segunda-feira, 4 de maio de 2009

Morte II

Um borboleta nocturna, encandeada pela luz, entrou em completa desorientação e acabou esmagada. Paz à sua alma, se é que existe...

domingo, 3 de maio de 2009

Moms

MGM, não perco uma...

Senhor Primeiro Ministro,
Eu também sou a favor da M, por isso lá tive que ir cumprir o meu dever cívico na MGM (Marcha Global da Marijuana), ainda me doem as pernas e nem aguento os pés de tanto que caminhei. Já para nao falar da voz, que se foi. A legalização só traz vantagens, como disse a senhora da manif. que foi entrevistada: a marijuana dá muito emprego, pode ser usada em roupa, em medicamentos, nomeadamente para o glaucoma, diverte o people e tira muitos criminosos da rua. Se a ervinha diminui os efeitos objectivos e subjectivos da crise, o governo de V. Exa, espera o quê para legalizar o cultivo e o consumo? Criam inúmeros postos de trabalho, diminuem a criminalidade e ainda podem cobrar mais IRC, IRS e IVA. Sao mais receitas Senhor Primeiro Ministro! É uma medida não só eleitoralista mas, sobretudo, estruturante. Não atrase a deliberação. Não me obrigue a continuar o cultivo da salsa, coentros e cebolinho na varanda. Não dá nem para o gasto. Permita-me um negócio legal e lucrativo, com a vantagem de me deixar bem disposta para bem de todos.
Esta que muito o estima,
Saphastica

sábado, 2 de maio de 2009

Morte

"mehr Licht!"

sexta-feira, 1 de maio de 2009

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Dinheiro vivo

Que expressão mais estúpida! De qualquer forma, eu quero dar uma festa e faltam-me fundos, aliás, já se vêem os fundilhos. Por muito estúpida que seja a expressão, agradeço que patrocinem a festinha com dinheiro vivo a fundo perdido, de preferência em saquinhos azuis ou malinhas.

Mudo-me para Cloughjordan

Estou farta desta merda, vou viver para uma ecovila irlandesa.

Funes, o aldrabão

Convenceu-nos a todos que ia a Samora Correia, lua-de-mel e blá blá blá. Na realidade, foi a Salvaterra de Magos receber das mãos de José Sócgates o diploma, obtido com suf +, no curso de ajudante de trolha, obtido ao fim de três anos e duas reprovações nas Novas Oportunidades. Todos viram, na TVI24, por isso é escusado dizer que é falso. Estava sentado na última fila, tentando disfarçar, mas foi apanhado pela câmara quando o nosso Primeiro Ministro entregou o diploma do 12º ano Senhor João André, de 85 anos. Aliás, só mesmo com magia é que conseguiu passar, a localidade não foi escolhida em vão.
Eu, que sou um génio culinário, inscrevi-me nas Novas Oportunidades e consegui tirar o curso de chefe de cozinha, com mestrado em sopas, consumés e cremes, em seis meses, com sobressaliente cum laude. E tinha o Poder contra mim, já que foi em Sta Comba Dão. A mim, o seu amigo Sócgates não me deu qualquer diploma.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Doña Letizia, Carla Bruni, Sonsoles Espinosa y Michelle Obama


