
domingo, 13 de setembro de 2009
sábado, 12 de setembro de 2009
Francisco José Viegas, Manela Azeda o Leite e José Trocas-te
Sou fã do primeiro. Adorei a expressão que ele fez reviver, lembrando tempo idos. Vou passar a incluí-la no meu vocabulário corrente:
Manuela Azeda o Leite (vide Contra-Informação) não usou o estilo "picareta falante". Perdeu o debate, mas foi melhor do que o que se esperava. De resto, o debate foi inútil, uma perda de tempo. Não adiantou nem atrasou. Como disse o comentador com cara de quem usa cueiros, cujo nome não me recordo, os que apostam nas fantasias delirantes vão votar no José Trocas-te; os que apostam no realismo, vão votar na Ti Manela. O tipo dos cueiros parece ter esquecido que há mais partidos e candidatos.
Arlindo do Rego recordou-me VPV. Por onde anda essa adorável, genial, insuportável criatura, que às vezes sofre de babas?
Manuela Azeda o Leite (vide Contra-Informação) não usou o estilo "picareta falante". Perdeu o debate, mas foi melhor do que o que se esperava. De resto, o debate foi inútil, uma perda de tempo. Não adiantou nem atrasou. Como disse o comentador com cara de quem usa cueiros, cujo nome não me recordo, os que apostam nas fantasias delirantes vão votar no José Trocas-te; os que apostam no realismo, vão votar na Ti Manela. O tipo dos cueiros parece ter esquecido que há mais partidos e candidatos.
Arlindo do Rego recordou-me VPV. Por onde anda essa adorável, genial, insuportável criatura, que às vezes sofre de babas?
....
O Trocas-te também fala português técnico. Ontem o futuro governo ia ter novos ministros. Hoje toda a gente percebeu que ele não disse nada disso. Apenas disse que das eleições ia sair um novo governo. A sério? A cambada de votantes não sabia disso. PQP!
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Estilo picareta falante,
vantagens e desvantagens
Gostas do meu casaco?
O recém despromovido respondeu:
-Agora é que vejo que estamos mesmo em crise. Tens meio casaco à frente e um casaco atrás.
Desisto, o palerma não percebe nada de moda.
-Agora é que vejo que estamos mesmo em crise. Tens meio casaco à frente e um casaco atrás.
Desisto, o palerma não percebe nada de moda.
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diálogos com,
o meu filho
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
I'm talking to you, South African responsibles. Que culpa tem Caster Semenya de ter testículos internos?
Por ser pseudo-hermafrodita não pode correr na alta competição como mulher nem como homem. Faz sentido. Mas deixam uma pessoa investir na alta competição até aos 18 anos e depois a carreira pode acabar assim? É desumano. Era pedir uma indeminzação a todos energúmenos que lhe deram esperanças e a fizeram investir anos e anos na carreira até os deixar em cuecas e rotas. E aproveitar a testosterona para lhes partir as trombas e não só. Não se brinca assim com a vida de uma pessoa, uma miúda/o. PQP!
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Caster Semenya
Jorge de Sena, finalmente...
Génesis
De mim não falo mais:não quero nada.
De Deus não falo:não tem outro abrigo.
Não falarei também do mundo antigo,
pois nasce e morre em cada madrugada.
...
Nem de existir, que é a vida atraiçoada,
para sentir o tempo andar comigo;
nem de viver, que é liberdade errada,
e foge todo o Amor quando o persigo.
...
Por mais justiça ...-Ai quantos que eram novos
em vâo a esperaram porque nunca a viram!
E a eternidade...Ó transfusâo dos povos!
...
Não há verdade:O mundo não a esconde.
Tudo se vê: só se não sabe aonde.
Mortais ou imortais,todos mentiram.
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Jorge de Sena
O nevoeiro arrasa comigo: poema depressivo corrigido seguindo as indicações de mestre Funes
Dói-me tudo,
da humidade.
Até a alma
foi atingida por líquenes.
Está nevoeiro.
Não se vê um palmo.
O cão do vizinho uiva.
