negócios e rendas
que a uns farta e a outros mata
Tejo que levas as águas
correndo de par em par
lava a cidade de mágoas
leva as mágoas para o mar
Lava avenidas de vícios
vielas de amores venais
lava albergues e hospícios
cadeias e hospitais
Afoga empenhos favores
vãs glórias, ocas palmas
leva o poder dos senhores
que compram corpos e almas
Leva nas águas as grades
...
Das camas de amor comprado
desata abraços de lodo
rostos corpos destroçados
lava-os com sal e iodo
Adriano Correia de Oliveira
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Adriano Correia de Oliveira
domingo, 20 de dezembro de 2009
Se pensam que o Pinto da Costa leva na cara como o Berlusconi
estão muito enganados. Não é Papa quem quer, é Papa quem pode. O Papa está sempre protegido e não se confunde com esse antigo alfaiate, os alfaites que me perdoem. Além dos anjos, da polícia e demais entidades, há sempre os Super Dragões para agir legítima defesa de terceiro! E não é que hoje chove em Marrocos, enquanto está um dia radioso de Inverno na Invicta ? Será que se vão queixar da relva? Aguardamos, com todo o fair play.
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u
sábado, 19 de dezembro de 2009
Já a formiga tem catarro e desafia o velho decadente
Vítor Mota Sérgio Sousa Pinto, do PS, falou sobre reacção do Presidente da República
( 19 Dezembro 2009 - 20h27 /Correio da Manhã)
Sérgio Sousa Pinto acusa Presidente da República
PS: "Cavaco põe em causa a estabilidade política"Sérgio Sousa Pinto, dirigente socialista, acusou este sábado o Presidente da República de se "intrometer" na agenda do PS sobre casamentos entre pessoas do mesmo sexo, advertindo que, se este se juntar à oposição, criará um ambiente de instabilidade política no País.
Este episódio vem na sequência da reacção de ontem do chefe de Estado, quando secundarizou a questão dos casamentos homossexuais, afirmando que estava centrado em problemas prioritários 'como o desemprego'.
Hoje, o Presidente da República realçou o importante papel da família tradicional na sociedade portuguesa, uma vez que são as crianças que garantem o 'futuro' e, consequentemente, o crescimento económico.
'Um País sem crianças é um País sem futuro', referiu Cavaco Silva.
'A verdade é que não compete ao Presidente da República determinar a agenda do PS nem dos demais partidos. Não é essa a sua função, tem poderes constitucionais muito fortes, que lhe estão confiados, mas a faculdade de se intrometer na agenda dos partidos não é um deles. Se a intenção do Presidente da República, exorbitando aquilo que é a sua legitimidade neste contexto, entende fazer coro com o discurso dos partidos da oposição [de direita], objectivamente está a contribuir para uma dramatização indesejável da nossa vida política e a contribuir para que se ponham em crise as condições de estabilidade política', sustentou Sérgio Sousa Pinto, ex-líder da JS (Juventude Socialista).
Sérgio Sousa Pinto acusa Presidente da República
PS: "Cavaco põe em causa a estabilidade política"Sérgio Sousa Pinto, dirigente socialista, acusou este sábado o Presidente da República de se "intrometer" na agenda do PS sobre casamentos entre pessoas do mesmo sexo, advertindo que, se este se juntar à oposição, criará um ambiente de instabilidade política no País.
Este episódio vem na sequência da reacção de ontem do chefe de Estado, quando secundarizou a questão dos casamentos homossexuais, afirmando que estava centrado em problemas prioritários 'como o desemprego'.
Hoje, o Presidente da República realçou o importante papel da família tradicional na sociedade portuguesa, uma vez que são as crianças que garantem o 'futuro' e, consequentemente, o crescimento económico.
'Um País sem crianças é um País sem futuro', referiu Cavaco Silva.
'A verdade é que não compete ao Presidente da República determinar a agenda do PS nem dos demais partidos. Não é essa a sua função, tem poderes constitucionais muito fortes, que lhe estão confiados, mas a faculdade de se intrometer na agenda dos partidos não é um deles. Se a intenção do Presidente da República, exorbitando aquilo que é a sua legitimidade neste contexto, entende fazer coro com o discurso dos partidos da oposição [de direita], objectivamente está a contribuir para uma dramatização indesejável da nossa vida política e a contribuir para que se ponham em crise as condições de estabilidade política', sustentou Sérgio Sousa Pinto, ex-líder da JS (Juventude Socialista).
Apetece-me dizer: ó Sousa Pinto, cresça e apareça, entretanto, vá para o raio-que-o-parta. E eu nem sou cavaquista! E o Cavaco sempre obecado com a natalidade, deve ser também da época.
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Cavaco e os socialiatoides
Abeit macht Frei? Nicht mehr...
Alguém furtou a inscrição na caladada noite ...Auschvitz nunca mais será igual?
As memórias não se apagam, a não ser com uma amnésia total
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Há furtos e furtos
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Mais Um Natal - Seja Lá Isso o Que For.
O fim-de-semana na montanha excedera as muitas expectativas criadas pelo grupo das sete amigas. As gargalhadas de puro gozo que se lhes pularam da alma, tonificaram vontades serôdias transformando-as em energias pueris, saltitantes. Contavam-se já 180 dias após a despedida emocionada, com promessas de repetição garantida. A verdade é que todas haviam degustado todas as horas de conivente camaradagem com o fervor da adolescência passada, mas a vida pessoal de cada uma delas aguardava impaciente, com garras afiadas, prontas a serem cravadas em cada lasca do restauro conquistado e, assim, causando riscos profundas na airosa pintura.
O ano civil entrara no seu último trimestre e as copiosamente publicitadas dificuldades económicas e financeiras nacionais e internacionais, decisivamente agudizadas nos últimos tempos, obrigavam a esforços redobrados por parte de Tina. A sua empresa dava sinais de poder vir a ceder ao Adamastor e era urgente a tomada de medidas drásticas para a sua redenção. Ainda que mergulhada em multiplicadas angústias, nunca se deixou ir abaixo, talvez movendo moinhos de vento, talvez erigindo castelos na areia, mas sempre de espada em punho, contra todos e contra tudo. Essa era a sua forma de estar na vida. Nunca desanimar, nem mesmo quando se vê o fundo ao túnel e se constata que afinal nos roubaram a luz que lá deveríamos encontrar.
Com esta sua postura tentava a todo o custo contagiar Vicky que, ainda que tendo um percurso académico e profissional notável e sendo o seu trabalho reconhecido pelos melhores, o cansaço e a mão penosa da vida familiar causara grandes depressões nervosas, levando-a a desesperos inimagináveis por mentes práticas, como se podia caracterizar a de Tina. Ainda assim, a preocupação sentida pelo bem-estar de Vicky não era exclusivo de Tina. Todas nós, sem excepção, salvaguardando-se desta generalização, talvez a Tê, a Dina, que por não lhes ser facilitada a proximidade diária ao grupo, se seguravam dentro das próprias inquietações e, assim, evitando o sofrimento vivido pelas outras, o que não acontecia com as restantes. Tina, Lorena, Nocas e até Xana, eram as que mais sofriam com o sofrimento de Vicky. Lorena repetia pesadelos nocturnos com a sua amiga. Sempre que os sinais apontavam para nova crise, o desespero desenfreado causado pelo aúste a que aquela amizade se restringia, secava-lhe os movimentos incendiando o sentimento soberano que haveria de ser para sempre a impotência.
