Ou de como não se deve sair de casa numa tarde de sol para lanchar.
Passada a aventura da saída do domicílio com a família reunida, o que demorou uns 30 minutos, mais a aventura de estacionar o carro, que demorou mais uns 20 minutos, chegamos ao local, escolhido de acordo com a lei de Murphy.
Mais uma espera de mesa, de cerca de 10 minutos, finalmente sentados. O ar estava abafado e a empregada já tinha um cheirinho a sovaco.
Tudo acentuou a comichão no nariz, o chorar dos olhos brilhantes e a dor de cabeça que me afectam desde hoje de madrugada e anunciam constipação ou gripe.
Pouco eficiente, a menina demorou a limpar a mesa, deixando migalhas dos anteriores comensais e, finalmente, trouxe o menu. Os scones eram transgénicos, a avaliar pelo tamanho, e a ASAE não aprovaria a compota de segunda em pequenas tacinhas. Só a manteiga, devidamente selada, teria escapado à fiscalização.
A conversa até foi ficando animada, tendo sido abordados temas como o Afeganistão, o Iraque e a entrada dos Nazis em Paris, ou de como Paris se enfeitou com as bandeiras do Reich e Hitler evitou o desaparecimento do Arco do Triunfo e da Torre Eiffel.
Chegada a altura de pagar, esperados mais 15 minutos pela conta, ei-la:
12 euros e 55 cêntimos por seis scones, dois chás e uma coca-cola, sem esquecer a duas pequenas tacinhas de compota não aprovadas pela ASAE. Entrega-se o cartão e a resposta foi rápida: -"Lamento mas não temos multibanco".
Com imensa pachorra, entregam-se vinte euros. Passados 5 minutos, a empregada com o cheirinho a sovaco mais acentuado veio pedir 2 euros e 55 para ter troco. Perante a resposta "não temos", afirmou: - "o troco vai ter que ser em moedinhas pretas". Seria brincadeira? Não. Depois de muito ouvir tilintar e 5 minutos mais tarde, chegaram numa caixa 101 moedas de 1, 2, 5 e 10 cêntimos, incluído um único exemplar de 50 cêntimos. O chefe de família ficou desequilibrado para o lado direito com o peso das moedas no bolso das calças.
Dada a decoração exemplar, em tecidos de chita e quadros de chita, tudo com flores garridas, e uns candeeiros de pé em ferro, com velas a toda a volta e bolas no centro, a armar ao rústico de mau gosto, e a proximidade da mesa de um desses exemplares, em pleno mês de Março atirei com várias bolas de Natal ao chão, que se espalharam rapidamente pela sala, dado o encontrão que o candeeiro sofreu ao levar com o meu ombro. Sorte teve a tia da mesa ao lado por não levar com o candeeiro em cima.
Saímos a rir, porque é o melhor remédio, com a certeza, porém, de que irão ser presenteados com uma visitinha da ASAE em breve e de que fomos roubados no troco em 92 cêntimos, contadas as moedas em casa.
sábado, 14 de março de 2009
A aventura do lanche em família
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Chá das 5 jamais
Islândia
O Funes e eu vamos comprar a Islândia em regime de compropriedade, só para nos banharmos em pelota nas águas quentes do lago Myvatn. Afinal, é a oportunidade única de adquirir um país insolvente e civilizado no e-Bay a preço de loja do chinês. Pode ser que sejam convidados para umas feriazitas, caso se portem bem e comam a sopa toda antes do nojo da lampreia.
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Islândia
sexta-feira, 13 de março de 2009
Have a nice chat with iGod
Aos carentes e curiosos aconselho uma conversinha com iGod. Se uma cor encravar, tentem a outra. Have a nice chat. It must be in English. iGod doesn't speak portuguese, only some words in spanish. Very few.
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Repent your sins
Respondendo em tempo recorde ao desafio de Funes, o parocata (4)
Adívnia - 1. Arte latina de adivinhação, do latim advinius. Origem: conta-se que a deusa Advínia, febril com as ausências do seu marido Prómiculus, um dia teve uma visão no leite de burra em que se banhava, vendo-o com três escravas numa orgia. Tomou uma adaga e entrou com uma força sobrenatural no aposento marital, cortando a cabeça a Prómiculus e libertando as escravas, desde que fossem habitar longe. Hoje muitos latinos se dedicam à advínia. Eu própria sou mestre nesta arte. Se quiserem o meu contacto é só pedir, basta fornecerem o leite de burra. 2. Nome próprio feminino israelita. Ex: Adívina, para de brincar ao atira rockets aos Nenucos. .....
