sábado, 5 de dezembro de 2009

Don't Panic

Sou muito ignorante. Só hoje conheci o grande Porkito


Qual Hawai qual quê, borravam-se todos no mar de inverno da Nazaré!

Benjamim, porque te foste?

Ele fazia-me perguntas, umas atrás das outras, sobre a mora do devedor, sobre as diversas interpretações do art. 808º CC; com aquela melodiosa voz, dizia não concordar com o facto de o risco correr por conta do adquirente em caso de entrega, havendo reserva de propriedade; e bombardeava-me com dúvidas. Eu ia respondendo, ao que parece para seu contento, o que me fazia sentir inteligente, mas cada vez mais reparava na sua boca e nos seus olhos e naquela voz doce. Pediu-me se podia ter explicações em casa dele. Eu aceitei. Comecei a temer já no carro, porque o chauffeur espirrava constantemente e afirmava que os pais ainda estavam convalescentes da gripe A. Mas ele atraía-me tanto....
Sugeri que fossemos para minha casa, porque tinha mais livros, ele aceitou, mas pediu um Benuron à chegada. Engoliu-o num copo de água. Eu tinha um dilema: comê-lo entre o art. 793º e o art. 802 CC? Ou afastá-lo, para evitar o contágio? Estava cada vez mais apaixonada, ia arriscar...ele era tão atraente no seu metro e sessenta e cinco, tão jovem nos seus vinte e um anos....
Comecei a sedução: há duas teorias sobre a interpelação cominatória....
Acordei com um despertador ranhoso, ao som de uma marcha militar. O nosso amor em cima do Código Civil XXL, nas páginas da gestão de negócios, nunca se concretizou.
Só a mim!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

El comandante acaba de enviar sms de Paris, passo a citar

"Cidade linda. Povo de merda".

A minha mãe mata-me

O adolescente foi até Paris, já tinha apanhado a gripe A e já...foi para uma daquelas simulações inúteis das assembleias da UN que o presidente da ERC sempre acarinhou na Universidade. Representante de Cuba, que lhe coube em sorteio, foi adequadamente vestido com fato às riscas, gravata vermelha, chapéu e charuto. Não encontrei um uniforme à Fidel Castro na Zara. Colocou, contudo, umas medalhas e disse que ia dar show. Aliás, já tem fama, quer represente a Coreia do Norte, do Sul, a Austrália, ou a Rússia. Por isso o escolheram.
Uma representante das Honduras, na última assembleia em Braga, ficou impressionada porque cheirava tão bem, era tão bonito e falava com um tom tão superior de agressividade, que não descansou enquanto não conseguiu um grupo em que fossem todos ao cinema e ele se sentasse ao lado dela. Apesar da jovem ser modelo, ele declarou que era feia, tinha cara de cavalo, óculos de mosca e uma pronúncia horrível. Afastou a jovem promissora modelo Núria para sempre.

-O avião já partiu? Pergunta a avó preocupada
-Já partiu e já chegou, caso contrário o tipo estaria transformado em anjinho, respondo.
-Mas eu não o ouvi partir.
-Talvez porque o aeroporto fique a uns 20 km de distância?!
-Mas às vezes ouço os aviões a passar por aqui, e não ouvi o dele.
-Pois, mas esses vão para sul, Paris é para norte. Muito para norte, tão para norte que nunca mais el Comandante Castro deu notícias. E mantém-se incontactável.

Ouço passos de cavalo, será ele?

Três da manhã
Tudo escuro
Ouço passos
De cavalo,

É ele
O elefante
que dança
nos nenúfares

Depois de uma chinfrineira
No estábulo
Relinchou
porque é que
os dinamarqueses
preferem casar
com as tailandesas

Isto posto,
Adormeceu.
Eu acordei.
Mais uma vez
A insónia das três!

E mais logo é dia
de padres e padrecos
frades e fradecos
freiras e noviças.