A sinalefa estatelada nas vitrinas das montras e ataviando jardins públicos e privados com luzes de encandear sugerem que mais um Natal se avizinha. Seja lá isso o que for.
O ano civil entrara no seu último trimestre e as copiosamente publicitadas dificuldades económicas e financeiras nacionais e internacionais, decisivamente agudizadas nos últimos tempos, obrigavam a esforços redobrados por parte de Tina. A sua empresa dava sinais de poder vir a ceder ao Adamastor e era urgente a tomada de medidas drásticas para a sua redenção. Ainda que mergulhada em multiplicadas angústias, nunca se deixou ir abaixo, talvez movendo moinhos de vento, talvez erigindo castelos na areia, mas sempre de espada em punho, contra todos e contra tudo. Essa era a sua forma de estar na vida. Nunca desanimar, nem mesmo quando se vê o fundo ao túnel e se constata que afinal nos roubaram a luz que lá deveríamos encontrar.
Com esta sua postura tentava a todo o custo contagiar Vicky que, ainda que tendo um percurso académico e profissional notável e sendo o seu trabalho reconhecido pelos melhores, o cansaço e a mão penosa da vida familiar causara grandes depressões nervosas, levando-a a desesperos inimagináveis por mentes práticas, como se podia caracterizar a de Tina. Ainda assim, a preocupação sentida pelo bem-estar de Vicky não era exclusivo de Tina. Todas nós, sem excepção, salvaguardando-se desta generalização, talvez a Tê, a Dina, que por não lhes ser facilitada a proximidade diária ao grupo, se seguravam dentro das próprias inquietações e, assim, evitando o sofrimento vivido pelas outras, o que não acontecia com as restantes. Tina, Lorena, Nocas e até Xana, eram as que mais sofriam com o sofrimento de Vicky. Lorena repetia pesadelos nocturnos com a sua amiga. Sempre que os sinais apontavam para nova crise, o desespero desenfreado causado pelo aúste a que aquela amizade se restringia, secava-lhe os movimentos incendiando o sentimento soberano que haveria de ser para sempre a impotência.
A sinalefa estatelada nas vitrinas das montras e ataviando jardins públicos e privados com luzes de encandear sugerem que mais um Natal se avizinha. Seja lá isso o que for.
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As Sete
Como estou farta do que faço, decidir mudar de rumo,
fiel ao princípio de que a política não se deve misturar com futebol, e começando por baixo, vou mudar-me para Vandoma onde pretendo candidatar-me e ganhar as eleições para Presidente da Junta e Directora do clube de futebol local, o F.C. Vandoma, que não anda a jogar nada. Tenho o apoio dos caciques locais. Vou viver numa casa tipo maison que foi construída com base num projecto copiado de um de Sócgates para um emigrante suíço. Isto é que vai ser qualidade de vida.
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Vandoma
O que é que preferia:
-atingir Sócgates com o Palácio de Belém
- atingrir Sócgates com a Assembleia da República
-atingir Sócgates com os Jerónimos
-atingir Sócgates com a Torre de Belém
-atingir Sócgates com as ratazanas do Convento de Mafra
-atingir Sócgates com outra raça de ratazanas
-atingir Sócgates com o Mosteiro de Aljubarrota
-atingir Sócgates com Marques Mendes como aríete portátil
-outra
E onde atingir Sócgates? É outra questão pertinente. Na cara? Nas nalgas? De modo a falar fininho daqui para a frente? Aceitam-se sugestões.
P.S.: ao contrário do agressor de Berlusconi, o agressor português deve ser imputável e não mostrar arrependimento, não queremos cá essas tristes figuras.
- atingrir Sócgates com a Assembleia da República
-atingir Sócgates com os Jerónimos
-atingir Sócgates com a Torre de Belém
-atingir Sócgates com as ratazanas do Convento de Mafra
-atingir Sócgates com outra raça de ratazanas
-atingir Sócgates com o Mosteiro de Aljubarrota
-atingir Sócgates com Marques Mendes como aríete portátil
-outra
E onde atingir Sócgates? É outra questão pertinente. Na cara? Nas nalgas? De modo a falar fininho daqui para a frente? Aceitam-se sugestões.
P.S.: ao contrário do agressor de Berlusconi, o agressor português deve ser imputável e não mostrar arrependimento, não queremos cá essas tristes figuras.
Esta merda está a ficar com teias de aranha
Mulher que afogada em excesso de trabalho não bloga, perde a inspiração. Até perde a libido (ao contrário do que dizem os italianos)! E estou a fazer mergulho em profundidade em testes, trabalhos de mestrado e doutoramento, trabalhos para melhorar as notas de avaliação contínua, FarmVille, Cafe Word e o raio-que-o parta para descontrair do stress, e volto a ler aquelas merdas todas que já preciso de uns óculos de aumento. E depois tenho que ser arguente e membro de júris que são infindáveis e orientar tipos que nem sabem escrever deve ser, como na antiga 4º classe, na primária, no exame mais importante das nossas vidas, quando tínhamos de saber todas as linhas de caminho-de-ferro de Portugal e colónias de cor, mais os rios, só para amostra. Havia orais da 4ª classe melhores do que as denominadas "orais interdisciplinares", que de interdisciplinares não têm nada, porque tiram um tema à sorte de uma matéria e outro tema à sorte de outra, e estudam-no durante 15 dias e depois, sempre muito nervosos de ignorância, despejam 15 mais 15 minutos cada tema na única oral que têm que fazer em todo o percurso universitário. Portanto, interdisciplinar só se for por o júri ter que gramar ouvir dezenas de temas que não têm nada que ver com a sua área. Interdisciplinar é a justaposição dos três desgraçados que estão ali a fazer o frete, sendo que o asa até voa baixinho e chega a adormecer de tédio. Até já aprendi umas coisas de processo penal, que é coisa que abomino, sobretudo o tema interessante da história do processo penal, que já ouvi umas 30 e tal vezes. Dass. Ao todo já foram mais de duas mil páginas e dezenas de horas a aturar estas macacadas à bolonhesa em restaurante pizzaria nacional. Sobe-me a tensão, entro em taquicardia, ainda quino com os nervos. Alguém que me segure e acalme. Um dinheirinho para drogas é bem-vindo. Ainda de o tipo do autocarro não tivesse sido tão diligente...
Ou se isto fosse um blogue de gaja, colocava aqui uns coraçõezinhos e uns gatinhos, mais uns pompons e era um sucesso.
Triste, concluo que quando não se bloga por uns dias, todos nos abandonam, com algumas honrosas excepções. Até na blogosfera a competição é feroz. Não aparece, esquece. Há sempre um blog à sua espera em qualquer canto do mundo virtual.
