Entrevista a não perder no Outlook do Weekend Económico de 29 de Agosto. Não encontro on line, lamentavelmente.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
Sou acima de tudo, um candidato coerente
No passado, disse-vos que a massa era um ingrediente a aumentar na ementa do povo português para a estabilidade do país, e assim o fiz. Hoje, se for eleito, digo-vos que vou acabar com a massa na ementa dos portugueses.
No passado, disse-vos que deveríeis pagar a massa mesmo antes de pensar comê-la, e por isso criei o pagamento especial sobre a massa. Hoje, se for eleito, digo-vos que vou acabar com o pagamento especial da massa.
Em suma, e para não vos massar muito, vou mudar tudo o que fiz, não porque me arrependa de o ter feito, mas sim porque são necessárias novas políticas e como não há novos candidatos, mudo eu, porque, afinal, e se houvesse outro candidato no meu lugar, diria o mesmo que eu, só não pareceria tão honesto como a mim.
No passado, disse-vos que deveríeis pagar a massa mesmo antes de pensar comê-la, e por isso criei o pagamento especial sobre a massa. Hoje, se for eleito, digo-vos que vou acabar com o pagamento especial da massa.
Em suma, e para não vos massar muito, vou mudar tudo o que fiz, não porque me arrependa de o ter feito, mas sim porque são necessárias novas políticas e como não há novos candidatos, mudo eu, porque, afinal, e se houvesse outro candidato no meu lugar, diria o mesmo que eu, só não pareceria tão honesto como a mim.
((E há outras coisas que vou mudar, por exemplo, aquela da posição de missionário ser a mais ética e logo a mais satisfatória. Hoje já não penso assim, penso completamente ao contrário, a mulher deve ficar por cima. E aquela do TGV, bem essa é fácil, para quê um comboio de mercadorias se não passa em Leixões e não abalroa completamente Vigo, hum? E mais, sei lá , aquela dos cús no ensino, que conheci em tempos, bem, hoje, e mesmo em relação a isso, penso completamente ao contrário.)
Recebemos o Amil com Burrata do continente que não é assim tão má e custa para aí um euro e meio :-))))
Santa Lucia Mozzarella di Bufala is the traditional Italian cheese made with buffalo milk. The classic Italian cheese with the fresh, milky flavour traditionally eaten with tomatoes and basil as a ‘caprese’ salad.Galbani has always guaranteed quality, a delicious taste of milk and a high calcium, phosphorous and vitamin A content, with no preservatives. Ideal as a tasty main meal, or as an ingredient in unique and creative, hot or cold dishes. Santa Lucia mozzarella di bufala is available in a 125g ball packed in brine. Store at a maximum temperature of + 4 º C.Ingredients:Buffalo’s Milk, salt, rennet.
Quando se corta não fica igual à do Paris Mosh , para compensar eu e a Saphou vamos cantar Guns , a Blimunda atirará garrafas. E hoje é o post possivel, voltamos ao trabalho, a cidade está linda como sempre. Bom dia trabalhadores, que seja um resto de ano altamente produtivo.
Vamos ouvir isto todo o dia, falam menos que na Antena 3 e a musica é uma constante sugestão
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nesta casa recebemos bem os convidados
Os mistérios da vida no campo
Acordei com uma aranha na almofada. Tentei matá-la estilo Barack Obama e a tipa saltou. Aranhas que saltam? Tentei de novo, voltou a saltar. Tive que pedir reforços e explicações. Há aranhas que saltam, ainda primas afastadas das tarântulas. Não fazem teias, são venenosas e atacam com as mandíbulas.
Depois de ter sido picada por um insecto monstro não identificado, enquanto passeava na floresta mediterrânica, chamando carqueja à giesta e medronho à esteva (acertando, porém, na urze e no rosmaninho), com direito a alergia imediata, eis isto...
O MEC é que tem razão, o problema da natureza é haver sempre algo a babar-se, a picar-nos e uma terceira de que não me lembro a esta hora da matina.
Depois de ter sido picada por um insecto monstro não identificado, enquanto passeava na floresta mediterrânica, chamando carqueja à giesta e medronho à esteva (acertando, porém, na urze e no rosmaninho), com direito a alergia imediata, eis isto...
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Da natureza
domingo, 30 de agosto de 2009
Agora em pleno AllGarve, ouço ao meu lado na praia um jovem licenciado
em qualquer coisa, algures da Linha, entre Oeiras e Cascais, de nome Bernardo Maria, como convém:
-Ó tiú, parece que está provado que o Michael Jackson levou com um homicídio.
-Ó tiú, parece que está provado que o Michael Jackson levou com um homicídio.
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Dass
sábado, 29 de agosto de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Minha querida Saphou
Por aqui as coisas vão iguais, ninguém trabalha.
A Blimunda anda nas caipirinhas desde que voltou e vai na trigésima página do tântras. O JG vai bem, já Funes, desde que contratou os 2 novos postadores, vai de mal a pior. O ritmo da produção desacelerou e, na verdade, os canecos já não são os mesmos, ratados e com pouca substância. Diz-se por ai que passam os dias a emborcar groselha e não há nada que os anime.
Portugal melhorou desde que a Manuela anda armada em Humpty Dumpty, foi desde ontem, passou a dizer palavras comuns com significados superiores e todos nós, micro-empresários, nomeadamente jovens com 35 anos, estamos mais animados e esperamos que ponha em curso as suas ideias antes de chegarmos aos 36.
Espero que tudo vá bem por Cuba.
Portugal melhorou desde que a Manuela anda armada em Humpty Dumpty, foi desde ontem, passou a dizer palavras comuns com significados superiores e todos nós, micro-empresários, nomeadamente jovens com 35 anos, estamos mais animados e esperamos que ponha em curso as suas ideias antes de chegarmos aos 36.
Espero que tudo vá bem por Cuba.
Para si, ditador Fidel, que presumo esteja a ler esta carta, aquele abraço revolucionário.
Para ti, querida Saphou, um beijo, do teu amigo
Privada
Ps. Quando voltes, gostava de discutir contigo a barra lateral, está muito coninhas, faltam coisas como o Paris Mosh e outros, também interessantes.
Ps. Quando voltes, gostava de discutir contigo a barra lateral, está muito coninhas, faltam coisas como o Paris Mosh e outros, também interessantes.
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Ate para a semana bah
Comercio, cultura e ensino - Camiões cheios de areia dirigem-se para o deserto
- Tive um sonho incrível. Estava num dos degraus da escada do Platão. Eram umas escadas escavadas em mármore, 24 ao todo, divididas por um patamar talhado em curva, a denunciar uma subida rápida e em círculo, de onde vinha uma luz amarelada, terna e quente. Eu estava seguro, de mão estendida a tentar içar os camaradas que, três degraus abaixo de mim, não se moviam, nem se esticavam, acenavam tipo quem lava vidros. Eu podia evoluir, subir o lanço até à sumptuosa carruagem com que Platão nos esperava no topo. Mas não conseguia iça-los…
- Deixa-me ver, e estavas vestido com uma túnica bordada e uma tiara ornada com plumas de pavão, não?
- Sim, era da Nike, a Deusa da Vitoria, e eu brilhava Pinho, estava a um passo de alcançar a luz…
- As escadas provavelmente são as de uma pirâmide…
- Isso, era isso, a Pirâmide do capitalismo!
- Não Sócrates, aquelas dos funerais.
- Deixa-me ver, e estavas vestido com uma túnica bordada e uma tiara ornada com plumas de pavão, não?
- Sim, era da Nike, a Deusa da Vitoria, e eu brilhava Pinho, estava a um passo de alcançar a luz…
- As escadas provavelmente são as de uma pirâmide…
- Isso, era isso, a Pirâmide do capitalismo!
- Não Sócrates, aquelas dos funerais.
(Diga-se que nesta passagem Sócrates quer fazer crer que a comitiva se encontrava separada por um vidro e por isso não podia alcança-los. Na verdade, e como se comprovou posteriormente, a comitiva estava ocupada na coreografia que Sócrates teria ordenado a seus súbditos para o momento final, " it's Raining Men! Hallelujah!").
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Vão enterrar Alexandria
Ai que bom que é, por Saphou
Ai que bom que é,
ter um sms
e não o ler,
um telefonema
e não atender,
um e-mail
com a caixa cheia
a devolver
E mais do que isto
é o Criador,
do sol,
da praia,
do mar,
da floresta,
que nunca elegeu um ministro
e não consta que perceba nada de campanhas.
ter um sms
e não o ler,
um telefonema
e não atender,
um e-mail
com a caixa cheia
a devolver
E mais do que isto
é o Criador,
do sol,
da praia,
do mar,
da floresta,
que nunca elegeu um ministro
e não consta que perceba nada de campanhas.
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Saphou abroad
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
E ele disse
Deus nunca me concedeu um momento de cegueira onde visse mais do que a minha figura, quando amei corri sempre atrás de mim, quando sonhei, foi comigo. E quando fiz poesia desses amores que pelos outros não senti foi só porque gosto de me fazer sofrer às vezes. É triste, mas nunca amei ninguém mais do que me amo a mim.
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mi amor
Atenção, se assistir ao espectáculo estará a ser cúmplice no crime abaixo referido relativo aos comportamentos animais
O Bastonário Marinho Pinto vai estar hoje, dia 27 de Agosto, pelas 21horas, na RTP 1 a convite de Judite de Sousa para uma reflexão sobre o país. São também convidados os Bastonários da Ordem dos Médicos, Economistas e Engenheiros. Ver mais.