LONDRES I EMILI J. BLASCO
Publicado Miércoles, 29-04-09 a las 10:50
El juicio ha sido bastante unánime. La presencia de Carla Bruni en Madrid ha ayudado a redescubrir a Doña Letizia, y puestas así, una junta a la otra, la ganadora en elegancia es la Princesa de Asturias, de acuerdo con el criterio compartido de la prensa británica.
Tras un primer día con fotos de las dos en portada y en páginas interiores en varios diarios, hoy ha llegado el juicio más sereno. Para “The Daily Telegraph”, Doña Letizia venció por “K.O.”. Este diario conservador incluso se apiada de la pobre Bruni, que para poder rivalizar con la princesa española tuvo que ponerse unos zapatos de tacón que dejaban muy abajo a Nicolas Sarkozy.
“Ambas tienen una admirable pequeña parte posterior, así que dejemos que otros factores determinen la ganadora”, se publica hoy en las páginas arrevistadas del “Telegraph”, que se inclina por el modelo lucido por Doña Letizia.
Por su parte, “The Times” escoge a la Princesa de Asturias y a la esposa del presidente del Gobierno, Sonsoles Espinosa, como las damas distinguidas que más están imponiendo un estilo propio, sólo por detrás de la inquilina de la Casa Blanca. “A la inmensamente estilista consorte del primer ministro español se la ve amenudo con pantalones negros de pitillo, blusas con reforzadas hombreras y joyería dorada”, describe el decano de la prensa europea, que ya se fijó en Espinosa con motivo de la cumbre del G-20 de comienzos de mes, a la que no acudió.
En su lista de cinco mujeres que más están “fijando las tendencias”, el “Times” ni siquiera menciona a Bruni. A Michelle Obama y las dos españolas siguen la princesa Masako de Japón y Svetlana Medvedev, esposa del presidente ruso.


Face a isto, pergunto: estes tipos precisam de óculos? Nada contra Doña Leticia e Sonsoles, mas tratar assim a Carla Bruni? E já viram bem a Masako e a Svetlana Medvedev? A Michelle Obama no top da elegância? I rest my case.
E a princesa da Rania da Jordânia? E a nossa Vicky Fernandes?

Carla Bruni, con la Señora Zapatero, luce un otro modelito


Apontar é feio, mas não quando se trata de Carla Bruni !

¿cuál es la más bella? Visita de Estado de Carla Bruni a España


terça-feira, 28 de abril de 2009

Fazer tijolo está ultrapassado

Em vez de ser enterrado, ou ser simplesmente cremado, a moda é um tipo transformar-se num ou vários diamantes após a morte. Por poucos milhares de euros e graças a uma sofisticada transformação química, várias empresas garantem ao falecido reservar seu lugar na eternidade sob a forma de um diamante humano. A suíça Algordanza, líder no mercado, recebe em cada mês entre 40 e 50 urnas funerárias vindas de todo o mundo. O conteúdo é transformado em pedras preciosas. "Quinhentas gramas de cinzas bastam para fazer um diamante, enquanto o corpo humano deixa uma média de 2,5 a 3 kg depois da cremação", explica Rinaldo Willy, um dos co-fundadores do laboratório onde as máquinas funcionam sem interrupção 24 horas por dia. Cada tipo que empacotou pode gerar uns 5 diamantes, ou mais, o que dá para distribuir para toda família. Os restos humanos são submetidos a várias etapas de transformação. Primeiro, transformam-se em carbono, depois grafite. Em seguida, são expostos a temperaturas de 1.700 graus, finalmente transformam-se em diamantes artificiais num prazo de quatro a seis semanas. Na natureza, o mesmo processo leva milênios. "Cada diamante é único. A cor varia do azul escuro até quase branco, sendo um reflexo da personalidade", comenta Willy. Uma vez obtido, o diamante bruto é polido e talhado na forma desejada pelos familiares do falecido, que depois o podem usar, por exemplo, num anel ou num colar. Se lhe fizerem perguntas sobre o falecido, sempre poderá dizer: "É uma jóia!". Se lhe roubarem o diamante é que surge um problema, vai ter que gritar: "Roubaram o defunto, pega que é ladrão!" O preço desta alma translúcida oscila entre 2.800 e 10.600 euros, segundo o peso da pedra (de 0,25 a um quilate), o que, segundo Willy, vale a pena, já que um enterro completo pode custar até 12.000 euros na Alemanha, por exemplo. A moda tem tudo para se tornar num grande negócio, já que, entre outras vantagens, acaba por ser mais económico transformar o morto em jóia. A indústria do "diamante humano" está em plena expansão, com empresas instaladas em Espanha, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos. A mobilidade da vida moderna é propícia para o sector, explica Willy, que destaca a dificuldade de se deslocar com uma urna funerária ou o melindre provocado por guardar as cinzas de um falecido na própria casa.
P.S. A informação chegou-me via e-mail, limitei-me a ajustar para português do velho continente e a certificar-me acerca da sua veracidade.
Acrescento que se isto fosse mais popular há uns tempos, as cinzas do avô do Fernas escusavam de ter ido pela sanita abaixo, uma vez que a mulher a dias achou que a jarra estava com pó a mais.

