quinta-feira, 30 de abril de 2009

Dinheiro vivo

Que expressão mais estúpida! De qualquer forma, eu quero dar uma festa e faltam-me fundos, aliás, já se vêem os fundilhos. Por muito estúpida que seja a expressão, agradeço que patrocinem a festinha com dinheiro vivo a fundo perdido, de preferência em saquinhos azuis ou malinhas.

Mudo-me para Cloughjordan

Estou farta desta merda, vou viver para uma ecovila irlandesa.

Funes, o aldrabão

Convenceu-nos a todos que ia a Samora Correia, lua-de-mel e blá blá blá. Na realidade, foi a Salvaterra de Magos receber das mãos de José Sócgates o diploma, obtido com suf +, no curso de ajudante de trolha, obtido ao fim de três anos e duas reprovações nas Novas Oportunidades. Todos viram, na TVI24, por isso é escusado dizer que é falso. Estava sentado na última fila, tentando disfarçar, mas foi apanhado pela câmara quando o nosso Primeiro Ministro entregou o diploma do 12º ano Senhor João André, de 85 anos. Aliás, só mesmo com magia é que conseguiu passar, a localidade não foi escolhida em vão.
Eu, que sou um génio culinário, inscrevi-me nas Novas Oportunidades e consegui tirar o curso de chefe de cozinha, com mestrado em sopas, consumés e cremes, em seis meses, com sobressaliente cum laude. E tinha o Poder contra mim, já que foi em Sta Comba Dão. A mim, o seu amigo Sócgates não me deu qualquer diploma.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Doña Letizia, Carla Bruni, Sonsoles Espinosa y Michelle Obama


LONDRES I EMILI J. BLASCO
Publicado Miércoles, 29-04-09 a las 10:50
El juicio ha sido bastante unánime. La presencia de Carla Bruni en Madrid ha ayudado a redescubrir a Doña Letizia, y puestas así, una junta a la otra, la ganadora en elegancia es la Princesa de Asturias, de acuerdo con el criterio compartido de la prensa británica.
Tras un primer día con fotos de las dos en portada y en páginas interiores en varios diarios, hoy ha llegado el juicio más sereno. Para “The Daily Telegraph”, Doña Letizia venció por “K.O.”. Este diario conservador incluso se apiada de la pobre Bruni, que para poder rivalizar con la princesa española tuvo que ponerse unos zapatos de tacón que dejaban muy abajo a Nicolas Sarkozy.
“Ambas tienen una admirable pequeña parte posterior, así que dejemos que otros factores determinen la ganadora”, se publica hoy en las páginas arrevistadas del “Telegraph”, que se inclina por el modelo lucido por Doña Letizia.
Por su parte, “The Times” escoge a la Princesa de Asturias y a la esposa del presidente del Gobierno, Sonsoles Espinosa, como las damas distinguidas que más están imponiendo un estilo propio, sólo por detrás de la inquilina de la Casa Blanca. “A la inmensamente estilista consorte del primer ministro español se la ve amenudo con pantalones negros de pitillo, blusas con reforzadas hombreras y joyería dorada”, describe el decano de la prensa europea, que ya se fijó en Espinosa con motivo de la cumbre del G-20 de comienzos de mes, a la que no acudió.
En su lista de cinco mujeres que más están “fijando las tendencias”, el “Times” ni siquiera menciona a Bruni. A Michelle Obama y las dos españolas siguen la princesa Masako de Japón y Svetlana Medvedev, esposa del presidente ruso.


Face a isto, pergunto: estes tipos precisam de óculos? Nada contra Doña Leticia e Sonsoles, mas tratar assim a Carla Bruni? E já viram bem a Masako e a Svetlana Medvedev? A Michelle Obama no top da elegância? I rest my case.
E a princesa da Rania da Jordânia? E a nossa Vicky Fernandes?

Carla Bruni, con la Señora Zapatero, luce un otro modelito


Apontar é feio, mas não quando se trata de Carla Bruni !

¿cuál es la más bella? Visita de Estado de Carla Bruni a España


terça-feira, 28 de abril de 2009

Fazer tijolo está ultrapassado

Em vez de ser enterrado, ou ser simplesmente cremado, a moda é um tipo transformar-se num ou vários diamantes após a morte. Por poucos milhares de euros e graças a uma sofisticada transformação química, várias empresas garantem ao falecido reservar seu lugar na eternidade sob a forma de um diamante humano. A suíça Algordanza, líder no mercado, recebe em cada mês entre 40 e 50 urnas funerárias vindas de todo o mundo. O conteúdo é transformado em pedras preciosas. "Quinhentas gramas de cinzas bastam para fazer um diamante, enquanto o corpo humano deixa uma média de 2,5 a 3 kg depois da cremação", explica Rinaldo Willy, um dos co-fundadores do laboratório onde as máquinas funcionam sem interrupção 24 horas por dia. Cada tipo que empacotou pode gerar uns 5 diamantes, ou mais, o que dá para distribuir para toda família. Os restos humanos são submetidos a várias etapas de transformação. Primeiro, transformam-se em carbono, depois grafite. Em seguida, são expostos a temperaturas de 1.700 graus, finalmente transformam-se em diamantes artificiais num prazo de quatro a seis semanas. Na natureza, o mesmo processo leva milênios. "Cada diamante é único. A cor varia do azul escuro até quase branco, sendo um reflexo da personalidade", comenta Willy. Uma vez obtido, o diamante bruto é polido e talhado na forma desejada pelos familiares do falecido, que depois o podem usar, por exemplo, num anel ou num colar. Se lhe fizerem perguntas sobre o falecido, sempre poderá dizer: "É uma jóia!". Se lhe roubarem o diamante é que surge um problema, vai ter que gritar: "Roubaram o defunto, pega que é ladrão!" O preço desta alma translúcida oscila entre 2.800 e 10.600 euros, segundo o peso da pedra (de 0,25 a um quilate), o que, segundo Willy, vale a pena, já que um enterro completo pode custar até 12.000 euros na Alemanha, por exemplo. A moda tem tudo para se tornar num grande negócio, já que, entre outras vantagens, acaba por ser mais económico transformar o morto em jóia. A indústria do "diamante humano" está em plena expansão, com empresas instaladas em Espanha, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos. A mobilidade da vida moderna é propícia para o sector, explica Willy, que destaca a dificuldade de se deslocar com uma urna funerária ou o melindre provocado por guardar as cinzas de um falecido na própria casa.
P.S. A informação chegou-me via e-mail, limitei-me a ajustar para português do velho continente e a certificar-me acerca da sua veracidade.
Acrescento que se isto fosse mais popular há uns tempos, as cinzas do avô do Fernas escusavam de ter ido pela sanita abaixo, uma vez que a mulher a dias achou que a jarra estava com pó a mais.

Apetece-me bater em Funes, o bonzinho

Não consigo evitar, quando ele se auto-proclama o bonzinho, gera-se este efeito em moi. Mas, pensando nele, o máximo que consigo quanto a molhar a sopa é agarrar-lhe a cara e puxar-lhe as bochechas. Blimunda, na sua infinita sabedoria, tem razão, não sou uma Pepe em potência, (admitindo que Pepe estava normal, o que não acredito) . Passar à fase seguinte e arrancar-lhe as bochechas à dentada, seria como desfazer um peluche. Não consigo. A menos que me coloque numa situação de incapacidade acidental (como aquela em que Pepe visivelmente estava e o Real Madrid não quer que se saiba?)

Nunca se metam com O Panda vai à Escola

Aquilo tem mensagens subliminares. Eu fui uma cobaia. Cumprindo meu dever cívico de alertar a população para o grau de imbecilidade do DVD, fui duramente atingida. Já é o segundo dia em que dou comigo a acordar e a cantar "eu vou cómór, cómór, cómór, lóronjós ó bónónós", de longe o meu verso preferido. E a melodia não me sai da cabeça. Por favor, não cliquem, não ouçam, não visionem o post abaixo mencionado. Terei que pedir perdão à galinha anoréctica e pedrada com coca de qualidade duvidosa, que não se sabe se é galo? E também ao polvo pedrado com coca e atacado pela urticária, dada a má qualidade da droga que só lhe dilatou uma pupila? E às crianças das mais diversas cores, meninas e meninos? E ao relógio, por ser 1h 15m, e não me parecer adequado comer só fruta àquela hora, caso seja p.m., ou ser manifestamente indigesto comer laranjas e bananas àquela hora, caso seja a.m.?No que me fui meter...

