em qualquer coisa, algures da Linha, entre Oeiras e Cascais, de nome Bernardo Maria, como convém:
-Ó tiú, parece que está provado que o Michael Jackson levou com um homicídio.
domingo, 30 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Minha querida Saphou
Por aqui as coisas vão iguais, ninguém trabalha.
A Blimunda anda nas caipirinhas desde que voltou e vai na trigésima página do tântras. O JG vai bem, já Funes, desde que contratou os 2 novos postadores, vai de mal a pior. O ritmo da produção desacelerou e, na verdade, os canecos já não são os mesmos, ratados e com pouca substância. Diz-se por ai que passam os dias a emborcar groselha e não há nada que os anime.
Portugal melhorou desde que a Manuela anda armada em Humpty Dumpty, foi desde ontem, passou a dizer palavras comuns com significados superiores e todos nós, micro-empresários, nomeadamente jovens com 35 anos, estamos mais animados e esperamos que ponha em curso as suas ideias antes de chegarmos aos 36.
Espero que tudo vá bem por Cuba.
Portugal melhorou desde que a Manuela anda armada em Humpty Dumpty, foi desde ontem, passou a dizer palavras comuns com significados superiores e todos nós, micro-empresários, nomeadamente jovens com 35 anos, estamos mais animados e esperamos que ponha em curso as suas ideias antes de chegarmos aos 36.
Espero que tudo vá bem por Cuba.
Para si, ditador Fidel, que presumo esteja a ler esta carta, aquele abraço revolucionário.
Para ti, querida Saphou, um beijo, do teu amigo
Privada
Ps. Quando voltes, gostava de discutir contigo a barra lateral, está muito coninhas, faltam coisas como o Paris Mosh e outros, também interessantes.
Ps. Quando voltes, gostava de discutir contigo a barra lateral, está muito coninhas, faltam coisas como o Paris Mosh e outros, também interessantes.
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Ate para a semana bah
Comercio, cultura e ensino - Camiões cheios de areia dirigem-se para o deserto
- Tive um sonho incrível. Estava num dos degraus da escada do Platão. Eram umas escadas escavadas em mármore, 24 ao todo, divididas por um patamar talhado em curva, a denunciar uma subida rápida e em círculo, de onde vinha uma luz amarelada, terna e quente. Eu estava seguro, de mão estendida a tentar içar os camaradas que, três degraus abaixo de mim, não se moviam, nem se esticavam, acenavam tipo quem lava vidros. Eu podia evoluir, subir o lanço até à sumptuosa carruagem com que Platão nos esperava no topo. Mas não conseguia iça-los…
- Deixa-me ver, e estavas vestido com uma túnica bordada e uma tiara ornada com plumas de pavão, não?
- Sim, era da Nike, a Deusa da Vitoria, e eu brilhava Pinho, estava a um passo de alcançar a luz…
- As escadas provavelmente são as de uma pirâmide…
- Isso, era isso, a Pirâmide do capitalismo!
- Não Sócrates, aquelas dos funerais.
- Deixa-me ver, e estavas vestido com uma túnica bordada e uma tiara ornada com plumas de pavão, não?
- Sim, era da Nike, a Deusa da Vitoria, e eu brilhava Pinho, estava a um passo de alcançar a luz…
- As escadas provavelmente são as de uma pirâmide…
- Isso, era isso, a Pirâmide do capitalismo!
- Não Sócrates, aquelas dos funerais.
(Diga-se que nesta passagem Sócrates quer fazer crer que a comitiva se encontrava separada por um vidro e por isso não podia alcança-los. Na verdade, e como se comprovou posteriormente, a comitiva estava ocupada na coreografia que Sócrates teria ordenado a seus súbditos para o momento final, " it's Raining Men! Hallelujah!").
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Vão enterrar Alexandria
Ai que bom que é, por Saphou
Ai que bom que é,
ter um sms
e não o ler,
um telefonema
e não atender,
um e-mail
com a caixa cheia
a devolver
E mais do que isto
é o Criador,
do sol,
da praia,
do mar,
da floresta,
que nunca elegeu um ministro
e não consta que perceba nada de campanhas.
ter um sms
e não o ler,
um telefonema
e não atender,
um e-mail
com a caixa cheia
a devolver
E mais do que isto
é o Criador,
do sol,
da praia,
do mar,
da floresta,
que nunca elegeu um ministro
e não consta que perceba nada de campanhas.
