quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Notícia de Última Hora: La Bomba II

A polícia inglesa considera Sócrates (Sócgates) um suspeito no caso Freeport (Fguepogt). Terá mesmo feito um pedido de suborno aos ingleses do Freeport? Ou estará, de algum outro modo, envolvido em actos de corrupção? Em qualquer hipótese, sendo formalmente suspeito, reúne todas as condições para vir a ser Conselheiro de Estado. Tem ainda a seu favor o facto de já ter mentido em outras ocasiões, como no caso do pretenso estudo da OCDE sobre a reforma do ensino, já para não falar do caso pouco transparente dos projectos de edificações na Guarda.

Saphou trauliteira: La Bomba

Ministério das Finanças deveria mudar de nome

Faço minha a ideia do Paulinho Portas: já que estamos em todos os sectores a navegar à vista, propomos que se mude o nome de Ministério das Finanças para Ministério da Cartomância. Será muito mais realista e escusam de andar sempre a desdizer o que disseram e a emendar a mão tarde e a más horas.

Statements

Porque é que quando eu convictamente afirmo que Portugal resulta de pecados capitais historicamente provados e que gostaria que fossemos anexados a Espanha, todos me caem em cima com um nacionalismo bacoco? Não vêem a TVI? Não vão à Zara e viram as lojas do avesso à procura de mais uma coisinha? Não desfrutam da 8ª maravilha do mundo, o Templo do Consumo, El Corte Inglês, infelizmente, na zona norte, com o senão de estar situado para além Douro? Não gostam do Santander Totta? O castelhano não é já a língua de eleição dos miúdos na escola? Não adoram ir a Espanha, principalmente à Galiza, à Extremadura e à Catalunha? Não dizem mal da capital macrocéfala, já que o resto (nós), lembrando Ega, continua a ser província, tal como os espanhóis dizem mal de Madrid? Não acham el Rey Dom Juan Carlos muito mais charmoso do que Dom Duarte? Não têm a nostalgia da monarquia? Não queriam o Barça no nosso campeonato? Não queriam combustiveis mais baratos, menos IVA e melhores salários?
Estão à espera de quê? Comentem, incomodem-me, chateiem-me, podem bater-me, mas apontem argumentos contra o meu não secreto desejo, sempre estou para ver quais....o fado e a saudade? A língua assassinada pelo Acordo Ortográfico? Ou o simplista genético "não gosto de espanhóis"?
Aviso que teremos que lhes pedir com a corda ao pescoço para nos anexarem. Não vai nada ser fácil.

Dos malefícios do desporto

Uma dor insuportável, não de cotovelo, mas no cotovelo. Diagnóstico: tennis elbow. Agora já não posso mais jogar. A lesão ocorreu numa altura crucial da minha carreira em que estava no top 10 do ranking da Wii em ténis, no top 5 em baseball, e era número 1 em bowling, onde desde cedo me destaquei. E agora? O que vai ser da minha carreira desportiva? Todos os Wiis me vão passar à frente. Tenho que parar durante, pelo menos, seis meses. Una barbaridad!
Eu que, tal como CR7, dava a mim própria 9 valores em 10, porque podemos sempre evoluir. Uma carreira desportiva brilhante pelo cano. Tal como Pauleta, queria, mas já não posso ser campeã europeia.

Aníbal Cavaco Silva, O queixinhas

O Presidente da República quer legislação de qualidade. Eu também não me importava de ser Presidente da República. Não se pode ter tudo. Temos diarreia legislativa. Não é de qualidade? Não. Mas não trama tanto o Presidente Cavaco como me trama a mim que não consigo acabar um livro por causa da diarreia. Quando falta uma página, vem uma alteração de não sei quantos artigos e tenho que refazer tudo.
Mas temos legislação de qualidade para algumas doenças. Por exemplo, o CIRE, muito mais do que o Sudoku, previne a doença de Alzheimer. É preciso uma especialização em remissões de segundo, terceiro e mesmo de quarto grau e, ainda assim, é difícil aquilo fazer sentido. O cérebro fica treinadissimo. Vá ler o CIRE Senhor Presidente e não se queixe tanto.
E, se não for muita maçada, recomende ao Parlamento e ao Governo IMODIUM. Bem Haja!

