quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Já que estamos em maré de referendos,

acho que Portugal deveria referendar o guarda-roupa, o nome das renas e as barbas do Pai Natal. E estou a ser moderada, porque poderia propor o referendo do Pai Natal e da respectiva árvore que dão cabo da paisagem nacional: os Pais Natal de plástico pendurados em tudo o que é varanda e a trepar do prédio mais abjecto ao condomínio de luxo, não têm qualificação, com renas ou sem elas; o corte dos bebés pinheiros de Natal que, finda a festa, vão para a lixeira municipal, traduz-se num dos actos mais nojentos que conheço, só ao nível dos actos imputados ao nosso Primeiro, que tem nariz de Pai Natal, curiosamente, embora o feitio seja de Ebenezer Scrooge em todos os dias em que não é Natal.

Disse e Repito: 1 de Dezembro de 1640, ou de como não aprendemos com os erros

aqui. Arriba España!
Perdoem as gralhas, então não corrigidas, hoje também não estou para isso, tal como o Presidente do STJ, estão a chegar-me às bochechas demasiados papeis para ler para ontem.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Os Minaretes banidos: o desrespeito pela cultura e pela estética ganhou

Os 57% de suíços que votaram contra os minaretes estão mesmo bem é com as vacas, no estábulo, as Wanderhösen e os relógios de cuco.
Mas vamos mais longe, o que é que se pode dizer de um país que referenda minaretes? No mínimo, estética: zero; neutralidade: o tanas.
Aposto que se referendarem a vaca Milka a bicha vai a Presidente da Confederação, com a vantagem de não se poder pronunciar sobre sigilo bancário, nem qualquer assunto de interesse. O animal nem tuge nem muge. Daquelas tetas mecânicas só sai chocolate de segunda, que é para não dizer chocolate de merda. Proponho a vaca Milka como o mais elevado símbolo da Suíça. Uma vaca Milka e, como brinde, um relógio de cuco, em cada lar, aldeia, vila, cidade, e sempre em lugar de destaque, para dizer com a paisagem. No Natal, com iluminação de deslumbrar qualquer parolo lá das montanhas a pique.
Eu até respeitava os suíços, apesar de serem uns chatos do pior. Agora só respeito 43%, sobretudo os da zona italiana, os únicos que são uns castiços e têm que gramar os outros e a sua mania da superioridade.

Nunca se sentia só

Os ácaros não o deixavam.

I gott'a feeling

Black Eyed Peas.

Talvez sirva para vender mais "Magalhães". É uma expomagalhães para grossistas, e eles a pensar que gozavam a estadia e não pagavam nada

O Sócgates tem tudo pensado. É como as vendas de timesharings: venha-nos visitar que recebe um faqueiro da Fátima Lopes e um conjunto de louça de António Tenente. O Magalhães é a Face Oculta da Cimeira, resta saber se há algum sucateiro electrónico por trás da coisa.


O primeiro-ministro, José Sócrates, fez da sua primeira intervenção na Cimeira Ibero-Americana «um momento de promoção» do computador Magalhães, presente na mesa de trabalho dos 22 Chefes de Estado e de Governo.
Durante mais de cinco minutos, Sócrates apresentou o Magalhães como sendo «o primeiro grande computador ibero-americano», dizendo mesmo que é uma «espécie de Tintim: para ser usado desde os sete aos 77 anos».
«Não há um computador mais ibero-americano do que este, desde logo porque se chama Magalhães - e não há nome mais ibero-americano do que Magalhães», disse, acrescentando que todos os seus assessores usam diariamente o Magalhães para o seu trabalho.
FONTE:
Portugal Diário

Rais Parta a inutilidade suprema,

a Cimeira Ibero-Americana, nem sequer Hugo Chávez y sus muchachos lá estão! É só despesa para nós e ostentação inútil para o abjecto Primeiro. Para os participantes, é uma escapadinha de três dias, com tudo incluído. Podem ser que sejam poupados à fdp da gripe A.