Os faróis avisam os barcos,
com luzes, mas também
com o som triste,
agudo, repetitivo
das roncas,
que não se confundem com os faróis,
pese o facto de os faróis as terem,
para os barcos não encalharem
nos bancos de areia,
nem se espatifarem contra as rochas,
confundindo-as com sereias,
embora só um capitão zarolho
confunda as rochas,
que parecem ter mamas
mas não têm rabo,
com sereias
Ela, o meu sol;
(em alemão -die Sonne- o sol é feminino,
mas os tipos são uns toscos porque o sol
só pode ser masculino e a lua feminina,
ao contrário do que apregoram,
não admira que os nazis perdessem a guerra)
Digo, ela, a minha Lua
foi mais uma vez embora
num dia de nevoeiro.
Quanto a D. Sebastião,
É incerto se quando foi
estava nevoeiro ou não
Apaguem as luzes.
Fechem-me a porta.
Quero estar mais sózinha do que nunca,
É certo que posso ficar sózinha
com a luz acesa,
mas fica mais caro
e é menos poético.
Mas estes blogueiros não deixam
que me dedique à solidão,
nem mesmo permitem
manter uma obscura
prosazinha poética de merda
a puxar ao depressivo.
Dass, dass, dass!
da humidade.
Até a alma
foi atingida por líquenes.
Está nevoeiro.
Não se vê um palmo.
O cão do vizinho uiva.
Os faróis avisam os barcos,
com luzes, mas também
com o som triste,
agudo, repetitivo
das roncas,
que não se confundem com os faróis,
pese o facto de os faróis as terem,
para os barcos não encalharem
nos bancos de areia,
nem se espatifarem contra as rochas,
confundindo-as com sereias,
embora só um capitão zarolho
confunda as rochas,
que parecem ter mamas
mas não têm rabo,
com sereias
Ela, o meu sol;
(em alemão -die Sonne- o sol é feminino,
mas os tipos são uns toscos porque o sol
só pode ser masculino e a lua feminina,
ao contrário do que apregoram,
não admira que os nazis perdessem a guerra)
Digo, ela, a minha Lua
foi mais uma vez embora
num dia de nevoeiro.
Quanto a D. Sebastião,
É incerto se quando foi
estava nevoeiro ou não
Apaguem as luzes.
Fechem-me a porta.
Quero estar mais sózinha do que nunca,
É certo que posso ficar sózinha
com a luz acesa,
mas fica mais caro
e é menos poético.
Mas estes blogueiros não deixam
que me dedique à solidão,
nem mesmo permitem
manter uma obscura
prosazinha poética de merda
a puxar ao depressivo.
Dass, dass, dass!
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a minha lua,
ela
O nevoeiro arrasa comigo
Dói-me tudo
Da humidade
Até a alma
foi atingida por musgos
Está nevoeiro
Não se vê um palmo
O cão do vizinho uiva
Os faróis avisam os barcos
Com um som triste, agudo
repetitivo
para não encalharem nas rochas
confundindo-as com sereias.
Ela, o meu sol
(em alemão -die Sonne- o sol é feminino)
Foi mais uma vez embora,
ao contrário de D. Sebastião,
Foi num dia de nevoeiro
Apaguem as luzes
Fechem-me a porta
Quero estar mais sózinha do que nunca
Da humidade
Até a alma
foi atingida por musgos
Está nevoeiro
Não se vê um palmo
O cão do vizinho uiva
Os faróis avisam os barcos
Com um som triste, agudo
repetitivo
para não encalharem nas rochas
confundindo-as com sereias.
Ela, o meu sol
(em alemão -die Sonne- o sol é feminino)
Foi mais uma vez embora,
ao contrário de D. Sebastião,
Foi num dia de nevoeiro
Apaguem as luzes
Fechem-me a porta
Quero estar mais sózinha do que nunca
Vive-se desde o primeiro minuto, depois avivam-se memorias
Faltava-lhe o cabelo louro para ser exactamente aquilo com que sonhava. Sentada no banco de trás, ria-se os primeiros 5 minutos e fazia o resto da viagem quase morta, com a cabeça no meu colo, branca de cera.