Ala dos Namorados: Fim do Mundo

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Clube de leitura a propósito da Abertura do Ano Judicial

Para compreender Portugal, aconselho o visitante a ler "O Juiz" (da série Lucky Luke, por Morris), sobre a justiça a oeste Pecos. Depois poderemos conversar.

Cúmulo da inabilidade


Nem Funes seria capaz de espetar o carro contra o tecto de uma igreja, sete metros acima. Nem mesmo em Limbach-Oberfrohna.
E que dizer do rigor do triângulo?
P.S.: só um tipo de má fé é que afirma não ser um triângulo, mas um postigo do telhado. De má fé e ignorante no que toca à cultura germânica.

O primo (pguimo) de Sócrates (Sócgates) só queria (queguia) facturar (factugag)

O tio Júlio Monteiro confessou: Eue estava afuito. A empresa de marketing e pubuicidade que geria – a Neurónio Criativo – não conseguia facturar. Eue deve ter visto no projecto Freeport uma oportunidade para fazer um contrato, para facturar. E achou que fauando no nome do primo poderia faciuitar. Mas não foi para prejudicar o José, nem para obter dinheiro iuícito. Auiás, esse e-maiu nunca obteve resposta.
Tão coerente a argumentação do tio a justificar o filho que, por acaso, está fora do país e não quer falar no assunto.
Como é que uma empresa desta área com a denominação "Neurónio Criativo" poderia facturar? Com um neurónio? Só por milagre. Se traduzirem para outras línguas ainda fica mais divertido.
E se criássemos um slogan?
"Com o Neurónio Criativo,
O seu negócio fica inactivo"
O primo do nosso Engenheiro (?) será um cercopiteco-colarinho-branco, subespécie jobs-for-the-boys, com características de colobo-ratus? E o paizinho? E o priminho? e o Charles Smith, o tipo da reunião?

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Daniela Mercury: Pérola Negra

Obama: pontos em comum

Obama tem que ser muito inteligente, porque é esquerdino como nós, Saphou. Estamos muito confiantes na sua política energética. Depois da cortiça, seremos os maiores exportadores de aerogeradores para os EUA. Adeus crise. Simplista? O tanas. Portugal tem uma solar farm muito maior do que os EUA. E uma fábrica notável em Viana do Castelo.
(aerogerador: gerador eléctrico integrado ao eixo de um cata-vento cuja missão é converter energia eólica em energia eléctrica).
Obama, tal como nós, Saphou, foi discriminado ao lhe ter sido recusada a estadia na Blair House, porque estava booked para um ex-presidente australiano, mesmo sabendo todos nós que os australianos tendem a destruir tudo por onde passam dada a sua origem de colónia de malfeitores. Em vez de mandarem o australiano para o hotel, mandaram a Obama family. Saphou foi discriminada porque não a deixaram ficar no gabinete topo de gama, para curar a sua depressão, reservando-o para um ex-director monhé com ligações ao movimento separatista do Punjab.
Escusado será dizer que Obama é o homem mais charmoso do mundo. Brad Pitt e Mourinho que se cuidem.

Ano Novo

Bem vindos ao Ano Novo chinês. Que seja melhor do que o português.
Colocaram-me esta questão a que não sei responder: os chineses em Portugal nunca morrem?

Dos macacos II

Quando cercopiteco-de-colarinho-branco é apanhado em qualquer acto violador dos princípios que regem a convivência entre os primatas, faz um ar de amuo, mostrando-se muito indignado perante os outros símios que o rondam dias ou semanas a fio emitindo fortes gritos de indignação. Depois desta exposisão pública, o cercopiteco-de-colarinho branco é sujeito a um processo de intenções demorado, levado a cabo por macacos experimentados, mas ao fim de muito tempo a montanha tende a parir um rato. O cercopiteco abana menos a cauda por um período relativamente curto e retorna à sua vida. Por vezes ninguém o encontra, sequer. Vai para paragens mais amenas.
Uma subespécie muito comum entre os macacos nacionais, com caraterísticas cumulativas com o cercopiteco-de-colarinho branco e outras espécies, é o colobo-ratus. É um tipo muito comum. Indiferenciado. Caracteriza-se por ser o primeiro a abandonar o barco quando as coisas correm mal. "Quem eu? Eu nem o conhecia", "Está doente? Coitado, alguém tem que fazer alguma coisa por ele. Infelizmente estou muito ocupado". "Sente-se sózinho? Problema dele", seriam formas de exprimir em linguagem humana os seus grunhidos. Encontra-se por todo o lado. Normalmente cruza com a subespécie colobo-venha-a-nós. Ambos só são conhecidos pelo comportamento que assumem, de modo que devemos usar o método behaviorista para os detectar. A aparência extena é compatível com a de qualquer espécie de macaco.
(to be continued)