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novas penalidades
deus disse qualquer coisa pouco elogioso
-Podes repetir?
-Não, tivesses ouvido. Não tenho culpa que sejas mais surda do que a avó. No teatro também não dizem: pode repetir que eu não ouvi muito bem essa parte?
Creio que não haverá net para deus em Cuba por uns dias. Nem net, nem papel higiénico, que aqui es un bien precisoso. Há que contar as folhinhas.
-Não, tivesses ouvido. Não tenho culpa que sejas mais surda do que a avó. No teatro também não dizem: pode repetir que eu não ouvi muito bem essa parte?
Creio que não haverá net para deus em Cuba por uns dias. Nem net, nem papel higiénico, que aqui es un bien precisoso. Há que contar as folhinhas.
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o deus cá de casa
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
De vacaciones, Saphou aperaltou-se para
exibir o seu moreno sexy ao jantar. Colocou várias pulseiras, comme il faut, e uma peça única de seda, cai cai, tom camel, com um toque oriental . Todos elogiaram muito Saphou. Mas não deus.
-Gostas?
-deus respondeu, sobre a roupa: de fato macaco? onde estão as ferramentas? não sabia que agora trabalhavas como mecânica; sobre as pulseiras: com um pano na cabeça parecias uma tenda de ciganos.
deus foi calado pelo método da amona.
-Gostas?
-deus respondeu, sobre a roupa: de fato macaco? onde estão as ferramentas? não sabia que agora trabalhavas como mecânica; sobre as pulseiras: com um pano na cabeça parecias uma tenda de ciganos.
deus foi calado pelo método da amona.
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Saphou de vacaciones
Férias grandes V
Lembram-se onde ficamos na história das férias grandes, certo?
Pronto, tal como ficou implícito o Tio Jorge ficou de casamento marcado, à noite apareceu o sogro do Gaspar, pai da dita namorada, que alem de outras barbaridades informou a família, que se havia coisa que não dispensava era o uso de armas para ajuste de contas, num país em que, à época note-se, a justiça não funcionava.
Na vida do Jorge pouco mudou, continuou a encontrar-se com a Espanhola, mas já a tentar a posição de machista que qualquer homem casado deve manter para assegurar a fidelidade. Tentei por diversas vezes ensaiar com ele a subida ao altar, onde eu era o menino das alianças, mas ele já nesse ensaio, corria-me ao chuto mal eu fingia entrar na Igreja.
A família estava entusiasmada, o avô não se cansava de repetir a sorte com que a vida resolveu brindar o Jorge - para todas as panelas há um testo - dizia. A avó encorajava-o, não ao avô, ao Jorge, enchendo-o de ânimo e bifes com ovos estrelados, não fosse o rapaz zangar-se com a comida, nada podia incomodar o Jorginho, nem eu, que passei as maiores tormentas com o priminho tosco que exigia comer no meu banco, no meu prato, no meu copo da Heidi.
No fim do Verão o Jorge haveria de vir comigo para o Porto, vinha escolher o fato e eu teria um lindo fato também. A namorada da Régua visitou-nos mais duas ou três vezes naquele Verão, mas nem o priminho tosco conseguia levar com ela. Fazia-me festas na nuca, elogiava os meus olhos, enquanto o Jorge me corria com o cognome de fraldiqueiro.
O meu alvo de setas acabou destruído pela chuva, embora quase com certeza foi o primo que o regou, aprendi a nadar, a Espanhola deu-me um fato de treino do Barça, com calções e tudo. O priminho tentou esganar-me por diversas vezes, mas não tinha hipótese, seria por muitos anos o burro. O galo que me saltava aos olhos acabou dentro do tacho e a minha querida galinha Xana acabou junto com ele, por decisão de convenção familiar para alimentar os Reguenses. Por ela nunca mais comi arroz de cabidela e ainda hoje tenho tonturas com o cheiro que me relembra essa tortura, de que a minha amiga foi alvo. Compreendi anos mais tarde que muitas amigas haveriam de perder a cabeça por mim e isso era mais o menos normal, mas naquele tempo chorei quase tanto como quando terminou o Topo Gigio.
Voltaria ali muitas vezes, ocuparia o sofá onde o Tio Jorge dormia e embora ainda jogássemos ao Bonança em alguns dias, as coisas não eram as mesmas. A Espanhola visitava-nos mas passava horas a conversar com a minha avó e quando ela vinha, o Jorge não aparecia. A última vez que se viram foi três dias depois do casamento dele, em Dezembro, na poça, não sei do que falaram, andava a caçar rãns, mas sei que no Verão seguinte a Espanhola perguntava porque é que o Jorge não era pai ainda, e quantos meses levavam as moças portuguesas para dar à luz um filho.
Eu não sabia, com o tempo comprovou-se que o Jorge também não.
Pronto, tal como ficou implícito o Tio Jorge ficou de casamento marcado, à noite apareceu o sogro do Gaspar, pai da dita namorada, que alem de outras barbaridades informou a família, que se havia coisa que não dispensava era o uso de armas para ajuste de contas, num país em que, à época note-se, a justiça não funcionava.
Na vida do Jorge pouco mudou, continuou a encontrar-se com a Espanhola, mas já a tentar a posição de machista que qualquer homem casado deve manter para assegurar a fidelidade. Tentei por diversas vezes ensaiar com ele a subida ao altar, onde eu era o menino das alianças, mas ele já nesse ensaio, corria-me ao chuto mal eu fingia entrar na Igreja.
A família estava entusiasmada, o avô não se cansava de repetir a sorte com que a vida resolveu brindar o Jorge - para todas as panelas há um testo - dizia. A avó encorajava-o, não ao avô, ao Jorge, enchendo-o de ânimo e bifes com ovos estrelados, não fosse o rapaz zangar-se com a comida, nada podia incomodar o Jorginho, nem eu, que passei as maiores tormentas com o priminho tosco que exigia comer no meu banco, no meu prato, no meu copo da Heidi.
No fim do Verão o Jorge haveria de vir comigo para o Porto, vinha escolher o fato e eu teria um lindo fato também. A namorada da Régua visitou-nos mais duas ou três vezes naquele Verão, mas nem o priminho tosco conseguia levar com ela. Fazia-me festas na nuca, elogiava os meus olhos, enquanto o Jorge me corria com o cognome de fraldiqueiro.
O meu alvo de setas acabou destruído pela chuva, embora quase com certeza foi o primo que o regou, aprendi a nadar, a Espanhola deu-me um fato de treino do Barça, com calções e tudo. O priminho tentou esganar-me por diversas vezes, mas não tinha hipótese, seria por muitos anos o burro. O galo que me saltava aos olhos acabou dentro do tacho e a minha querida galinha Xana acabou junto com ele, por decisão de convenção familiar para alimentar os Reguenses. Por ela nunca mais comi arroz de cabidela e ainda hoje tenho tonturas com o cheiro que me relembra essa tortura, de que a minha amiga foi alvo. Compreendi anos mais tarde que muitas amigas haveriam de perder a cabeça por mim e isso era mais o menos normal, mas naquele tempo chorei quase tanto como quando terminou o Topo Gigio.
Voltaria ali muitas vezes, ocuparia o sofá onde o Tio Jorge dormia e embora ainda jogássemos ao Bonança em alguns dias, as coisas não eram as mesmas. A Espanhola visitava-nos mas passava horas a conversar com a minha avó e quando ela vinha, o Jorge não aparecia. A última vez que se viram foi três dias depois do casamento dele, em Dezembro, na poça, não sei do que falaram, andava a caçar rãns, mas sei que no Verão seguinte a Espanhola perguntava porque é que o Jorge não era pai ainda, e quantos meses levavam as moças portuguesas para dar à luz um filho.
Eu não sabia, com o tempo comprovou-se que o Jorge também não.
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Ferias Grandes segundo Privada
Resposta a uma questão há muito colocada por Funes,
dada por uma jovem de 15 anos.
Quantas mãos tem maneta e meio?
Depende da parte do meio maneta em que pegamos e do corte longitudinal ou horizontal efectuado. Poderão ser duas, ou uma, ou zero. E você, sabe mais do que uma jovem de 15 anos?
Quantas mãos tem maneta e meio?
Depende da parte do meio maneta em que pegamos e do corte longitudinal ou horizontal efectuado. Poderão ser duas, ou uma, ou zero. E você, sabe mais do que uma jovem de 15 anos?
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maneta
Caderno
Evitarei maçar o leitor que com certeza nesta fase repudia já as historietas dos grunhos que de uma forma ou de outra elencaram o cenário e a predisposição desta narrativa que não se pretende biográfica, mas sim humorística e critica face à impossibilidade de cada qual puder fugir ao seu próprio destino, se ele existe, cifrando a vida numa mera amostra ocasional da criatividade que nos ocorre.
Nas paginas que restam, rabiscarei a lápis, sem carregar, para que quando rescreva fique uma escrita limpa. Fui imprudente ao escrever algumas com caneta, rasgam-se pedacinhos quando se apagam as letras; nas que desenhei também ficaram marcas que não saem; esbocei de inicio corações e frases bacocas em algumas páginas do fim, uma infantilidade que o blogueiro perdoará. Já rasguei uma ou outra por total inadequação, não posso rasgar mais, são poucas as que restam, exigem subtileza, para que delas não ressalte uma borrada de vida. Veremos como se passa este exercício.