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Saphou abroad
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
E ele disse
Deus nunca me concedeu um momento de cegueira onde visse mais do que a minha figura, quando amei corri sempre atrás de mim, quando sonhei, foi comigo. E quando fiz poesia desses amores que pelos outros não senti foi só porque gosto de me fazer sofrer às vezes. É triste, mas nunca amei ninguém mais do que me amo a mim
.

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mi amor
Atenção, se assistir ao espectáculo estará a ser cúmplice no crime abaixo referido relativo aos comportamentos animais
O Bastonário Marinho Pinto vai estar hoje, dia 27 de Agosto, pelas 21horas, na RTP 1 a convite de Judite de Sousa para uma reflexão sobre o país. São também convidados os Bastonários da Ordem dos Médicos, Economistas e Engenheiros. Ver mais.
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novas penalidades
deus disse qualquer coisa pouco elogioso
-Podes repetir?
-Não, tivesses ouvido. Não tenho culpa que sejas mais surda do que a avó. No teatro também não dizem: pode repetir que eu não ouvi muito bem essa parte?
Creio que não haverá net para deus em Cuba por uns dias. Nem net, nem papel higiénico, que aqui es un bien precisoso. Há que contar as folhinhas.
-Não, tivesses ouvido. Não tenho culpa que sejas mais surda do que a avó. No teatro também não dizem: pode repetir que eu não ouvi muito bem essa parte?
Creio que não haverá net para deus em Cuba por uns dias. Nem net, nem papel higiénico, que aqui es un bien precisoso. Há que contar as folhinhas.
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o deus cá de casa
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
De vacaciones, Saphou aperaltou-se para
exibir o seu moreno sexy ao jantar. Colocou várias pulseiras, comme il faut, e uma peça única de seda, cai cai, tom camel, com um toque oriental . Todos elogiaram muito Saphou. Mas não deus.
-Gostas?
-deus respondeu, sobre a roupa: de fato macaco? onde estão as ferramentas? não sabia que agora trabalhavas como mecânica; sobre as pulseiras: com um pano na cabeça parecias uma tenda de ciganos.
deus foi calado pelo método da amona.
-Gostas?
-deus respondeu, sobre a roupa: de fato macaco? onde estão as ferramentas? não sabia que agora trabalhavas como mecânica; sobre as pulseiras: com um pano na cabeça parecias uma tenda de ciganos.
deus foi calado pelo método da amona.
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Saphou de vacaciones
Férias grandes V
Lembram-se onde ficamos na história das férias grandes, certo?
Pronto, tal como ficou implícito o Tio Jorge ficou de casamento marcado, à noite apareceu o sogro do Gaspar, pai da dita namorada, que alem de outras barbaridades informou a família, que se havia coisa que não dispensava era o uso de armas para ajuste de contas, num país em que, à época note-se, a justiça não funcionava.
Na vida do Jorge pouco mudou, continuou a encontrar-se com a Espanhola, mas já a tentar a posição de machista que qualquer homem casado deve manter para assegurar a fidelidade. Tentei por diversas vezes ensaiar com ele a subida ao altar, onde eu era o menino das alianças, mas ele já nesse ensaio, corria-me ao chuto mal eu fingia entrar na Igreja.
A família estava entusiasmada, o avô não se cansava de repetir a sorte com que a vida resolveu brindar o Jorge - para todas as panelas há um testo - dizia. A avó encorajava-o, não ao avô, ao Jorge, enchendo-o de ânimo e bifes com ovos estrelados, não fosse o rapaz zangar-se com a comida, nada podia incomodar o Jorginho, nem eu, que passei as maiores tormentas com o priminho tosco que exigia comer no meu banco, no meu prato, no meu copo da Heidi.
No fim do Verão o Jorge haveria de vir comigo para o Porto, vinha escolher o fato e eu teria um lindo fato também. A namorada da Régua visitou-nos mais duas ou três vezes naquele Verão, mas nem o priminho tosco conseguia levar com ela. Fazia-me festas na nuca, elogiava os meus olhos, enquanto o Jorge me corria com o cognome de fraldiqueiro.