Deviam castigar com duras penas, fazendo-os comer aquela porcaria por um funil,

os tipos que fazem os cartazes publicitários do Continente e os tipos que tiveram a infeliz ideia de os colocar na traseira dos autocarros dos STCP (à maneira da publicidade agora usual na traseira dos jogadores e jogadoras, de que espero falar um dia). Ontem, já sem voz e arrasada, preparava-me para vir a casa comer qualquer coisa mais substancial num breve intervalo de 30 minutos. Não me chegou ter que gramar com um autocarro à frente durante quase um quarto da viagem, mas lá estava o cartaz a anunciar os produtos essenciais a preços fixos sempre baixos. Continha duas travessas de carne crua picada, uma de vaca, outra de porco, à esquerda, em jeito de montanha cerebral, umas batatas cruas ao centro, e uma travessa de peixes por cozinhar, com ar de carapaus gigantes, com os olhos já entramelados, mas também podiam ser douradas ranhosas de um viveiro suspeito.
Dei meia volta, tirei um Kinder Schokolade da máquina manhosa que me costuma ficar com o troco, ou reter o produto adquirido, que só desce ao segundo ou terceiro pagamento, e retomei a maratona.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Jacob Zuma

Quem deverá ser a Primeira Dama da África do Sul, uma vez que o Presidente zulu Jacob Zuma tem duas resistentes, das quatro com quem casou?

Isto de trabalhar

com horário de trabalhador fabril na época da Revolução Industrial (hoje foram cerca de 11 h e 30 m) arruina qualquer blog. Hoje nem consigo embirrar devidamente com o Sílvio Cervan.

domingo, 26 de abril de 2009

Que se pode dizer de um país em que o nº 1 do top de vendas em DVDs é este?

Afinal, quem são os descendente vivos da linhagem do Santo D. Nun' Álvares Pereira?

Nuno da Câmara Pereira? D. Duarte de Bragança? ou o auto-proclamado santinho, da minha devoção, Arlindo do Rego?
Isto está a ficar uma confusão. Espero que não ultrapasse o número das reclamações de paternidade atribuída a Fernando Lugo, Presidente do Paraguai, pelos vistos nada dado à castidade enquanto era ainda bispo. É bom que se esclareça rapidamente a questão, para manter a elevação do momento. Uma coisa é certa, para os três pretendentes à descendência: Santos da casa não fazem milagres.

sábado, 25 de abril de 2009

Onde é que estava no 25 de Abril de 1974?

Na que hoje é a Casa Museu Carmen Miranda, protegida, com a alegria própria da puberdade, na companhia da minha mãe e do meu pai. Lembro-me de ir à sala de estar e ligar a televisão, antes de ir para o Ciclo Preparatório do Marco de Canaveses, tinha aulas mais tarde. Notei algo de estranho. O pivot estava com um ar amedrontado e anunciava a revolução dos Capitães. Não senti qualquer tipo de medo. Aconselhavam, no entanto, a não sair de casa porque era mais prudente.
Chamei os meus pais. Perguntei o que era aquilo. A minha mãe mostrou-se preocupada, porque o poder ia cair na mão das pessoas erradas. O meu pai disse:- "Já não era sem tempo!"
A confiança e o entusiasmo demonstrados pelo meu pai deixaram-me também confiante e entusiasmada. Os dois estávamos contagiados pelo idealismo dos Capitães de Abril.
Ainda fui até ao Ciclo, mas mandaram-nos embora. Naquele dia não havia aulas. Todo o resto do dia foi passado entre as brincadeiras com as amigas e a excitação das notícias.
O destrambelho que se seguiu à Revolução não atingiu a minha pequena família, exilados na província, onde nada acontecia, parecia tudo na mesma. Apenas notava algo de estranho quando vínhamos ao Porto ao fim-de-semana e tínhamos que gramar com as operações stop. Essa parte era chata. Lembro-me de uma vez que demoramos mais de 5 horas entre Santo Ovídio e a Ponte da Arrábida, numa altura onde por aquela auto-estrada era raro passar alguém (nesse tempo ainda havia resquícios da discussão acerca da utilidade de uma ponte construída num local onde poucos carros passavam). A minha mãe e o meu pai continuaram a exercer as suas profissões, como sempre. Desse ponto de vista, fui uma privilegiada.
Quando vim viver para Vila Nova de Gaia já os anos quentes tinham passado.
Volvidos 35 anos, mergulhada no Outono da vida, sem sonhos e decadente, estou em sintonia com a crise do país e do mundo. A consciência dos desmandos cometidos no tempo do PREC, a forma desastrosa (criminosa?) como ocorreu a descolonização, com réplicas até hoje -basta pensar no país inviável que é a Guiné, ou no que ainda acontece em Angola, já para não falar de Timor ou Moçambique, entre outros - deixam-me com uma vaga tristeza e sensação de desperdício.
Se tipos como José Sócrates, o pequeno ditadorzinho socialista arrogante e pretencioso, e Vital Moreia, o camaleão inquisidor, entre muitos outros do género, continuam a medrar, é inevitável a pergunta inútil de saber se o 25 de Abril valeu a pena. O poeta diz que tudo vale a pena, quando a alma não é pequena. Será que assiste razão ao poeta? Mais tarde ou mais cedo, sempre transitaríamos para uma democracia, pela pressão dos tempos. As coisas poderiam ter sido muito diferentes, tanto para o país, como para mim. Paciência. O passado é passado. No presente, o desencanto contaminou-nos. Pode ser que seja transitório.
Apesar de saber que houve terríveis dramas pessoais a par de imensas alegrias de outros, como é o normal curso das coisas, sempre me chocou a forma como o futuro havia de tratar duas pessoas que naquele dia estiveram frente a frente: Marcelo Caetano e Salgueiro Maia.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Duas questões existenciais

Duas questões me intrigam profundamente.

1ª ) Naturalmente que fico, no mínimo, desconfiada, quando alguém conclui, ao fim de tantos anos de democracia, e só no século seguinte, que Salazar não era pio, austero, sovina, com qualidades para ser idolatrado por gerações de beatas, mas era antes uma espécie de Casanova, o Casanova das botinhas, poder-se-á dizer.

2ª) Porque é que Dom Nun'Álvares Pereira, reconhecidamente um homem notável a todos os títulos (tirando o pecadilho já prescrito de ter contribuido decisivamente para a nossa independência), Beato Nuno de Santa Maria, só quase seiscentos anos sobre a sua morte é que vem a ser canonizado, e graças à invenção e uso habitual dos óleos de cozinha? Não fora o óleo Fula, Dom Nun'Álvares Pereira, o Santo Condestável de facto, nunca seria Santo de direito?

Las flores de Quique

Afinal, o que sabe acerca do cabeça-de-lista do PS?

-Qual o nome completo do irmão mais novo de Vital Moreira?
- O que é que faz Vital Moreira imediatamente quando acorda?
- Quem é o barbeiro de Vital Moreira?
-Qual a marca de óculos de Vital Moreira? Qual o mal da vista de que padece?
-Qual o nome do animal de estimação de Vital Moreira?
-Qual a alcunha por que Vital Moreira é conhecido na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra?
-Onde é que Vital Moreira se veste? Quem é que lhe compra a roupa?
-Qual a comida preferida de Vital Moreira?
- Onde habita Vital Moreira?
- O que é que sobressai mais na cabeça de Vital Moreira?

Se sabe 6 respostas ou menos, é um ignorante.
Entre 7 e 8, pode votar para as europeias.
Se acertar em todas as questões e subquestões, acabou de ganhar um ano de viagens no TGV, Coimbra-Lisboa-Coimbra, grátis.

Afinal, o que é que sabe do cabeça-de-lista da Tia Manela?