domingo, 29 de novembro de 2009

A culpa é do Privada

Colocou a quinta à venda e disse que ia abrir um Café com a Amélia. Entusiasmei-me. Abri um Café sozinha, já que o Cris não quis que eu fosse sócia. Passei o dia a cozinhar. De madrugada, tinha grande reputação e menos de metade do dinheiro investido. Passei o dia naquilo. Esturriquei hamburgers, fiz bolo de morangos, tarte de abóbora, pêras caramelizadas, ainda tenho um peru no lume, ficou a assar toda a noite. Quando me deitei, doíam-me as costas, os dedos, os pulsos e choravam-me os olhos.
Não admira que tenha sido chamada a Belém. O Senhor Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, estava furioso comigo. Que eu não cumpria os meus deveres de cidadã responsável, que passara o dia a brincar com joguinhos de crianças, que tivesse juízo e deixasse de imediato o CafeWorld. Eu protestei, que era fim-de-semana, que não tinha que se meter na minha vida pessoal, que ainda estava convalescente, que não me podia falar como pessoa que se conhece de longa data porque nunca me fora apresentado mas apenas como representante institucional e que o Estado não tinha nada que ver com os meus hobbies.
Aí, ele passou-se e puxou-me a gravata a ponto de me esganar. Acordei sobressaltada. Devo estar mesmo mal para sonhar com o Senhor Silva! E ainda tenho que ver se o peru não esturricou.

sábado, 28 de novembro de 2009

As Saphous e os Saphous (até mesmo o cão que uiva e passou a ladrar) gostaram de ver o campeonato da 2ª circular,

tudo cabisbaixo, nem um golo para aquecer. Os verdocas, moralizados por terem vencido aos Pescadores da Caparica, aguentaram-se, e os voadores baixos são a única equipa das ditas grandes deste pequeno país que ainda não ganhou nada mas já perdeu uma Taça. Provaram que não são "invencivéles, em jorgês. Os dragões agradecem a falta de emoção e os bracarenses também. A Capital ficou mais deprimida. Aquela coisa é um derby? Então eu sou uma majorete da Sagres.
De qualquer modo, Mister JJ, fica-lhe mal culpar a relva, afirmando, em jorgês:" Este relvado não proporciona qualidade de jogo". Afinal, a culpa de estar em 11º não é do SCP, a ser coerente na sua argumentação, os verdocas têm contra eles é o factor relva sempre que jogam em casa.
Suponho que o relvado de Guimarães também não tenha agradado a Vexa, porque só proporcinou qualidade de jogo para um dos lados, o do grande emotivo Vitória de Guimarães.

Poesia Concreta

Augusto de Campos
clique na imagem para aumentar, se lhe aprouver

Crónica de VPV


Portugal por uma pena
Por Vasco Pulido Valente (Público, 28/11/09)

Os deputados são eleitos pelo povo e, em boa teoria, só o povo os pode punir e de uma única maneira - não votando neles na eleição seguinte. A liberdade é essencial ao cumprimento do seu mandato e à dignidade da sua posição soberana. Sucede que nunca ninguém respeitou os deputados portugueses. Suponho que em parte pela sua origem. Escolhidos pelo chefe ou pelo "aparelho" não devem nada, ou quase nada, a si próprios. Podem, por isso, ser tratados sem cerimónia como pessoal menor. Por outras palavras, com arrogância e com desprezo. Quando estive na Assembleia (seis meses depois do "cavaquismo"), as "condições de trabalho" (que, de resto, não existia) eram vexatórias. Mas ninguém parecia incomodado e muita gente parecia feliz. Talvez pelo título ou pelo dinheiro (aliás pouco), que ganhava na ociosidade.
No tempo em que os frequentei, estes "pais da Pátria" tinham um grande interesse: explorar até ao fim os pequenos privilégios, que o Parlamento lhes dava: viagens (com, ou sem, o chamado "desdobramento"), faltas justificadas por uma alegação inverificável e ambígua, duplo emprego e misérias do género. Havia faltas, claro - como já não havia, por exemplo, na universidade. Mas só formalmente. Com a consumada desvergonha indígena, bastava assinar um livro, guardado por uma secretária ou um contínuo, para estabelecer a presença, em princípio obrigatória, a qualquer sessão. A seguir, cada um ia à sua vida ou, se ficava em S. Bento, ficava a fazer horas pelas bancadas, lendo ou conversando. Tudo aquilo funcionava como funcionaria uma escola secundária indisciplinada e barata.
Agora, Jaime Gama, que - segundo corre - alimenta ambições presidenciais, resolveu pôr a casa na ordem. Com um cargo essencialmente simbólico, não lhe assiste qualquer autoridade para essa operação. O que não o impediu de perorar sobre os "deveres parlamentares", nomeadamente sobre o "dever de assiduidade", de exigir um "visto" oficial para certos tipos de faltas (não ao plenário, evidentemente) e de proibir certas benesses muito apreciadas (o "desdobramento" de algumas viagens, em primeiro lugar). Perante isto, o Parlamento (incluindo o grupo socialista), que sempre obedeceu sem mugir nem tugir aos chefes dos partidos, teve um sobressalto e uma revolta. Votar como lhe mandam não ofende a deputação do país. Prescindir da hipocrisia, da trapalhada e da borla não admite. A história é triste. É Portugal por uma pena.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Saphou abre a caixa de Pandora