A mãe enfiou-o nuns sapatos pretos de verniz, e apertou-lhe uma gravata. Tinha ensaiado durante dias, vivia ao som daquela melodia, que entoava mentalmente fosse qual fosse a situação. Como naquele dia que a cantou estrada fora com o guarda-chuva fechado, de cabeça na lua todo molhado, ficou dias e dias na cama, com ela à cabeceira, juntos a jogar ao Stop. Nesses bons momentos, havia sempre um sentimento a falar por si. A mãe fazia o lanche, viam o estrunfes juntos no sofá, partilhavam as super gorila com grandes bolas de elástico. Faziam os trabalhos de casa. As composições.
Pegou no microfone falso, ela quando lá o viu, sorriu, ele envergonhado, de olhar vidrado, cantou para ela, só para ela. Não a amava, não sabia o que era o amor. Brincavam, descobriam juntos, sem dar atenção a isso.
Foi preciso crescer durante 33 anos para descobrir o que é a tal história do primeiro amor, e só porque teve um filho. Não acreditava, mas sim é isso, a menos que por essa idade fora, se descubra outra teoria, mas a inocência, a pele, a brincadeira, o carinho, a despretensão. Era disto que os grandes livros falavam, naquele tempo estava longe de imaginar.
A mãe enfiou-o nuns sapatos pretos de verniz, e apertou-lhe uma gravata. Tinha ensaiado durante dias, vivia ao som daquela melodia, que entoava mentalmente fosse qual fosse a situação. Como naquele dia que a cantou estrada fora com o guarda-chuva fechado, de cabeça na lua todo molhado, ficou dias e dias na cama, com ela à cabeceira, juntos a jogar ao Stop. Nesses bons momentos, havia sempre um sentimento a falar por si. A mãe fazia o lanche, viam o estrunfes juntos no sofá, partilhavam as super gorila com grandes bolas de elástico. Faziam os trabalhos de casa. As composições.
Pegou no microfone falso, ela quando lá o viu, sorriu, ele envergonhado, de olhar vidrado, cantou para ela, só para ela. Não a amava, não sabia o que era o amor. Brincavam, descobriam juntos, sem dar atenção a isso.
Foi preciso crescer durante 33 anos para descobrir o que é a tal história do primeiro amor, e só porque teve um filho. Não acreditava, mas sim é isso, a menos que por essa idade fora, se descubra outra teoria, mas a inocência, a pele, a brincadeira, o carinho, a despretensão. Era disto que os grandes livros falavam, naquele tempo estava longe de imaginar.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Afinal,
o que é que faz o CR9 na selecção? Oferece-se uma bela arara a quem der a melhor resposta nas próximas 24 horas. A bem dizer, o ideal era que fossem todos brasileiros naturalizados. Tirando o Bruno Alves e demais jogadores do FCP ou jogadores à FCP.
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Promessa pública com prazo
Descubra qual é o desafio
Na névoa de fundo azul flutuavam as pupilas dilatadas, atentas a todos os pormenores fora do alcance do visionário comum. A pele fina e solta, presa pelo nariz ao rosto. Observava os jovens, com um ar pensativo. Focava-se nas conversas animadas dos adultos, enquanto trauteava músicas na viola.
Sabia que o excesso de alegria o condenou a uma vida rápida, com 40 parecia ter a inércia dos 80. De ano para ano agradeciamos-lhe o favor de continuar vivo . Aquele abraço universal, sempre como se fosse o último, transmitia-nos a força do mundo, o saber partir.
Até ao dia em que nos cansamos. Passaram, no mínimo, 20 anos.
Sabia que o excesso de alegria o condenou a uma vida rápida, com 40 parecia ter a inércia dos 80. De ano para ano agradeciamos-lhe o favor de continuar vivo . Aquele abraço universal, sempre como se fosse o último, transmitia-nos a força do mundo, o saber partir.
Até ao dia em que nos cansamos. Passaram, no mínimo, 20 anos.
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Noite dos desafios no blog da Saphou
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Vão ao engano, a mim encontram-me sempre por aqui!
Estou muito melhor, desde que ando a pé e de Metro. Agora não passa um dia em que alguém não se detenha a mirar o meu queijo.
