quarta-feira, 20 de maio de 2009

Faulty towers - manuel

O Papa encontra-se contigo no Facebook

Não percas, num computador próximo de ti, a partir de amanhã.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Dias Ferreira agredido

Eu não sou do SCP, mas isto é lamentável, no mínimo, em qualquer circunstância (não esquecendo que é crime e gera responsabilidade civil). É certo que gosto particularmente de Dias Ferreira, mas mesmo que agredissem o anormal do Primeiro Ministro, ou o imbecil do Presidente do SLB, ou aquele ser que nasceu para me irritar à segunda-feira à noite, de nome Sílvio Cerván, sempre acharia o acto deplorável. Força Dias Ferreira, agora é que eu não desistiria de me candidatar, nem que tivesse que contratar seguranças em permanência. Curiosamente, ninguém teria a infeliz ideia de agredir a sua irmã. O que interessa são as eleições do SCP (ou, em Outubro, do SLB), para as europeias, autárquicas ou nacionais, qualquer psicopata se está nas tintas.

Adágios populares literalmente falsos

"O sol quando nasce é para todos"

Nada mais enganador. Como tudo o resto,

"O sol quando nasce é só para a minoria que o pode apanhar"

SLB: novo plano de treinos

Situe-se

Qual é a tua tribo, pá? Consideras-te:
a) gótico(a)
b) emo
c) poser
c.1 poser comum
c.2. poser metaleiro
d) guna
e) clubber
f) renegado (a)
g) nerd ou geek
h) social
i) rapper
j) outro (qual?)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Poema do dia

Chaves na mão,
melena desgrenhada,
Batendo o pé na casa,
a mãe ordena
Que o furtado colchão,
fofo e de pena,
A filha o ponha ali
ou a criada.
A filha,
moça esbelta e aperaltada,
Lhe diz coa doce voz que o ar serena:
– «Sumiu-se-lhe um colchão? ~
É forte pena;
Olhe não fique a casa arruinada...»
– «Tu respondes assim?
Tu zombas disto?
Tu cuidas que,
por ter pai embarcado,
Já a mãe não tem mãos?»
E, dizendo isto,
Arremete-lhe à cara
e ao penteado.
Eis senão quando
(caso nunca visto!)
Sai-lhe o colchão
de dentro do toucado!...

(Nicolau Tolentino de Almeida)

Figo, um grande senhor do futebol. Obrigada


Segunda-feira

Deveria ser o dia de cada um fazer o que lhe apetecesse.

domingo, 17 de maio de 2009

A lição

Estava insegura, com medo das vertigens e outras coisas estranhas que de vez em quando me assaltam, quando menos espero. Mas decidi que ia fazer a minha caminhada diária junto ao mar.
Saí de casa com algum receito, para caminhar meia hora, pelo menos. Pequenas pingas de chuva caiam do céu cinzento. E eu não levava casaco de chuva. Hesitei. Volto para trás? Era um bom pretexto para encobrir o medo.
Nisto, vejo uma miúda de cerca de 4 anos que ia na sua bicicleta atrás da bicicleta do pai. Este exortava-a a irem para casa porque podia vir muita chuva. A miúda respondeu prontamente:
"-Para mim, não está a chover".
As palavras entraram directas. Para mim também não estava a chover, nem havia que temer o que quer que fosse. Ia caminhar, nem que chovessem picaretas e o inesperado me pregasse as mais temíveis partidas. Caminhei com muito prazer. Até excedi a meia hora prescrita. A miúda kantiana foi a pessoa mais importante do meu Domingo.

A sobrevivente, por Saphou

Todos os direitos reservados

Quem é o santo

padroeiro dos hipocondríacos? Nossa Senhora dos Remédios? Alvíssaras a que trouxer novas. No meu pensamento desregulado pelas hormonas, depois de uma ligeira tontura e de constatar que uma mão tremia ao folhear uma revista, hoje já tive, pelo menos, um incício de um deslocamento de retina, um pequeno AVC, sintomas de Parkinson, o início de um enfarte e diabetes, e a ainda a tarde mal começou. A intervenção do santo (a) é urgente.