Blimunda, faxavor de escrever qréqé coisinha para isto animar. Remeto-me ao silêncio por uns dias, ou horas...ou começo a copiar o Funes descaradamente. Mas nada de RPSzices.
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Mais vale estar calada
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
O autocarro
Estava de noite e ela com aquele frio a tolher-lhe a alma e os sentidos, decidiu sair. Não podia permanecer na casa silenciosa, fria, que se ria à gargalhada dos seus medos, com ecos de outros tempos a recordarem-lhe feridas que iam abrindo.
-Vou arejar, ver montras, perder-me na multidão. Há muita gente que está só e doente. Não sou mais nem menos do que os outros. Enfrenta a vida como ela vier, dizia-lhe a sua razão.
Ia a entrar no carro quando foi atraída por uns faróis que se aproximavam lentamente e a deixaram fascinada, parada a olhar. Pareciam enfeites de Natal que cada vez se aproximavam mais. Era lindo o contraste do escuro da rua com aquelas luzes que a chamavam.
Ficou petrificada, as luzes mesmo à sua frente. Em décimos de segundo levou com os máximos e ouviu o condutor do autocarro, que se desviava:
-Então não me viu? Para a próxima pode não ter tanta sorte. Palerma!
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o destino de um só
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Quotes and Quotations: Advent
Advent, Advent,
ein Lichtlein brennt.
Erst eins,
dann zwei,
dann drei,
dann vier,
dann steht das Christkind vor der Tür.
ein Lichtlein brennt.
Erst eins,
dann zwei,
dann drei,
dann vier,
dann steht das Christkind vor der Tür.
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Advent
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Funes, como prova da nossa união vidente, ofereço-lhe uma Poinsétia vermelha, a mais bela das eufórbias
Ai que como é bom ter alguém que nos oferece Poinsétias, especialmente vermelhas.
Ofereçam-me uma Poinsettia, please.
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Prendas
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Uma conversa histórica
O Sebesta, grande amigo do adolescente recém-chegado de Paris, está revoltado. Esteve toda a noite a jogar Medieval Total War, enganou a mãe que tem o sono leve, almofadando o quarto, e prosseguiu o seu plano. Só se deitou às seis da manhã quando conseguiu matar o Papa, o seu grande objectivo, porque queria ser Papa. Mas o jogo agora não o deixa ser o Papa.
-Ó pá, és burro? Para que é que mataste o Papa?
-Porque quero ser o Papa, mas o jogo não me deixa reescrever a história, ao contrário do que diz nas instruções.
-Mas para é que queres ser o Papa? E é natural que os cristãos não te queiram como Papa, se acabaste de lhes matar o líder.
-Sei lá, quero! Agora vou matar todos os cristãos para ver se fico finalmente Papa.
-És mesmo burro, para que é preciso um Papa sem cristãos, já pensaste bem?
-Não posso continuar a conversa, como controlo Roma, puseram outro Papa em Viena. Vou para lá, só deixo de jogar quando o matar. E mato todos os cristãos que me apareçam. Talvez matando dois Papas e todos os cristãos me deixem ser o novo Papa: Sebastião I, o Implacável.
-Papa de quem, ó calhau? Ainda não topaste pois não? Continua que vais bem. Papa Açorda!
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Jogos e conversas on line
My Blues, por Saphou
Tirada com telemóvel de segunda, algures em Setembro de 2009.
Todos os direitos reservados, excepto o de olhar.
Ontem teriam celebrado
50 anos de casados. Iriam jantar fora, ele oferecer-lhe-ia orquídeas, como todos os anos. O amor escondido por trás das muitas desavenças e discussões teria brilhado nos olhos de ambos. Não passavam um sem o outro. Talvez até dessem uma pequena festa, com filhos e netos. Ou fossem brindados com a festa surpresa que nunca tiveram.
Mas ontem ela sentia muito frio e nem os programas festivaleiros ou as novelas da medíocre televisão, com que tenta que a noite seja menos noite, a distraíram. O frio vinha muito de dentro.
Ontem ela foi deitar-se sozinha. Ele morreu há mais de dois anos.
Pode ser que nos sonhos lhe tenha feito companhia. Nos sonhos até lhe pode ter oferecido milhentos ramos de orquídeas e podem ter dançado valsas.
Que Nossa Senhora da Conceição a proteja. A minhã mãe.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Nem o nosso objecto de culto escapa?
Então o Magalhães também é corrupto?
Mas ele não é impoluto?
O nosso grande pequeno objecto de culto?
A nossa caravela do Século XXI?
Mas ele não é impoluto?
O nosso grande pequeno objecto de culto?
A nossa caravela do Século XXI?
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Suspeitas e suspeições
domingo, 6 de dezembro de 2009
Há muito que se davam mal,
como qualquer casal que se preze, mas decidiram mudar a coisa quando o divórcio esteve mesmo para acontecer. Ele não queria. Ela, não sei. Foram a uma psicóloga, conselheira matrimonial. A primeira sessão correu lindamente. Saíram com um espírito renovado (ou fingiram...). Ele achou tudo muito bem. Ficou agradavelmente surpreendido com a psicoterapia de que sempre tinha desdenhado.
Passados dois dias, numa conversa casual, afirmou:
-Olha, ontem ia matando a psicóloga.
-Antes da segunda sessão? Não lhe dás hipótese.
-Atravessou-se à minha frente na rua para fugir da chuva. Por pouco não lhe acertei. Fiz uma travagem na última e sorri-lhe para ela passar, fazendo até um gesto delicado com a mão.
Ela sabe que foi tentativa de psicoligicídio, com dolo eventual. Mas finge que acredita na versão dele, pelo menos até à segunda sessão em que planeia introduzir o tema:
-Senhora Dra., por algum trauma do inconsciente, o meu marido tentou matá-la no outro dia. Como vê, é um tipo perigoso. Transferiu a agressividade recalcada que sente por mim para a Senhora Dra., mas potenciada, é um psicopata em potência. Aí a coisa vai pegar fogo!
Pensando bem, a senhora não deve ter ganho para o susto porque até hoje ainda não telefonou a marcar a tal segunda sessão...
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saramaguices
sábado, 5 de dezembro de 2009
Sou muito ignorante. Só hoje conheci o grande Porkito
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Surf no inverno na Nazaré
Benjamim, porque te foste?
Ele fazia-me perguntas, umas atrás das outras, sobre a mora do devedor, sobre as diversas interpretações do art. 808º CC; com aquela melodiosa voz, dizia não concordar com o facto de o risco correr por conta do adquirente em caso de entrega, havendo reserva de propriedade; e bombardeava-me com dúvidas. Eu ia respondendo, ao que parece para seu contento, o que me fazia sentir inteligente, mas cada vez mais reparava na sua boca e nos seus olhos e naquela voz doce. Pediu-me se podia ter explicações em casa dele. Eu aceitei. Comecei a temer já no carro, porque o chauffeur espirrava constantemente e afirmava que os pais ainda estavam convalescentes da gripe A. Mas ele atraía-me tanto....
