quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Diálogos matinais e uma bela forma de passar a tomar meias de leite sózinho

- Privada tu viste aquela cena da Mâite ?
- Vi indicadores na net, mas não sei o que se passa.
- Ouve, com tanta cena linda em Sintra foi filmar umas casas a cair, chamou província de Lisboa a…
- A sério?! Eh pá finalmente! Estou sempre a dizer isso, se fizessem a Sul as reportagens que fazem a Norte, o desenvolvimento sustentável tinha outro equilíbrio.
- O quê? Privada, ela até cuspiu na fonte dos Jerónimos, parecia toda marada.
- Normal, e os putos reguilas também tomam banho nos chafarizes, tal como cá.
- Cá onde?
- No Porto, pá. Não me digas que nunca viste ou leste uma reportagem sobre isso?
- Oh Privada é muito diferente ser um português a dizer mal.
- Eh pá, estive a ver aquele CAA e a Joaninha na RTPn , juro-te, a ignorância , a prepotência, a hipocrisia principalmente desse CAA, ate me deu vómitos, é incrível a coragem de muita gente para dizer mal, e a ingratidão com que as coisas se dizem, abala-me este tipo de pessoa.
- Oh Privada quem merda é o CAA? Não é possível ter uma conversa contigo…
- Não deves conhecer nunca fez novelas. Mas é um noveleiro, nem te passa. Dá vómitos o individuo, é cada calinada que se tivesse noção do que fala... bem é horrível, merecia um abaixo-assinado, não percebo como podem dar audiência a um verbete daqueles.
- Ok não conheço, nunca ouvi falar. Xau Privada
- Xau, se conseguir mando um vídeo do tipo "vais-te passar".
rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrrsrsr
( Fim - por agora, as coisas são o que são e não podem ser de outra maneira.)

Rowan Atkinson: the art of acting

O candidato do PS de Ermelo desiludiu-me

Em vez de praticar um acto criminoso que rompesse com a triste tradição miserabilista portuguesa, tendo, inclusive, a seu favor o facto de ser um crime com conotações político-partidárias, não, reitera uma longa tradição que vem do Estado Novo.
Passa-se, mata de caçadeira, foge, anda a monte uns dias e depois, arrependido, entrega-se à autoridade que, apesar dos inúmeros cartazes de candidato, afixados por todo o lado, não seria capaz de o encontrar, pelo menos nos próximos meses.
Para quando matar com uma arma a sério? Não mostrar arrependimento. Fugir de forma planeada. Nunca mais ser encontrado, mudando de identidade. Tudo preparado ao mais ínfimo pormenor. Até a retirada dos cartazes durante a noite, quando todos os gatos são pardos.
Francamente, os pequenos criminosos carecem de um curso das Novas Oportunidades.
E o mau gosto de matar logo de manhãzinha, por volta das 7 h e pico? Nem deve ter tomado chuveiro. Inacreditável.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O timing da ERC: 40 dias depois dos factos, passada a época eleitoral! Não sabia que a ERC era dada à justiça poética.


Não descartamos que o espírito malévolo tenha imperado na deliberação.
Disfarçada de boazinha, a ERC arruma de vez com o jornal da Sexta da Manuela Boca Guedes e fica bem na fotografia da senhora.
Alguém acha que o dito jornal vai voltar nos moldes em que existia? Não é que se perca algo que valesse a pena...
Também há a hipótese de ter sido JPCM a escrever o texto, o que demora o seu tempo. Mas isto é só para insiders.

O Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social deliberou, por unanimidade, "reprovar o facto de a Administração da TVI ter interferido na esfera de competências da Direcção de Informação, o que se afigura contrário à lei e lesivo da autonomia editorial e dos direitos dos jornalistas".
Na deliberação - emitida a propósito do cancelamento, por decisão administrativa, do Jornal Nacional de sexta-feira da TVI, apresentado por Manuela Moura Guedes -, o Conselho Regulador da ERC considera que "a referida decisão consubstancia uma intervenção contrária à lei e lesiva das atribuições e competências próprias da Direcção de Informação".


Clique para aceder ao índice do DOSSIÊ POLÉMICA COM JORNAL NACIONAL

Boa noite Malta!

Era uma vez
Um gato maltês
Tocava piano
Falava francês
A dona da casa
Chamava-se Inês
O número da porta era o 33!
Queres que te conte outra vez?

É tendência...

