sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Pérolas

Segundo a pivot da RTPN, Jornal das 24, um "bando de árvores" terá sido a causa da queda do avião no Rio Hudson.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Das modernices

Televisão. Já não chega a televisão permitir o acesso a mais de cem canais em alta definição, quando vemos sempre os dois ou três canais do costume e quase nunca têm nada de jeito (muitas vezes o que interessa nem está disponível em HD); já não chega a velha televisão ter sido subsitituida pelo Plasma e o Plasma pelo LCD; tinham que colocar comando à distância no aparelhometro. Uma trabalheira. Nunca sabemos onde está o comando.
O objecto de culto anteontem à noite deu-me àgua pela barba (tenho barba, e daí?). Os adolescentes queriam ver Foxlife. Gerou-se grande irritação quando deram pela falta do comando. Primeiro, pensamos que era o habitual mas, ao fim de quinze minutos, começamos a desconfiar. Corremos a casa atrás dele. Eu e os miúdos, ao fim de uma hora de buscas, desistimos. A empregada, que ainda cá estava e que descobre tudo, disse que tinha procurado o comando o dia todo e que não valia a pena o esforço, tinha desaparecido. Nem com uma corda atada a uma perna de uma cadeira ou com preces a algum milagreiro apareceria. Ainda tentaram um telefonema ao pai, mas ele não atendeu. Estava numa reunião até às tantas.
Foi uma noite diferente. Sem a televisão a chatear. Depois da tempestade, conformaram-se e até leram partes de um livro, naturalmente, nos intervalos da internet.
Cerca da uma da manhã, chegou o man. Conversa para aqui, conversa para ali, pergunto:
-Viste o comando da televisão?
Resposta:
-Levei-o para o escritório. Ontem deve ter caído na pasta. Assim, com a maior naturalidade.
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Automóvel. Apita por tudo e por nada. Falta o cinto, apita. Esqueço-me de o destravar, apita. Uma árvore a um metro, o fdp não me deixa estacionar tranquilamente, começa a apitar cada vez mais desesperado. Estaciono e ainda faltam 10 cm para encostar à árvore. Passa um tipo à frente, apita.
Porque é que o maricas não apitou na semana passada quando fiz marcha atrás e o espatifei contra o carro que estava estacionado? Pelos vistos, tem que haver uma conjuntura perfeita que permita aos sensores detectarem tudo o que não interessa.
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Telefone fixo. Porque é que o telefone fixo pode circular pela casa toda? Desaparecido há horas, hoje acordou-me às sete da manhã ao tocar por baixo de um cobertor. Sacana!
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Motores de avião a jacto. Não resistem a meia dúzia de aves ou a uma ave de grande porte.
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P.S.: não falo de telemóveis porque esse é o departamento do mestre, embora, seguindo os seus ensinamentos, eu tenha espatifado o meu contra a mesa da sala de jantar este fim-de-semana.

Desencontros: diário de uma adolescente retardada

Cruzavamo-nos nos corredores da escola duas vezes por semana: à terça e à quinta-feira, sempre à mesma hora.
Ele, recém chegado de Leiria, vinha buscar a Matilde, que tinha actividadas pós-escolares ao mesmo tempo que a minha filha. Eu nem sabia quem era, mas atraiu-me de imediato o charme, na forma de andar, nos traços finos do rosto, naquele sobretudo cinzento. Note-se que nem sequer pecava em pensamento, pois ele não era "a mulher do próximo" e defendo a interpretação literal dos Mandamentos.
Um dia, vi o mesmo rosto na televisão e fiquei colada ao ecrã. Ali estava ele, à frente do FCP. O patrão já me tinha dado um autógrafo, com um ar jocoso, uns tempos antes, na cerimónia de fim de curso da filha. Autografou-me o livro de "Direito das Obrigações", de Antunes Varela, Vol I, na falta de outro papel.
Naquela terça-feira ganhei coragem, quando nos cruzamos. Pedi-lhe, com a inocência mais sonsa do mundo:
- não se importa de autografar o livro dos trabalhos de casa da minha filha?
Ele, com aquele semi-sorriso lindo de morrer e chorar por mais, perguntou o nome dela e fez-lhe uma pequena dedicatória. Olhou-me pela primeira vez e devolveu-me o caderninho vermelho.
Nunca tinha ganho nenhum título, nem era o "Special One", era apenas um homem muito atraente.
Depois de Pinto da Costa, fui a primeira a reconhecer o valor de José Mourinho!
Já famoso pelas vitórias do Porto, deu-me outros autógrafos em eventos da escola, assinou a camisola do meu filho e dos amigos, bolas de ténis, tudo o que estava à mão. Todos os miúdos, sem coragem, me pediam para interceder por eles. Ele anuia simpaticamente, com aquele semi-sorriso.
Sempre guardo na lembrança, no entanto, a época em que eramos anónimos que iam buscar as respectivas filhas à escola duas vezes por semana. A minha atracção, nada platónica, data dessa época longínqua.
P.S.: Permitam que me gabe. Nem a Odette-de-Saint-Maurice teria escrito um texto tão piroso.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Estados de alma


