segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Dos macacos II

Quando cercopiteco-de-colarinho-branco é apanhado em qualquer acto violador dos princípios que regem a convivência entre os primatas, faz um ar de amuo, mostrando-se muito indignado perante os outros símios que o rondam dias ou semanas a fio emitindo fortes gritos de indignação. Depois desta exposisão pública, o cercopiteco-de-colarinho branco é sujeito a um processo de intenções demorado, levado a cabo por macacos experimentados, mas ao fim de muito tempo a montanha tende a parir um rato. O cercopiteco abana menos a cauda por um período relativamente curto e retorna à sua vida. Por vezes ninguém o encontra, sequer. Vai para paragens mais amenas.
Uma subespécie muito comum entre os macacos nacionais, com caraterísticas cumulativas com o cercopiteco-de-colarinho branco e outras espécies, é o colobo-ratus. É um tipo muito comum. Indiferenciado. Caracteriza-se por ser o primeiro a abandonar o barco quando as coisas correm mal. "Quem eu? Eu nem o conhecia", "Está doente? Coitado, alguém tem que fazer alguma coisa por ele. Infelizmente estou muito ocupado". "Sente-se sózinho? Problema dele", seriam formas de exprimir em linguagem humana os seus grunhidos. Encontra-se por todo o lado. Normalmente cruza com a subespécie colobo-venha-a-nós. Ambos só são conhecidos pelo comportamento que assumem, de modo que devemos usar o método behaviorista para os detectar. A aparência extena é compatível com a de qualquer espécie de macaco.
(to be continued)

3 comentários:

Anónimo disse...

eu sou do tipo colobo-venha-a-nós

claras manhãs disse...

cada vez gosto mais desta descrição dos "macacos do nosso reino"
Isto é experiência negativa, que acontece a todos, raríssimos, os que não se integram nesse reino e se lixam, obviamente.

beijinhos

saphou disse...

obrigada claras manhãs, por tudo
beijinhos