
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Até que enfim! Mas no circo da vida? E os palhaços, porque não aproveitaram para os proíbir?
12.10.2009 - 16h32 Lusa
A exibição de animais nos circos tem os dias contados. Uma nova lei proíbe a compra de macacos, elefantes, leões ou tigres e impede a reprodução dos animais existentes nos circos.A portaria 1226/2009, publicada hoje e que entra em vigor na terça-feira, divulga uma lista de espécies consideradas perigosas, pelo seu porte ou por serem venenosas, que só podem ser detidas por parques zoológicos, empresas de produção animal autorizadas e centros de recuperação de espécies apreendidas. Os circos não fazem parte da lista de excepções, assim como as lojas de animais, que também ficam proibidas de vender cobras de grande porte ou venenosas, algumas aranhas ou lagartos. Entre as espécies cuja detenção passa a ser proibida pela nova lei - excepto para os zoológicos e as entidades autorizadas - incluem-se todas as espécies de primatas, de ursos, de felinos (excepto o gato), otárias, focas, hipopótamos, pinguins ou crocodilos. A proibição abrange ainda, na classe das aves, todas as avestruzes, e, na dos répteis, as tartarugas marinhas e as de couro, assim como serpentes, centopeias e escorpiões. No preâmbulo do diploma, o Ministério do Ambiente justifica a nova lei com motivos relacionados com a conservação dessas espécies, com o bem-estar e saúde dos exemplares e também com a garantia de segurança, do bem-estar e da comodidade dos cidadãos “em função da perigosidade, efectiva ou potencial, inerente aos espécimes de algumas espécies utilizadas como animais de companhia”. A portaria ressalva a situação dos espécimes já detidos aquando da entrada em vigor da lei, na terça-feira, bem como dos híbridos dele resultantes, que devem ser registados no Instituto da Conservação da natureza e Biodiversidade (ICNB) no prazo de 90 dias. Os detentores de espécimes das espécies listadas no diploma têm de ser maiores de idade e fazer o registo no ICNB. O diploma determina ainda que não é “permitida a aquisição de novos exemplares nem a reprodução daqueles que possuam no momento do registo”.
Já leram Anita em Salvaterra de Magos?
domingo, 11 de outubro de 2009
Parabéns Rui Rio!
Opinião de VPV sobre o Prémio Nobel da Paz: hoje a soltar a bílis que tão bem lhe assenta
Para começar alguns factos: Guantánamo não fechou; a prática de sequestrar putativos terroristas (eufemisticamente denominada"extraordinary rendition") em países "terceiros" não acabou; e não acabou também a prática de prender suspeitos de terrorismo, dentro e fora da América, e de os tratar como "no campo de batalha". Pior ainda, Obama não quis condenar, nem investigar os crimes de Bush, nomeadamente a tortura; só prometeu, nos casos mais benignos, tribunais militares (regidos, como é evidente, por lei especial) e sobretudo não limitou ou diminuiu a secrecidade e o arbítrio do Estado segurança. Isto quanto aos celebrados direitos do homem e à convivência amigável entre a América e o islão, em que ele proclama acreditar.
No Iraque, Obama continuou, com pouco sucesso, a estratégia de Bush e adiou a "retirada" para 2012, ou seja, indeterminadamente. Em contrapartida, depois de consentir na eleição falsificada de Karzai, resolveu reforçar as tropas do Afeganistão (20.000 homens até Março e talvez mais 40.000 até ao fim do ano) e, principalmente, alargar a guerra ao Paquistão. O AFPAK, como já lhe chamam para abreviar, é um Vietname multiplicado por mil, uma aventura sem sentido e sem fim, que ameaça envolver a Índia e, muito provavelmente, a China (neste momento, os taliban ocupam uma parte considerável do território do Paquistão, publicamente protegidos pelo Exército como "reserva" contra a Índia). E no Médio Oriente, Obama não avançou um milímetro e parece mesmo que há o sério risco de uma nova Intifada. Para um prémio Nobel da Paz não é nada mau.
Fonte: Público on Line
Notícias da República das Bananas, também conhecida como o Rectângulo.
sábado, 10 de outubro de 2009
Yo no creo en brujas. Pero que las hay, las hay. As declarações do bruxo que deu cabo de Cristiano Ronaldo, a até gosta dele, olha se não gostasse...
«Eu não sou anti Real Madrid. Não tenho nada contra este grande clube. Sou um profissional e pagam-me muito bem para usar os meus poderes. Contrataram-se para que Cristiano Ronaldo sofra uma lesão grave. Não posso assegurar que se vá tratar de uma lesão grave, mas sim que ele estará mais tempo de baixa do que a jogar. A pessoa que me contratou é famosa e conhece pessoalmente o futebolista», garante o bruxo.
O jornal El Mundo recolheu o testemunho do bruxo, sob anonimato. O Real Madrid recebeu, na passada semana, um aviso desta personagem, por escrito. Em 2006, em outro serviço, o bruxo em questão lançou o mesmo aviso e viriam a registar-se vários problemas no plantel, como a posterior saída de Ronaldo «Fenómeno».
«Pessoalmente, gosto bastante do rapaz. Mas imagino que ele também goste muito dos guarda-redes a quem marca os seus golos. Ele é um profissional e eu também. Este é um processo progressivo. Para já, frente ao Tenerife, quebrou o seu ciclo de golos, foi substituído e com algum mal-estar», remata o bruxo, com ironia à mistura.
No dia do voto e a Charanga
Congratulations President Barack Obama. Ainda vou ponderar se foi bem ponderada a decisão
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Ainda Oeiras: melhorar o que está bem para quê, ó candidato Perestrello?