Nas paginas que restam, rabiscarei a lápis, sem carregar, para que quando rescreva fique uma escrita limpa. Fui imprudente ao escrever algumas com caneta, rasgam-se pedacinhos quando se apagam as letras; nas que desenhei também ficaram marcas que não saem; esbocei de inicio corações e frases bacocas em algumas páginas do fim, uma infantilidade que o blogueiro perdoará. Já rasguei uma ou outra por total inadequação, não posso rasgar mais, são poucas as que restam, exigem subtileza, para que delas não ressalte uma borrada de vida. Veremos como se passa este exercício.
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Felix Krull
Novas penalidades
Criminalização dos comportamentos dos animais
24-08-2009
Foi publicada a Lei n.º82/2009,de 21.8,que autoriza o Governo a criminalizar os comportamentos relativos à promoção ou participação com animais em lutas entre estes,bem como a ofensa à integridade física causada por animal perigoso ou potencialmente perigoso,por dolo ou negligência do seu detentor. Ver mais.
A campanha eleitoral não será a mesma coisa. Este governo é um merdas.
24-08-2009
Foi publicada a Lei n.º82/2009,de 21.8,que autoriza o Governo a criminalizar os comportamentos relativos à promoção ou participação com animais em lutas entre estes,bem como a ofensa à integridade física causada por animal perigoso ou potencialmente perigoso,por dolo ou negligência do seu detentor. Ver mais.
A campanha eleitoral não será a mesma coisa. Este governo é um merdas.
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Leis
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Sapos na Montanha
Chego sem me anunciar, numa terra pequena, não há hipótese de não atender a campainha. Lá estava ela com os seus 3 filhos, que resolveu criar em ambiente natural porque nas cidades só é possível criar monstros e devemos todos procurar a essência e principalmente dotar as crianças com valores que assentem no prazer e no respeito à natureza e laços familiares estreitos, como os que tinha com a minha avó e bla bla bla.
- Então, como vai essa vida in natura?
- Mal, muito mal, já não estou certa deste local ser o melhor para mim.
- É claro que não é o local para ti, aliás admira-me que depois de conheceres a Bélgica, a Itália, a França e principalmente depois de conheceres o Porto tenhas vindo enfiar-te aqui, decididamente nunca entendi.
- Não é isso Privada, não é a falta de cinema, de espectáculos, de arte, de movimento é uma ameaça que nunca equacionei.
- Qual?
- As cinquentonas Privada, as divorciadas, as viúvas, Privada, tu não fazes uma pequena ideia do que eu tenho sofrido, tu não imaginas.
- Fogo, porque são uma ameaça, não entendo…
- Sabes Privada pensei em tudo, nunca pensei ser traída com uma tipa mais velha que eu, tu achas isto normal, Privada?
- Foste traída, como, pelo Alberto, com uma tipa mais velha, não estás a alucinar?
- Não. Tu não sabes Privada, aqui os homens não podem sair à rua, a sério, é uma promiscuidade total, as gajas não olham a meios, fazem-lhes o cerco, é impossível. Ele é um dos homens mais novo, dos poucos que por aqui restam.
- Bem, não sei o que te diga…
- É incrível Privada, toda a gente sabia. Eu como raramente saio da quinta não percebi, ele estava sempre a discutir, a depreciar-me, se falava era porque falava, se não falava era igual. E a tipa vinha cá a casa e tudo, eu fazia de comer para a gaja Privada, uma viúva , tem quase 50 anos Privada. Sabia de muitos casos, é quase tudo, mas nunca imaginei que o Alberto que até criticava essas cenas pudesse fazer o mesmo.
- Então está bem. E o que vais fazer agora?
- Não sei, ele diz que não se vai embora e não posso pedir o divórcio porque não estou casada.
- Vai tu embora.
- E a casa, e a quinta, como posso ir, precisava de vender isto, ou entrar em acordo, e não há hipótese, ele não aceita nada, diz se quero ir que vá, estou desesperada.
- Caramba, não sei, e se lhe pusesses um par de cornos também?
- Com quem? Já te disse que poucos homens há aqui, não quero ser uma mendiga sexual como as que há a rodos aqui, pá!
- Com uma mulher ou com um Espanhol, é perto.
- Estou desesperada.
- Porque não vamos comer uma mariscada , trazes os meninos e vamos?
- Oh não dá, tenho que esperar por ele para jantar, não tem aí nada e depois era um escândalo.
- Tu mudaste muito, não há duvida.
- Ah Privada, tenho medo de encarnar uma mulher das historias antigas, não sabes o que luto para preservar a minha mentalidade, na rua dizem-me para ter calma, quer dizer toda a gente sabe, Privada, tu imaginas eu no medico e uma velhota a dizer-me para ter calma, Privada?
- Sim e de facto o que é uma traiçãozita, enfim, nada de relevante é normal.
- Aqui é mais do que normal, é uma necessidade, não há homens aqui, é esse o problema. Com esta não contava Privada, mas os meninos estão bem, crescem livres, em total contacto com a natureza, como sempre imaginei.
- Mas já desististe de ter 6, ou não?
- Sim, acho que sim, se as circunstâncias fossem outras, se ele mudasse, se …
- Se não tivesse acontecido o 25 de Abril…
- Aposto, que nem tu tinhas equacionado isto.
- Claro que não, o Alberto sempre foi uma mosca morta, quem imaginaria que ela ia despertar para o sexo quase aos 40?
- Elas aqui até os violam, tu não percebes, é muita mulher, muita viuva, muita divorciada...
- Então, como vai essa vida in natura?
- Mal, muito mal, já não estou certa deste local ser o melhor para mim.
- É claro que não é o local para ti, aliás admira-me que depois de conheceres a Bélgica, a Itália, a França e principalmente depois de conheceres o Porto tenhas vindo enfiar-te aqui, decididamente nunca entendi.
- Não é isso Privada, não é a falta de cinema, de espectáculos, de arte, de movimento é uma ameaça que nunca equacionei.
- Qual?
- As cinquentonas Privada, as divorciadas, as viúvas, Privada, tu não fazes uma pequena ideia do que eu tenho sofrido, tu não imaginas.
- Fogo, porque são uma ameaça, não entendo…
- Sabes Privada pensei em tudo, nunca pensei ser traída com uma tipa mais velha que eu, tu achas isto normal, Privada?
- Foste traída, como, pelo Alberto, com uma tipa mais velha, não estás a alucinar?
- Não. Tu não sabes Privada, aqui os homens não podem sair à rua, a sério, é uma promiscuidade total, as gajas não olham a meios, fazem-lhes o cerco, é impossível. Ele é um dos homens mais novo, dos poucos que por aqui restam.
- Bem, não sei o que te diga…
- É incrível Privada, toda a gente sabia. Eu como raramente saio da quinta não percebi, ele estava sempre a discutir, a depreciar-me, se falava era porque falava, se não falava era igual. E a tipa vinha cá a casa e tudo, eu fazia de comer para a gaja Privada, uma viúva , tem quase 50 anos Privada. Sabia de muitos casos, é quase tudo, mas nunca imaginei que o Alberto que até criticava essas cenas pudesse fazer o mesmo.
- Então está bem. E o que vais fazer agora?
- Não sei, ele diz que não se vai embora e não posso pedir o divórcio porque não estou casada.
- Vai tu embora.
- E a casa, e a quinta, como posso ir, precisava de vender isto, ou entrar em acordo, e não há hipótese, ele não aceita nada, diz se quero ir que vá, estou desesperada.
- Caramba, não sei, e se lhe pusesses um par de cornos também?
- Com quem? Já te disse que poucos homens há aqui, não quero ser uma mendiga sexual como as que há a rodos aqui, pá!
- Com uma mulher ou com um Espanhol, é perto.
- Estou desesperada.
- Porque não vamos comer uma mariscada , trazes os meninos e vamos?
- Oh não dá, tenho que esperar por ele para jantar, não tem aí nada e depois era um escândalo.
- Tu mudaste muito, não há duvida.
- Ah Privada, tenho medo de encarnar uma mulher das historias antigas, não sabes o que luto para preservar a minha mentalidade, na rua dizem-me para ter calma, quer dizer toda a gente sabe, Privada, tu imaginas eu no medico e uma velhota a dizer-me para ter calma, Privada?
- Sim e de facto o que é uma traiçãozita, enfim, nada de relevante é normal.
- Aqui é mais do que normal, é uma necessidade, não há homens aqui, é esse o problema. Com esta não contava Privada, mas os meninos estão bem, crescem livres, em total contacto com a natureza, como sempre imaginei.
- Mas já desististe de ter 6, ou não?
- Sim, acho que sim, se as circunstâncias fossem outras, se ele mudasse, se …
- Se não tivesse acontecido o 25 de Abril…
- Aposto, que nem tu tinhas equacionado isto.
- Claro que não, o Alberto sempre foi uma mosca morta, quem imaginaria que ela ia despertar para o sexo quase aos 40?
- Elas aqui até os violam, tu não percebes, é muita mulher, muita viuva, muita divorciada...
- No fundo minha querida Didi, pensando bem, a ruralidade, a natureza tem essas coisas, tens que ler o Torga, o gajo não era assim tão burro, afinal ainda está bem actualizado.