Sugeri que fossemos para minha casa, porque tinha mais livros, ele aceitou, mas pediu um Benuron à chegada. Engoliu-o num copo de água. Eu tinha um dilema: comê-lo entre o art. 793º e o art. 802 CC? Ou afastá-lo, para evitar o contágio? Estava cada vez mais apaixonada, ia arriscar...ele era tão atraente no seu metro e sessenta e cinco, tão jovem nos seus vinte e um anos....
Comecei a sedução: há duas teorias sobre a interpelação cominatória....
Acordei com um despertador ranhoso, ao som de uma marcha militar. O nosso amor em cima do Código Civil XXL, nas páginas da gestão de negócios, nunca se concretizou.
Só a mim!
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Sonhos e pesadelos
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
El comandante acaba de enviar sms de Paris, passo a citar
"Cidade linda. Povo de merda".
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Adolescente
A minha mãe mata-me
O adolescente foi até Paris, já tinha apanhado a gripe A e já...foi para uma daquelas simulações inúteis das assembleias da UN que o presidente da ERC sempre acarinhou na Universidade. Representante de Cuba, que lhe coube em sorteio, foi adequadamente vestido com fato às riscas, gravata vermelha, chapéu e charuto. Não encontrei um uniforme à Fidel Castro na Zara. Colocou, contudo, umas medalhas e disse que ia dar show. Aliás, já tem fama, quer represente a Coreia do Norte, do Sul, a Austrália, ou a Rússia. Por isso o escolheram.
Uma representante das Honduras, na última assembleia em Braga, ficou impressionada porque cheirava tão bem, era tão bonito e falava com um tom tão superior de agressividade, que não descansou enquanto não conseguiu um grupo em que fossem todos ao cinema e ele se sentasse ao lado dela. Apesar da jovem ser modelo, ele declarou que era feia, tinha cara de cavalo, óculos de mosca e uma pronúncia horrível. Afastou a jovem promissora modelo Núria para sempre.
-O avião já partiu? Pergunta a avó preocupada
-Já partiu e já chegou, caso contrário o tipo estaria transformado em anjinho, respondo.
-Mas eu não o ouvi partir.
-Talvez porque o aeroporto fique a uns 20 km de distância?!
-Mas às vezes ouço os aviões a passar por aqui, e não ouvi o dele.
-Pois, mas esses vão para sul, Paris é para norte. Muito para norte, tão para norte que nunca mais el Comandante Castro deu notícias. E mantém-se incontactável.
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Adolescente
Ouço passos de cavalo, será ele?
Três da manhã
Tudo escuro
Ouço passos
De cavalo,
É ele
O elefante
que dança
nos nenúfares
Depois de uma chinfrineira
No estábulo
Relinchou
porque é que
os dinamarqueses
preferem casar
com as tailandesas
Isto posto,
Adormeceu.
Eu acordei.
Mais uma vez
A insónia das três!
E mais logo é dia
de padres e padrecos
frades e fradecos
freiras e noviças.
A insónia das três
A insónia das três
A insónia das três
E acorda-me às 8,
uma hora depois
de eu adormecer
finalmente,
para me dizer
muito baixinho ao auvido:
Vou levar o teu carro à revisão.
Eu é que o vou rever!
O elefanvalo cavafante.
Tudo escuro
Ouço passos
De cavalo,
É ele
O elefante
que dança
nos nenúfares
Depois de uma chinfrineira
No estábulo
Relinchou
porque é que
os dinamarqueses
preferem casar
com as tailandesas
Isto posto,
Adormeceu.
Eu acordei.
Mais uma vez
A insónia das três!
E mais logo é dia
de padres e padrecos
frades e fradecos
freiras e noviças.
A insónia das três
A insónia das três
A insónia das três
E acorda-me às 8,
uma hora depois
de eu adormecer
finalmente,
para me dizer
muito baixinho ao auvido:
Vou levar o teu carro à revisão.
Eu é que o vou rever!
O elefanvalo cavafante.
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insonias
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Diálogo ouvido através de telefone sob escuta em casa da ex-mulher de Sócgates, na Ceia de Natal de Dezembro de 2011
- Ó mãe, não gosto do pai.
- Não faz mal filho, come só as batatas.
Escapado da morte por trinchamento, Sócgates haveria de se tornar no maior e melhor rei de sempre, tendo casado no dia dos Reis Magos de 2012 com Diogo, actor, e restaurado a Monarquia a 1 de Dezembro do mesmo ano. A dinastia dos Pinto de Sousa foi longa, mais longa do que a espada de Dom Afonso Henriques, e o casal concebeu dois filhos por inseminação artificial e recurso a barrigas acrílicas de aluguer, patenteadas em Portugal, entretanto, país líder na tecnologia de ponta. Os infantes, Zézito e Dioguinho, vieram a matar o pai Sócgates, em 2040, no regicídio mais sangrento da história de Portugal, na Ceia de Natal, quando Diogo (mãe?) acedeu ao pedido dos filhos:
- Não faz mal filho, come só as batatas.
Escapado da morte por trinchamento, Sócgates haveria de se tornar no maior e melhor rei de sempre, tendo casado no dia dos Reis Magos de 2012 com Diogo, actor, e restaurado a Monarquia a 1 de Dezembro do mesmo ano. A dinastia dos Pinto de Sousa foi longa, mais longa do que a espada de Dom Afonso Henriques, e o casal concebeu dois filhos por inseminação artificial e recurso a barrigas acrílicas de aluguer, patenteadas em Portugal, entretanto, país líder na tecnologia de ponta. Os infantes, Zézito e Dioguinho, vieram a matar o pai Sócgates, em 2040, no regicídio mais sangrento da história de Portugal, na Ceia de Natal, quando Diogo (mãe?) acedeu ao pedido dos filhos:
- Mãe, não gostamos das batatas.
- Então comam só o pai. E trincharam o rosbife muito mal passado Pinto de Sousa e comeram-no e nem lhes soube bem (para os parolos, informo que a segunda parte da frase é inspirada no grande Manoel de Oliveira).
O rei passou a ter o cognome, O Trinchado.
Nota do autor: sou um génio, orra! Internem-e!
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Canibalismo virtual e real
Lamento, mas a única solução para o Afeganistão
passa pela terraplanagem. O adolescente sugeriu isso aqui há dias eu fiquei chocada. Mas não há outra hipótese. Hoje, curiosamente, um especialista sugeriu o mesmo, em jeito de brincadeira, mas foi dizendo, que é como quem diz, não há solução à vista.
Já o grande Carlos Magno se havia lixado naquela zona. Os ingleses tramaram-se no Afeganistão, há cerca de 60 anos; mais tarde, os sovieticos foram arrasados com a cumplicidade dos Estados Unidos, o que é de uma ironia tétrica; agora, os soldados da NATO são carne para canhão. E continuam a ser enviados e ir, a morrer a troco de um ordenado atraente, não é certamente a causa que os motiva. Os taliban proliferam e Bin Laden floresce no Paquistão. A infeliz guerra decidida pelo idiota Bush Junior & Friends retirou as tropas do Afeganistão quando eram lá necessárias. É o caos, a prosperidade do ópio, o fanatismo levado ao limite. Se alguém tem solução melhor, sou toda ouvidos. Mas não sejam hipócritas, nem me venham com falsos moralismos. Terraplanagem, com o mínimo de danos colaterais.