Esberifético -1. Objecto com os beiços ou bordas partidos e formas circulares; o mesmo que feito em cacos. 2. Homem profundamente deprimido. Ex1: Deu-lhe um ataque de raiva e transformou os pratos em esberiféticos. Ex 2: Desde que Sócgates lhe recusou um aperto de mão, Amado está esberifético.
.....
Imparaplécia -1. Parasita que se aloja nos intestinos, causando cólicas, diarreia e emagrecimento; o mesmo que bicha-solitária ou ténia; 2. Em sentido figurado: homossexual do género masculino sem companheiro 3. Imbecil. Ex1: A imparaplécia foi descoberta através da ecografia; Ex2: O Dick é uma imparaplécia, não arranja ninguém que o satisfaça. Ex3: Esta imparaplécia nem é capaz de marcar um golo, não sei porque lhe chamam ponta-de-lança.
Imparaplécia -1. Parasita que se aloja nos intestinos, causando cólicas, diarreia e emagrecimento; o mesmo que bicha-solitária ou ténia; 2. Em sentido figurado: homossexual do género masculino sem companheiro 3. Imbecil. Ex1: A imparaplécia foi descoberta através da ecografia; Ex2: O Dick é uma imparaplécia, não arranja ninguém que o satisfaça. Ex3: Esta imparaplécia nem é capaz de marcar um golo, não sei porque lhe chamam ponta-de-lança.
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Parocata (ou parócata, como dizem os parolos): 1. Pacata 2. Parada, estagnada. 3. Afónico 4. Em sentido figurado: patarata. Ex1: A Marisela está muito parocata, deste-lhe um xanax muito forte. Ex2: A água do mar está muito parocata, deve estar a preparar-se um tsunami; Ex3: Comprei um papagaio, mas vou devolvê-lo porque fui enganada, em vez de repetir Porto allez, está parocata. Ex4: É preciso ser muio parocata para responder aos desafios de Funes.
.....
Taréfula: Do latim tarefulum. 1. Tipo de begónia com um cheiro fétido, muito comum nos talhos. Se ingerida, é mortal. 2. Mulher dedicada às artes da bruxaria a partir da confecção de mézinhas Origem: conta-se que a deusa celta Arduina, habitante das florestas de Cymru, profundamente carnívora, se alimentava envenando as presas com ervas e fungos que misturava e cozia, atraindo-os com os seus cânticos hipnóticos para manjares deliciosos. Depois de orgasmos que chegavam a durar trinta minutos, os animais morriam felizes, tornando a sua carne mais saborosa. Ex1: Envenenou a sogra com folhas de taréfula esmagadas, convencendo-a de que era esparregado. Ex2: Se lhe queres lançar um mau olhado de que não se livra, indico-te uma taréfula muito boa em Mogofores de Cima.
Parocata (ou parócata, como dizem os parolos): 1. Pacata 2. Parada, estagnada. 3. Afónico 4. Em sentido figurado: patarata. Ex1: A Marisela está muito parocata, deste-lhe um xanax muito forte. Ex2: A água do mar está muito parocata, deve estar a preparar-se um tsunami; Ex3: Comprei um papagaio, mas vou devolvê-lo porque fui enganada, em vez de repetir Porto allez, está parocata. Ex4: É preciso ser muio parocata para responder aos desafios de Funes.
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Taréfula: Do latim tarefulum. 1. Tipo de begónia com um cheiro fétido, muito comum nos talhos. Se ingerida, é mortal. 2. Mulher dedicada às artes da bruxaria a partir da confecção de mézinhas Origem: conta-se que a deusa celta Arduina, habitante das florestas de Cymru, profundamente carnívora, se alimentava envenando as presas com ervas e fungos que misturava e cozia, atraindo-os com os seus cânticos hipnóticos para manjares deliciosos. Depois de orgasmos que chegavam a durar trinta minutos, os animais morriam felizes, tornando a sua carne mais saborosa. Ex1: Envenenou a sogra com folhas de taréfula esmagadas, convencendo-a de que era esparregado. Ex2: Se lhe queres lançar um mau olhado de que não se livra, indico-te uma taréfula muito boa em Mogofores de Cima.