O meu alvo de setas acabou destruído pela chuva, embora quase com certeza foi o primo que o regou, aprendi a nadar, a Espanhola deu-me um fato de treino do Barça, com calções e tudo. O priminho tentou esganar-me por diversas vezes, mas não tinha hipótese, seria por muitos anos o burro. O galo que me saltava aos olhos acabou dentro do tacho e a minha querida galinha Xana acabou junto com ele, por decisão de convenção familiar para alimentar os Reguenses. Por ela nunca mais comi arroz de cabidela e ainda hoje tenho tonturas com o cheiro que me relembra essa tortura, de que a minha amiga foi alvo. Compreendi anos mais tarde que muitas amigas haveriam de perder a cabeça por mim e isso era mais o menos normal, mas naquele tempo chorei quase tanto como quando terminou o Topo Gigio.
Voltaria ali muitas vezes, ocuparia o sofá onde o Tio Jorge dormia e embora ainda jogássemos ao Bonança em alguns dias, as coisas não eram as mesmas. A Espanhola visitava-nos mas passava horas a conversar com a minha avó e quando ela vinha, o Jorge não aparecia. A última vez que se viram foi três dias depois do casamento dele, em Dezembro, na poça, não sei do que falaram, andava a caçar rãns, mas sei que no Verão seguinte a Espanhola perguntava porque é que o Jorge não era pai ainda, e quantos meses levavam as moças portuguesas para dar à luz um filho.
Eu não sabia, com o tempo comprovou-se que o Jorge também não.
Pronto, tal como ficou implícito o Tio Jorge ficou de casamento marcado, à noite apareceu o sogro do Gaspar, pai da dita namorada, que alem de outras barbaridades informou a família, que se havia coisa que não dispensava era o uso de armas para ajuste de contas, num país em que, à época note-se, a justiça não funcionava.
Na vida do Jorge pouco mudou, continuou a encontrar-se com a Espanhola, mas já a tentar a posição de machista que qualquer homem casado deve manter para assegurar a fidelidade. Tentei por diversas vezes ensaiar com ele a subida ao altar, onde eu era o menino das alianças, mas ele já nesse ensaio, corria-me ao chuto mal eu fingia entrar na Igreja.
A família estava entusiasmada, o avô não se cansava de repetir a sorte com que a vida resolveu brindar o Jorge - para todas as panelas há um testo - dizia. A avó encorajava-o, não ao avô, ao Jorge, enchendo-o de ânimo e bifes com ovos estrelados, não fosse o rapaz zangar-se com a comida, nada podia incomodar o Jorginho, nem eu, que passei as maiores tormentas com o priminho tosco que exigia comer no meu banco, no meu prato, no meu copo da Heidi.
No fim do Verão o Jorge haveria de vir comigo para o Porto, vinha escolher o fato e eu teria um lindo fato também. A namorada da Régua visitou-nos mais duas ou três vezes naquele Verão, mas nem o priminho tosco conseguia levar com ela. Fazia-me festas na nuca, elogiava os meus olhos, enquanto o Jorge me corria com o cognome de fraldiqueiro.
O meu alvo de setas acabou destruído pela chuva, embora quase com certeza foi o primo que o regou, aprendi a nadar, a Espanhola deu-me um fato de treino do Barça, com calções e tudo. O priminho tentou esganar-me por diversas vezes, mas não tinha hipótese, seria por muitos anos o burro. O galo que me saltava aos olhos acabou dentro do tacho e a minha querida galinha Xana acabou junto com ele, por decisão de convenção familiar para alimentar os Reguenses. Por ela nunca mais comi arroz de cabidela e ainda hoje tenho tonturas com o cheiro que me relembra essa tortura, de que a minha amiga foi alvo. Compreendi anos mais tarde que muitas amigas haveriam de perder a cabeça por mim e isso era mais o menos normal, mas naquele tempo chorei quase tanto como quando terminou o Topo Gigio.
Voltaria ali muitas vezes, ocuparia o sofá onde o Tio Jorge dormia e embora ainda jogássemos ao Bonança em alguns dias, as coisas não eram as mesmas. A Espanhola visitava-nos mas passava horas a conversar com a minha avó e quando ela vinha, o Jorge não aparecia. A última vez que se viram foi três dias depois do casamento dele, em Dezembro, na poça, não sei do que falaram, andava a caçar rãns, mas sei que no Verão seguinte a Espanhola perguntava porque é que o Jorge não era pai ainda, e quantos meses levavam as moças portuguesas para dar à luz um filho.
Eu não sabia, com o tempo comprovou-se que o Jorge também não.
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Ferias Grandes segundo Privada
Resposta a uma questão há muito colocada por Funes,
dada por uma jovem de 15 anos.