- O Torga sempre foi um parolo.
- Pois, sugeria-te o Lobo Antunes, mas não estou a ver-te a espetar um par de cornos ao senhor vereador.
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coisas que ninguem lê
Vamos lá esclarecer as coisas, de uma vez por todas
Quando a jovem, ou não tão jovem, beija o príncipe encantado, ele transforma-se em sapo e não o oposto. Andam a enganar-nos há séculos, talvez por o conto ter sido escrito no dia 1 de Abril?
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histórias mal contadas
Férias II
- Javali estufado pá? Mais carne? Não estão fartos de carnes, churrascos, vinho? Não percebo para que é tanto comer, a toda a hora, fogo!
- Só os fracos se preocupam com o sistema do peso, com as calorias e castigam o seu corpo com tofus e outros vegetais, esperando subir ao céu onde embarcarão toneladas de costeletas de vitela e frango assado em forma de recompensa, só eles ignoram que Deus morreu.
- Zaratustra ?
- Woody Allen.
- A serio? Dele tenho uma ponte de dentes ondulada do dentista Vicent.
- Ah, desse prefiro os animais míticos.
- Sem penas.
- É isso….
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Assim comia Zaratustra
Que livres sois...
Acabou a escravatura, os dogmas não fazem sentido e portanto todos se podem considerar livres, no entanto a liberdade é apenas a adequação a uma profissão, a um local que já existe, a um hobby criado e regulamentado…
Liberdade é a simples adaptação ao mundo que os homens livres criaram, quem não se adapta é preso: numa cadeia, num escritório, numa casa, numa cama. Reflectindo bem, nem os primatas foram homens livres dependiam do sol, da chuva, da terra.
Adapta-te ao que tens, ao que fazes e serás um homem livre. Isto não serve, não pode servir, ou então há outro termo para além da liberdade.
Liberdade é a simples adaptação ao mundo que os homens livres criaram, quem não se adapta é preso: numa cadeia, num escritório, numa casa, numa cama. Reflectindo bem, nem os primatas foram homens livres dependiam do sol, da chuva, da terra.
Adapta-te ao que tens, ao que fazes e serás um homem livre. Isto não serve, não pode servir, ou então há outro termo para além da liberdade.
Se a liberdade de facto existisse, num ano de crise como o que decorre, seriam poucos aqueles que livres, escolheriam voltar ao trabalho.
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buaaaaaaaaaaaaaaaaa
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
Porque carga de água é que nas auto-estradas
aparece repetidamente um estúpido letreiro com a frase: preço dos combustíveis indicado a 8 quilómetros? Passados os oito quilómetros, lá está outro estúpido letreiro com o preço dos combustíveis.Dada a sua extensão e a velocidade a que vamos, é impossível de ler mesmo por um super-dotado. A menos que um daqueles tipos que dobra o pijaminha decida abrandar e provocar um choque em cadeia, o que dá audiências, o miserento letreito é de uma inutilidade confrangedora.
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dúvidas
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Lidl
"Aqui a qualidade é barata!". Grande anúncio. Se a qualidade é barata, o que comprar vai sair-lhe caro. Retiro-me, vim só ligar o alarme.
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onde estão os criativos deste país
terça-feira, 18 de agosto de 2009
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Conversas de férias
- O anuncio do meu carro é aquele em que todas as gasolineiras aparecem com placas de insolvencia.
- É electrico?
- Não, é um Honda.
- Já tem cafe portugues e ementas traduzidas...
- Ah pois, aqui a crise é séria.
- Diz-me por favor una bebida espanhola tipica, bonita, com alcool. No cidra, no bagaço amarillo, algo bonito e calliente...
- Típicamente español no hay, existen internacionales.
- No hay, como não hay?
- En Portugal hay bebida típica caliente, hermosa ?
- Si que há, a caipirona.
- Caipírinha?
- Caipirona!
- Es Brasil, no?
- Capirona és mui portugues, es licor beirão!
- Ah si, licor beirão tiengo, quieres?
- oh ... Porto sé, IKEA, mui bien
- És una ciudad europeia mui desenvolvida, mui buena
- Sí, muy segura, en cada calle hay un policía. Aquí los policías no van formados, no se sabe donde estan, es más inseguro
- Verdad?!
- É electrico?
- Não, é um Honda.
- Já tem cafe portugues e ementas traduzidas...
- Ah pois, aqui a crise é séria.
- Diz-me por favor una bebida espanhola tipica, bonita, com alcool. No cidra, no bagaço amarillo, algo bonito e calliente...
- Típicamente español no hay, existen internacionales.
- No hay, como não hay?
- En Portugal hay bebida típica caliente, hermosa ?
- Si que há, a caipirona.
- Caipírinha?
- Caipirona!
- Es Brasil, no?
- Capirona és mui portugues, es licor beirão!
- Ah si, licor beirão tiengo, quieres?
- oh ... Porto sé, IKEA, mui bien
- És una ciudad europeia mui desenvolvida, mui buena
- Sí, muy segura, en cada calle hay un policía. Aquí los policías no van formados, no se sabe donde estan, es más inseguro
- Verdad?!
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ferias caoticas
Conselho do dia, por Saphou
Quando se divorciar e voltar a casar, não dê um casamento de arromba, sobretudo numa tenda em saldo, espalhando a sua felicidade na tromba de quem rejeitou a baixo custo, isso pode provocar a ira da sua /do seu ex e ter consequências trágicas. E não esqueça que na Europa a tenda é só uma! Nem sempre a lei de Murphy funcionará contra o/a ex incendiário/a, e o normal é que você e a sua noiva/noivo acabem em pedacinhos de carbono.
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Casamentos e tendas
Olá e Adeus
Minhas caras colegas, leitores, fãs, comentadores e blogoesfera em geral, venho a informar que tinha mais de 10 conversas acerca de espanhóis, com piada e relevância, que pretendia publicar no Blog ao passar por Portugal, mas esqueci-me delas, eram sobre a crise, bem porreiras. Matei-me de rir quando pensei nelas, a pensar que vocês se iriam rir também. Lembrei-me que me poderia esquecer delas no entretanto, e que deveria por isso tirar notas. Mas não tirei.
E posto isto, não tenho piadas, vou embora hoje outra vez. Fiquem bem, beijos , abraços, i will be back !
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oi Bli,
oi Saphou,
raio de memoria
domingo, 16 de agosto de 2009
A expectativa é grande na segunda circular,
vamos lá ver se o quadrado de três funciona. Empedância não lhes falta, mas este só é Jesus de nome, quando muito reza. A águia, ou lá o que aquilo é, enfeitada de fitas vermelhas e brancas num miserento suposto voo triunfal, como se uma ave daquelas aprisonada e domesticada pudesse ter qualquer vislumbre de triunfo. Não sei porque é que as associações protectoras dos animais nunca actuaram neste caso horrendo. Recorde do Guinness do clube com mais sócios? Acrescente-se o recorde do Guinness do clube mais grunho a armar, a pior espécie de grunho. Bah! Venham mais 6.000.000 de inimigos.
Nunca me senti tão madeirense.
.....
Se, e passo a citar Jorge Jesus: "fomos a única equipa que jogámos", fomos "esmagadores", está explicado o resultado: não seria fácil, nem de bom tom, ganhar ou perder consigo próprio. Todavia, há quem tenha outra teoria : MACAQUINHOS DE IMITAÇÃO!
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clubes da segunda circular
sábado, 15 de agosto de 2009
Trabalho na net, uma nova forma de escravatura?
ou oportunidades sem precedentes?
amazonmechanicalturk: ganhe dinheiro pelo trabalho que efectuar. Não há garantia de pagamento, só se o cliente ficar satisfeito e estiver para isso, entrega o trabalho primeiro, recebe depois. O preço de cada tarefa é ridículo. Pode ser divertido, com hobby.
IGE: torna-te jogador on line profissional. A empresa vende as personagens ao cliente já criadas e fortes, ou armas com poderes, ou WOW gold. Ilustremos. Procura um país de mão de obra barata. Abre uma delegação na China que, por sua vez, se encarrega de contratar agentes que escravizam jovens jogadores profissionais. A troco de um ordenado de miséria, jogam, por exemplo, WOW, 12 horas por dia, comem e dormem no local de trabalho em condições, no mínimo, precárias. O patrão da delegação chinesa da IGE, está rico, muitas vezes não paga aos agentes que o ameaçam, o jovem patrão americano da IGE está multimilionário. Os agentes fazem o trabalho sujo: exploram os jogadores, vivem razoavelmente, mas não enriquecem. Uma cadeia de exploração que termina no jogador.
Um dos jogadores chineses, dos melhores, nem dinheiro tem para a camioneta, para ir à aldeia visitar a namorada, confessa que gostava de ver a luz do sol, mas há muito que não o vê. Acorda às 6 da manhã, lava-se com água fria, porque água quente é um luxo, numa pia, dorme encolhido num beliche cujo colchão parece uma tábua e é dos que tem sorte, porque outros, por falta de espaço, têm que partilhar a cama. Trabalha 12 horas por dia, está nesse turno, outros trabalham no turno da noite, não há segurança social, nem outros luxos, como uma casa de banho decente e limpa ou comida adequada. Se adoecer, é garantido que o mandam para a rua.
