
terça-feira, 14 de julho de 2009
Para ti, Saphou II
No teu poema
Existe um verso em branco e sem medida
Um corpo que respira, um céu aberto
Janela debruçada para a vida
No teu poema
Existe a dor calada lá no fundo
O passo da coragem em casa escura
E aberta uma varanda para o mundo
Existe a noite
O riso e a voz refeita à luz do dia
A festa da senhora d'Agonia e o cansaço
Do corpo que adormece em cama fria
Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco a raiva e a luta
De quem cai ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte
No teu poema
Existe o grilo e o eco da metralha
A dor que sei de cor mas não recito
E os sonos inquietos de quem falha
No teu poema
Existe um canto chão alentejano
A rua e o pregão de uma varina
E um barco assoprado a todo o pano
Existe um rio
O canto em vozes juntas, vezes certas
Canção de uma só letra e um só destino a embarcar
No cais da nova nau das descobertas
Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco a raiva e a luta
De quem cai ou que resiste
Que vence ou adormece
Antes da morte
No teu poema
Existe a esperança acesa atrás do mundo
Existe tudo mais que ainda me escapa
É um verso em branco à espera
Do futuro
José Luis Tinoco
Existe um verso em branco e sem medida
Um corpo que respira, um céu aberto
Janela debruçada para a vida
No teu poema
Existe a dor calada lá no fundo
O passo da coragem em casa escura
E aberta uma varanda para o mundo
Existe a noite
O riso e a voz refeita à luz do dia
A festa da senhora d'Agonia e o cansaço
Do corpo que adormece em cama fria
Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco a raiva e a luta
De quem cai ou que resiste
Que vence ou adormece antes da morte
No teu poema
Existe o grilo e o eco da metralha
A dor que sei de cor mas não recito
E os sonos inquietos de quem falha
No teu poema
Existe um canto chão alentejano
A rua e o pregão de uma varina
E um barco assoprado a todo o pano
Existe um rio
O canto em vozes juntas, vezes certas
Canção de uma só letra e um só destino a embarcar
No cais da nova nau das descobertas
Existe um rio
A sina de quem nasce fraco ou forte
O risco a raiva e a luta
De quem cai ou que resiste
Que vence ou adormece
Antes da morte
No teu poema
Existe a esperança acesa atrás do mundo
Existe tudo mais que ainda me escapa
É um verso em branco à espera
Do futuro
José Luis Tinoco
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Para ti Saphou
Ontem, quando tudo dormia
E o vento, com suspiros indecisos,
Pelas vielas mal corria,
Nenhum repouso me dava o travesseiro,
Nem a papoula, nem o que de resto
Da sono profundo - a consciência tranquila.
Expulsei por fim da ideia o sono
E corri para a praia. (...)
Uma hora, talvez mesmo duas,
Ou foi um ano? - Então de súbito,
Espírito e pensamentos mergulharam
Numa eterna monotonia,
E um abismo sem limites
Se abriu: - e tudo acabou!
Nada aconteceu! Dormimos, dormimos
Todos, ai, tão bem, tão bem.
-------
E agora resolvei-me o enigma que esta palavra encobre:
"A mulher inventa, quando o homem descobre"
E o vento, com suspiros indecisos,
Pelas vielas mal corria,
Nenhum repouso me dava o travesseiro,
Nem a papoula, nem o que de resto
Da sono profundo - a consciência tranquila.
Expulsei por fim da ideia o sono
E corri para a praia. (...)
Uma hora, talvez mesmo duas,
Ou foi um ano? - Então de súbito,
Espírito e pensamentos mergulharam
Numa eterna monotonia,
E um abismo sem limites
Se abriu: - e tudo acabou!
Nada aconteceu! Dormimos, dormimos
Todos, ai, tão bem, tão bem.
-------
E agora resolvei-me o enigma que esta palavra encobre:
"A mulher inventa, quando o homem descobre"
F.N.
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a msm praia,
Eterno retorno,
o msm ser,
o msm som
Um calão por dia, toda agente aprecia
Com a chaveta a pingar e o corpo a pedir onça, olhos de pescada cozida, terá sido do barbeiro? Estou barbuda.
Tradução:
Com o nariz a pingar e o corpo a pedir cama, os olhos sem expressão, terá sido do vento forte e das correntes de ar? Estou confusa.
