segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O nosso Aloe Vera é melhor do que o da concorrência












Temos as espécies amarela e vermelha e vendemos produtos medicinais e de higiene à base de Aloe Vera para todo o mundo. É só encomendar no blog. Fácil, simples e barato. Não pagam portes de envio.
Se quiserem só a Vera, terão que se dirigir a blogs pecaminosos. Isto aqui é uma casa decente.

Citação do dia

"A clever, ugly man every now and then is successful with the ladies, but a handsome fool is irresistible".
Quem for a tempo que ser previna. Para mim, é tarde demais.

William Makepeace Thackeray (1811-1863)

domingo, 18 de janeiro de 2009

Amadeu de Souza-Cardoso: pintura

Questions

Porque é que os homens tendem a ir sempre ao barbeiro de origem?
Casam, juntam-se, ou vão morar sózinhos, mas se a nova residência não for a mais de 50 km do barbeiro de sempre, é certo e sabido que vão lá. Podem ter um barbeiro do mesmo nível ou um cabeleireiro para homens, que já é um upgrade, a 100 metros do novo domicílio, mas atravessam a cidade, enfiam-se nos maiores sarilhos na baixa, ou vão a terras mais ou menos vizinhas, para cortarem o cabelo. Podem sair de lá com um corte pente 1 ou com um cabelo em forma de tigela. O barbeiro pode até fazer-lhes peladas, induzir pequenos cortes, estar completamente gágá. Vão lá na mesma. É um enigma para o sexo feminino que procura sempre o cabeleireio mais a par das tendências, que melhor corte o cabelo.
Há uma ligação mais intensa ao barbeiro de origem do que à própria família de origem. Podem ir ao barbeiro sem entrar em casa dos pais, a 50 metros. Palavra de Saphou.

The Italian man who went to Malta (um clássico!)

Achmed the dead terrorist

sábado, 17 de janeiro de 2009

Andrew Wyeth


Fonética

Gosto da pronúncia dos que não conseguem dizer os rrrrs, trocando-os por gggggs, e dos que, não conseguindo dizer os lllls, os substituem por uuuuus. Em tempos estudei linguística, a disciplina mais bonita do universo científico, e soube as razões psíquicas, ocorridas na infância, para estes desvios ao padrão. Seja como for, fica lindo, tem mesmo o seu quê de chique:
-Ó Teixeiga dos Santos, um ogçamento suplementag? Pogque é que tenho que passag pog isto em época eleitogal? Eu quego o podêg paga sempge, o podêg atgái-me, não posso pegdêg o podêg. Foi psiquiatga que guefeguiu clagamente. Entgo em depguessão e eu não sou um pogtuguês qualqueg.
- Eues, os sociauistas portugueses, são uns queixinhas, eues foram queixar-se aos sociauistas espanhóis. Mas eu, Manueua Ueite, não tenho medo dos sociauistas espanhóis. Eues que venham! Todos uns uamechas. Uevam todos com o TGV na tóua. E esse Uino, o Aucochete jamais, que fique cauadinho, antes que ueve no focinho. Foi sempre um audrabão.
.....
Os visitantes poderão exercitar-se trocando os rrs e os llls por gggs e uuus ao mesmo tempo. Apenas uma sugestão da buoggueg.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Há limites para tudo

