
domingo, 31 de janeiro de 2010
Começou a macacada das comemorações da República das Bananas (que não é a Grécia)

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Porto 31 de Janeiro de 1981
O Ditador
Se o Eng., que é mesmo engenheiro, Belmiro de Azevedo, afirma, peremptoriamente, que o Prof. Doutor, Presidente da República, Cavaco Silva de seu nome, é um ditador, é porque o presidente é um ditador. Não é que demitiu, sem mais, em tempos (quando isto era o Cavaquistão), três ministros amigos de Belmiro de Azevedo? Só um ditador faria isso.
Pergunto-me o que é que os seres inferiores da cadeia alimentar da Sonae, a começar pelos caixas e empregados de armazém do Continente, pensarão do patrão, isto, sem prejuízo da grande admiração que tenho pelo Engenheiro Belmiro de Azevedo, que criou um cultura empresarial neste país, é um homem de trabalho, o primeiro a dar o exemplo, e nunca se meteu a político.
De comum com o ditador, tem uma certa falta de modos (embora nunca o tenha visto a comer bolo rei). Mas se me der um emprego, num lugar intermédio a fugir para cima na cadeia alimentar do Grupo Sonae, será que ficarei muito agradecida, como tantos que eu conheço que, com o seu labor, mas o investimento do Engenheiro, hoje são juristas de topo, podres de ricos, que já nem falam com aqueles com quem, em tempos, partilhavam segredos amorosos e concursos de Mac Man. Como é que o Engenheiro chamará a estes?
Cada um faz parte de um lugar na cadeia alimentar que merece. É karma. Ainda bem que o meu não passa por esta cadeia. Prefiro a cadeia da cortiça. Ao menos, aí Portugal é número um no mundo e ninguém insinua que se confunde com a Grécia, nem as agências de rating. E posso sempre enfiar uma rolha em quem me chatear.
(para mais detalhes, leia a Visão desta semana)
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pqp
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Já era tardote, ganhei coragem
e fui fazer aula de Pilates. A professeur errá française, não particularmente simpática, como seria de esperar de alguém francês, mas também não antipática. Esticou-me, torceu-me, dobrou-me em diversos aparelhos de tortura, tudo muito suave.
Antes de me deitar, estive a ler jornais e revistas, chamou-me a atenção a capa colorida de um particular jornal.
Acordei às seis da manhã com um estranho sonho.
Um jovem aspirante a poeta, sem cheta, a viver em Montmartre, apaixonou-se nos Champs Élysées por uma senhorita que passeava o cão. Ela, atiradota, também foi trocando olhares. Não passou uma semana, já estavam a passear e a conversar alegremente e ela a ir aos cafés de poetas e pintores fora do establishment, afastados dos salons da arte aceite.
Convidou-o para festas animadas em casa do papá, um burguês enriquecido graças à venda de batatas que, por ter dinheiro e algumas maneiras, era bem aceite na sociedade parisisense do Século. Estávamos no virar do Século XIX para o XX.
Tudo corria bem entre os enamorados, embora le papa não soubesse as origens do jovem, que alugava sempre um fato para a ocasião. A filha tratara de contar uma história qualquer inventada, que tornava o namorado respeitável aos olhos do batateiro: vinha investir num talho.
O problema foi quando ela começou a desconfiar que o aspirante a poeta não seria muito macho, pois que não passava de uns beijos e carícias, mas cortava-se sempre na hora H.
Ela começou a achar estranho e não esteve com meias medidas. Um dia, entrou-lhe pelas águas-furtadas, inesperadamente, e atirou-o para a cama. Ele encolheu-se, não queria ser despido.
Ela, possessa, perguntou:
-És maricas couchon?
Ao que ele respondeu:
-Não, apenas sou pobre, não tenho dinheiro para truces e ceroulas, pelo que as faço com jornais velhos. Tinha medo que tu descobrisses.
Ela desatou a rir e rasgou a papelada colorida toda, atirando-a pela janela como confetis gigantes para alegria dos que passavam. Finalmente, teve o que queria, sempre à gargalhada.
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Sonhos e pesadelos
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
UM ABRAÇO PARA TI
Dá-me um abraço que seja forte
E me conforte a cada canto
Não digas nada que o nada é tanto
E eu não me importo
Dá-me um abraço fica por perto
Neste aperto tão pouco espaço
Não quero mais nada, só o silêncio
Do teu abraço
Já me perdi sem rumo certo
Já me venci pelo cansaço
E estando longe, estive tão perto
Do teu abraço
Dá-me um abraço que me desperte
E me aperte sem me apertar
Que eu já estou perto abre os teus braços
Quando eu chegar
É nesse abraço que eu descanso
Esse espaço que me sossega
E quando possas dá-me outro abraço
Só um não chega
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Ê bibalaspanha!!!
A submissão e a subserviência é de tal ordem que, não obstante ter andado esta Senhora, num patriotismo exacerbado, a incutir o hábito do uso do bom português aos seus conterrâneos através de todos os canais que lhe davam linha aberta, não se coíbe agora de envergonhar os que ainda falam esta nossa lingua com algum prazer. A digníssima deputada do PE, arregaçando as mangas e disfarçando o embaraço na voz, desfaz-se em bajulações a Sexa o Sr. Mui Sexi Zapatero, emitindo uns sons parecidos com a língua vizinha a qual, chamam irmã, vá-se lá saber porquê. Ainda assim, beneficiemos a ilustre deputada do PE com a nossa indulgência e façamos um redobrado esforço para entender que, boa ovelha segue o seu pastor e se o dono da Senhora EE portunhola sem qualquer pudor e Lisboa vai ser a praia dos Madrilenos porque não começar a bater castanholas. Ê bibalaspanha!!!