Nota: o ponto de interrogação expressa apenas dúvida acerca da planta ou da bruxa: Ex1: será uma begónia vulgaris ou uma taréfula? A bruxa de Mogofores é mesmo taréfula?
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Para o que me havia de dar
Diálogos
Ela:
-Sabes que à medida que envelhecemos a nossa cabeça vai ficando mais pesada porque adquirimos novos conhecimentos e fazem-se novas ligações no cérebro? Aprendi hoje. É mesmo verdade.
Ele:
- Claro. O Einstein não podia com a cabeça.
O amigo dele:
-E o Nuno Gomes qualquer dia flutua.
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cérebro
quinta-feira, 12 de março de 2009
Agenda ambiciosa: foi impingir o Magalhães aos inocentes do Além Mar
Eu não avisei dois posts abaixo?
Gostei foi da entrevista a um miúdo caboverdiano (no telejornal da SIC). Perguntado sobre gostava de ter um computador, respondeu que já tinha um em casa. Perguntado sobre se gostava do Magalhães, encolheu os ombros e disse sssss, como quem diz não, isto é uma merda.
"Cidade da Praia, 12 Mar (Lusa) - O primeiro-ministro, José Sócrates, foi hoje recebido em ambiente de festa por centenas de crianças numa escola em que prometeu ajudar o Governo cabo-verdiano no seu programa de distribuição de computadores a alunos do Ensino Básico.
Na Escola Básica da Capelinha, no centro da Cidade da Praia, que tem cerca de 1400 alunos, Sócrates esteve acompanhado pelo seu homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves, e pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, além dos secretários de Estado Paulo Campos, Valter Lemos e a deputada socialistas Celeste Correia.
"Aqui na escola vamos aprender a amar a nossa terra", cantaram as crianças à chegada do primeiro-ministro português, tendo nas mãos pequenas bandeiras nacionais de Cabo Verde e de Portugal.
No interior da escola, Sócrates entrou numa sala de aula, onde estavam três dezenas de jovens a trabalhar em computadores Magalhães, que fazem parte de um projecto educativo do Governo da Cidade da Praia, denominado "Mundu Novo".
"Dentro de meses todas as crianças [do Ensino Básico] vão ter um computador. Vamos agora somar uma nova ambição, para também todas as crianças cabo-verdianas tenham o seu computador", declarou o chefe do Governo português.
No final da visita, o primeiro-ministro cabo-verdiano disse que, dentro de dois anos e meio, a rede de Internet estará "completa" no seu país".
Depois, a médio prazo, o objectivo é concluir a entrega de 150 mil computadores aos alunos do "Básico" de Cabo Verde.
José Maria Neves disse que parte desses computadores terá na sua distribuição o auxílio do Estado Português, mas frisou que nem todos esses 150 mil computadores serão "Magalhães".
"Gota de Água" será o nome dos computadores que o executivo da Cidade da Praia vai distribuir aos seus estudantes do Ensino Secundário".
Na Escola Básica da Capelinha, no centro da Cidade da Praia, que tem cerca de 1400 alunos, Sócrates esteve acompanhado pelo seu homólogo cabo-verdiano, José Maria Neves, e pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, além dos secretários de Estado Paulo Campos, Valter Lemos e a deputada socialistas Celeste Correia.
"Aqui na escola vamos aprender a amar a nossa terra", cantaram as crianças à chegada do primeiro-ministro português, tendo nas mãos pequenas bandeiras nacionais de Cabo Verde e de Portugal.
No interior da escola, Sócrates entrou numa sala de aula, onde estavam três dezenas de jovens a trabalhar em computadores Magalhães, que fazem parte de um projecto educativo do Governo da Cidade da Praia, denominado "Mundu Novo".