- Como se chama o cão de Paulo Rangel? Porquê? Qual a raça?
-Qual a música de que Paulo Rangel mais gosta?
-O que é que Paulo Rangel tem de mais importante na sala?
-Quantos telemóveis tem Paulo Rangel? De que marca?
-Onde é que Paulo Rangel se veste?
-Onde é que Paulo Rangel habita?
-Quem é o melhor amigo de Paulo Rangel?
-Quantas dietas já fez Paulo Rangel?
-Qual altura e o peso de Paulo Rangel?

Se souber 6 respostas ou menos, é um ignorante.
Se souber entre 7 e 8, está em condições de votar nas europeias
Se acertar nas 9 questões, incluídas as 3 subquestões, ganha uma Bimby.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Também nunca me tinha acontecido

A verdade é que hoje, farta de fazer botões e aturar caramelos, fui caminhar para retroceder no processo de obesidade que me vai atingir em breve. Ele não me quis acompanhar, estava a jogar Futebol Manager 2009, para descontrair das agruras do Citius, onde é já treinador do Nottingham Forest, o conhecido Zeca Bat' Ota. Entrei numa boutique, onde tenho um vale de crédito, porque o meu filho achou horrível o casaco tipo baseball que lhe ofereci e me permitiram trocá-lo pelo papelinho que me dá direito a n compras futuras. Assim, apesar de insolvente, posso continuar a consumir até esgotar o vale. Decidi provar umas calças de ganga e um casaco. Comecei por me dirigir contra o espelho, dando em cheio com a testa, com grande estrondo, porque confundi o espelho com a porta do vestiário. Tive direito a um pequeno galo. De seguida, muito a custo, consegui vestir as calças, aos saltinhos, mas não conseguia tirá-las. Tive que as comprar, não porque gostasse, mas porque não saiam. Como não diziam com a camisola que trazia, procurei uma blusa a condizer e um casaco, porque já estava a refrescar. Parte do vale foi-se. Também se foram as chaves do carro, a pen e um Xanax que tinha no bolso das calças que levei de casa e que caíram no chão do vestiário em todo o processo.
Só dei por ela quando, de novo, retomei a caminhada, com look completamente renovado. Ainda voltei atrás mas dei de novo com a cara, desta vez quase partia o nariz contra a porta de vidro que podia jurar que estava aberta.
Sem pen e sem forma de abrir o carro, como é que amanhã vou trabalhar às 8h e 30m? Pensei.
Desesperada, sentei-me numa casa de chá, para tomar uma infusão de cidreira, já que o Xanax ficara na loja. Mais calma, voltei para casa. Foi quando notei que deixara a roupa com que saira na casa de chá. Abri a porta da entrada e ele pergunta-me:
-Onde é que deixaste a roupa?

A verdade é que Pepe

sofre de esquizofrenia, que ainda não foi objecto de diagnóstico. Mas eu, Saphou, já sei. Foi um caso de personalidade múltipla. O próprio não consegue explicar. Diz repetidamente que não era ele que estava ali a fazer aquelas coisas. Vão castigar o esquizofrénico para esconder a esquizofrenia? Foi uma situação de incapacidade acidental. ´
P.S. Pode também ter sido uma trip má ou o último recurso para fugir de jogar na selecção.
......
Castchigaram o minino. Dez jogos. E o minino sofre de esquizofrenia. Scolari não estava lá para defenderrr o minino. Coitadjinho do minino que não é assassino, nem quis matarrr ninguém durante o jogo, embora não pareça.

Hoje é o nosso dia, ó vice-deus, Blimunda & Co.

Funes, não entendeu que hoje é o dia de todos nós? Basta escrever umas merdas para termos direitos de autor. Qualquer blogger é autor. Logo, faça o que lhe apetecer e institua que hoje é o dia do bife com ovo a cavalo, ou o dia da feijoada à transmontana, ou mesmo da framboesa, e afinfe-lhe. Ou então é o dia de nada ou o dia dos tipos que não gostam dos dias de qualquer coisa. Estou-me nas tintas.
Para mim, é o dia do bolo de chocolate negro com chantilly à parte, quase sem açucar se faxavor. Pode ser salpicado por umas framboesas, morangos e amoras. E porque é o dia de tudo a que tenho direito, vou acompanhá-lo com um vinho maduro tinto reserva ao copo e não com um cházinho, nem com fracote vinho branco disfaçado de chá numa chávena. Hic!
Também me agrada que, cumulativamente, seja o dia de colocar Croutons Leimer no creme de cenoura, alho francês ou tomate, nas modalidades, Kräuter, Zwiebel/Knoblauch, Käse, Tomate, ou, simplesmente, ungewürzt. E, já agora, venha a tábua de queijos para finalizar o dia.
P.S. O estado de uma mulher pode ser avaliado pela quantidade de emotional food que ingere. Acho que hoje vou bater no fundo. Hic!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Para assinalar o dia da Terra, the day after ou um exercício de pieguice

Ontem não fiz absolutamente nada. Mas pensei. Não por ser o dia da Terra, mas porque decidi não fazer nada. Mas valia ter participado numa qualquer campanha de reciclagem ou reciclar-me num SPA. Mas não. Estive a pensar. Fiquei melancólica.
Partindo da premissa que devemos fazer três coisas antes de morrer, a saber, ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore, ocorreu-me que ainda não estou em condições de empacotar.
Na verdade, livros já escrevi, mais do que um. É canja. E vendem-se.
Filhos já tive. Mais do que um. Quase morri, mas cumpri a segunda tarefa. Pelo menos, os tipos cresceram e estão quase a tornar-se adultos, segundo a lei. Medraram.
O problema está em plantar uma árvore.
Várias questões me assaltam.
O jardineiro do prédio, quando eu era administradora, plantou várias árvores que eu comprei e o condomínio não pagou. Escolhi o limoeiro, a laranjeira, a japoneira...indiquei-lhe onde as plantar. O homem cumpriu a tarefa. Reguei-as, cuidei delas, mas não resistiram ao vento norte à caca dos cães e gatos vadios. Uma a uma, morreram de pé. Posso considerar que estas árvores foram plantadas por mim através de representante? Mas não medraram. O medrar é relevante?
Mais tarde, trouxe um pequeno pinheiro mediterrânico, já plantado por algum jardineiro da casa de Serralves, para casa. Adoptei-o, dei-lhe um nome carinhoso, tornou-se o meu vegetal de estimação. Medrou e cresceu. Esteve dois anos na minha sala. Mudei-o de vaso várias vezes. Estava apaixonada. Escrevi-lhe poemas. Desenhei-o em várias perspectivas. Passei horas a pensar onde o plantar. Na Quinta do Lago, no Algarve, com vista para a Ria Formosa? No jardim do hotel? No jardim das casas onde passamos férias? Tomei a decisão fatal. Queria-o perto de mim. Não aprendi com a letra de Sting: if you love somebody, set him free (set him free está correcto e não set it free, porque era o meu pet) Plantei-o, ou melhor, mudei-o, do vaso, para o jardim do prédio. Protegi-o do vento norte, reguei-o meses a fio. Estava a medrar. Um dia negro, no entanto, o novo administrador decidiu limpar o jardim e, quando cheguei a casa do trabalho, o jardineiro carniceiro tinha decepado a pequena árvore. Nunca mais foi encontrado, no meio de uma montanha de erva e outras plantas. Dei um grito de angústia, quase bati no administrador. O certo, é que a árvore não medrou. E terá, tecnicamente, sido plantada por mim? O medrar era importante?
É certo que passei a compreender as pessoas que choram e deprimem quando lhes morre o gato ou o periquito, o cágado, o rato, o peixe ou o crocodilo de estimação. Pelas pessoas a quem morre o cão já tinha o mais profundo respeito. Compreendi um aluno que estava descontrolado no exame porque, mais do que não saber a matéria, tinha o nó na garganta de lhe ter morrido o gato naquele dia. Agradeci não ter colocado casos práticos com gatos que morrem atropelados ou de morte natural, naquele exame, como é hábito meu.
Durante anos não quis árvores. Eram apenas fonte de desgosto. Este Natal, todavia, trouxe uma caixinha de sementes da Casa de Serralves, com sementes de Sapin de Noël junto com uma pastilha de terra e um vaso minúsculo. Todos tiveram direito a um Sapin destes cá em casa, mas só o meu medrou. Coloquei a pastilha de terra no vaso, juntei água, a pastilha transformou-se em terra, coloquei as sementes e uma resultou num Sapin de Noël que tem agora cerca de cinco centímetros de altura. Ainda está na sala, que funciona como estufa. Será que já plantei uma árvore? Já posso bater a bota? E se o Sapin não medra? E ser fancês não é impedimento?
Espero ter alguma resposta para estas questões existenciais. Agora tenho que ir a correr para o trabalho. É que esta merda de post, embora com data de ontem, foi escrito às 13h e 27m de hoje. E hoje pego às duas na fábrica de botões da "Senhora Rocha, Unipessoal, Lda.", que está pior do que a Quimonda e não tem o Putin interessado em abotoar-se nela.

