quinta-feira, 25 de junho de 2009
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Ensinou-me um taxista italiano em Londres
Donne e buoi dei paesi tuoi
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Expressões idiomáticas
terça-feira, 23 de junho de 2009
Para quem não tem São João
Era a festa dele. Organizava tudo ao pormenor. Desde que eu era pequenina. Nessa altura, fazia ele os balões e o fogo de artifício era mais pobre. O jantar era com a grande família em casa dos avós paternos. A festa era no jardim da casa. Mas era grande a animação.
Muitos anos mais tarde, retomou a tradição, agora para os netos.
Comprava uma dúzia de balões, uns maiores, outros mais pequenos, outros gigantes e fogo de artifício até não mais ter fim.
Jantávamos no restaurante e depois íamos para uma praça lançar os balões e iluminá-la com fogo de artifício. Os miúdos divertiam-se imenso. Desde o tempo em que tinham medo de pegar nos pauzinhos mais inocentes de fogo de artifício, ao tempo em que eles próprios, já com a escola do avô, lançavam os balões e organizavam a artilharia. Entravamos em desgarrada com os outros gupos que se juntavam na praça. O São João era a festa em que ele estava sempre bem disposto, animava toda a gente. Mesmo que na maior parte dos dias do ano estivesse sombrio.
Hoje os netos são grandes, têm as suas festas. Ele morreu. Para mim não há São João, apenas a recordação de momentos felizes que juntam a nostalgia à doença. Esta é uma história banal, mas quero partilhá-la com quem também não tem São João. Bom São João, para quem ainda o tem.
Uma expressão idiomática quando Saphou quiser e na lingua em que lhe apetecer
Ich und Du Ist Mühlers Kuh
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Expressões idiomáticas
Notícia de última hora
Funes, conhecido bloguer, acaba de adoptar uma faneca de quilo e meio, do Oporto Sea.Life. Deu-lhe o nome carinhoso de Funinha e irá visitá-la uma vez por semana, tornando-se o primeiro pai de acolhimento de um animal marinho da instituição.
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Funes e a faneca
Aposto que estão todos colados à televisão, a ver os Prós e Contras, ou seja,
a irmã da Amélia, hoje transformada em Cave Woman, com um gigantesco laço branco ao peito (ainda tropeça nele) e um casaco roxo de fugir. Só de fazer zapping, vou ter pesadelos. Quem é que veste esta mulher? Um inimigo descarado. O programa nem numa mina de sal gema resulta, fica ainda mais claustrofóbico. Mas não deixa de ser irónico falar de comida e arte 200 metros abaixo do solo, metidos numa caverna em pleno Século XXI. O desconforto dos presentes é patente e a Cave Woman farta-se de tossir com a humidade. Quando é que volto à segurança do rés-do-chão?
A cereja em cima do bolo foi o Pinho a passar da Rider Cup, que tem que vir para Portugal em 2018, directamente para o cão do Obama, que é algarvio, segundo o Ministro, dois exemplos da vitalidade do turismo na região. A referência ao Bo só pode ser mais uma anedota. Só faltou o Lino para fazer par. Pino e Lino, Lino e Pino.
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Xiça
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Discurso do filho-da-puta
Discurso do filho-da-puta, por Alberto Pimenta
I
O pequeno filho-da-puta
é sempre
um pequeno filho-da-puta;
mas não há filho-da-puta,
por pequeno
que seja,
que não tenha
a sua própria grandeza,
diz o pequeno filho-da-puta.
no entanto,
há filhos-da-puta
que nascem grandes
e filhos-da-puta
que nascem pequenos,
diz o pequeno filho-da-puta.
de resto,
os filhos-da-puta
não se medem
aos palmos,
diz ainda
o pequeno filho-da-puta.
o pequeno filho-da-puta
tem uma pequena
visão das coisas
e mostra
em tudo
quanto faz e diz
que é mesmo
o pequeno filho-da-puta.
no entanto,
o pequeno filho-da-puta
tem orgulho em ser
o pequeno filho-da-puta.
todos
os grandes filhos-da-puta
são reproduções
em ponto grande
do pequeno filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.
dentro
do pequeno filho-da-puta
estão em ideia
todos
os grandes filhos-da-puta,
diz
o pequeno filho-da-puta.
tudo o que é mau
para o pequeno
é mau para
o grande filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.
o pequeno filho-da-puta
foi concebido
pelo pequeno senhor
à sua imagem
e semelhança,
diz
o pequeno filho-da-puta.