sábado, 24 de janeiro de 2009

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Dos macacos

Na ilha de Bioko, perto da costa dos Camarões, parte da Guiné Equatorial, onde fica Malabo, a capital, ilha praticamente prístina, há sete espécies de macacos, entre os quais seis subespécies únicas: o dril de Bioko, o cercopiteco-de-preuss, o cercopiteco-de-nariz-branco, o cercopiteco-de-orelha-vermelha, o colobo-preto e o colobo-vermelho.
Em Portugal, na ponta de uma península na cauda da Europa (ou no focinho da Europa, consoante a perspectiva de cada um), quantas espécies de macacos haverá? Adianto que em Bioko, por causa da caça furtiva, estão em vias de extinção, mas em Portugal abundam, seria bom até abrir-lhes caça.
Começo com uma espécie:
-O cercopiteco-de-colarinho-branco, com três subespécies: o cercopiteco-selfmade; o cercopiteco-de-boas-famílias; o cercopiteco-jobs-for-the-boys.
Características comuns, além do colarinho de pelo branco: uma boa rede de relações interprimatas, esperteza e rapidez de movimentos, ocupação de territórios, por vezes bem ocultos, com árvores de topo e nutrientes gourmet. Diferenças: o selfmade é um trabalhador nato, orgulha-se do império que construiu e está sempre na labuta, não pode ver um macaco parado; o de-boas-famílias tende a relaxar à sombra das bananeiras, geralmente, teve um selfmade como antepassado (que enriqueceu à custa das batatas, do contrabando, ou outros); o jobs-for-the-boys vive do bluff e das influências, o que requer algum trabalho, sobretudo na juventude, e um certo jeito para lamber as patas dos primatas mais influentes. O de-boas-famílias tende a gozar o selfmade, porque este é muito garrido e tem um pequeno verniz nas unhas que estala facilmente em situações de stress. Mas só goza em privado, como regra. É comum cumularem-se as características de de-boas-famílias e job-for-the-boys no mesmo símio. Basta que a espinha dorsal seja flexível e a necessidade ultrapasse os valores (por exemplo, quando o símio é nobre mas teso) . O jobs-for-the-boys também se encosta ao selfmade, mas arrisca-se a levar umas unhadas se não trouxer valor acrescido. O selfmade tende a ser inflexível.
(to be continued)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Freeport Alcochete (Fgueepogt Aucochete)


-Ó tio Júlio Monteigo, não me diga que se meteu em saguilhos? Já me chega a cguise em ano eleitogal! A mãe sempgue me disse paga teg cuidado com o tio.
-Descansa sobrinho, mantém a cauma que aparentas, podes confiar. Está tudo sob controue. E não mostres o teu mau feitiozinho à comunicação sociau. Não te excedas em expuicações.
-Mas a PJ levou-lhe os computadogues e documentos de contabilidade que podem seg compgometedogues. E mesmo que esteja inocente, é péssimo paga a minha imagem tio! Eles apgoveitam-se, já foi assim em 2005. Não é pog acaso que isto volta aos jognais em 2009! Os ingleses são chatos.
Não queg tigag umas féguias foga do país? Sei lá, em Singapuga, ou na China?

Alcochete, ó tegga chata, só me dá pgoblemas e dogues de cabeça.
Acho que vou contactag a Bgand Buildegs paga pgomoveg o Fgueepogt com um acampamento de camelos e um tgatadôg indígena.