Apetece-me bater em Funes, o bonzinho

Não consigo evitar, quando ele se auto-proclama o bonzinho, gera-se este efeito em moi. Mas, pensando nele, o máximo que consigo quanto a molhar a sopa é agarrar-lhe a cara e puxar-lhe as bochechas. Blimunda, na sua infinita sabedoria, tem razão, não sou uma Pepe em potência, (admitindo que Pepe estava normal, o que não acredito) . Passar à fase seguinte e arrancar-lhe as bochechas à dentada, seria como desfazer um peluche. Não consigo. A menos que me coloque numa situação de incapacidade acidental (como aquela em que Pepe visivelmente estava e o Real Madrid não quer que se saiba?)

Nunca se metam com O Panda vai à Escola

Aquilo tem mensagens subliminares. Eu fui uma cobaia. Cumprindo meu dever cívico de alertar a população para o grau de imbecilidade do DVD, fui duramente atingida. Já é o segundo dia em que dou comigo a acordar e a cantar "eu vou cómór, cómór, cómór, lóronjós ó bónónós", de longe o meu verso preferido. E a melodia não me sai da cabeça. Por favor, não cliquem, não ouçam, não visionem o post abaixo mencionado. Terei que pedir perdão à galinha anoréctica e pedrada com coca de qualidade duvidosa, que não se sabe se é galo? E também ao polvo pedrado com coca e atacado pela urticária, dada a má qualidade da droga que só lhe dilatou uma pupila? E às crianças das mais diversas cores, meninas e meninos? E ao relógio, por ser 1h 15m, e não me parecer adequado comer só fruta àquela hora, caso seja p.m., ou ser manifestamente indigesto comer laranjas e bananas àquela hora, caso seja a.m.?No que me fui meter...

Deviam castigar com duras penas, fazendo-os comer aquela porcaria por um funil,

os tipos que fazem os cartazes publicitários do Continente e os tipos que tiveram a infeliz ideia de os colocar na traseira dos autocarros dos STCP (à maneira da publicidade agora usual na traseira dos jogadores e jogadoras, de que espero falar um dia). Ontem, já sem voz e arrasada, preparava-me para vir a casa comer qualquer coisa mais substancial num breve intervalo de 30 minutos. Não me chegou ter que gramar com um autocarro à frente durante quase um quarto da viagem, mas lá estava o cartaz a anunciar os produtos essenciais a preços fixos sempre baixos. Continha duas travessas de carne crua picada, uma de vaca, outra de porco, à esquerda, em jeito de montanha cerebral, umas batatas cruas ao centro, e uma travessa de peixes por cozinhar, com ar de carapaus gigantes, com os olhos já entramelados, mas também podiam ser douradas ranhosas de um viveiro suspeito.
Dei meia volta, tirei um Kinder Schokolade da máquina manhosa que me costuma ficar com o troco, ou reter o produto adquirido, que só desce ao segundo ou terceiro pagamento, e retomei a maratona.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Jacob Zuma

Quem deverá ser a Primeira Dama da África do Sul, uma vez que o Presidente zulu Jacob Zuma tem duas resistentes, das quatro com quem casou?

Isto de trabalhar

com horário de trabalhador fabril na época da Revolução Industrial (hoje foram cerca de 11 h e 30 m) arruina qualquer blog. Hoje nem consigo embirrar devidamente com o Sílvio Cervan.

domingo, 26 de abril de 2009

Que se pode dizer de um país em que o nº 1 do top de vendas em DVDs é este?

Afinal, quem são os descendente vivos da linhagem do Santo D. Nun' Álvares Pereira?