Estavam à espera de quê?

Hemisfério Norte

Piso a palavra em quadrados da escrita
Piso de raiva os sonhos caídos da puta da vida
Piso o vómito na entrada do bar
Piso as sombras
Piso a rima mais a beata devota
Piso os sistemas capitalistas
Piso o plágio
Piso o G20
Piso a pena de morte
Piso a escória do fútil

Excelente! Digna de ser publicada em Diário da República, esta rebelião enQUADRADA de Hemisfério Norte.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Companheiros solitários permanentes há seis dias, apesar de separados por dezenas de portas

Eu já uivo
E o cão chora

Da arte de quebrar feitiços, transmitida por gerações e gerações via paterna

Naquele torpor do adormecer, Saphou vira-se para um lado e para o outro. Não está confortável em posição nenhuma. Será da febre?
De repente está na quinta, a tratar dos animais, mas ao apanhar os ovos de 15 galinhas, o seu cérebro transforma-se. Começam a crescer flores, que vêm muito de dentro e estão prontas a ser colhidas. Mas não são umas flores quaisquer, são uma espécie de plumas, feias, todas do mesmo tamanho, a cabeça tem a aparência de uma seara de centeio. Ter-se-á transformado num galináceo? As teias também não a deixam ver muito bem. Cacareja. O cão separado por dezenas de portas uiva. Má sorte, diz o povo.
Nessa altura, ouve uma voz que lhe diz que foi embruxada por alguém com poderes idênticos ou mais fortes dos que arrumaram com CR7 que agora é CR9.
-Usa a fórmula, usa a fórmula, repete a voz ao longe.
Num esforço de memória, a pouca que lhe resta, começa mentalmente a lengalenga que tantas ouviu da voz marota do pai:
"Eu te benzo,
Eu te talho
Com três palhas alhas
Com três peidos
Dados pela Rita Marmalhas,
Um meu,
Outro teu,
Outro de Maria Gabriela,
Merda para ti,
Merda para ela"
Seguem-se eructações e outras formas de libertar flatulência.
Acorda de vez, excitada pela febre, ou porque bebeu água a mais, muitos líquidos, recomendou o médico, não sofre da próstata como o Privada, nem são seis da manhã.
Micta litros, volta para a cama. Porra, não resultou, continu embruxada, agora sujeita a ser excomungada. A febre mantém-se. É melhor tomar um Benuron, de preferência do xarope que ainda tem, antes que o retirem do mercado, só porque não é cor-de-laranja, tem o tom mais outonal, para o castanho. Os tipos do PS e o nosso Primeiro estão metidos nisto, pela certa.
E o sono continua cheio de sonhos estranhos de que não se lembra e acorda às 6 horas e ponto para ir mictar. O Privada tem poderes. Até o tipo de letra mudou e não sabe como voltar à letra antiga.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A teia do Privada, tão real que é acrílico, estou toda enredada


Receitaram-me o Tico, já que os medicamentos não resolvem o problema

Homem, 21 anos de idade, otima aparencia 1, 89 altura 86kg. Não musculoso, otimo portugues, não fala girias, estudante universitario, alto nivel, atende abc paulista, grande sp, e interior de sp também, disponibilidade para viajens nascionais e internascionais. Ingles em andamento. Preferencia por mulheres mais velhas.
Mas para quê o Tico gigolo, com o custo acrescido da viagem internascionau, quando a oferta gratuita excede largamente a procura? As quarentinhas e quarentonas são muito desejadas. Então com aliança, upa, upa.