é o pequeno filho-da-puta
que dá
ao grande
tudo aquilo
de que ele precisa
para ser
o grande filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.
de resto,
o pequeno filho-da-puta
vê
com bons olhos
o engrandecimento
do grande filho-da-puta:
o pequeno filho-da-puta
o pequeno senhor
Sujeito Serviçal
Simples Sobejo
ou seja,
o pequeno filho-da-puta.
II
o grande filho-da-puta
também
em certos casos
começa por ser
um pequeno filho-da-puta,
e não há filho-da-puta,
por pequeno que seja,
que não possa vir a ser
um grande filho-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.
no entanto,
há filhos-da-puta
que já nascem grandes
e filhos-da-puta
que nascem pequenos,
diz
o grande filho-da-puta.
de resto,
os filhos-da-puta
não se medem
aos palmos,
diz ainda
o grande filho-da-puta.
o grande filho-da-puta
tem
uma grande visão das coisas
e mostra
em tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o grande filho-da-puta.
por isso~
o grande filho-da-puta
tem orgulho em ser
o grande filho-da-puta.
todos
os pequenos filhos-da-puta
são reproduções
em ponto pequeno
do grande filho-da-puta,
diz
o grande filho-da-puta.
dentro
do grande filho-da-puta
estão em ideia
todos
os pequenos filhos-da-puta,
diz
o grande filho-da-puta.
tudo o que é bom
para o grande
não pode deixar de ser
igualmente bom
para os pequenos filhos-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.
o grande filho-da-puta
foi concebido
pelo grande senhor
à sua imagem
e semelhança,
diz
o grande filho-da-puta.
é o grande filho-da-puta
que dá ao pequeno
tudo aquilo
de que ele precisa
para ser
o pequeno filho-da-puta,
diz
o grande filho-da-puta.
de resto,
o grande filho-da-puta
vê com bons olhos
a multiplicação
do pequeno filho-da-puta:
o grande filho-da-puta
o grande senhor
Santo e Senha
Símbolo Supremo
ou seja,
o grande filho-da-puta.
I
O pequeno filho-da-puta
é sempre
um pequeno filho-da-puta;
mas não há filho-da-puta,
por pequeno
que seja,
que não tenha
a sua própria grandeza,
diz o pequeno filho-da-puta.
no entanto,
há filhos-da-puta
que nascem grandes
e filhos-da-puta
que nascem pequenos,
diz o pequeno filho-da-puta.
de resto,
os filhos-da-puta
não se medem
aos palmos,
diz ainda
o pequeno filho-da-puta.
o pequeno filho-da-puta
tem uma pequena
visão das coisas
e mostra
em tudo
quanto faz e diz
que é mesmo
o pequeno filho-da-puta.
no entanto,
o pequeno filho-da-puta
tem orgulho em ser
o pequeno filho-da-puta.
todos
os grandes filhos-da-puta
são reproduções
em ponto grande
do pequeno filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.
dentro
do pequeno filho-da-puta
estão em ideia
todos
os grandes filhos-da-puta,
diz
o pequeno filho-da-puta.
tudo o que é mau
para o pequeno
é mau para
o grande filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.
o pequeno filho-da-puta
foi concebido
pelo pequeno senhor
à sua imagem
e semelhança,
diz
o pequeno filho-da-puta.
é o pequeno filho-da-puta
que dá
ao grande
tudo aquilo
de que ele precisa
para ser
o grande filho-da-puta,
diz o pequeno filho-da-puta.
de resto,
o pequeno filho-da-puta
vê
com bons olhos
o engrandecimento
do grande filho-da-puta:
o pequeno filho-da-puta
o pequeno senhor
Sujeito Serviçal
Simples Sobejo
ou seja,
o pequeno filho-da-puta.
II
o grande filho-da-puta
também
em certos casos
começa por ser
um pequeno filho-da-puta,
e não há filho-da-puta,
por pequeno que seja,
que não possa vir a ser
um grande filho-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.
no entanto,
há filhos-da-puta
que já nascem grandes
e filhos-da-puta
que nascem pequenos,
diz
o grande filho-da-puta.
de resto,
os filhos-da-puta
não se medem
aos palmos,
diz ainda
o grande filho-da-puta.
o grande filho-da-puta
tem
uma grande visão das coisas
e mostra
em tudo quanto faz
e diz
que é mesmo
o grande filho-da-puta.
por isso~
o grande filho-da-puta
tem orgulho em ser
o grande filho-da-puta.
todos
os pequenos filhos-da-puta
são reproduções
em ponto pequeno
do grande filho-da-puta,
diz
o grande filho-da-puta.
dentro
do grande filho-da-puta
estão em ideia
todos
os pequenos filhos-da-puta,
diz
o grande filho-da-puta.
tudo o que é bom
para o grande
não pode deixar de ser
igualmente bom
para os pequenos filhos-da-puta,
diz o grande filho-da-puta.
o grande filho-da-puta
foi concebido
pelo grande senhor
à sua imagem
e semelhança,
diz
o grande filho-da-puta.