Se não visse não acreditava: no top da imbecilidade

A Brand Builders, que deve querer acabar com o turismo nos Açores, explorando os palermas que alinharam no esquema e pagaram bem pela ideia absurda e peregrina, criou um pasto improvisado para nove vacas na Praça de Espanha, mesmo perto da UCP, da Mesquita e da Gulbenkian, para promover o dito turismo. As vacas, que nem são açorianas, estão ali a pastar todo o dia, no meio do trânsito. Lindo! Um gajo vê aquilo e é claro que deseja de imediato ir visitar os Açores.
VEJA AQUI O VÍDEO e AS FOTOS
Como é óbvio, começaram as reacções.
"É um absurdo que os animais sejam sujeitos ao stress causado pelo trânsito da Praça de Espanha, onde passam milhares de veículos todos os dias. Além disso, estes animais não têm um pasto adequado e estão sujeitos ao mau tempo, especialmente à chuva dos últimos dias", disse ao PortugalDiário Miguel Moutinho, representante da "Associação de Defesa dos Direitos dos Animais, ANIMAL". Acresce que as vacas estão a ser instrumentalizadas para fins publicitários, o que se lhe afigura inadmissível. E podem tornar-se perigosas, com tanto stress. Segundo o mesmo Miguel Moutinho, as vacas podem ter reacções inesperadas de violência. Toda a gente sabe que a vaca é um animal muito perigoso.
É claro que nós, seres humanos que vamos trabalhar para a selva citadina diariamente, também estamos sujeitos ao stress do trânsito, às intempéries e não temos pasto adequado. Também somos instrumentalizados das mais diversas formas, não apenas para publicidade, e já estamos violentos. Infelizmente, a ANIMAL não se preocupa connosco. Os Sindicatos deveriam ter workshops e aprender com a ANIMAL.
Também seria interessante ver a ANIMAL a reagir junto dos matadouros, já que fica tão desesperada com as nove vacas a pastar com indiferença.
A consultora Brand Builders, que deve ser de uma competência extrema, responsável pela campanha idealizada para a "Associação de Turismo dos Açores", afirmou que "todos os requisitos legais foram cumpridos" e que "no local, estão dois tratadores e um veterinário em permanência. Ao mínimo sinal de stress as vacas serão retiradas, garantiu ao PortugalDiário Paulo Moura Mesquita, CEO da Brand Builders".
Cá estão mais umas regalias que não temos no local de trabalho. Nunca se preocuparam com o meu stress a não ser para preencher um formulário inócuo sobre o stress nas organizações. Depois achou-se por bem manter o nível de bolha do stress que até ajuda à produtividade, excepto quando um tipo se passa e dispara contra tudo o que mexa.
Todavia, retirem ou não as vacas, ao que parece, indiferentes à polémica, esta campanha diz muito dos criativos da Brand Builders (la creme de la creme) e da inteligência de quem está à frente da "Associação de Turismo dos Açores".
Com criativos assim, é sempre a facturar, desde que o cliente seja, obviamente, destituido da mais elementar mioleira pensante. Devem contratar muito com amibas.
Curiosamente, nem as vacas são dos Açores, nem os tratadores. O que ainda é mais intrigante.
"Sim, as vacas estão bem", declarou um dos tratadores que está a tomar conta dos animais e não disse mais por ser romeno e não dominar o português.
Apesar de promoverem o turismo no Açores, no âmbito da "Bolsa de Turismo de Lisboa", que tem lugar até ao dia 25 de Janeiro, as vacas não vieram das ilhas porque "o transporte seria complicado e há que ter em conta o ambiente natural dos animais, precisamente para prevenir situações de stress", disse Paulo Moura Mesquita. Pelos vistos, estas vacas são umas malucas, adoram a confusão, porque costumam pastar nos arredores de Lisboa, de onde são originárias. São vacas alfacinhas.
O povo duvida da realidade desta estupidez. É o caso de Áurea Fernandes, de 73 anos, que disse ao PortugalDiário: "Vim de propósito ver porque não queria acreditar".
De açoriano, no meio desta barracada toda, parece que só o termo "Açores", em grandes parangonas num azul infeliz. Até eu, que não sou criativa, faria um slogan mais apelativo. E cobraria muito menos pela campanha.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009