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Afeganistão
Uma constatação e uma interrogação
Constatação:
Saphou, depois de estudos estatísticos validados pelo INE, confirmou que o blogger português tem uma característica única: não bloga aos fins-de-semana, feriados e férias. Nessas alturas coloca música ou fotografias, ou qualquer merdice para encher. Blogger português que se preza também só bloga no horário de trabalho e no computador da entidade patronal. Acaba o trabalho fecha a tasca virtual. Amanhã é outro dia.
Interrogação:
Saphou desejaria saber o que é que leva a humanidade em geral e os amigos, mesmo os mais íntimos, em particular, a nunca devolver um livro que pedem emprestado. É um fenómeno inexplicável porque o comodatário pensa sempre, ouso dizer diariamente até, em devolver o livro cuja restituição já lhe foi pedida dezenas de vezes. Quer mesmo devolver, mas há sempre um impedimento de última hora, um esquecimento permanente que se aloja em algum canto recôndito do cérebro.
Nunca empreste um livro a quem lhe pedir, ofereça-lhe um quando puder, a menos que se queira livrar mesmo do livro em causa, por exemplo, os últimos do Saramago ou os daquela serigaita que se plagia a si própria e tem a mania que é escritora, ou até os do Noddi. Também pode aproveitar a ocasião e oferecer esses livros no Natal ao seu patrão ou outro inimigo de estimação qualquer, ou como partida de Carnaval, lá mais para Fevereiro.
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insónias
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Os anjos têm sexo, pelo menos os das igrejas, não sei se são todos cagões como os de Tomar
como Funes apregoa aqui. Anjinho papudo típico
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Sexo dos anjos
Ele disse, com um certo desdém:
-O teu computador é mais lento do que o Papa.
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Diálogos com um adolescente
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Já que estamos em maré de referendos,
acho que Portugal deveria referendar o guarda-roupa, o nome das renas e as barbas do Pai Natal. E estou a ser moderada, porque poderia propor o referendo do Pai Natal e da respectiva árvore que dão cabo da paisagem nacional: os Pais Natal de plástico pendurados em tudo o que é varanda e a trepar do prédio mais abjecto ao condomínio de luxo, não têm qualificação, com renas ou sem elas; o corte dos bebés pinheiros de Natal que, finda a festa, vão para a lixeira municipal, traduz-se num dos actos mais nojentos que conheço, só ao nível dos actos imputados ao nosso Primeiro, que tem nariz de Pai Natal, curiosamente, embora o feitio seja de Ebenezer Scrooge em todos os dias em que não é Natal.
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Referendos
Disse e Repito: 1 de Dezembro de 1640, ou de como não aprendemos com os erros
aqui. Arriba España!
Perdoem as gralhas, então não corrigidas, hoje também não estou para isso, tal como o Presidente do STJ, estão a chegar-me às bochechas demasiados papeis para ler para ontem.
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1º de Dezembro
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Os Minaretes banidos: o desrespeito pela cultura e pela estética ganhou
Os 57% de suíços que votaram contra os minaretes estão mesmo bem é com as vacas, no estábulo, as Wanderhösen e os relógios de cuco.
Mas vamos mais longe, o que é que se pode dizer de um país que referenda minaretes? No mínimo, estética: zero; neutralidade: o tanas.
Aposto que se referendarem a vaca Milka a bicha vai a Presidente da Confederação, com a vantagem de não se poder pronunciar sobre sigilo bancário, nem qualquer assunto de interesse. O animal nem tuge nem muge. Daquelas tetas mecânicas só sai chocolate de segunda, que é para não dizer chocolate de merda. Proponho a vaca Milka como o mais elevado símbolo da Suíça. Uma vaca Milka e, como brinde, um relógio de cuco, em cada lar, aldeia, vila, cidade, e sempre em lugar de destaque, para dizer com a paisagem. No Natal, com iluminação de deslumbrar qualquer parolo lá das montanhas a pique.
Eu até respeitava os suíços, apesar de serem uns chatos do pior. Agora só respeito 43%, sobretudo os da zona italiana, os únicos que são uns castiços e têm que gramar os outros e a sua mania da superioridade.
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Os suíços e os minaretes,
prefiro os minaretes
Talvez sirva para vender mais "Magalhães". É uma expomagalhães para grossistas, e eles a pensar que gozavam a estadia e não pagavam nada
O Sócgates tem tudo pensado. É como as vendas de timesharings: venha-nos visitar que recebe um faqueiro da Fátima Lopes e um conjunto de louça de António Tenente. O Magalhães é a Face Oculta da Cimeira, resta saber se há algum sucateiro electrónico por trás da coisa.
O primeiro-ministro, José Sócrates, fez da sua primeira intervenção na Cimeira Ibero-Americana «um momento de promoção» do computador Magalhães, presente na mesa de trabalho dos 22 Chefes de Estado e de Governo.
Durante mais de cinco minutos, Sócrates apresentou o Magalhães como sendo «o primeiro grande computador ibero-americano», dizendo mesmo que é uma «espécie de Tintim: para ser usado desde os sete aos 77 anos».
«Não há um computador mais ibero-americano do que este, desde logo porque se chama Magalhães - e não há nome mais ibero-americano do que Magalhães», disse, acrescentando que todos os seus assessores usam diariamente o Magalhães para o seu trabalho.
FONTE: Portugal Diário
O primeiro-ministro, José Sócrates, fez da sua primeira intervenção na Cimeira Ibero-Americana «um momento de promoção» do computador Magalhães, presente na mesa de trabalho dos 22 Chefes de Estado e de Governo.
Durante mais de cinco minutos, Sócrates apresentou o Magalhães como sendo «o primeiro grande computador ibero-americano», dizendo mesmo que é uma «espécie de Tintim: para ser usado desde os sete aos 77 anos».
«Não há um computador mais ibero-americano do que este, desde logo porque se chama Magalhães - e não há nome mais ibero-americano do que Magalhães», disse, acrescentando que todos os seus assessores usam diariamente o Magalhães para o seu trabalho.
FONTE: Portugal Diário
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O vendedor de Magalhães
Rais Parta a inutilidade suprema,
a Cimeira Ibero-Americana, nem sequer Hugo Chávez y sus muchachos lá estão! É só despesa para nós e ostentação inútil para o abjecto Primeiro. Para os participantes, é uma escapadinha de três dias, com tudo incluído. Podem ser que sejam poupados à fdp da gripe A.
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Cimeiras
domingo, 29 de novembro de 2009
A culpa é do Privada
Colocou a quinta à venda e disse que ia abrir um Café com a Amélia. Entusiasmei-me. Abri um Café sozinha, já que o Cris não quis que eu fosse sócia. Passei o dia a cozinhar. De madrugada, tinha grande reputação e menos de metade do dinheiro investido. Passei o dia naquilo. Esturriquei hamburgers, fiz bolo de morangos, tarte de abóbora, pêras caramelizadas, ainda tenho um peru no lume, ficou a assar toda a noite. Quando me deitei, doíam-me as costas, os dedos, os pulsos e choravam-me os olhos.