Uma nova regra da democracia socialista portuguesa

Ontem, fez-se história. José Sócgates instituiu uma nova regra democrática, que escapou a todos os comentadores:
Em democracia, cada um deve pedalar a sua própria bicicleta e nenhum cidadão deve pedalar a bicicleta alheia.
E eu que até gosto de pedalar a bicicleta do meu vizinho, que tem dois lugares. Não tenho nada contra o facto de o Primeiro Ministro não gostar de pedalar a bicicleta do Presidente da República, ou de este não pedalar a daquele. Não sabia, sequer, que tinham bicicletas e gostavam de ciclismo. Até pode ser que a bicicleta de Cavaco Silva seja uma granny's bike e Pinto de Sousa prefira uma mountain bike, porque é dado ao BTT. Mas isso é lá entre eles. Não me parece que algo decorrente de um simples gosto privado ou de uma animosidadesinha deva levar à criação de uma regra geral para o cidadão pedalante.
O Primeiro Ministro, com os seus apoios de sempre, que já não são "porreiro pá", mas "deixe-me dizer-lhe uma coisa" ou "oiça", seguidos do nome do interlocutor, acrescentou que a expressão é conhecida de todos, e até pediu perdão por a repetir na formulação positiva (cada um deve pedalar a sua própria bicicleta) e negativa (nenhum cidadão deve pedalar a bicicleta alheia).
Mais uma vez, o "Engenheiro" demonstrou o cabal domínio do inglês, neste caso na tradução de expressões idiomáticas comuns numa certa época nos EUA (everybody pulls his weight), demonstrando ser um liberal ultra conservador, ao nível de Archie Bunker. Quem diria? O socialista! Desta, nem Archie Bunker estaria à espera.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Suspeito

que Vital Moreira, pelo tom de voz baixo e arrastado, pela pronúnxia e pelo ar ensonado depois das 22h, tenha estudado num seminário. O tom de voz usual dos deputados causa-lhe, por certo, enxaquecas. Os tipos gritam demais. Então, quando guincha a Ilda Figueiredo, vestida de alface, há que tomar de imediato um Tramal. Mas é interessante, do ponto de vista psicológico, ver o Professor Doutor colocar o pupilo Rangel na linha, dizendo, inclusive, "que o julgava um jurista com algum mérito", que "é muito apressado a apreciar os factos", que julgava que ele "conhecia algo da história da ética republicana", entre outras. O homem domina Rangel, mesmo falando baixinho e não dizendo nada de jeito. Fala da cátedra coimbrã. Não interessa o conteúdo. O público delira. O académico consegue descontrolar Paulo Rangel, que demonstra um inesperado inconsciente temor reverencial e não domina o discurso como tão habilmente faz frente ao "Engenheiro" e como lhe é habitual. Força Paulo! Mas não. Tal como o camaleão, Vital Moreira está sempre parado e preparado para enrolar aquela presa. A irmã da Amélia desespera e pede que o público não aplauda. Isto hoje está com piada. Apenas Miguel Portas, que se está nas tintas para as cátedras coimbrãs, dá luta e ultrapassa o pseudo seminarista. Trata-o por tu, acusa-o de demagógico e manda-o ler o Tratado de Lisboa. Atinge o auge quando afirma: "Vai ler o Tratado, pá!". Isto, mesmo com a dor de cabeça provocada pelos guinchos de Ilda Figueiredo ao lado. Vital Moreira sabe que com este não tem hipótese: cala-se, recolhe ao canto. O importante, de quaqluer forma, era atingir o pupilo. Nuno Melo tem a sua graça e não teme, manda umas bocas com sotaque do noarte. Vá lá Paulo Rangel, mostre o seu valor. Tome um tónico. Marimbe-se para o peso da Universidade de Coimbra. Não tem nada a temer. E não lhe fica bem recorrer ao expediente fácil de que Vital Moreira usa a técnica estalinista. Nem os expedientes fáceis lhe são habituais. Até agora, lamento, mas Paulo Rangel 0 - Vital Moreira 1. O próprio Rangel reconhece que Vital Moreira é especilista na guerrilha das palavras. O complexo universitário é tramado. O Professor Doutor passou o tempo todo a puxar as orelhas ao licenciado, e este não conseguiu evitar.

Naturalmente

que uma conferência contra o racismo tem que dar sinais de racismo. Qual é o espanto? Senão para que era precisa a conferência? Arranjem um TOMTOM ONE, que é como quem diz, orientem-se!

Uma sogra exemplar

Estranhamente
preocupado, ele ofereceu-se para colocar uma tomada num candeeiro, com receio que a sogra caísse, uma vez que o electricista fizera uma ligação directa dos fios à ficha, estando assim o candeeiro permanentemente ligado e o fio a cerca de três centímetros de altura do chão.
Não se electrocutou, como seria de esperar, mas cortou-se em profundidade no polegar com o canivete suíço que o filho lhe oferecera.
Ela, genuinamente agradecida, ofereceu-lhe um prato de amendoins.

domingo, 19 de abril de 2009

Rui Santos

entende que a Liga deve castigar exemplarmente Paulo Bento (futuro Papa Paulo Bento I, segundo o vice-deus), por ter pronunciado três vezes a palavra "c três pontinhos", citando o conhecido comentador do caracol, quando estava indignado com o roubo de igreja de que fora vítima. Com c..., ocorre-me, por exemplo, cara, copo, colo, cama, casa, calo, capa, cana, cabo, cota, cubo. Não, Paulo Bento também não chamou cócó ao seu árbitro de paixão.
A palavra que Paulo Bento pronunciou, e por certo será obstáculo a que chegue ao cume papal, com muita pena do primo vice-deus, tem, no mínimo, c seis pontinhos e não é "chatice". Para efeitos eclesiásticos, parece-me grave. No futebol, faz parte do dicionário mais elementar. Só escandaliza Rui Santos, o padroeiro da Santa Ignorância. Quiçá não.Talvez a UEFA também se escandalizasse, como padroeira da Santa Conveniência.
O que é que Rui Santos dirá quando é sacaneado? É que só deve atirar pedras quem não tem telhados de vidro.
......
Chego do trabalho. Ligo a televisão. Quem vejo? O insuportável Silvio Cerván. Já nem Dias Ferreira, cada vez mais irrascível, o aguenta... e Guilherme Aguiar protege-se via video conferência. Apanho Cerván a afirmar que "a lesão de Lucho fez muita falta ao FCP"; que as pessoas só "ligam ao pormenor e esquecem a floresta". Poupem-me.
Já agora, amigo Guilherme Aguiar, amigos, amigos, pronúncia à parte. Diz-se "KIKÉ" não "KUIKÉ" Flores. Já que se escreve QUIQUE, a ser coerente, o meu amigo terá que dizer "KUIKUÉ".
"O Dia Seguinte" está pelas ruas da amargura. Mais de metade do programa é a discutir manguitos! Com a terrível agravante do Sílvio Cerván, que fala, guincha e ri-se. Se ao menos permanecesse calado...
Desisto deste programa. Está a transformar-se nos marretas do futebol, mas sem qualquer piada.
.........
Ao menos, no "Prolongamento" Pôncio Monteiro faz-me rir. Apesar do Doutor dos fígados e do traidor Seara, prefiro ficar por aqui.

Humor ao Domingo à noite: Allo, Allo

Domingos?

Paciência!