é o grande filho-da-puta
que dá ao pequeno
tudo aquilo
de que ele precisa
para ser
o pequeno filho-da-puta,
diz
o grande filho-da-puta.
de resto,
o grande filho-da-puta
vê com bons olhos
a multiplicação
do pequeno filho-da-puta:
o grande filho-da-puta
o grande senhor
Santo e Senha
Símbolo Supremo
ou seja,
o grande filho-da-puta.
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Alberto Pimenta,
Discurso do filho-da-puta
domingo, 21 de junho de 2009
Na verdade, não sou um palhaço, disse ela,
faço palhaçadas, para enganar a tristeza, a solidão doente com gente à volta. Aliás, até detesto circo e palhaços, com a honrosa excepção de certas formas do circo novo, nomeadamente o Cirque du Soleil, que nunca tive a oportunidade de ver, porque quando cá vêm actuam sempre em Lisboa, onde tudo acontece, muito longe de mim. Tudo o que é bom tende a acontecer longe de mim, acrescentou, num exagero visível.
Desde sempre que soube que era uma outsider, continuou, depois de ter atirado para fora, convulsivamente, água salgada em litros, que se poderia misturar no oceano atlântico, não estivesse ele longe.
Nunca soube foi porquê. Em tempos diziam-me que eram invejas, por ser demasiado inteligente e ter muitos sucessos escolares. Mas eu sempre achei os outros muito melhores, sempre me achei apenas mediana. Também me disseram que era por ser bonita, o que também gerava invejas. Mas eu nunca fui bonita, sai ao meu paizinho. Bonita sempre foi a minha mãe e a minha filha. Agora, então, estou um pote de banha. Houve quem acertasse e me dissesse que é por ser ingénua, acreditar nas pessoas. Esse alguém fui eu mesma. Mas fui-me tentando enganar, dizendo que não podia ser verdade. As pessoas, no fundo, são boas. Hoje tenho a certeza que não é assim. As pessoas aproximam-se de nós, sugam-nos o que lhes interessa e, depois, afastam-se. Lavam as mãos, como Pilatos. Felizmente, há a excepção de um amigo ou uma amiga, se tivermos sorte. Dois, se tivermos nascido com o cu virado para a lua. Mas os amigos só se fazem na infância ou na adolescência e os meus foram viver para longe de mim, muito longe. Ou eu fui viver para longe deles, dependendo da perspectiva.
De resto, é tudo fogo fátuo. As pessoas mentem, mesmo as que temporariamente nos parecem de confiar. Abusam, o mais possível. Para elas somos objectos. O pior é quando não sabemos se alguém está a ser nosso amigo ou a abusar de nós. A fronteira é muito difícil de estabelecer. Só com o tempo. Normalmente o tempo torna patente a segunda opção. Mais uma vez fui trouxa, mais uma desilusão, já me aconteceu várias vezes.
Hoje estou doente, na solidão acompanhada. Ouço uma banda a tocar lá fora. Num coreto improvisado. As bandas e os coretos trazem-me boas recordações. Mas não tenho força, não consigo sair daqui. Gostava de me juntar às centenas de pessoas simples que se reúnem à volta da banda e gozam o calor do sol. Mas não consigo. Sugaram-me a alma de mil e uma maneiras. Perdi a força. E hoje não encontrei a miúda que diz que para ela não chove.
Calou-se e retomou um choro silencioso.
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A mulher palhaço
Adágio que se virá a tornar popular, por Saphou
De bloguer e de louco, todos temos um pouco
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Provérbios
sábado, 20 de junho de 2009
The American's Guide to speaking English can be found
here. Thanks Patrícia M. for having shared it with us.
What would you do if someone told you: "I am chuffed to bits by your ba-donka-donk"?
What would you do if someone told you: "I am chuffed to bits by your ba-donka-donk"?
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English is not American
Estou a precisar de um professor de Theremin
Depois de muita reflexão, decidi mudar de hobby, decidi dedicar-me ao Theremin. Alguém me dá umas aulas?
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Theremin
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