Não admira que tenha sido chamada a Belém. O Senhor Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, estava furioso comigo. Que eu não cumpria os meus deveres de cidadã responsável, que passara o dia a brincar com joguinhos de crianças, que tivesse juízo e deixasse de imediato o CafeWorld. Eu protestei, que era fim-de-semana, que não tinha que se meter na minha vida pessoal, que ainda estava convalescente, que não me podia falar como pessoa que se conhece de longa data porque nunca me fora apresentado mas apenas como representante institucional e que o Estado não tinha nada que ver com os meus hobbies.
Aí, ele passou-se e puxou-me a gravata a ponto de me esganar. Acordei sobressaltada. Devo estar mesmo mal para sonhar com o Senhor Silva! E ainda tenho que ver se o peru não esturricou.
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Sonhos e pesadelos
sábado, 28 de novembro de 2009
As Saphous e os Saphous (até mesmo o cão que uiva e passou a ladrar) gostaram de ver o campeonato da 2ª circular,
tudo cabisbaixo, nem um golo para aquecer. Os verdocas, moralizados por terem vencido aos Pescadores da Caparica, aguentaram-se, e os voadores baixos são a única equipa das ditas grandes deste pequeno país que ainda não ganhou nada mas já perdeu uma Taça. Provaram que não são "invencivéles, em jorgês. Os dragões agradecem a falta de emoção e os bracarenses também. A Capital ficou mais deprimida. Aquela coisa é um derby? Então eu sou uma majorete da Sagres.
De qualquer modo, Mister JJ, fica-lhe mal culpar a relva, afirmando, em jorgês:" Este relvado não proporciona qualidade de jogo". Afinal, a culpa de estar em 11º não é do SCP, a ser coerente na sua argumentação, os verdocas têm contra eles é o factor relva sempre que jogam em casa.
Suponho que o relvado de Guimarães também não tenha agradado a Vexa, porque só proporcinou qualidade de jogo para um dos lados, o do grande emotivo Vitória de Guimarães.
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O derby cabisbaixo
Crónica de VPV
Portugal por uma pena
Por Vasco Pulido Valente (Público, 28/11/09)
Os deputados são eleitos pelo povo e, em boa teoria, só o povo os pode punir e de uma única maneira - não votando neles na eleição seguinte. A liberdade é essencial ao cumprimento do seu mandato e à dignidade da sua posição soberana. Sucede que nunca ninguém respeitou os deputados portugueses. Suponho que em parte pela sua origem. Escolhidos pelo chefe ou pelo "aparelho" não devem nada, ou quase nada, a si próprios. Podem, por isso, ser tratados sem cerimónia como pessoal menor. Por outras palavras, com arrogância e com desprezo. Quando estive na Assembleia (seis meses depois do "cavaquismo"), as "condições de trabalho" (que, de resto, não existia) eram vexatórias. Mas ninguém parecia incomodado e muita gente parecia feliz. Talvez pelo título ou pelo dinheiro (aliás pouco), que ganhava na ociosidade.
No tempo em que os frequentei, estes "pais da Pátria" tinham um grande interesse: explorar até ao fim os pequenos privilégios, que o Parlamento lhes dava: viagens (com, ou sem, o chamado "desdobramento"), faltas justificadas por uma alegação inverificável e ambígua, duplo emprego e misérias do género. Havia faltas, claro - como já não havia, por exemplo, na universidade. Mas só formalmente. Com a consumada desvergonha indígena, bastava assinar um livro, guardado por uma secretária ou um contínuo, para estabelecer a presença, em princípio obrigatória, a qualquer sessão. A seguir, cada um ia à sua vida ou, se ficava em S. Bento, ficava a fazer horas pelas bancadas, lendo ou conversando. Tudo aquilo funcionava como funcionaria uma escola secundária indisciplinada e barata.
Agora, Jaime Gama, que - segundo corre - alimenta ambições presidenciais, resolveu pôr a casa na ordem. Com um cargo essencialmente simbólico, não lhe assiste qualquer autoridade para essa operação. O que não o impediu de perorar sobre os "deveres parlamentares", nomeadamente sobre o "dever de assiduidade", de exigir um "visto" oficial para certos tipos de faltas (não ao plenário, evidentemente) e de proibir certas benesses muito apreciadas (o "desdobramento" de algumas viagens, em primeiro lugar). Perante isto, o Parlamento (incluindo o grupo socialista), que sempre obedeceu sem mugir nem tugir aos chefes dos partidos, teve um sobressalto e uma revolta. Votar como lhe mandam não ofende a deputação do país. Prescindir da hipocrisia, da trapalhada e da borla não admite. A história é triste. É Portugal por uma pena.
Os deputados são eleitos pelo povo e, em boa teoria, só o povo os pode punir e de uma única maneira - não votando neles na eleição seguinte. A liberdade é essencial ao cumprimento do seu mandato e à dignidade da sua posição soberana. Sucede que nunca ninguém respeitou os deputados portugueses. Suponho que em parte pela sua origem. Escolhidos pelo chefe ou pelo "aparelho" não devem nada, ou quase nada, a si próprios. Podem, por isso, ser tratados sem cerimónia como pessoal menor. Por outras palavras, com arrogância e com desprezo. Quando estive na Assembleia (seis meses depois do "cavaquismo"), as "condições de trabalho" (que, de resto, não existia) eram vexatórias. Mas ninguém parecia incomodado e muita gente parecia feliz. Talvez pelo título ou pelo dinheiro (aliás pouco), que ganhava na ociosidade.
No tempo em que os frequentei, estes "pais da Pátria" tinham um grande interesse: explorar até ao fim os pequenos privilégios, que o Parlamento lhes dava: viagens (com, ou sem, o chamado "desdobramento"), faltas justificadas por uma alegação inverificável e ambígua, duplo emprego e misérias do género. Havia faltas, claro - como já não havia, por exemplo, na universidade. Mas só formalmente. Com a consumada desvergonha indígena, bastava assinar um livro, guardado por uma secretária ou um contínuo, para estabelecer a presença, em princípio obrigatória, a qualquer sessão. A seguir, cada um ia à sua vida ou, se ficava em S. Bento, ficava a fazer horas pelas bancadas, lendo ou conversando. Tudo aquilo funcionava como funcionaria uma escola secundária indisciplinada e barata.
Agora, Jaime Gama, que - segundo corre - alimenta ambições presidenciais, resolveu pôr a casa na ordem. Com um cargo essencialmente simbólico, não lhe assiste qualquer autoridade para essa operação. O que não o impediu de perorar sobre os "deveres parlamentares", nomeadamente sobre o "dever de assiduidade", de exigir um "visto" oficial para certos tipos de faltas (não ao plenário, evidentemente) e de proibir certas benesses muito apreciadas (o "desdobramento" de algumas viagens, em primeiro lugar). Perante isto, o Parlamento (incluindo o grupo socialista), que sempre obedeceu sem mugir nem tugir aos chefes dos partidos, teve um sobressalto e uma revolta. Votar como lhe mandam não ofende a deputação do país. Prescindir da hipocrisia, da trapalhada e da borla não admite. A história é triste. É Portugal por uma pena.