Quantas mãos tem maneta e meio?
Depende da parte do meio maneta em que pegamos e do corte longitudinal ou horizontal efectuado. Poderão ser duas, ou uma, ou zero. E você, sabe mais do que uma jovem de 15 anos?
Quantas mãos tem maneta e meio?
Depende da parte do meio maneta em que pegamos e do corte longitudinal ou horizontal efectuado. Poderão ser duas, ou uma, ou zero. E você, sabe mais do que uma jovem de 15 anos?
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maneta
Caderno
Evitarei maçar o leitor que com certeza nesta fase repudia já as historietas dos grunhos que de uma forma ou de outra elencaram o cenário e a predisposição desta narrativa que não se pretende biográfica, mas sim humorística e critica face à impossibilidade de cada qual puder fugir ao seu próprio destino, se ele existe, cifrando a vida numa mera amostra ocasional da criatividade que nos ocorre.
Nas paginas que restam, rabiscarei a lápis, sem carregar, para que quando rescreva fique uma escrita limpa. Fui imprudente ao escrever algumas com caneta, rasgam-se pedacinhos quando se apagam as letras; nas que desenhei também ficaram marcas que não saem; esbocei de inicio corações e frases bacocas em algumas páginas do fim, uma infantilidade que o blogueiro perdoará. Já rasguei uma ou outra por total inadequação, não posso rasgar mais, são poucas as que restam, exigem subtileza, para que delas não ressalte uma borrada de vida. Veremos como se passa este exercício.
Nas paginas que restam, rabiscarei a lápis, sem carregar, para que quando rescreva fique uma escrita limpa. Fui imprudente ao escrever algumas com caneta, rasgam-se pedacinhos quando se apagam as letras; nas que desenhei também ficaram marcas que não saem; esbocei de inicio corações e frases bacocas em algumas páginas do fim, uma infantilidade que o blogueiro perdoará. Já rasguei uma ou outra por total inadequação, não posso rasgar mais, são poucas as que restam, exigem subtileza, para que delas não ressalte uma borrada de vida. Veremos como se passa este exercício.
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Felix Krull
Novas penalidades
Criminalização dos comportamentos dos animais
24-08-2009
Foi publicada a Lei n.º82/2009,de 21.8,que autoriza o Governo a criminalizar os comportamentos relativos à promoção ou participação com animais em lutas entre estes,bem como a ofensa à integridade física causada por animal perigoso ou potencialmente perigoso,por dolo ou negligência do seu detentor. Ver mais.
A campanha eleitoral não será a mesma coisa. Este governo é um merdas.
24-08-2009
Foi publicada a Lei n.º82/2009,de 21.8,que autoriza o Governo a criminalizar os comportamentos relativos à promoção ou participação com animais em lutas entre estes,bem como a ofensa à integridade física causada por animal perigoso ou potencialmente perigoso,por dolo ou negligência do seu detentor. Ver mais.
A campanha eleitoral não será a mesma coisa. Este governo é um merdas.
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Leis
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Sapos na Montanha
Chego sem me anunciar, numa terra pequena, não há hipótese de não atender a campainha. Lá estava ela com os seus 3 filhos, que resolveu criar em ambiente natural porque nas cidades só é possível criar monstros e devemos todos procurar a essência e principalmente dotar as crianças com valores que assentem no prazer e no respeito à natureza e laços familiares estreitos, como os que tinha com a minha avó e bla bla bla.
- Então, como vai essa vida in natura?
- Mal, muito mal, já não estou certa deste local ser o melhor para mim.
- É claro que não é o local para ti, aliás admira-me que depois de conheceres a Bélgica, a Itália, a França e principalmente depois de conheceres o Porto tenhas vindo enfiar-te aqui, decididamente nunca entendi.
- Não é isso Privada, não é a falta de cinema, de espectáculos, de arte, de movimento é uma ameaça que nunca equacionei.
- Qual?
- As cinquentonas Privada, as divorciadas, as viúvas, Privada, tu não fazes uma pequena ideia do que eu tenho sofrido, tu não imaginas.
- Fogo, porque são uma ameaça, não entendo…
- Sabes Privada pensei em tudo, nunca pensei ser traída com uma tipa mais velha que eu, tu achas isto normal, Privada?
- Foste traída, como, pelo Alberto, com uma tipa mais velha, não estás a alucinar?