Sinto-me um ai-ai. Basta olhar para mim e compreenderão o meu estado.

Questions

O que é que puseram no vinho de Dom José Policarpo?
Blimunda, a quem nada escapa, foi a primeira a notar qualquer coisa de estranho.
http://aeiou.expresso.pt/d._jose_policarpo_diz_que_casamentos_com_muculmanos_e_um_monte_de_sarilhos=f491705

Do Maradona e do Mourinho


será o próximo post. Isto é apenas um anúncio, para aguçar o apetite. Vou passar a utilizar estratégias de marketing. Para já uma imagem. Pode ir cocando as diferenças e as semelhanças.

Dos tribunais em Portugal

Se alguém quiser congelar, deverá dirigir-se ao Tribunal da Régua, onde na sala de audiências chegam a estar temperaturas negativas e a electricidade vai abaixo cerca de 17 vezes por hora.
No Verão, podem fazer sauna.
Se alguém quiser assustar juízes, deverá proceder como o senhor que, no Tribunal da Figueira da Foz, entrou no gabinete da juíza e cortou o próprio dedo com um cutelo, para mostrar o seu descontentamento com a sentença. Se quiserem pregar um susto maior, cortem os dedos da juíza/juíz.

Cúmulo da ironia?

Ontem houve um incêndio grave no Quartel de Bombeiros de Matosinhos.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Statements

Detesto cabeleireiros onde temos umas senhoras ao lado a arranjar os pés de molho numas bacias de plástico. Demolhados o suficiente para amolecer o cascão, limpam-nos com uns paninhos, tiram-lhes as peles à volta das unhas, desencravam e cortam as mesmas, tratam-lhes dos calos, raspam-lhes repetidamente as solas dos pés para esfoliar as peles, hidratam as patorras e no fim pintam as unhas, de preferência de um vermelho p'ro castanho, rematando com algodões entre os dedos carnudos. Tudo uma nojeira a que tem que assitir quem está a escassos 20 cm e apenas quer lavar e cortar o cabelo.
Estes actos deviam ser em aposentos privados. A ASAE deveria intervir sem demora. Vou fazer já uma denúncia.

Carlão fala por mim: o Brasil entrou na 1ª guerra mundial, tendo um papel decisivo para o seu final, graças à batalha das toninhas

Contra-sensos

Hoje não falo com ninguém. Estou nhó nhó. Muito nhó nhó mesmo.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Um português na White House

A inteligencia de Obama volta a manifestar-se na escolha de um português carismático para a White House: um cão de água de raça nacional, ou um labradoodle que em parte (do labrador) é de origem remota lusa. Em qualquer caso, puro ou cruzado, de certeza, vai ser o orgulho dos portugueses. Será que um dia irão fazer um programa "Prós e Contras" sobre a importância de um cão português na presidência dos EUA para Portugal, aproveitando-se do pet para o show off?