Ofereçam-me o que mais preciso

A senhora tem 76 anos e vê mal, para além de não conduzir há, pelo menos, trés décadas. Foi à Caixa Geral de Depósitos pedir à menina do balcão para a ajudar a fazer umas pequenas operações bancárias. A seguir, a menina ofereceu-lhe um "TOMTOM ONE".
Ela chegou a casa com aquilo e perguntou: o que é isto?
Nada mais, nada menos, que o novo, el nuevo, GPS, España-Portugal. Ficou na mesma, sem demonstrar qualquer emoção ou compreensão pelo aparelho. Mas as vantagens são notáveis.
A partir de agora, quando andar a pé, orienta-se! O problema é que para ler a coisa demora mais do que a chegar à padaria, a cerca de cinquenta metros de casa, à igreja, ao lado da padaria, e à farmácia, ao lado da igreja e da padaria. O supermercado é sempre a descer para a esquerda, passando pelo pomar, a cerca de uns cem metros de casa, e o médico sempre em frente, na mesma rua da morada, a cerca de duzentos metros.
No entanto, pode sempre indicar ao chauffeur de táxi qual o melhor caminho quando se deslocar à baixa, ou ao piloto do avião onde deve aterrar. Os tipos da Caixa Geral de Depósitos estão muito à frente na área da geriatria.

sábado, 18 de abril de 2009

The Reds

hehehe!

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Claras Manhãs

Hoje comunicou-me que já tem o jardim e a horta suficientemente regados. Um alívio. Não tenho que continuar a árdua tarefa de lavar o carro diariamente. É de esperar que o tempo comece a melhorar gradualmente, dada a relação causa efeito. Não esperem milagres, porque foi muita lavagem seguida. A melhoria será gradual.

Ou eu estou tola,

ou é o tipo da revista da imprensa, da RTP N, Rui qualquer coisa, ao dizer, comentando o "Sol", que "se é branco e está no frigorífico, é leite. E é isso que o Sol está a dizer, que é leite". Homessa! Se é branco e está no frigorífico, é leite?

Ao ver Manuela Ferreira Leite,

a discursar em Castelo Branco sobre o atoleiro socialista em que estamos, fiquei a pensar que é urgente que mude de cabeleiriro. O cabelo estava visivelmente a tresandar de laca a mais e baço. O cabeleireiro, por certo, é socialista. E se o champô for Rene Furterer, mude imediatamente e processe-o. O produto em causa deixa o cabelo num estado miserável. É um caso de "ganha fama e deita-te na cama". Mude para Kérastase, extra-volume. Fala a experiência de vida.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Saphou, a futeboleira

Obama pressiona a FIFA para que o mundial de futebol (soccer) de 2018 seja nos EUA. Laurentino Dias (aquele que em tempos exerceu advocacia durante anos sem ser advogado e por isso foi premiado com bilhete para o governo) a enfrentar Obama pela campanha da organização tem a sua piada. Só se Espanha tiver argumentos. Que nuestros hermanos nos valham. E não podemos esquecer a candidatura inglesa...
Eu, que sou confessadamente adepta do Pedroguense, os tubarões do futebol da distrital, estou muito preocupada com estas pressões. O meu ídolo pessoal é o ponta de lança do clube e a barbatana de tubarão que sempre faz com a mão quando marca golo.
Outro tipo que me fascina é Ulisses Morais a dissertar sobre a crise: "se podemos comparar a inflação com uma erecção, então podemos dizer que a deflação é a falta dela. Preocupa-me". Nenhum economista explicaria melhor o fenómeno. O homem é sabedor.
Já Quim, um poço de cultura, da deflação acha que: "é positivo".
A greve de fome do presidente do União Ericeirense, Mano Silva, preocupa-me. É um bom homem, a água e açucar, e só até segunda-feira. Empenhou bens pessoais e está desesperado. Álguem devia dar-lhe Prozac e depressa. Ou então uma marretada e alimentá-lo a soro, já que não lhe dão dinheiro. Não se pode é deixar morrer um homem bom por causa da merda da promiscuidade entre o futebol e as autarquias.
Se estamos nisto, a culpa é do Testas, do Sporting Clube de Pombal. E fujam do Luisão a cantar sem aparelho.
Por último, o conselho da semana, hoje para Quique Flores. Seguindo a doutrina de Mozer, digo-lhe para preparar as malas, uma vez que o Orelhas apareceu em público a dizer que confiava em usted a 100%. Diz a experiência que quando isso acontece o treinador está de saída. Não se preocupe, ainda pode ter uma carreira como modelo da Fátima Lopes.
(Fonte de inspiração: "Mais Futebol "TVI24)

Onde é que já se viu,

temos um Presidente da República que não sabe explicar à mulher o que é um ciclotrão, mesmo depois de ter obtido explicações na Universidade de Coimbra.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Conversas da treta, antes, durante e após, ou de como aturar adolescentes

- , está vermelho! Diz ela quando vamos para o restaurante.
-Vermelho é para andar mais depressa, respondo. E ouço:
-Famous last words.
......
No restaurante ele está animado, ataca para todos os lados. Vira-se para a irmã, que furou as orelhas, e acusa-a de blasfémia por ter "furado a obra do Senhor".
-Qual Senhor? pergunto.
-Não és cristã?
-Sou.
-Esse Senhor.
Ela entra na conversa.
-Tu também fazes a barba e o bigode. Então também cortas a obra do Senhor.
-Mas os pelos nasceram para ser cortados, defende-se ele.
-Sim, apoio-a. E pode haver outros Senhores. Por exemplo,os Sihks não fazem a barba, nem o bigode, nem cortam o cabelo. Obedecem a outro Senhor, mas não tocam na sua obra.
-SIC? Só conheço os canais 3, mulher, radical, notícias...
-É loira. Ó burra, os do turbante! Diz ele.
-Defendo-a. Há tipos com turbante que não são Sihks.
`...
Começa a atirar-me pedacinhos de pão.
-Pára, ainda me acertas nos olhos.
Ela incita-o:
-Ten points for the eyes.
Deixo de a defender.
-Há bocado, ao ver-te de longe sem óculos, parecias-me a Vanessa Fernandes. Ataco onde mais lhe dói: na extrema vaidade.
-Credo! Ela é mesmo feia, assim uma mistura entre um cavalo e um homem. Assusta-se com a hipótese de qualquer semelhança.
-E não sabe falar, mas agora tem hipótese, com as novas oportunidades, diz ele. E acrescenta:
-Devias ver, o Sebesta viu-a ao vivo e assustou-se, haaaaaa, até andou para trás, ela é mais feia do que na televisão.
-E a quantidade de palavrões que ela disse naquela reportagem? Adiantou ela.
Entro no campo.
-Porque é que os portugueses famosos no estrangeiro, excepto o Special One, ou não sabem construir uma frase ou são cães?
-Cães? diz ele.
-Sim o BO!
-Quem é que dá um nome desses a um cão?
-Os Obama, respondo.
- O cão é americano.
-Naturalizado. É um cão de água português.
-Oferecido por Kennedy. Acrescento.
-O morto?
-Claro, respondo-lhe, todos sabem que os mortos andam para aí a oferecer cães.
-O Senador, ó ignorante!
-Sabes que o que estás a comer antes estava vivo?
Pronto. Estragou-me o jantar. Atacou certeiro. Parei de comer a carne assada.
......
A caminho de casa:
-, you're odd, diz ele.
-Sou hot? Faço-me de parva.
- É odd e surda. Irrita-se. Não podes comer bolachas na casa de banho. É nojento deixar lá pedacinhos.
Inspiro-me.
-Tu sempre disseste que não te importavas de viver numa casa de banho. Devias ver a casa de banho de uma das casas onde vivi. Em Penafiel. Era maior do que a nossa sala de jantar. Tinha duas enormes janelas. Uma virada para o jardim, outra virada para a parte lateral da Igreja. Nessa casa de banho é que gostarias de viver.
O nível de bolha da conversa começa a cair abruptamente.
-Desculpa o palavrão mas, então, cagavas com vista.
-Estás desculpado, e disseste algo poético, lembrou-me "Um quarto com vista sobre a cidade"...um livro que em tempos li , um filme que em tempos vi.
-Poético? O que é que isso tem a ver?
-Nada. Associei. Agora estou a associar sinónimos do palavrão. Arrear o calhau, mandar um fax, ir ao milheiral, ir à horta...Porque é que os portugueses têm tantas formas para dizer o mesmo?
Ele acrescenta com um sorriso de água no bico: - Desculpa-me esta, de gosto duvidoso, mas na escola também dizemos: afogar o preto ou, se for muito, afogar África. Ultimamente está muito na moda ir afogar o Obama.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Milagre: o deputado Amélia acaba de falar