Algures, um tipo com algum dinheiro e tempo livre, compra à IGE on line uma personagem WOW forte, sem ter o trabalho de a criar, ou WOW gold mais barato, ou armas com poderes.
Os exemplos poderiam multiplicar-se.
........
deus acaba de me informar que os verdadeiros jogadores fazem questão de matar essas personagens pré-evoluídas, que têm um comportamento padrão e estragam o jogo. Portanto, os explorados são maltradados por todos.
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sociedade da informação
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Recebo convites diários para entrar no Facebook
E os meus filhos imploram-me para não o fazer. Acho que descobri uma nova forma de fazer chantagem (em sentido impróprio, uma vez que se trata do exercício legítimo de um direito). Pões a mesa, faz a cama, faz-me umas torradas...ai não? Ok, vou aceder ao Facebook. Nunca o mundo virtual me deu tanto poder com interesse prático.
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Facebook
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
We, on line generation, sparknote, reading is for oldies
Sparknote with Saphou. Let's standartize Lord of The Flies, one of the best books ever. Take away all the personal character of reading, the unique relation between writer and individual reader, the pleasure. Who cares? One just needs a D or C to pass and move on to the next school year. If you are smart enough you may even get a B or an A.
Hamlet in twenty minutes. Yeah! Please, may anyone sparknote that guy Camões and his hedious Lusíadas?
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sparknotes
Frase do Ano (critério de eleição: define por completo o país)
"O Portugal de hoje é um grande BPN"
Medina Carreira (SIC, Estado do País, 12 de Agosto de 2009)
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Medina Carreira
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
O fato de banho griffe exclusiva de Saphou; clique nas imagens para aumentar e ter o prazer de ver os detalhes
Que mais pode desejar do que sentir o seu corpo envolto na natureza tropical, com direito a uma ave atrevida e lantejoulas no focinho das girafas, nos flamingos, enfim, um pouco por todo o lado, nas estrelas do céu diurno com o requinte da lua e uma nuvem de onde a onde, rematando o baixo ventre numa explosão de flores exóticas, igualmente alantejouladas.
Se quiser um igual ao de Saphou, esta é a oportunidade da sua vida, já só há um e com um desconto soberbo, com um requinte rendilhado de pormenor a condizer com a peça.
Se quiser um igual ao de Saphou, esta é a oportunidade da sua vida, já só há um e com um desconto soberbo, com um requinte rendilhado de pormenor a condizer com a peça.
Só visto, se me contassem não acreditava em tanto por tão pouco. Reparem que até se ilumina o sétimo chakra.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Funes, velho jarreta, cada país tem a casa branca que merece,
junte-se a deus cá de casa que auto-proclama detestar três espécies:
-hippies
-verdes
-hippies
-verdes
-vegetarianos (para me atingir, que em tempos fui vegetariana)
Tretas.
Cada um vagabundeia da forma que mais lhe apetecer vagabundear. Alguns até dão em bloguers de trazer por casa, como eu.
Já agora, mande fuzilar os gajos com cabelo comprido, já que o seu cresce para cima e para os lados, tipo piaçaba. E acima o tá-se, o sex, as drugs & rock & roll e as festas de espalhar a gripe A, que estão muy de moda. Curioso, não o ter visto criticar a feijoada da Caras ou as Sasha Summer Parties.
Se não gosta da Casa Branca do Oeste a Sul, empanturre-se na Casa Branca do Oeste a Norte, em Marrocos (leia-se Vila Nova de Gaia, para que não conhece a gíria), onde impera o mau gosto da azulejaria e estatuária típica grunhense. De preferência, vá lá todos os 28s de Maio.
P.S. De entre os efeitos secundários do Xanax consta a agressividade, que pode ser extrema. Ok, estou inimputável, é hoje...
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Festival do Oeste
Declaração artística: performance
Estou farta desta merda toda.
O performer deve vestir-se a rigor, em traje de noite, ir para um bar muito frequentado, depois das 19 horas, e entoar a frase ao estilo de ópera ou opereta que é mais o que isto é, sempre no mesmo tom (fá), allegro non tanto, de preferência como soprano, embora se admita tenor ou baixo. A declaração deve ser cantada sete vezes. No fim de cada uma das vezes, o performer deve fazer uma vénia aos presentes, declarando a autoria: Saphou, 2009.
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Saphou artista
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Miss Universe Contestants 2009: have a look, pick your favourite
http://www.missuniverse.com/ Descubra onde está a portuguesa, é um bom exercício para prevenir Allzeihmer.
República Checa, com aquele vestido azul, já ganhou!
Brasil, com aquela cara e aquele bikini, já ganhou!
Portugal, com aquele look, já ganhou!
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Encher chouriços
As saudades que eu já tinha da minha casinha
Não tenho tempo para vos informar que vou de férias. Preciso de encontrar pelo menos 3 t-shirts, secar as calças, ver se o carro tem água, fazer uma serie de transferências, actualizar o mp3 , apagar o cartão da maquina, meter cheques na carteira, uma chave suplente e ainda me falta ligar para o hotel, mas não sei se ligue, e se depois não me apetece ficar lá? Penso que há muitas vagas, mas não sei se há de facto vagas, as coisas mudam.
Tenho que levar o cão à minha mãe. Preciso ir-me embora, tenho que ver se o carro tem água e encher os pneus, também tenho que encontrar documentos. E levar o telemóvel e o carregador, pode fazer falta. E a máquina, tenho que ver se tem o cartão, e o carregador da maquina. E os mapas, devia estar a saca-los da net. Ainda assim acho que me falta qualquer coisa e não são os livros, caramba que cena.
Tenho que levar o cão à minha mãe. Preciso ir-me embora, tenho que ver se o carro tem água e encher os pneus, também tenho que encontrar documentos. E levar o telemóvel e o carregador, pode fazer falta. E a máquina, tenho que ver se tem o cartão, e o carregador da maquina. E os mapas, devia estar a saca-los da net. Ainda assim acho que me falta qualquer coisa e não são os livros, caramba que cena.
Ate breve amigos, espera por mim Saphou
domingo, 9 de agosto de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
Laços
Quando se apertam os laços da desafectividade e se transformam em nós, armas de censura apontadas para o fuzilamento, há que os romper. Resta a sensação de desperdício e a taquicardia, o cansaço extremo. Não há mais nada a fazer, a não ser rezar para que o coração e as artérias aguentem mais este golpe de muitos.
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laços e nós
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
O eterno retorno
Aos 20:
- Tens que Mudar, Mudar alguma coisa.
- Mudar de casa;
- Alugar um quarto, ser independente;
- Cravar um carro ao velhote;
Depois serei feliz.
Aos 30:
- Tens que Mudar, Mudar alguma coisa.
- Mudar de casa para uma maior;
- Mudar de carro;
Depois serei feliz.
Aos 45:
- Tens que Mudar, Mudar alguma coisa.
- Mudar de casa para a da minha amante;
- Mudar para um carro desportivo;
Depois serei feliz.
Aos 65:
- Tens que Mudar, Mudar alguma coisa.
- Mudar para a casa da minha ex-mulher.
- Mudar para um carro mais fácil.
Depois serei feliz.
Aos 90:
- Tens que Mudar, Mudar alguma coisa.
- Mudar a tua forma de mudança.
Deve ser grande choque com os pés para a cova chegar a esta conclusão.
- Tens que Mudar, Mudar alguma coisa.
- Mudar de casa;
- Alugar um quarto, ser independente;
- Cravar um carro ao velhote;
Depois serei feliz.
Aos 30:
- Tens que Mudar, Mudar alguma coisa.
- Mudar de casa para uma maior;
- Mudar de carro;
Depois serei feliz.
Aos 45:
- Tens que Mudar, Mudar alguma coisa.
- Mudar de casa para a da minha amante;
- Mudar para um carro desportivo;
Depois serei feliz.
Aos 65:
- Tens que Mudar, Mudar alguma coisa.
- Mudar para a casa da minha ex-mulher.
- Mudar para um carro mais fácil.
Depois serei feliz.
Aos 90:
- Tens que Mudar, Mudar alguma coisa.
- Mudar a tua forma de mudança.
Deve ser grande choque com os pés para a cova chegar a esta conclusão.
Pensamentos elevados
Se os beneficiários do rendimento mínimo fossem ao menos educados e escolarizados, não precisavam as pessoas que trabalham de perder tempo a escrever livros e blogues.
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ditados
Nem vale a pena escrever,
Toda a mensagem tem que ter um emissor e um receptor para cumprir a sua função. As raras pessoas que nos visitam, embora nos merecam muito respeito e consideração, até mesmo amizade, não justificam o gasto. Vou fazer como a padeira, o homem do talho, a peixeira e o tipo que vende as couves, com a diferença de não ir para lado nenhum, mas viajar à roda do meu quarto, como o outro.
Ou isto, ou meto as Misses, para encher.
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Dass
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Bill Clinton e o Kim Jong-il, o tótó
Tal como haviamos escrito em Maio aqui, Kimzinho, que devia estar de escabeche, é apenas uma criança birrenta paranóica que quer atenção por parte dos EUA. Bill Clinton foi lá, ouviu a criancinha, deu-lhe conversa, até lhe deve ter levado uns toys, evitou censurar a criança, e não teve qualquer dificuldade em trazer as jornalistas prisionerias consigo. Way to go Clinton, you old fox! Devia ter-lhe oferecido um jaw breaker gigante. Ele era aconselhado a comê-lo de uma só vez e durante uma semana não fechava a boca nem conseguia pronunciar qualquer frase. Se o nariz ficasse entupido seria uma chatice.