Tradução:
Com o nariz a pingar e o corpo a pedir cama, os olhos sem expressão, terá sido do vento forte e das correntes de ar? Estou confusa.
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calão
Orlando de vez em quando...
Se Elisa Ferreira mandasse o Sr. Orlando Gaspar ter com as miúdas do call center da Blimunda, e nomeasse alguns membros para o executivo com conhecimentos sobre habitação, cultura e segurança publica, capazes de tirar das cabecinhas projectos interessantes que pusessem Rui Rio a pensar à velocidade dos carrinhos do Grande Prémio Histórico, a cidade lucrava.
Agora assim, com uma extrema esquerda cada vez mais forte, já com intrusão directa nas mentes fraquinhas dos assalariados, claques e outros humanos menos atentos à historia do fascismo e outras situações ditatoriais, que partidos "tão liberais" como o Bloco vão escurecidamente defendendo, estamos feitos!
Na verdade, fico dividido: não sei se Elisa até se esforça, ou se ela e a equipa são estilo o meu primo. Deu-me pedras muito bonitas e redondinhas, assim sem lhe pedir nada. Começou a mirar, temos que atirar para ali, estranhamente e ao contrário de quando mirava à minha cabeça, não acertava. Ainda o ouço:
- Atira, atira tu, para ali, é uma casa abandonada, vá força atira.
Grande bacamarte, ainda foi a correr chibar-me e dizer que tentou a todo o custo evitar.
Mentia com um descaramento tal, que a historia ainda não conseguiu desmentir. E vão lá perto de 30 anos.
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Calão/Dicionário de calão de Eduardo Nobre,
Grande Cidade,
Invicta,
leal,
Porto
Ora cá está o alargamento da formação que se impunha, uma vez que muito evoluiu no sector
A acção de formação para coveiros, anunciada no cemitério piloto de Elvas, no ano distante de 2007. Aulas nos cemitérios, para melhorar o desempenho dos profissionais. O termo legislativamente correcto é operador cemiterial. Pombal segue a tendência.
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Curso de formação para coveiros
Funes, o Ministro Sombra
da Educação, esqueceu-se do mais importante: ensinar as pessoas, desde o jardim infantil, a distinguir o seu Ser Consciente do seu Ego, nos vários papeis que este assume, ou mesmo do Ego colectivo. Por muito atractivo que seja o seu programa, por muito acertados que sejam os seus pensamentos (tirando o latim, que é birra), o Ministro Sombra apenas está exercitar com prazer, raiva, desdém, indiferença, ou genuíno empenhamento, o seu Ego, caindo numa asneira de longa data, em que se celebrizou Descartes. Eu também estou a exercitar o meu Ego agora, nas partes em que gozo o Ministro Sombra, mas ao menos tenho consciência disso. Se uma pessoa não se distancia do pensamento nunca descobre a sua verdadeira identidade. Qualquer programa educacional será um falhanço à partida. Nunca servirá para FORMAR. Urge, por isso, uma disciplina de meditação, de esvaziamento do Ego. Representaria um salto qualitativo. E isto já não é um exercício do meu Ego. Nunca escrevi tão a sério.
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Funes o Ministro Sombra
A avaliar pelo número de foguetes
ouvidos este Domingo em toda a parte Oeste da Cidade do Porto e na Cidade de Matosinhos, a várias horas do dia, que continuam a ouvir-se agora, em plena madrugada de Segunda-feira 13, é garantido que chegaram vários carregamentos de droga, certamente para abastecer a malta por uns largos meses (não é Tamifllu, porque esse é distribuido em segredo). O governo e as autarquias permitem o anúncio e distribuição destas benesses e fazem orelhas moucas. Afinal, estamos em época pré-eleitoral e, além disso, o vírus da Gripe A, mais o fantasma, precedido do assassinato, de Michael Jackson, estão-nos a deixar o ego colectivo muito deprimido. A crise económica é o menor dos nossos problemas.