O papel de parede, este ano, é tendência;
As cores preto, branco, vermelho, cinza, beringela, roxo, azul forte, são tendência;
Os botins são tendência;
Os anos 80 voltaram, são tendência;
Os anos 70 também voltaram, são tendência;
As carteiras grandes são tendência;
As pulseiras grandes, com um toque caucasisano ou indiano, são tendência;
As roupas a lembrar o folclore russo são tendência;
As linhas simples são tendência;
Os quadrados são tendência;
E por aí fora...
Tendência, raio-que-os-parta. Que tal o velhinho e caseiro: "está/estão na moda"; "voltou/voltaram a ser/estar na moda".
Já não se aguenta este ambiente de esquerda caviar, mesmo de quem é de direita bacalhau, ou esquerda broa de milho, ou mesmo centro Baixa-da-Banheira.
A tendência de Saphou, hoje, é partir as trombas (com um rotativo nas ditas) a quem escreva ou diga o termo tendência, como sinónimo de fashion trend. Ok, relaxa e respira, conta até dez, medita na beleza da flor de lotus. Esquece os que casam nas Necessidades....mas é tendência!

Bom dia Malta!

Preparados para o dia de hoje? Dom Afonso Henriques não brinca em serviço. Vejam lá o que ele fez à mãe.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Iludimo-nos pensando que escolhemos conscientemente l' amour

Por favor, nada de confundir o Pepé com as meninas robustas e coradas, nem com cenas que, de tanto amor sem correspondencia, podem derivar em violência domestica.

O que estamos aqui a debater, sim a debater, é uma caso sério.

Pronto e as coisas são o que são.

(Fim, já percebem quando é fim? Quando concluo)

Mia Couto, a propósito do acordo ortográfico

Perguntas à Língua Portuguesa
Mia Couto


Venho brincar aqui no Português, a língua. Não aquela que outros embandeiram. Mas a língua nossa, essa que dá gosto a gente namorar e que nos faz a nós, moçambicanos, ficarmos mais Moçambique. Que outros pretendam cavalgar o assunto para fins de cadeira e poleiro pouco me acarreta.
A língua que eu quero é essa que perde função e se torna carícia. O que me apronta é o simples gosto da palavra, o mesmo que a asa sente aquando o voo. Meu desejo é desalisar a linguagem, colocando nela as quantas dimensões da Vida. E quantas são? Se a Vida tem é idimensões? Assim, embarco nesse gozo de ver como escrita e o mundo mutuamente se desobedecem. Meu anjo-da-guarda, felizmente, nunca me guardou.
Uns nos acalentam: que nós estamos a sustentar maiores territórios da lusofonia. Nós estamos simplesmente ocupados a sermos. Outros nos acusam: nós estamos a desgastar a língua. Nos falta domínio, carecemos de técnica. Ora qual é a nossa elegância? Nenhuma, excepto a de irmos ajeitando o pé a um novo chão. Ou estaremos convidando o chão ao molde do pé? Questões que dariam para muita conferência, papelosas comunicações. Mas nós, aqui na mais meridional esquina do Sul, estamos exercendo é a ciência de sobreviver. Nós estamos deitando molho sobre pouca farinha a ver se o milagre dos pães se repete na periferia do mundo, neste sulbúrbio.
No enquanto, defendemos o direito de não saber, o gosto de saborear ignorâncias. Entretanto, vamos criando uma língua apta para o futuro, veloz como a palmeira, que dança todas as brisas sem deslocar seu chão. Língua artesanal, plástica, fugidia a gramáticas.
Esta obra de reinvenção não é operação exclusiva dos escritores e linguistas. Recriamos a língua na medida em que somos capazes de produzir um pensamento novo, um pensamento nosso. O idioma, afinal, o que é senão o ovo das galinhas de ouro?
Estamos, sim, amando o indomesticável, aderindo ao invisível, procurando os outros tempos deste tempo. Precisamos, sim, de senso incomum. Pois, das leis da língua, alguém sabe as certezas delas? Ponho as minhas irreticências. Veja-se, num sumário exemplo, perguntas que se podem colocar à língua:
• Se pode dizer de um careca que tenha couro cabeludo?
• No caso de alguém dormir com homem de raça branca é então que se aplica a expressão: passar a noite em branco?
• A diferença entre um ás no volante ou um asno volante é apenas de ordem fonética?
• O mato desconhecido é que é o anonimato?
• O pequeno viaduto é um abreviaduto?
• Como é que o mecânico faz amor? Mecanicamente.
• Quem vive numa encruzilhada é um encruzilhéu?
• Se diz do brado de bicho que não dispõe de vértebras: o invertebrado?
• Tristeza do boi vem de ele não se lembrar que bicho foi na última reencarnação. Pois se ele, em anterior vida, beneficiou de chifre o que está ocorrendo não é uma reencornação?
• O elefante que nunca viu mar, sempre vivendo no rio: devia ter marfim ou riofim?
• Onde se esgotou a água se deve dizer: "aquabou"?
• Não tendo sucedido em Maio mas em Março o que ele teve foi um desmaio ou um desmarço?
• Quando a paisagem é de admirar constrói-se um admiradouro?
• Mulher desdentada pode usar fio dental?
• A cascavel a quem saiu a casca fica só uma vel?
• As reservas de dinheiro são sempre finas. Será daí que vem o nome: "finanças"?
• Um tufão pequeno: um tufinho?
• O cavalo duplamente linchado é aquele que relincha?
• Em águas doces alguém se pode salpicar?
• Adulto pratica adultério. E um menor: será que pratica minoritério?
• Um viciado no jogo de bilhar pode contrair bilharziose?
• Um gordo, tipo barril, é um barrilgudo?
• Borboleta que insiste em ser ninfa: é ela a tal ninfomaníaca?
Brincadeiras, brincriações. E é coisa que não se termina. Lembro a camponesa da Zambézia. Eu falo português corta-mato, dizia. Sim, isso que ela fazia é, afinal, trabalho de todos nós. Colocámos essoutro português - o nosso português - na travessia dos matos, fizemos com que ele se descalçasse pelos atalhos da savana.
Nesse caminho lhe fomos somando colorações. Devolvemos cores que dela haviam sido desbotadas - o racionalismo trabalha que nem lixívia. Urge ainda adicionar-lhe músicas e enfeites, somar-lhe o volume da superstição e a graça da dança. É urgente recuperar brilhos antigos. Devolver a estrela ao planeta dormente.
Fontes: Magalhães, Olga; Costa, Fernanda, Entre Margens, Língua Portuguesa, 10º ano, Porto, Porto Editora, 2003, p.25 ss.