É no Alentejo profundo,

em plena caloraça de Agosto. A avaliar pelo forte azul do céu, sem uma única nuvem, e pela rua deserta, devem ser duas da tarde. A aldeia, com a sua dezena de habitantes, recolhe-se da soalheira. Nem se vê um velho crestado sentado num banco ou uma ti Maria sentada na soleira da porta a aproveitar a escassa sombra. A igreja, impecavelmente pintada de branco, com uma graciosa torre, onde o sino toca de hora a hora, está de portas fechadas. Também, mesmo à hora da missa pouca gente assiste. O Alentejo nunca foi dado a manifestações de religiosidade. As pessoas já se juntavam, talvez por falta de dinheiro para o casório, talvez por tradição, no tempo do outro fascismo que já lá vai.
A seguir ao Largo da Igreja, onde uma rua começa, deve ser casa de alguém mais abastado. Casa de dois andares com uma enorme varanda, que ocupa uma parte considerável da rua. De qualquer modo, os donos não dão sinais de vida. As portadas das janelas estão todas fechadas. Geminada, é a casa do ti João, que em baixo tem um pequeno celeiro. A mulher caia a casa de ano a ano, às vezes de seis em seis meses, e desta vez escolheu uma bela lista amarela ao longo de portas e janelas e a todo o correr da fachada. Casa bem com a lista azul com que as poucas frequentadoras da igreja decidiram rematar a sua base e os contornos das janelas, depois de a terem caiado a pedido do pároco das muitas freguesias vizinhas, que vai à aldeia celebrar a missa e absolver dos pecados aos Domingos pela fresca, de quinze em quinze dias.
Admiro sempre beleza genuína das aldeias e vilas alentejanas, mantidas limpas pelas mulheres que caiam as casas, e ainda não atacadas pela selvajaria urbanística que arrumou, em especial, o litoral, do Sado até ao Minho, e toda a costa algarvia, mas também muitas aldeias do interior no centro e norte do país. A harmonia tradicional da paisagem do Alentejo acalma a minha alma, uns dias mais atormentada do que outros.
Esta é a primeira imagem que me aparece quando acordo. Uma serigrafia de Molina, na parede em frente, ladeada pelas linhas de Cesariny e pelas minúsculas criaturas marinhas de João Fragoso.
Curiosamente, a igreja do quadro é único símbolo religioso que há cá por casa, apesar de ser uma mulher de fé.
Quando estiver mais folgada, vou comprar uma escultura religiosa antiga, talvez em leilão, de alguma santa ou santo da minha devoção, ou até de uma Nossa Senhora ou de Jesus. É um desejo antigo. Até pode acontecer que tenha sido furtada de alguma capela perdida e que eu venha, sem saber, a participar num crime de receptação, por certo prescrito. Estou-me nas tintas. Preciso de satisfazer a minha necessidade estética e o inconsciente ancestral primário que desperta olhando o símbolo como se o próprio Deus o interpelasse.

sábado, 16 de maio de 2009

Hvorfor skal vi insistere delta? Vi er veldig masochistic

Hoje é dia de Eurofestival da Canção, talvez o evento mais piroso de todos os tempos. Nunca me lembro, desde a infância, de ter ouvido uma canção de jeito a ganhar esta coisa. Lembro-me de ficarmos quase sempre em antepenúltimo, ou penúltimo, e do feito histórico de, num qualquer ano, termos ficado em oitavo lugar.
Na juventude era espectadora habitual do evento. Dispunha-me ao sacrifício de assistir ao desfilar das cançonetas só para ver os designados da cada país a dizer: Portugal, two points; Portugal one point....
A queda do muro de Berlim, o fim da União Soviética, o surgimento dos não sei quantos países terminados em ão (os ...tões), a desagregação da Jugoslávia, arrumaram de vez com o interesse do festival. Agora a liderança da piroseira está no Leste. Como são muitos, votam todos uns nos outros.
Ontem, porque não tinha sono, liguei a televisão, por volta da 1h e 30m da manhã. Fiquei a saber, com surpresa, que Portugal tinha passado numa semifinal, com uns tipos intitulados "Flor-de-Lis" e que hoje era a final. Vi também que o festival decorria na Rússia. O que significa, não só que a Rússia este ano participa nesta imbecilidade, mas que no ano passado ganhou.
Até tive pena do sacana do Estaline, que se deve estar a revolver no túmulo. Para quê matar e oprimir tanta gente, em nome da ordem e da ideologia, ou até do desejo de se manter no poder num país respeitado e temido, se a Rússia, mais tarde ou mais cedo, viria a fazer a triste figura de participar nesta fanfarrice?
O imperial Putin abandalha o país, dá pão e circo ao povo para o manter feliz.
http://www.youtube.com/watch?v=GoWLEK3nqLs&feature=related: como é que com esta coisa inqualificável conseguimos passar à final? Será por a nossa língua parecer de um país de leste, para quem só ouve os sons? Aposto uma orelha de Funes em como na final ficamos em 15º lugar.

O Panda vai à escola,

continua no top de vendas de DVDs em Portugal, sendo agora disco de Platina. Pelos vistos, o que os portugueses gostam mesmo de fazer é de cómór lórónjós ó bónónós.

Protest songs are back to stay

Hugh Laurie and Stephen Fry

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Ele há cada recompensa...

A "minha holandesa", que se revelou uma miúda fantástica e se tornou numa amiga, foi-se embora às seis da manhã, com muitas lágrimas nos olhos. Eu só não chorei porque o sono me impediu de revelar qualquer tipo de sentimento mais tocante.
Não valia a pena voltar para a cama, já que tinha que ir trabalhar desde as 8 h 30m às 12h 15m.
Lá fui, tipo zombie, e nem fiz greve de zelo.
Depois de uma siesta, recompus-me e voltei a trabalhar, no turno das 16h 30m às 21h. Com a satisfação bacoca do dever cumprido, ao sair do local de trabalho, mesmo na entrada do edifício, não é que dou de caras com o Ministro dos Assuntos Parlamentares? O núncio, a boca, o moço de recados de Sócgates (o tipo que foi vender magalhães à Madeira) estava ali, à minha frente, sorridente e com orelhas proeminentes de caneco (curiosamente, na televisão não se nota), em amena cavaqueira. Na minha mente, apertei-lhe as bochechas e puxei-lhe as orelhas até trás, até que o sorriso lustroso se lhe apagou. Todavia, lembrei-me do que me disse uma psicóloga: a diferença entre um psicopata e uma pessoa normal, é que o psicopata faz os disparates que o assaltam. Não querendo equiparar-me ao Ministro dos Assuntos Parlamentares, segui em frente.
P.S. Não sei quem me irrita mais, se o Sílvio Cerván se o Augusto SS

Do you give a flying toss about

european elections?

Acordei com um pensamento feliz

Laurinda Alves e Funes dariam um belo casal. Talvez até melhor do que o casal Arlindo do Rego e Zita Seabra, ou Jorge C. e Ana Drago.