Tenho fobia a empregados/empregadas que nos perseguem nas lojas, com excessiva simpatia ou excessiva desconfiança. Gosto que me deixem à vontade, anónima. Entro e saio quando quero, sem me impingirem nada ou andarem atrás de mim, temendo que eu furte algo. Se quiser alguma coisa, peço. Quanto a furtos, só em viagens de adolescente à Alemanha, e porque havia um concurso: ao fim do dia ganhava quem tivesse mais itens.
Já não era a primeira vez que ela me fazia isto. Eu entrava na loja, dirigia-me para o local onde estavam penduradas as pachemines (nome odioso), olhava uma a uma e, depois, educamente saia, dizendo obrigada. Ele colava-se a escassos 30 centímetros, não perguntava nada e não saia dali.
Resolvi desenvolver uma experiência científica. Testá-la como um rato de laboratório.
Acontecia sempre a mesma coisa.
É certo que há dias em que prego medo ao susto, de tão desalinhada, mas daí a pensar que eu sou ladra... Eu sou cliente de sempre da loja! Já comprei, pelo menos, seis carteiras, vários cachecóis e chapéus, ao longo dos anos, à alimária que se peranta sistematicamente de guarda!
Hoje, com o síndroma dos três fs, próprio das sextas-feiras, voltei lá de propósito.
O mesmo comportamento. Virei-me para ela e disse:
-Não me dá espaço nem para me movimentar, acha que vou roubar alguma coisa?
Remédio santo. Pediu muita desculpa, que não era isso, que era só para ajudar no que fosse preciso....patati, patata.
-Por enquanto ainda tenho mãos e se precisar eu peço. Está bem assim?
Descolou de cara fechada.
Para a semana, talvez vá lá roubar uma daquelas merdices, só para chatear! Ouviram bem, roubar, não apenas furtar, que não dá gozo nenhum.

Farewell George W. Bush

Pérolas

Segundo a pivot da RTPN, Jornal das 24, um "bando de árvores" terá sido a causa da queda do avião no Rio Hudson.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Das modernices

Televisão. Já não chega a televisão permitir o acesso a mais de cem canais em alta definição, quando vemos sempre os dois ou três canais do costume e quase nunca têm nada de jeito (muitas vezes o que interessa nem está disponível em HD); já não chega a velha televisão ter sido subsitituida pelo Plasma e o Plasma pelo LCD; tinham que colocar comando à distância no aparelhometro. Uma trabalheira. Nunca sabemos onde está o comando.
O objecto de culto anteontem à noite deu-me àgua pela barba (tenho barba, e daí?). Os adolescentes queriam ver Foxlife. Gerou-se grande irritação quando deram pela falta do comando. Primeiro, pensamos que era o habitual mas, ao fim de quinze minutos, começamos a desconfiar. Corremos a casa atrás dele. Eu e os miúdos, ao fim de uma hora de buscas, desistimos. A empregada, que ainda cá estava e que descobre tudo, disse que tinha procurado o comando o dia todo e que não valia a pena o esforço, tinha desaparecido. Nem com uma corda atada a uma perna de uma cadeira ou com preces a algum milagreiro apareceria. Ainda tentaram um telefonema ao pai, mas ele não atendeu. Estava numa reunião até às tantas.
Foi uma noite diferente. Sem a televisão a chatear. Depois da tempestade, conformaram-se e até leram partes de um livro, naturalmente, nos intervalos da internet.
Cerca da uma da manhã, chegou o man. Conversa para aqui, conversa para ali, pergunto:
-Viste o comando da televisão?
Resposta:
-Levei-o para o escritório. Ontem deve ter caído na pasta. Assim, com a maior naturalidade.
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Automóvel. Apita por tudo e por nada. Falta o cinto, apita. Esqueço-me de o destravar, apita. Uma árvore a um metro, o fdp não me deixa estacionar tranquilamente, começa a apitar cada vez mais desesperado. Estaciono e ainda faltam 10 cm para encostar à árvore. Passa um tipo à frente, apita.
Porque é que o maricas não apitou na semana passada quando fiz marcha atrás e o espatifei contra o carro que estava estacionado? Pelos vistos, tem que haver uma conjuntura perfeita que permita aos sensores detectarem tudo o que não interessa.
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Telefone fixo. Porque é que o telefone fixo pode circular pela casa toda? Desaparecido há horas, hoje acordou-me às sete da manhã ao tocar por baixo de um cobertor. Sacana!
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Motores de avião a jacto. Não resistem a meia dúzia de aves ou a uma ave de grande porte.
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P.S.: não falo de telemóveis porque esse é o departamento do mestre, embora, seguindo os seus ensinamentos, eu tenha espatifado o meu contra a mesa da sala de jantar este fim-de-semana.