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Kim Jong-il o paranóico
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Lubna Hussein, do not forget this woman and her message (forget her shoes, though).
Lubna Hussein, we all support you!
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Lubna Hussein
Curiosamente à descoberta do homossexual que há no hetero
POR SAPHOU, REPRESENTANTE DA ASAE DA MORAL E DOS BONS COSTUMES (ASMBC). TODAS AS REVISTAS MARIA QUE PERTURBAM ESTA MENTE FORAM CONFISCADAS. DECRETADO TAMBÉM O FIM DA LIBERDADE DO PASQUIM. DIPLOMA FIRMADO POR SAPHOU, EL 6 AGOSTO, 2009, EN DIRECTO, EN CADENA NACIONAL.
- Não percebo essa tua intransigência contra a homossexualidade.
- Mete-me nojo! É contra a lei natural das coisas, o mundo cairá em desgraça.
- E o que achas do sexo anal entre heterossexuais?! Eu, cá por mim acho nojento abrir a revista Maria e ver perguntas de jovens de 15 e 16 anos a dizer que o namorado as questionou sobre esse assunto. Para mim, gajos que querem fazer sexo anal com as namoradas são no fundo grandes ou potenciais homossexuais com tendências homofóbicas.
- Não, é diferente é entre homem e mulher.
- Na bomba de gasolina esta semana há uma revista e um vídeo para heterossexuais, cujo o titulo é “Tarados do anal”, o que me faz crer que na actualidade a maioria dos casais pratica esse sexo, mesmo tendo à disposição os recursos naturais de satisfação. Alias, não tenho amigo que não fale dessas bizarrias, até as mulheres, como se tivessem descoberto a pólvora.
- Mas falas entre homem e mulher, certo?
- E o sexo oral difundido por tudo quanto é comunicação, exorbitado até às últimas consequências, é uma coisa de lésbicas, acho deprimente.
- Não, nos casais isso ajuda.
- Ajuda ao divórcio. Repara, a partir do momento em que esse sexo toma o lugar do sexo dito “normal” a probabilidade de as melhores amigas se tornarem nas melhores amantes é alta, o mesmo para os homens, diria, caro Estêvão, que um homem fulminado pelo sexo anal está a dois passos de ser um homossexual, bastará um copito a mais porque, afinal, meu amigo, os rabos são todos iguais.
- É muito diferente!
- Pode ser, mas o que o meu amigo não pode negar, é que a homossexualidade começou nos heterossexuais.
- És completamente doido.
- Então não eram os heterossexuais a raça dominante?
- Caro Privada, o que tu não sabes é que esses gajos que escrevem nas revistas são grandes homossexuais!
- Se assim é, normalizaram muito bem o sexo oral e anal na classe dominante, mas não te preocupes, isto é só mais uma luta contra o machismo, vais ver, quando tivermos 70 anos e analisarmos tudo isto.
- Mete-me nojo! É contra a lei natural das coisas, o mundo cairá em desgraça.
- E o que achas do sexo anal entre heterossexuais?! Eu, cá por mim acho nojento abrir a revista Maria e ver perguntas de jovens de 15 e 16 anos a dizer que o namorado as questionou sobre esse assunto. Para mim, gajos que querem fazer sexo anal com as namoradas são no fundo grandes ou potenciais homossexuais com tendências homofóbicas.
- Não, é diferente é entre homem e mulher.
- Na bomba de gasolina esta semana há uma revista e um vídeo para heterossexuais, cujo o titulo é “Tarados do anal”, o que me faz crer que na actualidade a maioria dos casais pratica esse sexo, mesmo tendo à disposição os recursos naturais de satisfação. Alias, não tenho amigo que não fale dessas bizarrias, até as mulheres, como se tivessem descoberto a pólvora.
- Mas falas entre homem e mulher, certo?
- E o sexo oral difundido por tudo quanto é comunicação, exorbitado até às últimas consequências, é uma coisa de lésbicas, acho deprimente.
- Não, nos casais isso ajuda.
- Ajuda ao divórcio. Repara, a partir do momento em que esse sexo toma o lugar do sexo dito “normal” a probabilidade de as melhores amigas se tornarem nas melhores amantes é alta, o mesmo para os homens, diria, caro Estêvão, que um homem fulminado pelo sexo anal está a dois passos de ser um homossexual, bastará um copito a mais porque, afinal, meu amigo, os rabos são todos iguais.
- É muito diferente!
- Pode ser, mas o que o meu amigo não pode negar, é que a homossexualidade começou nos heterossexuais.
- És completamente doido.
- Então não eram os heterossexuais a raça dominante?
- Caro Privada, o que tu não sabes é que esses gajos que escrevem nas revistas são grandes homossexuais!
- Se assim é, normalizaram muito bem o sexo oral e anal na classe dominante, mas não te preocupes, isto é só mais uma luta contra o machismo, vais ver, quando tivermos 70 anos e analisarmos tudo isto.
- Eu, sinceramente Privada, não fico convencido, acho mais uma vez que o teu discurso é confuso, cada dia que passa é mais difícil comunicar contigo. Os homossexuais só fazem sexo anal com homens.
- Sim, não são hipócritas, pelo menos.
- Tu não entendes, nunca vais entender.
- Eu entendo, acho que entendo, não percebo é porque raio és homofóbico, sexo anal é normal entre heteros, se assumes isto, como podes diferenciar tanto as coisas?
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homossexualidade,
Saphou não me mates
A palavra é do Cuco dos Blogues, aquele que todos conhecemos nos seus heterónimos,
o das mil e uma faces e personalidades, que hoje nos atirou pelo ninho fora. Sigam directamente para a caixa de comentários porque o CUCO está mesmo preocupado com a vida sexual dos portugueses.
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Cuco dos Blogues
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Os nós e os laços
Ok, a Teresa é amante do Gonçalo e o Duarte não quer saber disso. E daí? Toda a gente conhece casos desses, por exemplo, na aldeia toda a gente sabia que o Ti António sabia que a sua Amélia dormia com o amigo Heitor. O que não se sabia muito bem é quem era o pai dos 6 filhos da Amélia. Supõem-se que fossem do Ti António, já que estes nunca reclamaram a herança do Heitor, que foi inteirinha para os 4 filhos legítimos, que este tinha com a Tia São.
A Inês era amante do Pedro, que já não suportava o casamento com a Isabel e que aceitou o fim da paixão por Inês quando esta quis casar também. Ok e antigamente era igual, toda a gente sabe daquele caso da amante que vai ter com a mulher legítima e reclama que ela deve deixar o marido, porque este há muito que está com ela, por falta da primeira.
Sabe-se também que ao longo dos tempos o sexo nunca respeitou religiões, parentescos ou ideologias. Então, onde está a história? Sim, porque o que eventualmente podia ter mudado era a opinião do exterior e essa o Alçada Baptista não revela.
A única coisa de jeito, e desculpem meus amigos esta total falta de respeito, é o facto de Alçada Baptista dizer que o amor do homem pela mulher termina quando este fica impotente ou lhe é arrancado o sexo.
A Inês era amante do Pedro, que já não suportava o casamento com a Isabel e que aceitou o fim da paixão por Inês quando esta quis casar também. Ok e antigamente era igual, toda a gente sabe daquele caso da amante que vai ter com a mulher legítima e reclama que ela deve deixar o marido, porque este há muito que está com ela, por falta da primeira.
Sabe-se também que ao longo dos tempos o sexo nunca respeitou religiões, parentescos ou ideologias. Então, onde está a história? Sim, porque o que eventualmente podia ter mudado era a opinião do exterior e essa o Alçada Baptista não revela.
A única coisa de jeito, e desculpem meus amigos esta total falta de respeito, é o facto de Alçada Baptista dizer que o amor do homem pela mulher termina quando este fica impotente ou lhe é arrancado o sexo.
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laços
TWENTE-SCP: round 2
Sempre aquela emoção! Já estão a perder e nem atacam nem defendem. O meio campo, esse é inexistente.
E como não há coincidências no Universo, ao escrever este post apareceu a solução em forma de anúncio: peça já um incrível Talismã Grátis que atrai Sorte!
E como não há coincidências no Universo, ao escrever este post apareceu a solução em forma de anúncio: peça já um incrível Talismã Grátis que atrai Sorte!
Quem é uma dragona amiga?!
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SCP
"É de laço e de nó..."
Dizem que o Homem só deve pensar em descendência quando estiver preparado para criar algo superior, que justifique a evolução e dignifique a humanidade, transmitindo através desse novo ser os ideais que elevam as almas e não as profissões. Estarei, portanto, ocupado nos próximos 10 anos.
Após isso, em 2029, estarei numa pizzaria a cortar vegetais em Paris. Viverei uma vida humilde durante 2 meses nessas paragens, de onde seguirei para Londres, onde serei cantoneiro pelo período financeiramente necessário para seguir para Roma, e assim sucessivamente, até chegar a Cuba. 10 anos após estarei em África a construir abrigos com tijolo de 7´.