sobre as alterações à lei do pluralismo. Eu garanto que vi e ouvi (telejornal 22 RTP1). Estava com um casaco aveludado azul escuro. Pensei que Amélia só levantava a mão. Como me equivoquei. Perdoa amigo Amélia. Afinal, és deputado por mérito. Tu até tens a capacidade da fala!
....
BO, o cão de água de raça portuguesa, foi apresentado aos americanos. O cão, confessadamente o único amigo de Obama ("I finally got a friend"), é o nº1 português. Todavia, tem um contra, gosta muito de tomates, o que pode colocar em risco a horta de Michelle. Foi Obama que o disse, preocupado. Tem também uma fraqueza, para espanto dos donos, ainda não sabe nadar. Tipicamente português: o cão de água não sabe nadar.
....
BO e CR7 são estrelas, o resto é inveja.

A imponência do Dragão: farewell Champions!


O carrasco - the executioner

Podereis marcar um golo destes na selecção? Muito agradecidos, os outros portugueses, com muito fair play, dass.
Could you make a goal like this for the selection? We, the other portuguese, are very grateful, with loads of fair play, .uck you.

Meus caros,

se quereis que a chuva pare, é só dizer. Não tenho deixado de lavar o carro, desde o pedido de Claras Manhãs. Eu aviso: já está trovoada e vão começar as cheias.

Bo's expressions of agreement and disagreement

Paulo Rangel- Yeah - Xim!
UEFA- woof, woof - au, au, au,au
Platini- fuck - buuuuuuu!
FCP/Man United- hauuuuuuuu- auuuuuuu

terça-feira, 14 de abril de 2009

O Menu -The Menu


Questões

Ele coloca a questão retórica:
-Os tipos da Coreia do Norte... não percebo, estão sempre cheios de medalhas, recebem uma medalha cada vez que vão à casa de banho? É que, para além da guerra da Coreia, não me consta que haja algo mais de relevo a mencionar...

Evidências

Quando se está à beira do abismo, é só dar mais um passinho. Já não há nada a perder.

domingo, 12 de abril de 2009

O almoço

Estava a família mais próxima toda reunida. Paterna e materna. A avó Rita fizera aquela carne assada com batatinhas redondas pequeninas. Já tinha saudades de cozinhar. O avô Manuel dizia mal da televisão. O pai estava à cabeceira da mesa. A avó Rita olhava embevecida para o seu único filho. Já não o tinha perto há uns cinco anos e tinha-o visto sofrer tanto, sem nada poder fazer... -"Come mais um bocadinho. Está bom?". -"Está mãe, como sempre. Passas-me a salada?". Tinha que o consolar, como fazia quando ele era menino e ficou gravemente doente, com a doença que o havia de marcar a vida toda.
A tia avó estava atarefada a conversar com o pai. Retirava à avó o protagonismo, o que lhe causava irritação compensada com mais oferta de comida. Agora era o arroz branco. A bisavó não parava de olhar para o pai, neto único. Isto, apesar de ter todos os filhos à mesa. O marido não tinha direito a sentar-se, batia à porta desesperado, mas ninguém lhe ligava. Não tivesse ido para o Brasil, sem nunca mais dar notícias, deixando a bisavó paterna sozinha com o encargo de criar os três filhos.
Até o primo Américo, recém-chegado, tinha sido convidado para o almoço pascal.
A avó Joaquina estava mesmo em frente, com aquele sorriso igual ao da santa que estava na capela da Sobreira do lado direito, quem olhava para o altar. O avô José estava com os olhos daquele azul mais forte do que todos os azuis cheios de água. Emocionava-se com a música de Rodrigo Leão. Nunca tinha ouvido. A avó Joaquina tinha uma felicidade que nunca lhe conhecera em vida. De certeza que era por estar de mão dada com o seu filho muito querido, o tio Manuel, que nunca conhecera, por ter morrido no início da adolescência, com as cerejas quentes de Maio, comidas da árvore do veneno. Era, de facto, de uma beleza invulgar, como todos diziam. Loiro e já alto, com os olhos verdes escuros, um menino em que se adivinhava o homem que nunca surgiu.
Ela estava ali com todos eles, no almoço dos outros. Estranhamente, pareciam ignorá-la.

Quem me dera ser

um cão de água, chamar-me BO, e ser pet das filhas de Obama. Há quem tenha sorte na reencarnação. Ou melhor, decorre tudo das leis kármicas.

Domingo de Páscoa


sexta-feira, 10 de abril de 2009

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Se é um ser peludo infeliz

Se tem pêlo na venta
Se tem venta no pêlo
Se lhe chamam mulher barbada
Se a chateiam com o bigode
Se tem pêlo no sovaco
Se é de sobrancelha peluda
Se é peludo por todo
Se lhe saem os pêlos do nariz
Se espreita o pêlo das orelhas
Se o pêlo das pernas parece barba
Se a barba parece arame,
Se tem um pêlo encravado
Se é de feitio peludo
Não hesite e visite:

Statements

O ambiente da Semana Santa atingiu-me em cheio. Jejum, abstinência e muito alprahzolam.

William Blake

HEAR THE VOICE
by: William Blake (1757-1827)
EAR the voice of the Bard,
Who present, past, and future, sees;
Whose ears have heard
The Holy Word
That walk'd among the ancient trees;

Calling the lapsèd soul,
And weeping in the evening dew;
That might control
The starry pole,
And fallen, fallen light renew!

'O Earth, O Earth, return!
Arise from out the dewy grass!
Night is worn,
And the morn
Rises from the slumbrous mass.

'Turn away no more;
Why wilt thou turn away?
The starry floor,
The watery shore,
Is given thee till the break of day.'

terça-feira, 7 de abril de 2009

A imponência do Dragão!