A insónia das três
A insónia das três
A insónia das três

E acorda-me às 8,
uma hora depois
de eu adormecer
finalmente,
para me dizer

muito baixinho ao auvido:
Vou levar o teu carro à revisão.
Eu é que o vou rever!
O elefanvalo cavafante.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Estar com a mosca é comigo! Tudo para trás da fila






Vão buscar! E um show sem sexo explícito ou implícito

Os Canibais, Manoel de Oliveira (1988)

Diálogo ouvido através de telefone sob escuta em casa da ex-mulher de Sócgates, na Ceia de Natal de Dezembro de 2011

- Ó mãe, não gosto do pai.
- Não faz mal filho, come só as batatas.

Escapado da morte por trinchamento, Sócgates haveria de se tornar no maior e melhor rei de sempre, tendo casado no dia dos Reis Magos de 2012 com Diogo, actor, e restaurado a Monarquia a 1 de Dezembro do mesmo ano. A dinastia dos Pinto de Sousa foi longa, mais longa do que a espada de Dom Afonso Henriques, e o casal concebeu dois filhos por inseminação artificial e recurso a barrigas acrílicas de aluguer, patenteadas em Portugal, entretanto, país líder na tecnologia de ponta. Os infantes, Zézito e Dioguinho, vieram a matar o pai Sócgates, em 2040, no regicídio mais sangrento da história de Portugal, na Ceia de Natal, quando Diogo (mãe?) acedeu ao pedido dos filhos:
- Mãe, não gostamos das batatas.
- Então comam só o pai. E trincharam o rosbife muito mal passado Pinto de Sousa e comeram-no e nem lhes soube bem (para os parolos, informo que a segunda parte da frase é inspirada no grande Manoel de Oliveira).
O rei passou a ter o cognome, O Trinchado.
Nota do autor: sou um génio, orra! Internem-e!

Terão trilhado os Bee Gees em alguma gaveta na menoridade? Será um rito familiar? Porque é que este pensamento não me ocorreu na adolescência?

Lamento, mas a única solução para o Afeganistão

passa pela terraplanagem. O adolescente sugeriu isso aqui há dias eu fiquei chocada. Mas não há outra hipótese. Hoje, curiosamente, um especialista sugeriu o mesmo, em jeito de brincadeira, mas foi dizendo, que é como quem diz, não há solução à vista.
Já o grande Carlos Magno se havia lixado naquela zona. Os ingleses tramaram-se no Afeganistão, há cerca de 60 anos; mais tarde, os sovieticos foram arrasados com a cumplicidade dos Estados Unidos, o que é de uma ironia tétrica; agora, os soldados da NATO são carne para canhão. E continuam a ser enviados e ir, a morrer a troco de um ordenado atraente, não é certamente a causa que os motiva. Os taliban proliferam e Bin Laden floresce no Paquistão. A infeliz guerra decidida pelo idiota Bush Junior & Friends retirou as tropas do Afeganistão quando eram lá necessárias. É o caos, a prosperidade do ópio, o fanatismo levado ao limite. Se alguém tem solução melhor, sou toda ouvidos. Mas não sejam hipócritas, nem me venham com falsos moralismos. Terraplanagem, com o mínimo de danos colaterais.

Uma constatação e uma interrogação

Constatação:
Saphou, depois de estudos estatísticos validados pelo INE, confirmou que o blogger português tem uma característica única: não bloga aos fins-de-semana, feriados e férias. Nessas alturas coloca música ou fotografias, ou qualquer merdice para encher. Blogger português que se preza também só bloga no horário de trabalho e no computador da entidade patronal. Acaba o trabalho fecha a tasca virtual. Amanhã é outro dia.
Interrogação:
Saphou desejaria saber o que é que leva a humanidade em geral e os amigos, mesmo os mais íntimos, em particular, a nunca devolver um livro que pedem emprestado. É um fenómeno inexplicável porque o comodatário pensa sempre, ouso dizer diariamente até, em devolver o livro cuja restituição já lhe foi pedida dezenas de vezes. Quer mesmo devolver, mas há sempre um impedimento de última hora, um esquecimento permanente que se aloja em algum canto recôndito do cérebro.
Nunca empreste um livro a quem lhe pedir, ofereça-lhe um quando puder, a menos que se queira livrar mesmo do livro em causa, por exemplo, os últimos do Saramago ou os daquela serigaita que se plagia a si própria e tem a mania que é escritora, ou até os do Noddi. Também pode aproveitar a ocasião e oferecer esses livros no Natal ao seu patrão ou outro inimigo de estimação qualquer, ou como partida de Carnaval, lá mais para Fevereiro.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Já que estamos em maré de referendos,