Demoro mais, quando dou por mim estou pasmado para os prédios do meu Porto, para as suas gentes, e quando as obras são minhas, aí então é que é difícil desgrudar: perco-me a pensar como já trabalhei bem e agora não saio do sítio. As do centro histórico são uma lição de ordenamento e cota, entrar nelas, quando estão renovadas, a madeira, a pedra e aqueles quadros mágicos que saltam das janelas abertas.
Privada, vais ter que investir aqui, sim vou ter que morar aí, mas é cedo, tem calma.
O metro é fabuloso, é um desafio, hoje só me enganei uma vez, mas até esse engano é fantástico, saio e logo entro noutro para me enganar outra vez. Agora já sei que os que vão para o Estádio do Dragão já passaram na Lapa, tenho que apanhar os que vão para Matosinhos, há umas placas nos acessos. Sei disso há muito tempo mas, na dúvida, escolho sempre a escada errada.
Foi na escada que o encontrei, já tinha prometido visitá-lo e, aliás, hoje contava passar a fazer-lhe uma visita. Era o seu último dia no Porto, disse-me, o seu serviço iria ser mudado para Matosinhos - é nisto que dão os projectos de milhares Privadinha, os gajos constroem coisas monumentais e depois tem que obrigar as pessoas a ir para lá .
Demoro mais, quando dou por mim estou pasmado para os prédios do meu Porto, para as suas gentes, e quando as obras são minhas, aí então é que é difícil desgrudar: perco-me a pensar como já trabalhei bem e agora não saio do sítio. As do centro histórico são uma lição de ordenamento e cota, entrar nelas, quando estão renovadas, a madeira, a pedra e aqueles quadros mágicos que saltam das janelas abertas.
Privada, vais ter que investir aqui, sim vou ter que morar aí, mas é cedo, tem calma.
O metro é fabuloso, é um desafio, hoje só me enganei uma vez, mas até esse engano é fantástico, saio e logo entro noutro para me enganar outra vez. Agora já sei que os que vão para o Estádio do Dragão já passaram na Lapa, tenho que apanhar os que vão para Matosinhos, há umas placas nos acessos. Sei disso há muito tempo mas, na dúvida, escolho sempre a escada errada.
Foi na escada que o encontrei, já tinha prometido visitá-lo e, aliás, hoje contava passar a fazer-lhe uma visita. Era o seu último dia no Porto, disse-me, o seu serviço iria ser mudado para Matosinhos - é nisto que dão os projectos de milhares Privadinha, os gajos constroem coisas monumentais e depois tem que obrigar as pessoas a ir para lá .
Não podem ir, qualquer dia fico aqui sozinho. Vou ter tantas saudades, já sei que Matosinhos é ali ao lado, ok, está bem, mas porque insistem em ir para o Lado, o Porto é sempre para frente.
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saudades
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Encontrei o Sr. Rego
no sítio mais inesperado, à porta do balneário, a distribuir toalhas na piscina do hotel. Era também o nadador salvador na piscina dos pequeninos, de 20 cm de profundidade, e na dos grandes, com o máximo de 2 metros e 30 cm de profundidade. Ou seja, o Sr. Rego era o vigilante.
Cumprimentou-me com a gentileza de sempre, a tocar a mais delicada feminilidade que lhe é própria e me recordou os tempos em que foi professor de ciências minha filha, dois anos seguidos. Os cabelos, apenas, estavam mais grisalhos.
Ela também o veio cumprimentar e tiveram uma curta, mas muito gentil, conversa sobre trivialidades. Ele perguntou se ela estava na mesma escola e contou que agora continuava a dar aulas numa escola do Algarve. Mais umas delicadezas e despedimo-nos.
Ela, que sempre respeitou a homossexualidade do professor (como todos os outros alunos, de resto), embora de onde a onde, com um sorriso maroto, mais por ele não dominar o inglês na perfeição e pela sua delicada e extrema sensibilidade, quase como se fosse uma porcelana prestes a partir, já no carro, diz inesperadamente:
-Devia ter-lhe perguntado pela cadela. Mas já passaram quatro anos, pode ter morrido e ele would break in tears (somos assim como emigrantes sul-africanos). Não o quis colocar numa situação delicada, a Elsa Marina Traviata sempre foi tudo para ele.
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encontros
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