"Dentro de meses todas as crianças [do Ensino Básico] vão ter um computador. Vamos agora somar uma nova ambição, para também todas as crianças cabo-verdianas tenham o seu computador", declarou o chefe do Governo português.
No final da visita, o primeiro-ministro cabo-verdiano disse que, dentro de dois anos e meio, a rede de Internet estará "completa" no seu país".
Depois, a médio prazo, o objectivo é concluir a entrega de 150 mil computadores aos alunos do "Básico" de Cabo Verde.
José Maria Neves disse que parte desses computadores terá na sua distribuição o auxílio do Estado Português, mas frisou que nem todos esses 150 mil computadores serão "Magalhães".
"Gota de Água" será o nome dos computadores que o executivo da Cidade da Praia vai distribuir aos seus estudantes do Ensino Secundário".
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Cabo Verde,
Sócgates
Sócgates, em Cabo Verde,
tem uma agenda muito ambiciosa, lê-se nos jornais. Acredito: jogging de manhã e ao fim da tarde, natação e banhos de sol antes de almoço, descanso a seguir ao almoço, que um homem não é de ferro e é provavel que ainda tenha que fazer uns discursos, proceder a umas inaugurações e suportar alguma actividade cultural sem bocejar. Umas horitas de conversa da treta, antes, durante e depois do jantar (do tipo: apesar de ser da Madeira, o rapaz joga bem, repare, Senhor Presidente, como arrumou com a técnica do nosso ilustre Mourinho). Os ministros todos que levou consigo têm que servir para alguma coisa, nem que seja à chibatada.
Statements
Gostaria de abraçar a profissão de padeira. Vestida de bata branca, bateria a massa, iluminada pelo luar, e faria o pão para a comunidade. A esta hora já teria tomado um cheiroso pequeno almoço, fornecido pela entidade empregadora, e estaria na segunda hora de sono, a sonhar com os golos que o Hulk poderia ter marcado, com um sorriso de pateta satisfeita que cumpriu o seu dever, em vez de estar a escrever baboseiras. A felicidade interna bruta seria total.
...
P.S. Tenho sérias dúvidas quanto à compreensão pela ASAE da parte ..."iluminada pelo luar".
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sonhos
quarta-feira, 11 de março de 2009
Questions
Porque é que há dias em que acordo com uma música na cabeça e não consigo deixar de a entoar, mentalmente, ou mesmo cantando o refrão? Hoje a música é dos Adiafa e o refrão é "têm carrapatos atrás das orêlhas". A coisa saiu-me espontaneamente por volta das 8 horas da manhã, perante o ar de espanto e irritação do meu filho que se preparava para ir para a escola. Tornou-se algo compulsivo, não conseguia parar de repetir com diversas variações melódicas e rítmicas.
Porque é que estou cheia de fome, mas não vou preparar o pequeno-almoço, só porque hoje é o meu dia de folga e acho que tenho direito a ficar na cama até mais tarde? Nem durmo, nem como, e o estomago parece uma caverna cheia de leões a rugir (sem ofensa para os que não rugem). Começo a irritar-me seriamente e ainda me levanto!
Porque é que o amanhecer e o acordar me deixam sempre de mau humor, mesmo cantando "têm carrapatos atrás das orêlhas?" Antes das 10 horas sou completamente burra, faça sol ou faça chuva, este post não deixa margem para dúvidas.
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Saphouzinha
terça-feira, 10 de março de 2009
Maldadezinha: o Magalhanês aplicado ao Sporting
Em vês de recuperares a honra, ai em Munique, apareces-te como uma equipa da segunda divisão. Não percebes-te que o objectivo do jogo não é de capturar mais golos do que o adversário. Enviaram-te a bola nas redes sete vezes fácilmente. Devias ganhar espaço para permitir aos activos de sair horizontalmente, verticalmente ou oblíquamente e largar a bola em bom sitio. O Bayern foi bonzinho em aceitar de jogar contigo duas vezes. Agora ficam para a história doze golos para todos poderem contar-los.
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SCP em magalhanês.
Destaques da pivot da TVI24
"A primavera está a dar sinais de não ir embora". Alguém tem que proporcionar à senhora lições elementares sobre as estações do ano.
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A primavera não vai embora antes de chegar
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