Desencontros: diário de uma adolescente retardada

Cruzavamo-nos nos corredores da escola duas vezes por semana: à terça e à quinta-feira, sempre à mesma hora.
Ele, recém chegado de Leiria, vinha buscar a Matilde, que tinha actividadas pós-escolares ao mesmo tempo que a minha filha. Eu nem sabia quem era, mas atraiu-me de imediato o charme, na forma de andar, nos traços finos do rosto, naquele sobretudo cinzento. Note-se que nem sequer pecava em pensamento, pois ele não era "a mulher do próximo" e defendo a interpretação literal dos Mandamentos.
Um dia, vi o mesmo rosto na televisão e fiquei colada ao ecrã. Ali estava ele, à frente do FCP. O patrão já me tinha dado um autógrafo, com um ar jocoso, uns tempos antes, na cerimónia de fim de curso da filha. Autografou-me o livro de "Direito das Obrigações", de Antunes Varela, Vol I, na falta de outro papel.
Naquela terça-feira ganhei coragem, quando nos cruzamos. Pedi-lhe, com a inocência mais sonsa do mundo:
- não se importa de autografar o livro dos trabalhos de casa da minha filha?
Ele, com aquele semi-sorriso lindo de morrer e chorar por mais, perguntou o nome dela e fez-lhe uma pequena dedicatória. Olhou-me pela primeira vez e devolveu-me o caderninho vermelho.
Nunca tinha ganho nenhum título, nem era o "Special One", era apenas um homem muito atraente.
Depois de Pinto da Costa, fui a primeira a reconhecer o valor de José Mourinho!
Já famoso pelas vitórias do Porto, deu-me outros autógrafos em eventos da escola, assinou a camisola do meu filho e dos amigos, bolas de ténis, tudo o que estava à mão. Todos os miúdos, sem coragem, me pediam para interceder por eles. Ele anuia simpaticamente, com aquele semi-sorriso.
Sempre guardo na lembrança, no entanto, a época em que eramos anónimos que iam buscar as respectivas filhas à escola duas vezes por semana. A minha atracção, nada platónica, data dessa época longínqua.
P.S.: Permitam que me gabe. Nem a Odette-de-Saint-Maurice teria escrito um texto tão piroso.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Estados de alma


Sinto-me um ai-ai. Basta olhar para mim e compreenderão o meu estado.

Questions

O que é que puseram no vinho de Dom José Policarpo?
Blimunda, a quem nada escapa, foi a primeira a notar qualquer coisa de estranho.
http://aeiou.expresso.pt/d._jose_policarpo_diz_que_casamentos_com_muculmanos_e_um_monte_de_sarilhos=f491705

Do Maradona e do Mourinho


será o próximo post. Isto é apenas um anúncio, para aguçar o apetite. Vou passar a utilizar estratégias de marketing. Para já uma imagem. Pode ir cocando as diferenças e as semelhanças.

Dos tribunais em Portugal

Se alguém quiser congelar, deverá dirigir-se ao Tribunal da Régua, onde na sala de audiências chegam a estar temperaturas negativas e a electricidade vai abaixo cerca de 17 vezes por hora.
No Verão, podem fazer sauna.
Se alguém quiser assustar juízes, deverá proceder como o senhor que, no Tribunal da Figueira da Foz, entrou no gabinete da juíza e cortou o próprio dedo com um cutelo, para mostrar o seu descontentamento com a sentença. Se quiserem pregar um susto maior, cortem os dedos da juíza/juíz.

Cúmulo da ironia?

Ontem houve um incêndio grave no Quartel de Bombeiros de Matosinhos.