Se Barack Obama é prémio Nobel da Paz

e o fado se arrisca a ser património imaterial da humanidade, Funes deveria ser classificado como património simultaneamente imaterial e material da humanidade, da bicharada, do universo e arredores. Proponho que se inicie uma petição. Logo veremos a quem a dirigir, se à UNESCO, ao IPA, ao IPPAR, ao IMC, à Cinemateca, à Sociedade Protectora dos Animais, ao Jardim Zoológico de Lisboa, ao Magalhães Lemos, ao SCP, à ERC, ICN, ou outro organismo credível ou não tanto. Ponderemos.
Ou então crie-se o prémio Nobel da Zaragata ou do Zaragateiro-Mor. O tipo ganha de caras. É só espreitar a barracada que ele armou na casa dele, lançando o mote e/ou fazendo-se passar por comentador, como quando nos tentou convencer que Álvaro era Mdme Funes. Uma fonte, que não posso revelar, veio cá chamar-nos a atenção. É claro que a fonte nos quis manipular, mas nós, qual DN, e ao contrário do Expresso, lá fomos, por cusquice. Todavia, ao contrário do DN, não clamamos que estamos perante uma notícia, mas o único objectivo é um aumento de blogoshare.
Aquilo está pior do que o Prós e Contras (2ª parte) de ontem, em que a irmã da Amélia não podia ter metido mais água e ficamos todos elucidados sobre as escutas de Belém. Acho que até conseguiram ser piores do que o nosso Presidente Aníbal.

L' Amour by Porto Canal

Passei pelo Porto Canal, onde vi um diálogo muito interessante numa dancetaria aqui do Burgo:

PC - Então a senhora há muito tempo que frequenta bailes deste tipo?
SR - Desde sempre.
PC - Tem alguma recordação que possa partilhar?
SR - Olhe senhor, foi num baile que conheci o meu marido.
PC - Conte-nos...
SR - Foi assim, eu estava encostada à parede, e ele chegou com uns amigos, ficou a olhar para mim, eu até disse para minha amiga Olha que nojento, aquele gajo...
PC- O seu marido?
SR - Sim
PC - Mas e depois?
SR - Depois ele pediu-me para dançar, e depois dançamos e depois casamos.

Pepé le Pew

Le wild catte, le paint, le Marie Antoinette... Ah, l'amour!

Devo confessar, talvez por ser gajo, não entendo nada dessas paixões platónicas que às vezes atingem os seres humanos.