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Crónicas de VPV
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Hemisfério Norte
Piso a palavra em quadrados da escrita
Piso de raiva os sonhos caídos da puta da vida
Piso o vómito na entrada do bar
Piso as sombras
Piso a rima mais a beata devota
Piso os sistemas capitalistas
Piso o plágio
Piso o G20
Piso a pena de morte
Piso a escória do fútil
Excelente! Digna de ser publicada em Diário da República, esta rebelião enQUADRADA de Hemisfério Norte.
Piso de raiva os sonhos caídos da puta da vida
Piso o vómito na entrada do bar
Piso as sombras
Piso a rima mais a beata devota
Piso os sistemas capitalistas
Piso o plágio
Piso o G20
Piso a pena de morte
Piso a escória do fútil
Excelente! Digna de ser publicada em Diário da República, esta rebelião enQUADRADA de Hemisfério Norte.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Companheiros solitários permanentes há seis dias, apesar de separados por dezenas de portas
Eu já uivo
E o cão chora
E o cão chora
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desespero
Da arte de quebrar feitiços, transmitida por gerações e gerações via paterna
Naquele torpor do adormecer, Saphou vira-se para um lado e para o outro. Não está confortável em posição nenhuma. Será da febre?
De repente está na quinta, a tratar dos animais, mas ao apanhar os ovos de 15 galinhas, o seu cérebro transforma-se. Começam a crescer flores, que vêm muito de dentro e estão prontas a ser colhidas. Mas não são umas flores quaisquer, são uma espécie de plumas, feias, todas do mesmo tamanho, a cabeça tem a aparência de uma seara de centeio. Ter-se-á transformado num galináceo? As teias também não a deixam ver muito bem. Cacareja. O cão separado por dezenas de portas uiva. Má sorte, diz o povo.
Nessa altura, ouve uma voz que lhe diz que foi embruxada por alguém com poderes idênticos ou mais fortes dos que arrumaram com CR7 que agora é CR9.
-Usa a fórmula, usa a fórmula, repete a voz ao longe.
Num esforço de memória, a pouca que lhe resta, começa mentalmente a lengalenga que tantas ouviu da voz marota do pai:
"Eu te benzo,
Eu te talho
Com três palhas alhas
Com três peidos
Dados pela Rita Marmalhas,
Um meu,
Outro teu,
Outro de Maria Gabriela,
Merda para ti,
Merda para ela"
Seguem-se eructações e outras formas de libertar flatulência.
Acorda de vez, excitada pela febre, ou porque bebeu água a mais, muitos líquidos, recomendou o médico, não sofre da próstata como o Privada, nem são seis da manhã.
Micta litros, volta para a cama. Porra, não resultou, continu embruxada, agora sujeita a ser excomungada. A febre mantém-se. É melhor tomar um Benuron, de preferência do xarope que ainda tem, antes que o retirem do mercado, só porque não é cor-de-laranja, tem o tom mais outonal, para o castanho. Os tipos do PS e o nosso Primeiro estão metidos nisto, pela certa.
E o sono continua cheio de sonhos estranhos de que não se lembra e acorda às 6 horas e ponto para ir mictar. O Privada tem poderes. Até o tipo de letra mudou e não sabe como voltar à letra antiga.
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Pesadelos ou insónias
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Receitaram-me o Tico, já que os medicamentos não resolvem o problema
Homem, 21 anos de idade, otima aparencia 1, 89 altura 86kg. Não musculoso, otimo portugues, não fala girias, estudante universitario, alto nivel, atende abc paulista, grande sp, e interior de sp também, disponibilidade para viajens nascionais e internascionais. Ingles em andamento. Preferencia por mulheres mais velhas.
Mas para quê o Tico gigolo, com o custo acrescido da viagem internascionau, quando a oferta gratuita excede largamente a procura? As quarentinhas e quarentonas são muito desejadas. Então com aliança, upa, upa.
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Gigolo
Livin' la vida loca
Desvirgulemo-nos virtualmente, amiga. Este som ressuscita o pior dos quebrantos. Não dá para colocar o video porque o menino desvirgulante não deixa. E até está prontinho para o massacre.
Be my guest Sweetie.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
À Espera II
Tolhida pelo medo da incerteza da doença e pelas ameaças concretizadas que tinha sofrido, quando tinha 38º de febre, sobretudo aquela bofetada que a fez rolar pela cama e cair estatelada, vendo estrelas no percurso, tudo tão rápido que nem sabia o que lhe acontecera, encerrou-se ainda mais no quarto à espera. À espera que fosse tudo um pesadelo de que ia acordar. Mas não. Era a realidade. Viu-a no espelho, sente-a na cara dorida e roxa, até hoje. A febre do fim da tarde também continua a visitá-la e a deixá-la em desespero. Não sabe o que tem, nem eles sabem. Que tem que ter paciência, ficar à espera.
Enquanto esperava, naquele dia em que o seu pequeno mundo desabou, em pleno desespero de taquicardia e tensão alta, à espera do inevitável AVC ou enfarte, rodou a chave, tomou vários comprimidos e pediu ao pai morto que lhe segurasse a mão, tal como ele lhe pedira enquanto vivo um dia antes de morrer.
-Fica comigo meu pai, não tenho quem me proteja, sussurrou-lhe, enquanto estendia a mão e chorava devagar no escuro. Tinha fome mas não ousava sair do quarto. Tinha sede, mas tentou esquecê-la.
No sono pesado da febre e dos calmantes, apareceu a avó Joaquina. Ficou tão confortável. Convidou-a para irem pescar no rio Tua e lá foram as duas.
A avó ria-se do medo dela ao colocar os pés descalços dentro de água. Ela tinha medo das cobras e dos sapos e de tudo aquilo por baixo dos seixos.
Pescaram peixes de todo o tipo, bogas, tainhas, enguias...mas a avó procurava um peixe especial, um peixe mágico. Disse-lhe para fazer pouco barulho, caso contrário ele fugia.
Com uma rede de apanhar borboletas a avó viu-o e zás, meteu-o dentro da rede.
Mas na rede,em vez de um peixe colorido vistoso, estava uma frase em latim que ela não entendia, qualquer coisa do tipo Litterarum radices amarae, fructus dulces.
-Ó avó, isto são letras, como é que é um peixe? A avó não chegou a responder.
Ela acordou, às seis da manhã, toda suada, de novo apavorada, com uma taquicardia assustadora, e calou o medo e esteve assim até todos eles irem embora. Não queria ser mais maltratada e não queria maltratar com o impulso da raiva.
A espera continua...
Melhor do que ela está o Oliveira e Costa, ao menos em prisão domiciliária, numa casa de luxo, pode circular por todo lado, jardim de inverno incluído, e não tem febre, nem risco de apanhar gripe A, fora o dinheiro a salvo em offshores e na Suíça.