Das vendas de porta a porta

Ela telefonou com uma voz doce. "Senhora Saphou, temos para lhe oferecer uma jarra purificadora de água e um livro sobre a importância da água, com o valor de mercado de 60 euros mas, se aceitar a nossa oferta, só pagará os portes de envio, no valor de 8 euros".
Normalmente, mando esta gente bugiar de imediato, como já em tempos referi neste blog, e uso as mais diversas técnicas de afastamento de melgas. Não estou em casa, está a falar com a empregada, ou a filha, estou ausente em parte incerta, se forem férias, não gosto de férias, se forem viagens, detesto viajar, se for a baixela da Fátima Lopes, odeio as criações da estilista...
Mas estes tipos da aupper (só soube o nome hoje) são mais inteligentes. Em vez de nos convidarem a ir a um sítio qualquer buscar o presente, pedem autorização para vir cá a casa oferecer o presente, sem qualquer compromisso, a não ser o de responder a cinco breves questões sobre a qualidade dos serviços da empresa e pagar os portes de envio.
Ontem, ou porque estava mais burra do que o costume, ou mais distraída, ou mais confortably numb, permiti que me oferecem a tal da jarra e do livro, na modalidade do tipo doação mista. Isto, uma vez garantido, por parte da senhora da voz doce, que o negócio deles era o dos filtros, a vender nas grandes superfícies. Sim, porque eu não estava destituída de todo e questionei-a. Se ninguém oferece nada a ninguém, qual era o negócio que envolvia a jarra? Aceitei como razoável que o lucro estivesse nos filtros, em packs de três euros. Afinal, só comprava os filtros se usasse a jarra.
Combinamos a entrega para hoje às 12 horas, cá em casa.
Pontual, uma senhora simpática entregou-me a jarra e o livro, como contrapartida entreguei-lhe os oito euros. De seguida, preparou a ficha dos inquéritos, com as tais cinco perguntas. Pediu, todavia, para entrar, porque precisava de uma mesa para escrever. Achei estranho. Todavia, delicadamente, deixei-a acomodar-se na sala.
As primeiras duas questões não tinham nada de especial, embora a terceira já trouxesse água no bico: como é que eu achava que a empresa deveria fazer publicidade? Pela televisão, rádio, ou através de ofertas aos clientes...
Na quarta pergunta pediam-me para escolher três produtos dos mais representativos, com vista a elaborar um catálogo que agradasse aos clientes. Cada vez mais desconfiada e irritada porque a senhora havia espirrado e confessado estar a ficar constipada, além de não me sair da sala, escolhi apressadamente o Aspirador Ciclone, o tapete magnético de relaxamento com aquecimento e a impressora de fotografias.
Finalmente, a quinta pergunta: quais as séries mais interessantes, de títulos de livros com os respectivos DVDs: Animais Ferozes, Maravilhas do Mundo, Receitas de Culinária, Cuidados Básicos de Saúde....e por aí fora. Hipocondríaca, já com o vírus da senhora a atacar-me, escolhi apressada a última e as Maravilhas do Mundo. Neste momento, só queria ver a senhora sempre muito atenciosa, de casa para fora.
Mas ela insistiu para eu ver o magnifico exemplar dos Lusíadas, com capa de pele não sei quê, folhas tipo pergaminho que vão amarelecendo com o tempo, etc....
Agora, já sem paciência, declarei com ar de animal feroz: pode ir para os finalmentes?
E a senhora anunciou, em tom triunfal :"o aspirador Ciclone, o tapete magnético e a impressora, mais os Lusíadas, são seus Senhora Saphou". -"São meus se...?", insisti com cara de poucos amigos. "Se comprar a série das Maravilhas do Mundo e dos Cuidados Básicos de Saúde, em 10 volumes mais cinco DVDs cada, em suaves prestações mensais de 49,9 euros, preço que só cobre o custo de edição".
Passei-me. Não, não insultei, nem bati na senhora, que apenas estava a fazer o trabalho que arranjou e provavelmente a receber uma miséria para levar na tromba ou ser insultada.
Passei-me com a empresa. Disse-lhe que este tipo de publicidade era ainda mais nojento do que o das empresas que nos convidam para ir buscar o presentinho ao sítio tal, porque estes se insinuam na nossa casa, a pretexto de vender água e, na realidade, são uma editora interessada em vender livros. Agradeci que levasse a tralha toda, mais a jarra e o livro sobre a água e, já agora, que o que me poderia interessar para apurar a qualidade dos livros não era toda a treta que a senhora fora desfiando sobre a qualidade do papel, da lombada, o respeito pelas regras dos oftalmologistas quanto ao tamanho da letra e ao facto de os textos virem em colunas, nem a beleza das figurinhas, mas a qualidade dos conteúdos. Por exemplo, teria sido interessante informar-me sobre quem eram os autores, como tinha sido efectuada a investigação, etc...
A senhora pediu muita desculpa, mas só estava a fazer o trabalho dela, aliás, bem apresentado, agradeceu-me por não ter sido mal educada com ela, como são muitas pessoas, agradeceu-me por lhe ter feito ganhar o dia ao chamar a atenção para a importância da qualidade dos conteúdos, ia transmitir isso à empresa, e ainda acabou a queixar-se de como lhe impingiram a baixela da Fátima Lopes, inclusive com recurso a documentos falsos e como ainda tem o caso em tribunal. Arrumou rapidamente a tralha toda e foi saindo e pedindo muita desculpa.
E assim fiquei sem o Aspirador Ciclone, o tapete magnético com aquecimento e a impressora de fotografias, mais os Lusíadas... com um senão, insistiu para que eu ficasse com a jarra e o livro sobre a água. Era uma oferta. Fez questão. Bahhhh...Sempre os posso atirar à fuça de alguém num dia mais raivoso. É mais económico do que destruir telemóveis ou louça.
Agora, sem comprometer a senhora, tenciono dar uma desanca na aupper e na sua forma nojenta de fazer negócio. Aupper, jamais!
........
P.S: a desanca será proporcional ao número de golos que o FCP sofrer esta noite. Se o FCP empatar, será uma coisa suave. Se o FCP, graças a alguma poção milagrosa, ganhar, até nem desanco ninguém. Isto, só para ilustrar as relações causa efeito do típico grunho, neste caso grunha, futeboleiro (a).

Da relação causa efeito

Fonte: Renascença
Meteorologia
06-04-2009 16:48

Foi o Março mais seco em 11 anos

O passado mês de Março foi o mais seco dos últimos 11 anos, revela um relatório do Instituto de Meteorologia (IM).
O valor médio de precipitação registado foi inferior ao detectado entre os anos de 1971 e 2000.Alcácer do Sal foi a cidade que registou a temperatura mais quente, ao atingir no dia 27 de Março os 30 graus.Este documento dá ainda conta de ondas de calor um pouco por toda a região do interior Norte e Centro e parte do Sul.Orlando Borges, do Instituto da Água, diz que, apesar do mês de Março ter sido quente, não há para já problemas com as reservas de água.“Neste momento, temos água armazenada nas albufeiras que permite, com toda a normalidade, fazer o uso para são vocacionadas, nomeadamente abastecimento, rega e a produção de energia”, explica Orlando Borges.
Ao que a falta de informação conduz. A explicação é simples. O meu carro esteve completamente sebento todo o mês de Março. Só resolvi lavá-lo a 4 de Abril, sob coação inicialmente moral e, por fim, física. Mas bastava que os Senhores do Instituto de Meteorologia me tivessem dirigido um pedido delicado que eu tinha evitado a seca de Março. Não me custava nada lavar o carro para bem da comunidade. E Senhor Orlando Borges, se tiver problemas de água, disponha.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Hugh Laurie, Stephen Fry


Funny Hugh Laurie & Stephen Fry Comedy Sketch! 'Your Name, Sir?' - Click here for more blooper videos

Saphou, a fazedora de chuva

Se quiserem que chova, é só pedirem-me. É um facto comprovado por numerosas experiências ao longo dos anos que sempre que lavo o carro chove. Perguntem a quem convive comigo mais de perto. Pode estar um sol radioso mas, no próprio dia ou no dia seguinte, chove. Posso passar seis meses sem lavar o carro, basta lavá-lo para que chova. Posso passar um ano sem lavar o carro, basta lavá-lo no Algarve em pleno Agosto para que chova.
Por isso, não temam a seca. Não gastem dinheiro e energia em danças da chuva. Basta pedirem-me para lavar o carro. Se patrocinarem, lavo-o todos os dias, várias vezes ao dia, impedindo até o aquecimento global (que, segundo a opinião avalizada do meu filho, é um mito para dar emprego a muita gente, tal como o mito de que as batatas fritas ou o chocolate fazem borbulhas, desfeito por Tyra Banks, a insuportável host de um mísero talk show, milhões de vezes pior do que o de Oprah).
Tenho outro poder, mas que não serve de muito ao meu semelhante: arranjo estacionamento em qualquer sítio, mesmo que me digam- "Não leves o carro porque não arranjas onde estacionar". A minha resposta é um sorriso divertido. Chego, há sempre um lugar à espera do meu carro. Em plena baixa do Porto, no centro de V.N. de Gaia, no centro de Lisboa, ou Madrid... you name it. E estou apenas a falar de poderes comprovados cientificamente.

sábado, 4 de abril de 2009

Sport Lisboa e Benfica (SLB): que rico presidente!