Chego a ter calafrios de cada vez que penso que poderei ficar verde, amarelo, azul, de travar a língua, de fazer telefonemas, visitas a uma pessoa que não tem hipótese de nutrir qualquer espécie de sentimento por mim e, pior do que isso, ficar tipo ceguinho, pasmado.

Vocês imaginem, desde que ando a pé já entortei não sei quantos candeeiros, placas e anúncios. Se me apaixono, com uma paixão dessas de verdade, ainda abalroo um camião e continuo tipo doninha, todo esmagado contra a caixa térmica, mi amor, mi amor.

Um dia apaixonei-me, saltei do sótão para ir com a tipa à discoteca. Ei! É perigoso, ok?! Podia ter-me matado e para nada, a tipa gostava mais de mim que eu dela, no fim, para me livrar da sua presença, até pedi a Deus que me ajudasse. Convenhamos que levei muito tempo a perceber isso, se tivesse percebido antes, tinha-a posto de joelhos no quintal e eu a mandar-lhe rosas de papel.

E daí ate não poria nada, porque é mais fashion, abancar o poeta apaixonado, consumido por duvidas, por sentimentos dilacerantes, a tristeza no olhar ... Ah l' amour.
Desisto, as coisas são o que são e é só isto. (Fim que é para o caso de não terem percebido esta ultima frase ok?)

Contradições

Hoje não posto. Vou para Magas.

Presidente Lula, na escrita, faz concorrência a MFL, na oralidade?

clique na imagem para aumentar, se lhe aprouver

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A trend é ter um Minipig como pet ou, como dizem os parolos, um miniporco


E você, já reservou o seu? Depois dos Bonsai, os Minipigs. Um sucesso.

Até que enfim! Mas no circo da vida? E os palhaços, porque não aproveitaram para os proíbir?

Macacos, elefantes, leões e tigres proibidos nos circos
12.10.2009 - 16h32 Lusa
A exibição de animais nos circos tem os dias contados. Uma nova lei proíbe a compra de macacos, elefantes, leões ou tigres e impede a reprodução dos animais existentes nos circos.A portaria 1226/2009, publicada hoje e que entra em vigor na terça-feira, divulga uma lista de espécies consideradas perigosas, pelo seu porte ou por serem venenosas, que só podem ser detidas por parques zoológicos, empresas de produção animal autorizadas e centros de recuperação de espécies apreendidas. Os circos não fazem parte da lista de excepções, assim como as lojas de animais, que também ficam proibidas de vender cobras de grande porte ou venenosas, algumas aranhas ou lagartos. Entre as espécies cuja detenção passa a ser proibida pela nova lei - excepto para os zoológicos e as entidades autorizadas - incluem-se todas as espécies de primatas, de ursos, de felinos (excepto o gato), otárias, focas, hipopótamos, pinguins ou crocodilos. A proibição abrange ainda, na classe das aves, todas as avestruzes, e, na dos répteis, as tartarugas marinhas e as de couro, assim como serpentes, centopeias e escorpiões. No preâmbulo do diploma, o Ministério do Ambiente justifica a nova lei com motivos relacionados com a conservação dessas espécies, com o bem-estar e saúde dos exemplares e também com a garantia de segurança, do bem-estar e da comodidade dos cidadãos “em função da perigosidade, efectiva ou potencial, inerente aos espécimes de algumas espécies utilizadas como animais de companhia”. A portaria ressalva a situação dos espécimes já detidos aquando da entrada em vigor da lei, na terça-feira, bem como dos híbridos dele resultantes, que devem ser registados no Instituto da Conservação da natureza e Biodiversidade (ICNB) no prazo de 90 dias. Os detentores de espécimes das espécies listadas no diploma têm de ser maiores de idade e fazer o registo no ICNB. O diploma determina ainda que não é “permitida a aquisição de novos exemplares nem a reprodução daqueles que possuam no momento do registo”.
Nota: vá lá, porque o diploma não tem efeito retroactivo, Funes safa-se e Mdme Funes e filhos podem continuar a gozar da companhia deste exemplar altamente perigoso. Tão perigoso, quanto amoroso.

Já leram Anita em Salvaterra de Magos?

Parece que vai ser a próxima edição da série Anita. Vem na sequência de Anita a Cavalo e Anita no País dos Contos.

O Privada passou a noite toda com a Marlene. Agora está a ressonar, que o homem não é de ferro, embora a Marlene seja

Apresento-vos a Marlene, toda a noite não parou.

Que pensam de quem casa no

Palácio das Necessidades?