Nuno da Câmara Pereira? D. Duarte de Bragança? ou o auto-proclamado santinho, da minha devoção, Arlindo do Rego?
Isto está a ficar uma confusão. Espero que não ultrapasse o número das reclamações de paternidade atribuída a Fernando Lugo, Presidente do Paraguai, pelos vistos nada dado à castidade enquanto era ainda bispo. É bom que se esclareça rapidamente a questão, para manter a elevação do momento. Uma coisa é certa, para os três pretendentes à descendência: Santos da casa não fazem milagres.

sábado, 25 de abril de 2009

Onde é que estava no 25 de Abril de 1974?

Na que hoje é a Casa Museu Carmen Miranda, protegida, com a alegria própria da puberdade, na companhia da minha mãe e do meu pai. Lembro-me de ir à sala de estar e ligar a televisão, antes de ir para o Ciclo Preparatório do Marco de Canaveses, tinha aulas mais tarde. Notei algo de estranho. O pivot estava com um ar amedrontado e anunciava a revolução dos Capitães. Não senti qualquer tipo de medo. Aconselhavam, no entanto, a não sair de casa porque era mais prudente.
Chamei os meus pais. Perguntei o que era aquilo. A minha mãe mostrou-se preocupada, porque o poder ia cair na mão das pessoas erradas. O meu pai disse:- "Já não era sem tempo!"
A confiança e o entusiasmo demonstrados pelo meu pai deixaram-me também confiante e entusiasmada. Os dois estávamos contagiados pelo idealismo dos Capitães de Abril.
Ainda fui até ao Ciclo, mas mandaram-nos embora. Naquele dia não havia aulas. Todo o resto do dia foi passado entre as brincadeiras com as amigas e a excitação das notícias.
O destrambelho que se seguiu à Revolução não atingiu a minha pequena família, exilados na província, onde nada acontecia, parecia tudo na mesma. Apenas notava algo de estranho quando vínhamos ao Porto ao fim-de-semana e tínhamos que gramar com as operações stop. Essa parte era chata. Lembro-me de uma vez que demoramos mais de 5 horas entre Santo Ovídio e a Ponte da Arrábida, numa altura onde por aquela auto-estrada era raro passar alguém (nesse tempo ainda havia resquícios da discussão acerca da utilidade de uma ponte construída num local onde poucos carros passavam). A minha mãe e o meu pai continuaram a exercer as suas profissões, como sempre. Desse ponto de vista, fui uma privilegiada.
Quando vim viver para Vila Nova de Gaia já os anos quentes tinham passado.
Volvidos 35 anos, mergulhada no Outono da vida, sem sonhos e decadente, estou em sintonia com a crise do país e do mundo. A consciência dos desmandos cometidos no tempo do PREC, a forma desastrosa (criminosa?) como ocorreu a descolonização, com réplicas até hoje -basta pensar no país inviável que é a Guiné, ou no que ainda acontece em Angola, já para não falar de Timor ou Moçambique, entre outros - deixam-me com uma vaga tristeza e sensação de desperdício.
Se tipos como José Sócrates, o pequeno ditadorzinho socialista arrogante e pretencioso, e Vital Moreia, o camaleão inquisidor, entre muitos outros do género, continuam a medrar, é inevitável a pergunta inútil de saber se o 25 de Abril valeu a pena. O poeta diz que tudo vale a pena, quando a alma não é pequena. Será que assiste razão ao poeta? Mais tarde ou mais cedo, sempre transitaríamos para uma democracia, pela pressão dos tempos. As coisas poderiam ter sido muito diferentes, tanto para o país, como para mim. Paciência. O passado é passado. No presente, o desencanto contaminou-nos. Pode ser que seja transitório.
Apesar de saber que houve terríveis dramas pessoais a par de imensas alegrias de outros, como é o normal curso das coisas, sempre me chocou a forma como o futuro havia de tratar duas pessoas que naquele dia estiveram frente a frente: Marcelo Caetano e Salgueiro Maia.