Aqui não se brinca em serviço. Se V.N. de Gaia se distrai com o sexo na Idade Média, nós por cá temos que apostar speed e travanços. Findas as corridas dos carros dos avozinhos, vem logo o I Festival da Erva Ecológica, nas variedades de derivados de papoila, marijuana, folha de coca e afins. Nada de pós. Tudo verde, mais ou menos seco e de agricultura biológica. Para os menos ousados, há infusões de todo o tipo, desde a comum camomila, à bergamota, passando pelas misturas de limonete, ginko, pétalas de rosa e malmequer. O chá verde tem também um papel muito importante neste festival, dado que vai bem com tudo. Não acredita? Dirija-se à FNAC do Mar Shopping, à secção das infusões e chás de levantar a moral, aproveitando para ler um livrinho ou ver o Panda Vai À Escola, sempre no nº 1 do Top, a cómór lórónjós ó bónónós.
domingo, 12 de julho de 2009
D. Afonso Henriques e Lusofonia
E daí, caso se viesse a apurar que D. Afonso Henriques apenas teria entre 1 m e 40 cm e 1 m e 50 cm? Ou mesmo que era anão? Os portugueses sentir-se-iam diminuidos com isso?
A enorme espada atribuida a D. Afonso Henriques nunca foi dele, já que só foi forjada no Século XVII. E daí?
Fez surgir esta coisa a que hoje chamamos Portugal, cometendo, pelo menos, um dos sete pecados capitais: desobedeceu à mãe.
Porque não, abrir o túmulo para fins de investigação científica? O que é que o Ministério da Cultura teme?
Será que Portugal perdeu com Cabo Verde? É que acordei agora para os jogos da Lusofonia, que decorrem já ao abrigo das regras do último Acordo Ortográfico. Ninguém responde. Obrigadinha, ó Silva. Vou procurar.
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Portugal
A ofensa
Foi a primeira vez que lhe foi permitido ir de férias só com os amigos. Foram quatro. Sempre pensei que iam comer fora o tempo todo, porque nenhum sabia cozinhar.
Todavia, cedo descobriram as maravilhas da comida congelada e um deles revelou saber fazer bifes.
Ao fim de alguns dias, com visível orgulho, enviou-me um sms com a seguinte frase: " Fiz gande spaghetti carbonara. Comi três pratos." Achei fantástica a capacidade de desenrascanço, achei divertido, mas admirei-o.
Hoje, sendo o último dia das férias, caí na asneira de lhe dizer que oferecia o jantar a ele e aos amigos, já que tinham cozinhado quase o tempo todo e vinham amanhã embora. Ofendeu-se. "Estás a tentar controlar as minhas férias e eu não estou a gostar disso. Esqueces-te que eu agora sei cozinhar?"
Apeteceu-me mandá-lo à merda, aliás, mandei-o à merda entre dentes, controlar as férias por oferecer um jantar? Até chorei. Ingrato. Mas aprendi a lição. Espero que não se esqueça que agora é chefe e que passe a cozinhar cá em casa também. A adolescência é tramada. E estamos os dois na adolescência, embora a minha seja serôdia.
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O ego ofendido
sábado, 11 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Aung San Suu Kyi: Nobel Peace Prize 1991

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Aung San Suu Kyi
Já não pode o BPP ser vendido à Orey por um euro,
que acaba o sossego na rua. Xiça! De um lado, os aceleras do Rui Rio, do outro, o circo do BPP, acho que vou colocar a casa à venda. Nem se pode sair à rua. Ai quem me dera estar em Barrô, ou no centro do mundo, Unhais da Serra!
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Xiça
10 DE JULHO
O dia 10 de Julho diz-me qualquer coisa. Volteio teimosa a memória que insiste em diluir-se pelas inalcançáveis paisagens desta vida que corre já alta e não consigo localizar a trama. Mas qualquer coisa aconteceu num qualquer 10 de Julho! Acho que em todos os anos tenho a mesma sensação de ter a sensação de que qualquer coisa aconteceu a 10 de Julho da qual deveria recordar-me. Será que alguém faz anos e não me lembro? Logo tenho um remate de precisão mental e acho que será um problema de errada arrumação de ideias e que o 10 que me dança na cabeça é de Junho e não de Julho. Seria de uma enorme petulância ofensiva enumerar as comemorações de 10 de Junho logo abster-me-ei de o fazer. Começo a irritar-me comigo e tento desviar a linha do pensamento. Que se encalacre a coisa! Se for algo que deva recordar-me logo saberei quando me atingirem as represálias!
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