Cá está um exemplo a ser seguido
Isaltino Morais não vota nele, mas na família e a família retribui, mesmo que lhe tenha que levar miminhos à cadeia. Isaltino vai ganhar com grande distância, deixando Perestrello a asfixiar muito atrás.
O português gosta mesmo é de autarcas suspeitos, arguidos, ou com condenações suspensas. Já é tradição. Por isso, Isaltino para Oeiras, O Major para Gondomar e Fátima Felgueiras para a terra do mesmo nome, quiçá Avelino Torres no Marco de Canaveses. O que está a dar é o saquinho azul.
A nível nacional, por este andar, se José Sócrates vier a ser arguido, ou melhor ainda, condenado no caso Freeport, ou em outros processos menores, será eternamente reeleito, ou mesmo passará a ser ditador com o desejo do povo, caso a Procuradoria da República e PJ armem muita confusão.
As Sete Magníficas
-Meninas! Toque da alvorada. São horas!
Um resmungo abafado fez-se ouvir vindo do quarto da direita. Era a Nocas, a mais preguiçosa. Passava grande parte do tempo sentada. Costumava desculpar-se com a delicadeza dos seus pés que, com duras penas, já tinham carregado o resto do corpo por tempo demais.
-Cala-te, pá. Nem num fim-de-semana de relaxe se pode dormir profundamente. Sabes bem que só assim consigo tornar o mundo num lugar mais apetecível.
-Vá lá, Nocas! Vê se, pelo menos, nestes dois dias consegues aproveitar o ar puro da natureza. Xana, seguramente a mais idónea e responsável do grupo, fizera-se ouvir. Talvez o facto de ser a mais velha a autorizasse, ainda que inscientemente, a tomar as rédeas da progressão harmoniosa do dia. Xana especializara-se em telecomunicações e, por defeito da sua cultura organizacional, propusera a todas que desligassem os telemóveis. Estavam, assim, desde as 18 horas do dia anterior, sem qualquer ligação ao mundo do qual todas, em total sintonia de anseios, quiseram fugir por umas singelas sessenta horas. Dina, ainda se opusera, nunca tinha estado tanto tempo longe do filho e não se sentia minimamente confortável com a ruptura, ainda que por pouco tempo, do inquebrantável elo que se impusera entre os dois.
Dando mais meia volta calaceira, Lorena mergulhou ainda mais no interior do acolchoado saco-cama. Todas tratavam da confecção do pequeno-almoço ecológico e equilibrado e o cheiro a café quente invadiu a tenda. Irresistível. Tina, com o seu ar bem disposto, entrou na tenda com ar provocador.
-A menina Lorena é servida de um cafezinho?
-Sim, pleaaaaase! Respondeu em tom de sofrimento.
-Levante-se, faz favor, e vá buscá-lo lá fora. Olha-me esta, sua sorna! E de sorriso parido de dentro, preso aos lábios, esgueirou-se novamente para o apetecível bosque que acolhia o grupo. O dia prometia grandes aventuras e, de um salto, Lorena, ainda em pijama e ensonada, esgueirou-se para fora da tenda. As sete amigas de sempre – Nocas, Dina, Tina, Vicky, Tê, Xana e Lorena - que por tempos intermináveis haviam adiado este encontro, conseguiram, enfim, dois dias para conversar, rir, ler, caminhar, correr, ouvir música e até nadar nas águas límpidas do rio que lhes cantarolava na alma. O café estava delicioso.
Conto de sexta-feira : " O Teixeira "
Era dos tais que sugeria que investir é em terreno vulcanizado, e investir tudo, porque o Teixeira não se ficava por metades. O granito para o Teixeira era cinzento. E devia ser tratado com dinamite como, aliás, os seus novos comparsas tinham feito. Não se pode dizer que o Teixeira gostasse de explosões e catástrofes. Teixeira tinha fraca memória, estava esquecido dos enormes buracos onde se tinham metido com essas detonações de ganância. Era tão esquecido que em pouco tempo cuspia na mão de quem o arrancou da vala onde, gordo, escavava à procura de pedrinhas de saibro.
O Teixeira estava agora disposto a empreender uma caminhada rumo ao litoral, que parecia brilhar. O Teixeira e os comparsas, que eventualmente ia arranjando, cegos pela cobiça, não viam que o brilho era a pressão atmosférica cada vez mais latente, a anunciar uma calamidade natural, onde seria sugado todo o dinheiro dos pobres portugueses.
- Lisboa brilha – dizia o Teixeira – Se houve um dia um terramoto, foi acidental, devemos apostar nos capitais de risco!
Teixeira devia a Lisboa o mérito de aparecer na TV a cores e aparecia em todos os formatos. Os cinzentões, nos seus ecrãs a preto e branco, viam o Teixeira e tinham pena, mais uma vez a ser delatado por ele próprio, mais uma vez a escavar um buraco em seu torno, praguejando e blasfemando o terreno sólido e granulo onde colheu as suas batatas.
Teixeira era um entre muitos, o menos perigoso deles todos, movia-se dos braços de uns para outros, conforme as conveniências, era maneável, os outros sólidos nos seus obscuros interesses. Teixeira era um pensador fraco, ingrato, mal o chamavam, juntava-se sem preconceito aos usurários, que no cérebro tinham apenas a célula de uns miseráveis tostões, que nem sempre recebiam, do capital do interesse, face a isso, o que receberia o pobre do Teixeira?
Ai que humilhação sentia a terra pela insolência dos seus filhos, que se clamavam pródigos e regressavam sempre na esperança de festejar e partir com novo dote.
Mas dores de parto já não tinha, a terra, porque o Teixeira podia a qualquer momento parir um saco de batatas.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Curioso II