- Não. Tu não sabes Privada, aqui os homens não podem sair à rua, a sério, é uma promiscuidade total, as gajas não olham a meios, fazem-lhes o cerco, é impossível. Ele é um dos homens mais novo, dos poucos que por aqui restam.
- Bem, não sei o que te diga…
- É incrível Privada, toda a gente sabia. Eu como raramente saio da quinta não percebi, ele estava sempre a discutir, a depreciar-me, se falava era porque falava, se não falava era igual. E a tipa vinha cá a casa e tudo, eu fazia de comer para a gaja Privada, uma viúva , tem quase 50 anos Privada. Sabia de muitos casos, é quase tudo, mas nunca imaginei que o Alberto que até criticava essas cenas pudesse fazer o mesmo.
- Então está bem. E o que vais fazer agora?
- Não sei, ele diz que não se vai embora e não posso pedir o divórcio porque não estou casada.
- Vai tu embora.
- E a casa, e a quinta, como posso ir, precisava de vender isto, ou entrar em acordo, e não há hipótese, ele não aceita nada, diz se quero ir que vá, estou desesperada.
- Caramba, não sei, e se lhe pusesses um par de cornos também?
- Com quem? Já te disse que poucos homens há aqui, não quero ser uma mendiga sexual como as que há a rodos aqui, pá!
- Com uma mulher ou com um Espanhol, é perto.
- Estou desesperada.
- Porque não vamos comer uma mariscada , trazes os meninos e vamos?
- Oh não dá, tenho que esperar por ele para jantar, não tem aí nada e depois era um escândalo.
- Tu mudaste muito, não há duvida.
- Ah Privada, tenho medo de encarnar uma mulher das historias antigas, não sabes o que luto para preservar a minha mentalidade, na rua dizem-me para ter calma, quer dizer toda a gente sabe, Privada, tu imaginas eu no medico e uma velhota a dizer-me para ter calma, Privada?
- Sim e de facto o que é uma traiçãozita, enfim, nada de relevante é normal.
- Aqui é mais do que normal, é uma necessidade, não há homens aqui, é esse o problema. Com esta não contava Privada, mas os meninos estão bem, crescem livres, em total contacto com a natureza, como sempre imaginei.
- Mas já desististe de ter 6, ou não?
- Sim, acho que sim, se as circunstâncias fossem outras, se ele mudasse, se …
- Se não tivesse acontecido o 25 de Abril…
- Aposto, que nem tu tinhas equacionado isto.
- Claro que não, o Alberto sempre foi uma mosca morta, quem imaginaria que ela ia despertar para o sexo quase aos 40?
- Elas aqui até os violam, tu não percebes, é muita mulher, muita viuva, muita divorciada...
- Então, como vai essa vida in natura?
- Mal, muito mal, já não estou certa deste local ser o melhor para mim.
- É claro que não é o local para ti, aliás admira-me que depois de conheceres a Bélgica, a Itália, a França e principalmente depois de conheceres o Porto tenhas vindo enfiar-te aqui, decididamente nunca entendi.
- Não é isso Privada, não é a falta de cinema, de espectáculos, de arte, de movimento é uma ameaça que nunca equacionei.
- Qual?
- As cinquentonas Privada, as divorciadas, as viúvas, Privada, tu não fazes uma pequena ideia do que eu tenho sofrido, tu não imaginas.
- Fogo, porque são uma ameaça, não entendo…
- Sabes Privada pensei em tudo, nunca pensei ser traída com uma tipa mais velha que eu, tu achas isto normal, Privada?
- Foste traída, como, pelo Alberto, com uma tipa mais velha, não estás a alucinar?
- Não. Tu não sabes Privada, aqui os homens não podem sair à rua, a sério, é uma promiscuidade total, as gajas não olham a meios, fazem-lhes o cerco, é impossível. Ele é um dos homens mais novo, dos poucos que por aqui restam.
- Bem, não sei o que te diga…
- É incrível Privada, toda a gente sabia. Eu como raramente saio da quinta não percebi, ele estava sempre a discutir, a depreciar-me, se falava era porque falava, se não falava era igual. E a tipa vinha cá a casa e tudo, eu fazia de comer para a gaja Privada, uma viúva , tem quase 50 anos Privada. Sabia de muitos casos, é quase tudo, mas nunca imaginei que o Alberto que até criticava essas cenas pudesse fazer o mesmo.
- Então está bem. E o que vais fazer agora?
- Não sei, ele diz que não se vai embora e não posso pedir o divórcio porque não estou casada.