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Denso nevoeiro
que me protege.
Sinto-me bem,
ninguém dá por mim
não dou por ninguém
Aos olhos do nevoeiro
Todos são iguais
Todos sombras
esbatidas
que se podem
atravessar
Estamos na 5ª dimensão
vamos brincar ao
esconde esconde
aposto que nunca mais
me me encontram,
desalinhada,
louca,
perdida,
no denso nevoeiro.
Pedrada. Overdose
Sinto-me bem,
ninguém dá por mim
não dou por ninguém
Aos olhos do nevoeiro
Todos são iguais
Todos sombras
esbatidas
que se podem
atravessar
Estamos na 5ª dimensão
vamos brincar ao
esconde esconde
aposto que nunca mais
me me encontram,
desalinhada,
louca,
perdida,
no denso nevoeiro.
Pedrada. Overdose
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Nevoeiro
domingo, 17 de janeiro de 2010
Raiva
A raiva é o reverso do medo. Quanto mais medo, mais raiva, quanto mais raiva, mais medo, e a bola de neve aumenta até à implosão ou explosão. O medo é a raiva reprimida. Duas faces de uma moeda. Se alguém se sente profundamente ferido, ou chora em silêncio num canto, ou leva tudo à frente. Em ambos os casos, são sentimentos densos, má vibração, que causa dano ao próprio, a ponto de ficar com infecções ou doenças mais graves.
Não a deixaram dormir. Entupida em comprimidos, foi deitar-se cedo, porque já não aguentava mais aquela gente. Mas às duas da manhã foi acordada por dois elefantes, e não podia entupir-se mais em comprimidos... ficou acordada até às 6 horas da manhã a olhar para o nada e a enraivecer-se, cada vez mais.....quando, finalmente adormeceu, foi de novo acordada pelos que têm actividades no turno da manhã, e a raiva foi crescendo, até começou a temê-la.
Decidiu tomar banho, mas só havia água fria, os do turno da manhã aqueceram-se com ela. A raiva tornou-se um furacão, era capaz de levar tudo à frente, matar sem remorso, dar cabo de tudo...se fosse psicopata. As vinganças imaginadas ficaram-lhe na raivosa mente a entupir o raciocínio.
Tentou almoçar, mas impediram-na, porque os tipos da noite, ainda a dormir, tinham prioridade.
A raiva apoderou-se dela definitivamente, começou a disparatar para todos os lados, com ou sem razão, que importava: não a tinham deixado dormir, tomar banho, nem almoçar....
À espera do AVC ou do enfarte, dado o estado alterado, olhou fixamente para a televisão.
No meio de um cenário de total destruição, viu crianças e adultos no Haiti, a sorrir com genuína alegria, por terem conseguido abarcar no colo bolachas vitaminadas e um pouco de água. Sorriam, apesar de terem perdido a casa, a família, os amigos, o país...
Sentiu-se o ser mais estúpido do universo e arredores, mas nem por isso a raiva acalmou. Apenas ficou com uma raiva calada, apática, à espera das réplicas que se iriam suceder.
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Raiva e medo
sábado, 16 de janeiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Decididamente, sinto-me um calhau de ignorância.
Primeiro, não entendi a notícia que passou em rodapé ontem no Jornal das 9, segundo a qual, o Japão decidiu retirar o apoio da sua força naval ao Afeganistão. Força naval? Nem sabia que os tipos tinham água sem ser na bilha!
Segundo, não entendi a notícia da TSF de hoje, nos termos da qual, Santana Lopes vai ser agraciado por Cavaco Silva com a Grã Cruz da Ordem de não sei quê, que distingue as pessoas por elevados serviços prestados ao país. Quais?
Ao que parece, a decisão foi tomada porque o Presidente é um formalista, é tradição, não quebrada, agraciar os Primeiros-Ministros com esta honraria. Mas, então, porquê justificá-la pelos tais elevados serviços ao país? No limite, se Deus Pinheiro, que esteve sentado meia hora no Parlamento, antes de se demitir por razões de saúde, tivesse sido Primeiro Ministro por meia hora, também seria agraciado.
Se acrescentarmos o facto de Lisboa ser a praia de Madrid, como a justificação mais estúpida que alguma vez alguém se lembrou de dar para O TGV, o Presidente da República e o Governo estão em sintonia: estão inimputáveis.
Escapa o nariz de Sócrates, visto de lado, supera o de Cleópatra. É um grande senhor nariz!
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Dúvidas de uma simplória
Estados da Alma Mãe III, por Saphou

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Estados de alma
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Graças ao TGV, Portugal já vai ter alguma utilidade:
Lisboa, que como sabemos é Portugal e está cheia de areia, será a praia de Madrid. Se o Ministro diz, é porque é verdade! La movida vai-se deslocar para cu da Europa. Se acrescentarmos o petróleo e gás natural explorado pelos canadianos & -ucking Berardo, upa, upa....seremos a Noruega latina. E juntem-se as comemorações da República, é só animación.
Ai Filipe II, porque é que não mudaste a capital para Lisboa menina e moça? Agora culpam os Filipes. Só o TGV pode remir o pecadilho.
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TGV
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