Com 70 anos, regressarei a Portugal para preparar o fim da viagem, procurem-me no monte, entre os cedros, os pinheiros e as salvias. Lá estarei rodeado por violetas, flores do campo, a ler e a fumar charros. Se, em vez de mim, encontrarem um homem louco, de longas barbas, mãos trémulas e a tosse convulsa, perguntem-lhe, ele saberá dizer onde estou. Muito provavelmente a subir e a descer embalado entre os dois cornos das alturas, na minha bicicleta de farolim.
Após isso, em 2029, estarei numa pizzaria a cortar vegetais em Paris. Viverei uma vida humilde durante 2 meses nessas paragens, de onde seguirei para Londres, onde serei cantoneiro pelo período financeiramente necessário para seguir para Roma, e assim sucessivamente, até chegar a Cuba. 10 anos após estarei em África a construir abrigos com tijolo de 7´.
Com 70 anos, regressarei a Portugal para preparar o fim da viagem, procurem-me no monte, entre os cedros, os pinheiros e as salvias. Lá estarei rodeado por violetas, flores do campo, a ler e a fumar charros. Se, em vez de mim, encontrarem um homem louco, de longas barbas, mãos trémulas e a tosse convulsa, perguntem-lhe, ele saberá dizer onde estou. Muito provavelmente a subir e a descer embalado entre os dois cornos das alturas, na minha bicicleta de farolim.
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o destino de um só
Insónias: os novos sem abrigo
Leio, passeio na net, vejo televisão. Sono, nada.
Impressionou-me a história destes novos sem abrigo, porque me são próximos.
Uma senhora de 62 anos, sempre dedicada à carreira, engenheira de profissão, perdeu o emprego. Vive só na mesma casa à 21 anos. O subsídio que recebe, de cerca de 590 euros, não dá para pagar as contas. Sobram-lhe 6 euros para alimentação. Sai de casa todos os dias com o carrinho de compras e procura comida nos caixotes do lixo. Encontra alcachofras, pimentos, batatas, uma vez arriscou trazer carne, mas ficou doente. Quando tem sorte, aparece um pacote de chá. Veste-se impecavelmente com as roupas de quando tinha dinheiro. A vizinha corta-lhe o cabelo. As ervas de cheiro que cultiva na varanda, como eu, são a sua companhia. Fala com o cebolinho, a salsa e o funcho...
Tira do carrinho o que encontrou e alimenta-se à base de sopa. Recebe uma ordem de despejo, por não conseguir pagar mais a renda. As sete irmãs fingem que ela não existe. Tirando a vizinha que lhe corta o cabelo, não tem mais ninguém. Em Paris, na cidade de luz. No meio do desespero, teve sorte, arranjam-lhe uma habitação social num bairro muito próximo. O andar tem 3o metros quadrados, mas tem uma varanda onde pode continuar a cultivar o seu jardim de ervas aromáticas.
Uma mãe de 49 anos, reformada do ensino por invalidez, em virtude de uma depressão profunda que teve por base um divórcio complicado, vive numa casa do Ministério da Educação com os seus dois filhos. Para sustentar a família, além da pensão de invalidez, dá aulas de escultura em vários locais. Recebe ordem de despejo porque não tem direito à casa. Ao fim de um processo complicado, arranjam-lhe uma habitação social, que só estará pronta passados sete meses. Como vai viver com os filhos na rua durante os meses de inverno? A família, ex-marido, o que seja, é como se não existissem. A luz da cidade da luz não aquece ninguém.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Isaltinices na Silly Season, ou da tentativa anedótica de achincalhamento da justiça
com a bênção dos média por causa das audiências e, por conseguinte, com a bênção dos cuscos dos portugueses. Então o senhor autarca é condenado a 7 anos de prisão efectiva, perda de mandato e indemnização de uma pipa de massa ao fisco e marca uma conferência de imprensa comentando a decisão, garantindo que nenhum facto se provou e apesar disso foi condenado? E vai ser top de audiências. Garantido. Em directo para todas as televisões. Interessante mesmo, ele recandidatar-se, como garantiu, a sentença ser confirmada em todas as sedes e Isaltino vir a governar autarquia a partir do xadrez. Seria sublime!
Se o homem garante que é inocente, há que acreditar na palavra dele, como é óbvio. É o patinho feio, o bode expiatório. O colectivo de juízes não tem qualquer competência nestas coisas do íntimo. Isaltino é que sabe do Direito e dos factos. E, repete sobranceiro, até à exaustão, que nenhum facto contra ele foi provado. Os juízes são tolinhos, além de incompetentes, naturalmente. Nem sabem interpretar o comportamento das testemunhas, que não abriram, sequer, a boca para o acusar, apenas abanaram a cabeça, os braços e as mãos, numa linguagem gestual que o tribunal não domina minimamente. A condenação foi boa apenas para motivar a reforçar a determinação de Isaltino: vai empenhar-se nesta campanha como nunca, será uma campanha memorável.
Fátima Felgueiras, condenada em 3 anos e meio de pena suspensa também se recandidata e, à porta do tribunal, se vangloriou porque foi reconhecida a sua inocência e podia começar de novo (resta saber o quê).
Está tudo com os copos, o país foi a banhos, é a Silly Season no seu melhor. E promete.
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Isaltinices
Porque é que os portugueses mijam
todos os miradouros e afins, porquê este desejo de mijar no alto?
Cá ficam alguns locais belíssimos, sanita dos portugueses, incluído o alto do Sítio, onde nem se consegue reflectir devidamente sobre o milagre do salvamento de D. Fuas Roupinho.
Miradouro do Monte do Faro
Miradouro do Monte da Senhora da Encarnação
Forte da Ínsua
Miradouro de Pedra Bela
Miradouro do Monte de Santa Luzia
Miradouro do Sameiro
Miradouro do Bom Jesus
Parque e Monte da Penha
Miradouro de São Leonardo da Galafura
Miradouro dos Jardins do Palácio de Cristal
Miradouro de São Salvador do Mundo
Miradouro do Fradinho
Miradouro da Serra do Pilar
Miradouro do Penedo Durão
Miradouro da Senhora da Mó
Miradouro do Alto da Serra da Marofa
Miradouro do Caramulinho
Miradouro da Cruz Alta do Buçaco
Castelo do Sabugal
Miradouro da Torre
Miradouro da Senhora do Montalto
Miradouro do Vale do Inferno
Miradouro do Penedo da Saudade
Miradouro do Castelo de Montemor-o-Velho
Miradouro da Vela
Miradouro de Santo António da Neve
Castelo da Lousã
Miradouro do Picoto da Melriça
Miradouros do Penedo Furado
Miradouro do Sítio
Castelo de Belver
Miradouro da Capela de Nossa Senhora da Penha
Miradouro do Cabo Carvoeiro
Miradouro do Pico de São Mamede
Miradouro da Peninha
Castelo dos Mouros
Fortaleza de Juromenha
Serra de Santa Bárbara
Miradouro da Senhora do Monte
Miradouro e Jardim de São Pedro de Alcântara
Miradouro da Memória
Miradouro do Santuário do Cristo Rei
Fajã de Santo Cristo
Miradouro da Fajã das Almas
Miradouro da Ribeira das Cabras
Castelo de Palmela
Miradouro do Monte Carneiro
Miradouro da Ponta da Espalamaca
Miradouro do Monte da Guia
Miradouro do Forte de São Filipe
Castelo de Sesimbra
Fortaleza de Monsaraz
Miradouro do Cabo Espichel
Montanha do Pico
Castelo de Mourão
Miradouro da Torre de Menagem do Castelo de Beja
Ponta da Ferraria
Vista do Rei
Ponta do Arnel
Miradouro de Santa Iria
Lagoa do Fogo
Pico do Ferro
Cabo Sardão
Miradouro de Alcoutim
Miradouro da Fóia
Castelo de Castro Marim
Fortaleza de Cacela-a-Velha
Farol de Vila Real de Santo António
Forte da Ponta da Bandeira
Muralhas do Castelo de Tavira
Miradouro da Ponta da Piedade
Fortaleza do Cabo de São Vicente
Baía de São Lourenço
Miradouro do Pico Alto
Praia Formosa
Ponta do Castelo
Miradouro do Pico Ana Ferreira
Miradouro do Véu da Noiva
Miradouro do Pico Ruivo
Miradouro do Pico do Areeiro
Miradouro do Pico do Facho
Teleférico do Monte
Miradouro do Cabo Girão
Miradouro da Eira do Serrado
Miradouro do Monte do Faro
Miradouro do Monte da Senhora da Encarnação
Forte da Ínsua
Miradouro de Pedra Bela
Miradouro do Monte de Santa Luzia
Miradouro do Sameiro
Miradouro do Bom Jesus
Parque e Monte da Penha
Miradouro de São Leonardo da Galafura
Miradouro dos Jardins do Palácio de Cristal
Miradouro de São Salvador do Mundo
Miradouro do Fradinho
Miradouro da Serra do Pilar
Miradouro do Penedo Durão
Miradouro da Senhora da Mó
Miradouro do Alto da Serra da Marofa
Miradouro do Caramulinho
Miradouro da Cruz Alta do Buçaco
Castelo do Sabugal
Miradouro da Torre
Miradouro da Senhora do Montalto
Miradouro do Vale do Inferno
Miradouro do Penedo da Saudade
Miradouro do Castelo de Montemor-o-Velho
Miradouro da Vela
Miradouro de Santo António da Neve
Castelo da Lousã
Miradouro do Picoto da Melriça
Miradouros do Penedo Furado
Miradouro do Sítio
Castelo de Belver
Miradouro da Capela de Nossa Senhora da Penha
Miradouro do Cabo Carvoeiro
Miradouro do Pico de São Mamede
Miradouro da Peninha
Castelo dos Mouros
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Serra de Santa Bárbara
Miradouro da Senhora do Monte
Miradouro e Jardim de São Pedro de Alcântara
Miradouro da Memória
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Fajã de Santo Cristo
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Questions
Desperadamente à procura do ano que passou
Visitar os amigos de Liceu
a) O abraço dissipou 10 anos de afastamento, tudo igual, aquele à vontade que só se obtêm nas amizades do liceu. Ela tinha agora 3 filhos, que pareciam bonecos de desenhos animados, um marido com um copo de whisky na mão em frente ao LCD, um trabalho além fronteira. Abraçou os meninos como se fossem dele, deixou-lhe uma nota de 50 euros, quase uma retribuição pelos 5 contos que ela lhe deixou antes de partir com aquele mesmo marido, para lua-de-mel em Amesterdão. Ela aceitou, ele prometeu que voltava. Riram, riram sempre.