- Vai tu embora.
- E a casa, e a quinta, como posso ir, precisava de vender isto, ou entrar em acordo, e não há hipótese, ele não aceita nada, diz se quero ir que vá, estou desesperada.
- Caramba, não sei, e se lhe pusesses um par de cornos também?
- Com quem? Já te disse que poucos homens há aqui, não quero ser uma mendiga sexual como as que há a rodos aqui, pá!
- Com uma mulher ou com um Espanhol, é perto.
- Estou desesperada.
- Porque não vamos comer uma mariscada , trazes os meninos e vamos?
- Oh não dá, tenho que esperar por ele para jantar, não tem aí nada e depois era um escândalo.
- Tu mudaste muito, não há duvida.
- Ah Privada, tenho medo de encarnar uma mulher das historias antigas, não sabes o que luto para preservar a minha mentalidade, na rua dizem-me para ter calma, quer dizer toda a gente sabe, Privada, tu imaginas eu no medico e uma velhota a dizer-me para ter calma, Privada?
- Sim e de facto o que é uma traiçãozita, enfim, nada de relevante é normal.
- Aqui é mais do que normal, é uma necessidade, não há homens aqui, é esse o problema. Com esta não contava Privada, mas os meninos estão bem, crescem livres, em total contacto com a natureza, como sempre imaginei.
- Mas já desististe de ter 6, ou não?
- Sim, acho que sim, se as circunstâncias fossem outras, se ele mudasse, se …
- Se não tivesse acontecido o 25 de Abril…
- Aposto, que nem tu tinhas equacionado isto.
- Claro que não, o Alberto sempre foi uma mosca morta, quem imaginaria que ela ia despertar para o sexo quase aos 40?
- Elas aqui até os violam, tu não percebes, é muita mulher, muita viuva, muita divorciada...
- No fundo minha querida Didi, pensando bem, a ruralidade, a natureza tem essas coisas, tens que ler o Torga, o gajo não era assim tão burro, afinal ainda está bem actualizado.
- O Torga sempre foi um parolo.
- Pois, sugeria-te o Lobo Antunes, mas não estou a ver-te a espetar um par de cornos ao senhor vereador.
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coisas que ninguem lê
Vamos lá esclarecer as coisas, de uma vez por todas
Quando a jovem, ou não tão jovem, beija o príncipe encantado, ele transforma-se em sapo e não o oposto. Andam a enganar-nos há séculos, talvez por o conto ter sido escrito no dia 1 de Abril?
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histórias mal contadas
Férias II
- Javali estufado pá? Mais carne? Não estão fartos de carnes, churrascos, vinho? Não percebo para que é tanto comer, a toda a hora, fogo!
- Só os fracos se preocupam com o sistema do peso, com as calorias e castigam o seu corpo com tofus e outros vegetais, esperando subir ao céu onde embarcarão toneladas de costeletas de vitela e frango assado em forma de recompensa, só eles ignoram que Deus morreu.
- Zaratustra ?
- Woody Allen.
- A serio? Dele tenho uma ponte de dentes ondulada do dentista Vicent.
- Ah, desse prefiro os animais míticos.
- Sem penas.
- É isso….
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Assim comia Zaratustra
Que livres sois...
Acabou a escravatura, os dogmas não fazem sentido e portanto todos se podem considerar livres, no entanto a liberdade é apenas a adequação a uma profissão, a um local que já existe, a um hobby criado e regulamentado…
Liberdade é a simples adaptação ao mundo que os homens livres criaram, quem não se adapta é preso: numa cadeia, num escritório, numa casa, numa cama. Reflectindo bem, nem os primatas foram homens livres dependiam do sol, da chuva, da terra.
Adapta-te ao que tens, ao que fazes e serás um homem livre. Isto não serve, não pode servir, ou então há outro termo para além da liberdade.
Liberdade é a simples adaptação ao mundo que os homens livres criaram, quem não se adapta é preso: numa cadeia, num escritório, numa casa, numa cama. Reflectindo bem, nem os primatas foram homens livres dependiam do sol, da chuva, da terra.
Adapta-te ao que tens, ao que fazes e serás um homem livre. Isto não serve, não pode servir, ou então há outro termo para além da liberdade.
Se a liberdade de facto existisse, num ano de crise como o que decorre, seriam poucos aqueles que livres, escolheriam voltar ao trabalho.
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buaaaaaaaaaaaaaaaaa
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