"A justiça portuguesa declarou que alguns podem continuar a agir fora da lei", palavras que acabo de ouvir de Luís Filipe Vieira, o Orelhas, ou Kadafi dos Pneus. Não acreditaria, se não tivesse ouvido.
Num dia em que o Ministério da Justiça proclama accionar o Jornal "Sol" por este ter noticiado que há suspeitas de que o dito Ministério terá pressionado os magistrados que investigam o caso Freeport, pergunto: as afirmações do Presidente do SLB não são um grave caso de polícia?
Por ter um ódiozinho de estimação, o homem não se coíbe de colocar em causa a isenção dos magistrados que julgaram Pinto da Costa, ou seja, a isenção do sistema judicial. E com uma total leviandade trauliteira. Das duas uma: ou o Senhor Orelhas é um palhaço inimputável e o futebol não pode ser levado a sério, portanto, isto é uma piada de mau gosto; ou o homem é um boçal burlesco que entende e quer o que está a dizer, pelo que é imputável, e as suas afirmações são de uma gravidade extrema, tanto mais que milhares de crédulos ignorantes vão acreditar nele.
Neste segundo caso, Luís Filipe Vieira deve ser processado e condenado penalmente. No primeiro caso, deve ser sujeito à medida de segurança de ficar calado em público.
.....
Dois idiotas acabam de apoiar o Senhor Orelhas: Rui Santos, o pseudo-comentador das frases encaracoladas do "Tempo Extra", e Marinho Pinto, o Bastonário trauliteiro. Não seria de esperar outra coisa.

Conselhos de Saphou para o fim-de-semana

-Precisa de descansar. Sábado de manhã enfie-se numa dessas viagens por Galicia de camioneta, partindo às 7 horas da manhã e chegando às 8 da noite, depois de conhecer toda a Galiza num dia e com direito a um colar de conchas de A Toxa como presente, tudo por 50 euros. De preferência, leve a família toda para treinarem em conjunto o auto-controlo. Podem até fazer mantras no meio da multidão insuportável, barulhenta e delirante que empesta o veículo. Caso se passe, consulte o psiquiatra ou não volte a ser sovina.
.....
-No Domingo, evite o seu lado parolo (Sábado já valeu para toda a vida). Deixe a familória e vá de manhã muito cedo ser uma das cem primeiras a inscrever-se no Viva Fit de Damião de Góis ou de Júlio de Dinis, com direito a 50% de desconto, fazendo logo uma aula de 30 minutos de Body Vive e Pilates e com a garantia de que homem não entra. Se for às 7 da manhã, é certo que será a primeira.
.....
-À tarde, peça ao marido ou namorado para passar a roupa a ferro com o Tefal PRO MINUTE AQUAPLUS. Ele arranja uma desculpa e sai, levando os os filhos a passear, a quem pediu previamente para lavar a louça e fazer as camas. Tão cedo não reaparecem. Aproveite e desfrute de um jogo da liga inglesa na Sport-TV, acompanhado com vários tipos de queijo, tostas, bolachas de água e sal e regado com um Vinha do Monte Tinto, da Herdade do Peso, onde o Alentejo está em grande.
.....
- Quando todos voltarem, estará demasiado alegre para aborrecimentos. Faça uma pasta al dente, com molho de azeite, alho e oregãos, acompanhada com uns camarões e abra outra garrafa. Impõe-se um bolo de chocolate com natas para esquecer as agruras de Sábado e as que a esperam na Segunda-feira.
.....
- Antes de dormir, aproveite para pôr a literatura em dia: Caras, Lux, Hola, TV Guia, Maria.... a coltura acima de tudo.

Um tipo altamente comestível ao Sábado de madrugada


sexta-feira, 3 de abril de 2009

William Blake

THE LITTLE BLACK BOY
by: William Blake (1757-1827)
My mother bore me in the southern wild,
And I am black, but O, my soul is white!
White as an angel is the English child,
But I am black, as if bereaved of light.

My mother taught me underneath a tree,
And, sitting down before the heat of day,
She took me on her lap and kissèd me,
And, pointing to the East, began to say:

'Look at the rising sun: there God does live,
And gives His light, and gives His heat away,
And flowers and trees and beasts and men receive
Comfort in morning, joy in the noonday.

'And we are put on earth a little space,
That we may learn to bear the beams of love;
And these black bodies and this sunburnt face
Are but a cloud, and like a shady grove.

'For when our souls have learn'd the heat to bear,
The cloud will vanish, we shall hear His voice,
Saying, "Come out from the grove, my love and care,
And round my golden tent like lambs rejoice."'

Thus did my mother say, and kissèd me,
And thus I say to little English boy.
When I from black and he from white cloud free,
And round the tent of God like lambs we joy,

I'll shade him from the heat till he can bear
To lean in joy upon our Father's knee;
And then I'll stand and stroke his silver hair,
And be like him, and he will then love me.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

G20: efeito Obama

Um sucesso, apesar das legítimas apreensões. Parece estar em embrião uma nova ordem internacional. O "efeito Obama" começa a manifestar-se. Discordo profundamente de Funes. Obama sabe muito bem o que está a fazer. É demasiado inteligente para cair nas armadilhas que Funes aponta. Mas o tipo é vice-deus, deve ter informação de insider, eu sou só humana e loira. Mas sempre gostava de saber a solução fúnica. Ou é tipo "geração de 70"?

É preciso ter muita lata! Só se for do humanoidezinho verde

Pequenos nadas

-"Eu adoro-a, ela adora-me", mas temos uma relação complicada, contou-me a minha amiga.
Após uma discussão inútil, decidiu ir visitar a mãe, que vive sozinha e tem 75 anos. Na verdade, a minha amiga foi espantar a sua própria solidão e o fantasma da discórdia.
Ficou mais uma vez impressionada com o contentamento da mãe com pequenas grandes coisas, que requer grande sabedoria. A mãe aprendeu, naturalmente, a estar no presente.
Exibiu-lhe, feliz, as oito tulipas que estavam a crescer que a neta lhe trouxera da Holanda há pouco mais de uma semana, como se fossem do mais fino ouro.
Reparou que o peluche com que dorme, que o neto lhe trouxe no ano passado de Itália, estava relaxado em cima da cama.
Conversaram disto e daquilo, até mesmo da selecção e de como a mãe ficou irritada por Portugal ter empatado com a Suécia, embora tenha jogado tão bem.
De repente, a minha amiga olhou para os telhados mais próximos do casario que desce da casa da mãe em cascata até ao mar e viu duas gaivotas, como que à espera. Estavam viradas para a casa e pareciam não querer sair dali.
A mãe sorriu e disse: -"são as minhas novas amigas. Começou por aparecer uma, agora são duas. Vêm sempre à mesma hora. Estão à espera que lhes dê pão. Se não der, começam a fazer barulhos e aproximam-se da janela da cozinha. Com a conversa atrasei-me". E lá foi alimentar as novas amigas ávidas de mimos.
A minha amiga ficou sensibilizada com a forma como a mãe se entretinha, se mantinha à tona, apesar de todos os problemas. A alegria inocente e genuína com coisas tão simples e tão profundas tocaram-na. Entendeu que a mãe, sem se dar conta, estava muito próxima da sabedoria que ela tanto buscava. Amou-a ainda mais por isso.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Toca a ver

Jorge Coelhone na Sic Notícias, o CEO da Mota-Engil. Respeitinho e silêncio. Aprendam que o que mais importa a Coelhone é a sinergia com o Engenheiro Mota e as irmãs (que têm 60% do capital) dada a amizade que os une, o ordenado não tem nada a ver. Apreciei o uso do termo sinergia. Também gostei da frontalidade com que disse ser amigo de Dias Loureiro, independentemente do que possa vir a apurar-se. É assim que se conhecem os amigos. Embora também haja aquele ditado ingrato: "Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és". Jorge Coelhone é muito amigo de Guterres (el Mexicano) e de Sócgates (o santo padroeiro da mentira, recém canonizado pelo vice-deus), para além de ser amigo de infância do já mencionado Conselheiro de Estado (dado a desconhecer Puerto Rico e a outras amnésias). É chato isto. Mas Coelhone é um tipo simpático, sobretudo pela pronúncia axim.

Mr. Bean: trousersjacking

Desta é que eu não estava à espera...

Portugal convidado a participar na cimeira do G20, na qualidade de observador. Estou pasmada com o nosso marketing político! Terá sido por o acessor da campanha de Barack Obama ter estado recentemente em Portugal? Tiro o chapéu a Sócgates.
(Fonte: Lusa, 31-03-09)

Bem Haja Sócgates!

Conseguiu o milagre de a Visabeira ter comprado a fábrica Rafael Bordallo Pinheiro. O milagreiro recebeu um gato preto de presente (para dar sorte) e em sua honra vai ser fabricado em série e internacionalizado um pequeno Sócgates de puxar a corda.