acho que Portugal deveria referendar o guarda-roupa, o nome das renas e as barbas do Pai Natal. E estou a ser moderada, porque poderia propor o referendo do Pai Natal e da respectiva árvore que dão cabo da paisagem nacional: os Pais Natal de plástico pendurados em tudo o que é varanda e a trepar do prédio mais abjecto ao condomínio de luxo, não têm qualificação, com renas ou sem elas; o corte dos bebés pinheiros de Natal que, finda a festa, vão para a lixeira municipal, traduz-se num dos actos mais nojentos que conheço, só ao nível dos actos imputados ao nosso Primeiro, que tem nariz de Pai Natal, curiosamente, embora o feitio seja de Ebenezer Scrooge em todos os dias em que não é Natal.

Disse e Repito: 1 de Dezembro de 1640, ou de como não aprendemos com os erros

aqui. Arriba España!
Perdoem as gralhas, então não corrigidas, hoje também não estou para isso, tal como o Presidente do STJ, estão a chegar-me às bochechas demasiados papeis para ler para ontem.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Os Minaretes banidos: o desrespeito pela cultura e pela estética ganhou

Os 57% de suíços que votaram contra os minaretes estão mesmo bem é com as vacas, no estábulo, as Wanderhösen e os relógios de cuco.
Mas vamos mais longe, o que é que se pode dizer de um país que referenda minaretes? No mínimo, estética: zero; neutralidade: o tanas.
Aposto que se referendarem a vaca Milka a bicha vai a Presidente da Confederação, com a vantagem de não se poder pronunciar sobre sigilo bancário, nem qualquer assunto de interesse. O animal nem tuge nem muge. Daquelas tetas mecânicas só sai chocolate de segunda, que é para não dizer chocolate de merda. Proponho a vaca Milka como o mais elevado símbolo da Suíça. Uma vaca Milka e, como brinde, um relógio de cuco, em cada lar, aldeia, vila, cidade, e sempre em lugar de destaque, para dizer com a paisagem. No Natal, com iluminação de deslumbrar qualquer parolo lá das montanhas a pique.
Eu até respeitava os suíços, apesar de serem uns chatos do pior. Agora só respeito 43%, sobretudo os da zona italiana, os únicos que são uns castiços e têm que gramar os outros e a sua mania da superioridade.

Nunca se sentia só

Os ácaros não o deixavam.

I gott'a feeling

Black Eyed Peas.

Talvez sirva para vender mais "Magalhães". É uma expomagalhães para grossistas, e eles a pensar que gozavam a estadia e não pagavam nada

O Sócgates tem tudo pensado. É como as vendas de timesharings: venha-nos visitar que recebe um faqueiro da Fátima Lopes e um conjunto de louça de António Tenente. O Magalhães é a Face Oculta da Cimeira, resta saber se há algum sucateiro electrónico por trás da coisa.


O primeiro-ministro, José Sócrates, fez da sua primeira intervenção na Cimeira Ibero-Americana «um momento de promoção» do computador Magalhães, presente na mesa de trabalho dos 22 Chefes de Estado e de Governo.
Durante mais de cinco minutos, Sócrates apresentou o Magalhães como sendo «o primeiro grande computador ibero-americano», dizendo mesmo que é uma «espécie de Tintim: para ser usado desde os sete aos 77 anos».
«Não há um computador mais ibero-americano do que este, desde logo porque se chama Magalhães - e não há nome mais ibero-americano do que Magalhães», disse, acrescentando que todos os seus assessores usam diariamente o Magalhães para o seu trabalho.
FONTE:
Portugal Diário