CR7

CR7 é o melhor jogador do mundo eleito pela FIFA. É inteiramente merecido. A ele e a quem o apoiou o deve. Para além de ter talento, certamente fez muitos sacrifícios desde o tempo em que jogava com uma bola de trapos na rua.
Todavia, para o próprio CR7, ele é o primeiro, o segundo e o terceiro melhor jogador do mundo. Vaidade a mais não faz mal, desde que tire bom partido dela. E até é compreensível, atendendo à sua história e juventude. O ego inflama-se, a grunhice espreita.
Estou curiosa é para ver quem são as sanguessugas que se pretendem aproveitar deste sucesso, dispondo-me para tanto ao sacrifício de assistir ao "Prós e Contras".
...
Que seca! As sanguessugas não foram convidadas. Foi um programa "Prós e Prós".
Foi simpática a entrada em directo de CR "no qual", se bem que um curso de português para estrangeiros não fosse má ideia e é baratinho. O rapaz é grunho, digam o que disserem. De qualquer modo, não é de bom tom ser má língua hoje porque a única coisa que está em causa é a sua prestação em 2008.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Lamentos










Lamento que os urinóis públicos sejam uma arte em vias de extinção. Nada me obrigará a entrar nestas casas de banho assépticas e claustrofóbicas espalhadas pela cidade. Nem que tenha que implodir.
É claro que eram só para eles e normalmente cheiravam mal à distância. Mas a estética compensava tudo.
Em termos de beleza urbana, equiparo-os aos coretos, às antigas cabines telefónicas, aos polícias sinaleiros e às bombas de gasolina em que um simpático senhor nos vinha encher o depósito, agradecendo a gorjeta. Quase tudo se foi. Felizmente que os táxis pretos de capota verde estão a voltar. Escaparam por pouco à normalização.
E os tradicionais urinóis privados de porcelana, tipo o de Madame Pompadour? Que beleza! Nem era preciso sair do aposento. Com uma camisa de noite branca até aos pés e um barrete na cabeça, o alívio das águas, mesmo ali ao lado, era uma performance de elevada estética. O plástico veio estragar tudo.
O saudosismo que me atinge só desaparecerá quando algum comentador generoso me oferecer uma sanita high-tech japonesa. O sonho de qualquer ocidental. No que toca a retretes, na verdade, estamos na pré-história quando comparados com o País do Sol Nascente, que se afirma como um país 100% tecnológico, a todos os níveis. Os japoneses têm mais sanitas high-tech do que computadores per capita.

Yes, we can!

A inteligência de Obama já está a manifestar-se ao anunciar que vai mudar a política dos EUA com o Irão.

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1355713&idCanal=11

Ron Mueck


sábado, 10 de janeiro de 2009

Epidemia

Não chegava um "Magalhães", aquela merda? Mal foi distribuido o primeiro aos papalvos, já é anunciado um segundo "Magalhães" que, ainda por cima, não substitui o primeiro mas, de forma promíscua, vem com ele coabitar. Não é epidemia, é pandemia! Foge Bedum, que te vendem o Magalhães 1. De que me serve, se depois levo com o Magalhães 2?
E tinham que arranjar um programa com um nome tão mau como "e-escolinhas"?
Claro que para o "e-escolinhas" só o inútil "Magalhães" 1. O "Magalhães" 2, que já servirá para alguma coisa, fica de fora.
-PBL Júnior, não te volto a avisar, se continuas a ter negativas, obrigo-te a usar um "Magalhães".
-Eu prometo que estudo oito horas por dia pai, tantas horas quantos os meus anos. Tudo menos o "Magalhães". Dá-me um "Toshiba".

Botero: Família


Adoro este. Os campónios, tanto praticaram que se tramaram. Tentados pela cobra, deixaram o paraíso do celibato. Pelo ar feliz e inteligente dos pais e dos "piquenos", vê-se que são uma família típica da Baviera. O cão é que parece ter sido furtado à realeza decadente. Também pode ser um gato.

Botero


Por pura coincidência, encontrei a mulher quase ideal de Funes, a tal da Vénus de Botero. Não fora não ter nariz de porco...Deliciem-se com a antiga paixão do mestre.

Botero







Quem será o tipo a fazer a barba, após o adultério com a jovem sensual?