Já para não falar do bem falante digno representante da classe, frequentador da high society londrina, em tempos presidente desse nobre clube que ontem mostrou vergonhosamente não ser "invencivéle", em jorgês.
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À espera
sábado, 21 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
À Espera.
Outra vez. Mas agora a espera era só dela, solitária como breu. Todos tinham saído, para festas, cinemas, reuniões, noites em casa de amigos. Estava só com o seu medo. Talvez alguém noutra dimensão etérea a protegesse, pensava, ou talvez não ela tivesse que acreditar nisso para seu consolo. Esperava voltar. A incerteza e a febre toldavam-lhe o raciocínio, faziam-na chorar rios imaginários de água salgada. Ou ficar apática. Corada. Arrepiava-se e ardia com frio. O corpo dorido queixava-se. O futuro incerto. Restava a espera. De novo lhe vinha à mente aquele livro que lhe deixou marcas: "À Espera". Todos à espera, hoje era a vez dela. E a de um número imenso de gente. Uma humanidade inteira à espera, ironicamente, para nada.
Afinal não estava só com o medo. O cão rafeiro do vizinho também fora deixado em casa. Uivava e raspava com as patas. Dizem que uivar de cão é má sorte. E as paredes do medo avolumavam-se. Pudesse ela agarra-lo em carinhos, mas estavam separados por dezenas de portas, algumas fechadas à chave e não tinham como abri-las.
...
Parabéns Funes, adoro-te. Apesar de estar fora da festa. Mas tornei-me numa outsider. Há muito.
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À espera
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Nitch, a Pulga Amestrada.
A manhã acordara-a da noite mal dormida com um tímido e morno raio de sol infiltrado sem pré-aviso pela portada entreaberta. Não era hábito assim pernoitar mas a liberdade conseguida com a ocupação a solo do leito conjugal, facultara-lhe o seu próprio contento. Afigurava-se um dia distinto na sua irrepreensível equidade. Não ouvira antes de adormecer a recorrente pergunta, se já dorme, assim como não respondera negativamente, explicando que apenas treinava para morrer. Ninguém lhe perguntaria se já acordara e abster-se-ia, assim, da respectiva refutação, respondendo que não, que se mantinha na posição eréctil apenas por uma questão de sonambulismo. Palavras de matar o silêncio confundindo-se com gestos repetidos e gastos pela erosão do desamor e pela aridez da obrigação. Alguém, importando-se com aquele silêncio, perguntara da sua razão. Respondera, com um sorriso exangue nos olhos, que se deve falar se alguém nos ouvir, caso contrário, seremos tidos como loucos. A ideia de que quanto mais falasse, menos seria ouvida, avolumara-se no entendimento atingindo proporções faraónicas e remetendo-a ao mais profundo claustro social. O vazio da inércia ocupara o espaço até então transbordante de cor e o ínfimo sopro de vida sobrevivente naufragara num branco esquálido e obtuso que, ordeiramente, a leva pela mão, à loucura.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Azorina Vidalli, beleza endémica açoriana
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Conheça outras endémicas e as infestantes aqui, clicando nas imagens para aumentar e apreciar a beleza. A esta hora Saphou fica bucólica.
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Saphou e a biosfera
Nunca me sinto só, disse ele
tenho uma família de piolhos que me acompanha para todo o lado.
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Disparates
O (lícita ou ilicitamentente) Escutado,
Clique na imagem para aumentar, ou veja melhor aqui.
em 1986, na Covilhã, era considerado um provinciano bem vestido. Reparem na beleza da textura do fato, nos colarinhos e na gravata, tudo a fazer pendant com as sapatilhas, a cara e o penteado. Um espectáculo! Nem a tola da Paula Bobone conseguiria competir com este estilo. Mais valia ter permanecido assim e, de preferência, na Covilhã (as gentes da Covilhã que me perdoem).
em 1986, na Covilhã, era considerado um provinciano bem vestido. Reparem na beleza da textura do fato, nos colarinhos e na gravata, tudo a fazer pendant com as sapatilhas, a cara e o penteado. Um espectáculo! Nem a tola da Paula Bobone conseguiria competir com este estilo. Mais valia ter permanecido assim e, de preferência, na Covilhã (as gentes da Covilhã que me perdoem).
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O jovem Sócgates
Saphou, vidente, assistente do vidente Funes
Prevejo que logo há jogo da Selecção na Bósnia. Prevejo insultos, cuspidelas, pancadaria, veryheavies e outros foguetes a cair na erva rala, se é que aquilo tem erva. Só não consigo prever se no fim do jogo ainda haverá jogadores da selecção, já que os bósnios, uns gentlemen, "vão atacar como lobos esfomeados" e "é uma questão de vida ou morte". Se bem que o Pepe e o Bruno Alves também são capazes de matar alguns na batalha campal em que se vai transformar o jogo. Aliás, já vimos o Pepe em acção. Uma mais-valia. Pena que João Pinto não integre o grupo. Se Portugal ganhasse, coisa que só posso prever mais para o fim da noite, um grande final seria um arremessar de bombas imediatamente a seguir ao apito final. Ora aí está, ganhar sem ir lá para as Áfricas. Seria, além do mais, um grande argumento para um filme de um qualquer realizador português, por exemplo, o do "Trio de Ataque". Se perdessemos, também seria um final apoteótico e igualmente um argumento de primeira para o próximo sucesso de bilheteira. E os mórbidos nojentos do mundo inteiro iriam babar de entusiasmo. Confesso que gostava de ver os ninjas da GNR a actuar. Mas a minha entidade patronal é mesquinha e nem o jogo me deixa ver.
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Selecção,
sobrevives ou não
Quem é que é um pregador seriamente empenhado em espalhar a sua religião?
Muammar Kadafi. Nem mais. Dispõe-se aos mais árduos sacrifícios, tudo para bem do Islão.
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Kadafi e as modelos italianas
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Sociedade abjecta
Depois de uma noite de insónias, lá me levanto penosamente e vou trabalhar a conduzir o carro de substituição que o concessionário teve a amabilidade de me emprestar. O Honda Jazz está ligado na Rádio Comercial, já vinha assim e assim deixei ficar. Às tantas, ouço o seguinte anúncio: não perca as últimas horas de vida de Robert Henke, tudo na Lux, já nas bancas. PQP a Lux e a morbidez mesquinha de quem a compra para saber o que sofreu o jogador antes de se decidir pelo suicídio. São os mesmos que se reúnem à volta de um acidentado na estrada, um morto por afogamento, ou que fazem círculos apertados a impedir a respiração de alguém que acabou de ter um enfarte. Com a diferença de que pagam e há revistas rosa a lucrar. A morte e o sofrimentos são grandes negócios. PQP os tipos que insistem em cultivar o gosto pelo mórbido inato a esta merda chamada ser humano que de humano tem pouco ou nada. Prefiro os cães. Ou mesmo os desgraçados dos Minipigs. Bem, não tanto. Os Minipigs não.
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Que nojo
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