sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Insolvência

Reúne o homem os homens, que riem e desprezam a crise, queixam-se de ganhar mal apenas, e isso nada terá que ver com a crise ou com o país, mas sim com o homem. Com o homem que sonhava novo equipamento, novas pessoas, aumentar ordenados, fazer acontecer, sonhava apenas.

O homem que aplicou tudo o que aprendeu na academia e na vida, que viu todos os seus recursos de aprendizagem esgotados.
Passavam os dias e os meses, os ordenados saíam das contas de um orçamento provisional esgotado. A contabilidade de custos dependia dos mapas de produtividade preenchidos minutos antes da chegada.

O homem olhava-os. Riam e troçavam: - se não está satisfeito mande-me embora e pague-me os direitos - e afinal era isto a matriz da parca macroeconomia?!
A cada reunião faziam menos. Pressentia-lhes no olhar cada vez mais bebida. Não havia garrafas a comprová-lo. Sobejavam espalhadas na escrivaninha do gestor, aterrorizado, numa gaveta, noutra, e até no armário da cozinha.

Quis fazer deles gente da arte, 5 anos de formação, nunca quis ganhar que não fosse para manter a estrutura activa, era uma empresa a médio-longo prazo.
Pagou sempre impostos, nunca apresentou prejuízo, nem sempre a tempo, houve que coordenar. Mas contratou e tratou com dignidade os homens. Foi a tribunal, perdeu e aceitou casos de pura inércia, porque tinha uma empresa.

O homem já não dorme, o homem vacila, o homem tem pena. Ninguém entende o homem, o homem é um comerciante, com capacidade, e, portanto, todos os seus actos são comerciais, mesmo quando o homem esmorece e chora.

Os anos da vida que agora se esgotam, a impotência que o cerca, a família que reclama, que assim, sem dar efectivamente dinheiro, não vale a pena ao homem tanta consumição.
Pega o homem nos livros, nos balanços, compara, risca, pensa. Tudo na cabeça ecoa.
Já não fala, assiste com o ar de quem vê passar a morte ao lado, num confronto directo com a vida.

Chamam novamente o homem a tribunal, todos o querem em tribunal no próximo mês, antes que não lhe restem senão cêntimos.


(Está bacoco? Não se integra no fantástico? Dá curiosidade de saber o que aconteceu ao homem? Deve ter falta de vírgulas, não? Não é um tema motivante? Acham que posso transmitir, sei lá, uma nova forma de ver as coisas, se conseguir que isto seja editado, tipo, dêem a humanidade aos empresários? Hum? Sejam honesto, se está tá merda , tá merda, faço outro).

12 comentários:

Anónimo disse...

Bota-te fora, trengo e azeiteiro bacoco!

Blimunda disse...

Não venderá. Não por falta de vírgulas mas por falta de fantasia. É de pobre, de perdedor. Um empresário que chora? Onde é que já se viu?

Blimunda disse...

O homem foi tantas vezes chamado a tribunal por ter ido à missa, suponho.

Privada, o bacoco disse...

Bute concorrer tbm, é assim, tens ke fazer um conto ou uma poesia, se ganhares sera integrado numa colectanea qualquer, podes ganhar um portatil, a mim dava-me jeito, apsar de ser um tsunami, lá dos amigos do engenheiro.

Tenho duvida se isto se pode considerar fanstastico, na minha optica pode, embora nao haja dialogos, nem narradores.

(se nao aborrecer publico o 2º capitulo)

Privada, o bacoco disse...

Oh anonimo tu a mim nao me enganas, seu sindicalista!

Blimunda disse...

Aborreces agora?!Amanda-te.

Bem se é para um portátele também concorro. O concurdo está aberto até quando? Está devidamente regulamentado pelo governo civil das letras?

Privada, o bacoco disse...

Acho ke nao esta regulamentado, é ate dia 30 de setembro.

A letra espaça a 1.5, as regras são as gerais, o envio é por email, eu mando-te isso já, não podes é ultrapassar 6 paginas no conto.

Privada, o bacoco disse...

Ah e tem ke ser fantastico ke é aí a minha duvida, entre o magico, o fanstatico...

Privada, o bacoco disse...

Ei pá voces nao ajudam nada, nao viram ali esgotado, duas vezes quase seguida?

Blimunda disse...

O que é que esgotou?

saphou disse...

Não acredito que todos os actos do desgraçado sejam comerciais: e casar, comer, amar, odiar, comprar um LCD lá para casa de um amigo que lho vendeu em segunda mão? Mictar, obrar....Mas temos Escritor em formação acelerada.

privada disse...

Pois compra para uso é um acto subjectivo não é? arghhhhhh, nao me fales nisso.
Um empresario não chora ! Um empresario é um cabrao neste país. Acho ke vou escrever assim directo, ele na hora da agonia final, acho ke de alguma forma tem direito a esse discurso, alias faltou-me esse discurso.


- Tu, tu mas quem foste tu, um cabrao para toda a gente, um cabrao.

Mas merda , ai colide com as historias mais do k velhas dos sociais democratas, que ainda escrevem neste país, tou nicado e vós não me ajudais.