b) A Titá era agora agrónoma, de camisola pegajosa e ainda com picos do mato, abraçou-o quase a ponto de o deixar sem respiração, o mesmo à vontade. Chorou compulsivamente e disse que o pai morreu. Também o dele, mas ele não chorava assim. Ela tinha tratado do pai até ao fim. A mãe estava finalmente tratada daquela melancólica depressão, que tanto trabalho lhes dava na adolescência. As irmãs gémeas estavam em Lisboa e ela ali, o marido gostava da quinta e ela gostava também. O filho, inquieto com o visitante de óculos de sol enormes, que lhe ofereceu um Ferrari amarelo em miniatura. Despediu-se e prometeu que voltava.
A nova casa, um novo local, uma nova vida
c) Decidiu finalmente a casa que ia adquirir, onde iria viver, mudar mas continuar no Porto, no meu Porto, repetia. O jardim à Poe, o azulejo de Stº António, a cave. Comprou. Foi roubado 6 vezes. As obras ainda decorrem, mas ele não voltou para as conferir.
Compromissos familiares
d) Encomendou um arranjo para o pai, com flores amarelas. Foi ao cemitério e ainda que estranhasse a falta do livro e das letras, pensou que algum daqueles familiares cismáticos o tivessem mandado retirar e pôs as flores ali, flores que envergonhadamente recolheu, depois de no caminho de volta ter encontrado a verdadeira sepultura eterna.
e) Participou em encontros promovidos pela família, como há muito não fazia. Pareciam agora respeitá-lo tanto que pouco se importaram com a estranheza da sua presença e, pior do que isso, a sua pontualidade.
Novas descobertas
f) Fez uma nova amizade, com uma rapariga que parece também estar a viajar à procura do seu lugar no universo.
g) Espatifou o carro contra o da vizinha, que parecia transfigurada num anjo exclusivamente preocupada com a cor da tez dele.
h) Leu mais do que nunca, leu, leu e continua sem encontrar resposta. Vai mais uma vez de férias, desta vez para sítios habituais, vai à procura de algo que perdeu. Como aqueles 200 euros que meteu num livro qualquer, que agora não aparece.
a) O abraço dissipou 10 anos de afastamento, tudo igual, aquele à vontade que só se obtêm nas amizades do liceu. Ela tinha agora 3 filhos, que pareciam bonecos de desenhos animados, um marido com um copo de whisky na mão em frente ao LCD, um trabalho além fronteira. Abraçou os meninos como se fossem dele, deixou-lhe uma nota de 50 euros, quase uma retribuição pelos 5 contos que ela lhe deixou antes de partir com aquele mesmo marido, para lua-de-mel em Amesterdão. Ela aceitou, ele prometeu que voltava. Riram, riram sempre.
b) A Titá era agora agrónoma, de camisola pegajosa e ainda com picos do mato, abraçou-o quase a ponto de o deixar sem respiração, o mesmo à vontade. Chorou compulsivamente e disse que o pai morreu. Também o dele, mas ele não chorava assim. Ela tinha tratado do pai até ao fim. A mãe estava finalmente tratada daquela melancólica depressão, que tanto trabalho lhes dava na adolescência. As irmãs gémeas estavam em Lisboa e ela ali, o marido gostava da quinta e ela gostava também. O filho, inquieto com o visitante de óculos de sol enormes, que lhe ofereceu um Ferrari amarelo em miniatura. Despediu-se e prometeu que voltava.
A nova casa, um novo local, uma nova vida
c) Decidiu finalmente a casa que ia adquirir, onde iria viver, mudar mas continuar no Porto, no meu Porto, repetia. O jardim à Poe, o azulejo de Stº António, a cave. Comprou. Foi roubado 6 vezes. As obras ainda decorrem, mas ele não voltou para as conferir.
Compromissos familiares
d) Encomendou um arranjo para o pai, com flores amarelas. Foi ao cemitério e ainda que estranhasse a falta do livro e das letras, pensou que algum daqueles familiares cismáticos o tivessem mandado retirar e pôs as flores ali, flores que envergonhadamente recolheu, depois de no caminho de volta ter encontrado a verdadeira sepultura eterna.
e) Participou em encontros promovidos pela família, como há muito não fazia. Pareciam agora respeitá-lo tanto que pouco se importaram com a estranheza da sua presença e, pior do que isso, a sua pontualidade.
Novas descobertas
f) Fez uma nova amizade, com uma rapariga que parece também estar a viajar à procura do seu lugar no universo.
g) Espatifou o carro contra o da vizinha, que parecia transfigurada num anjo exclusivamente preocupada com a cor da tez dele.
h) Leu mais do que nunca, leu, leu e continua sem encontrar resposta. Vai mais uma vez de férias, desta vez para sítios habituais, vai à procura de algo que perdeu. Como aqueles 200 euros que meteu num livro qualquer, que agora não aparece.
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sei lá
The beer summit: Obama & friends photo
It's a beer, not a summit! , President Obama says. I think it's a beer summit and a very important one. And he knows it.
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Obama and the police
Postre?
O intemporal Sr. Casais, apostador quase a tempo inteiro no tempo áureo do tiro aos pombos, comia que nem um alarve e continuou um parolo simpático enriquecido em tempos como areeiro. Fazia parte da tribo onde eram bem aceites todos os que tivessem a mesma paixão: espatifar pombos saídos de uma aleatória caixa, num campo relvado, fossem doutores, engenheiros, condes, viscondes, comerciantes, latifundiários, agricultores ou industriais...casados, viúvos, divorciados e solteiros, homens, mulheres e nem por isso, a maior parte simultaneamente caçadores, e apostadores que não sabiam pegar numa arma, mas que davam a animação à selvajaria. Pelo Conde de Sória dou 5. E os dedos enchiam-se de pesetas. Falhou, pagavam cinco vezes mais a quem apostara. Matou, metiam as notas todas nos bolsos.
No jantar baile de encerramento do Tiro de Pichón de La Toja (A Toxa), no fausto do Grande Hotel, repetia a cada oferta dos impecáveis empregados:- tudo a que tenho direito. E conseguia comer, não sei como, porque não tinha dentes há anos, mas uma dentadura que não assentava lá muito bem.
O Hotel, com a sua a piscina aquecida de água salgada aveludada era, à época, das poucas construções da ilha, a par com o Campo de Golfe, a Piscina, o Casino, o Centro Termal, a Igreja das Conchas, o Hotel Louxo, meia dúzia de vivendas e, naturalmente, o Campo de Tiro de Pichón.
A ilha ainda não era visitada por dezenas de camionetas por dia, com grunhos e assim assim, que saem do Porto (ou de outras localidades) às 7 horas da manhã, dão a volta à Galiza e estão em casa à hora do jantar, tudo por vinte e cinco euros e com direito a uma surpresa especial que, suponho, será impingirem-lhes um trém de cozinha da Fátima Lopes, um faqueiro do António Tenente, um timesharing em Freixo de Espada à Cinta ou, para castigo mor, na Quarteira ou em Albufeira.
Era um paraíso de sossego dos que iam a termas, quebrado, de onde a onde, pelos folgazões do tiro e do golfe.
O jantar baile de entrega de prémios era de um esplendor à Ancién Regime.
As iguarias e os vestidos de gala atraíam a minha curiosidade entrada na adolescência, com direito a mesa junto dos outros da minha idade. Até tínhamos uma discoteca depois do jantar e baile de gala, onde fazia sucesso o Pedro, uns anos mais velho, lindo de morrer, que veio mesmo a morrer nos seus 19 anos, quando um camião resolveu fazer marcha-atrás numa das madrugadas de nevoeiro na entrada da auto-estrada em Leixões...mas nesse tempo era um adolescente de 14 anos que atraía as atenções das niñas, portuguesas, espanholas e italianas, e estava ali de copo na mão a dançar, como todos nós, e até falava e ria comigo, fazendo-me corar pela honra.
Chegada a hora da sobremesa, o Sr. Casais parecia que rebentava de vermelho empanturrado pelos aperitivos, entradas diversas de marisco, prato de peixe e prato de carne, com todas as repetições a que tinha direito.
O empregado, delicadamente, perguntou:-Postre?
-O quê, ostras a esta hora?
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Postre?
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