domingo, 13 de fevereiro de 2011

Farta!

Grito,
Mordo
As palavras.
Arranco
Os cabelos.
Parto
A louça,
Bato com
As portas.
Arranho
As mãos
De apertar
Os punhos.
Tanta é
A Raiva
Que acorda.
Um vulcão
Entrou em
Erupção.
Toda tremo
Por dentro,
A implosão
Gerou
A explosão,
Toda tremo
À superfície.
Não fossem
Estas dores,
Saía pela noite
A mais de
200 Km
Por hora,
Até cair
Num abismo,
Para sair
Deste,
Ou bater
Numa parede,
Para me libertar
Destas,
Com os seus
Olhos
Ouvidos
E bocas
Mesquinhas
Assustadoras
Mortíferas.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

تهاني مصر / Congratulations Egypt!


 
Egypt, accept my love, hope and admiration, and don't forget the student that posted a comment on facebook, that created a chain reaction of millions....Now is time to celebrate, but democacy will take its time...don't let it dye before it is born in the difficult path towards its achievement: democracy, the best of all bad political systems.

Uma rosa para Mofina

As palavras estorvam, deixo-te uma rosa, para que saibas que estou contigo e com JG em pensamento e emoção.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

The Promise

“Love comes when manipulation stops; when you think more about the other person than about his or her reactions to you. When you dare to reveal yourself fully. When you dare to be vulnerable.” Joyce Brothers





Haikus para Funes/Haikus for Funes

Nariz entupido
Sobre Cavaco
Melhor calado


Without flowing wine
How to enjoy
Presidential Beauty?

Coincidência criativa

Acordo com um olho desfocado. Chateia-me ter o olho desfocado.
O mundo, porém, não parece compreender isso. Indiferentes ao meu olho desfocado, os telejornais continuam a debitar reportagens sobre multidões à calhoada no Egipto e sobre uns ventos que sopram a trezentos à hora na Austrália. Como se essas notícias fossem mais importantes do que o meu olho desfocado! Como se o devessem ser!
Ninguém quer saber do meu olho desfocado. É porque dormiste demais, com o olho na travesseira.
Incomoda-me que ninguém queira saber do meu olho desfocado.
Como podem não querer saber? Como podem ficar indiferentes ao meu olho desfocado? Como podem não sofrer comigo o que eu sofro com o meu olho desfocado? Como podem continuar a viver felizes, sabendo que tenho o olho desfocado?
Hoje, os blogs vão encher-se de posts sobre as merdas que o Google coloca na sua página inicial em cada dia. Há gente que pensa que não temos acesso à página inicial do Google.
Acordo com o olho desfocado. Chateia-me ter o olho desfocado. 
E não há info-excluídos neste país. Todos se deviam centrar no meu olho desfocado. Se têm de entregar a declaração de IRS pela net, mesmo que nunca tenham visto um computador, ainda que desfocado, deviam centrar-se na tristeza que sinto com o meu olho desfocado. 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Superbowl Halftime Great Show : Black Eyed Peas

aconselha-se full screen

O que se está a passar no Egipto e no mundo árabe, em geral, é fascinante

Tantas tiranias a cair como um dominó, umas de forma violenta, outras de forma negociada, e por razões complexas, umas comuns, outras específicas do país. Mubarak está a agir de forma muito inteligente mas, no seu leito de morte, já não poderá dizer a Gamal:
-Achas  gostam de mim filho e que sentirão a minha falta?
-Por si até pedras comem, meu pai.
-Se eles por mim comem pedras, nacionaliza as pedreiras meu filho.


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Vamos a um debatezinho?





Sei que o fim de semana não é muito bom para estas coisas, mas lá calha.
Tirado do blog Hello Sailors, fotografia incluída, vejam este vídeo, sobre uma tribo no Amazonas que era desconhecida até então. Ver aqui.

A doce laranja amarga deixou um comentário e penso que é um bom começo para saber o que pensam.

Isto levanta uma quantidade de questões, que não sei bem aflorar aqui.
Deixá-los como estão, evidentemente.
Levar-lhes a "civilização" para terem opção de escolha?
Os filhos o que prefeririam?

Vou resumir uma história passada em Moçambique no tempo do colonialismo, que ouvi uma vez contar:

Na aldeia não havia água. As mulheres tinham de percorrer cerca de 15 quilómetros para a ir buscar e outros tantos para voltar.
Então os portugueses, podiam ter sido quaisquer outros, resolveram fazer um poço na aldeia e assim poupar as coitadas das mulheres.
O chefe da aldeia (sei que não são estes os termos correctos) não queria nem ouvir falar do maldito do poço.
Dizia ele, que só traria problemas à comunidade. As mulheres nada teriam de fazer durante todo o dia, irriam começar as brigas por terem de se ocupar com qualquer coisa.
O poço foi feito.
Fez-se bem? Fez-se mal?

É esta a dualidade da nossa "civilização"





A Poison Tree, by William Blake

I was angry with my friend:
I told my wrath, my wrath did end.
I was angry with my foe:
I told it not, my wrath did grow.

And I watered it in fears,
Night and morning with my tears;
And I sunned it with smiles,
And with soft deceitful wiles.


And it grew both day and night,
Till it bore an apple bright.
And my foe beheld it shine.
And he knew that it was mine,


And into my garden stole
When the night had veiled the pole;
In the morning glad I see
My foe outstretched beneath the tree.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Hoy huele a merengue

-Habrá leche merengada?

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

É uma emergência, abre e vai até ao fim

Questão filosófica do dia: Liedsen, pois claro

Porque é que uma administração de gestão, liderada por um cotonete, vendeu o levezinho Liedsen pelo preço de uma lufada de ar? Mais parece uma doação mista.
No nosso momento Oprah,  oferecemos conjunto de marca a quem acertar na resposta. Este é hoje o caso mais misterioso de Portugal, por isso não se abalancem sem rede, a questão é de grau de dificuldade cinco, numa escala de um a cinco. E o outfit é Prada, mais caro que o passe do levezinho.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Don't forget to edit a recipe in foòdista

Aqui, coloque a sua receita preferida, não há o perigo de a foòdista ser censurada em feedista, como o saudoso Rexina ou não saudoso Opel um número qualquer. A Foòdista assume-se de início na net como uma Rexona ou um Opel Ascona na first life.(cada vez mais second) Na Foz do Doiro, também há uma Fooding House, que não consta do English Oxford Dictionary, muito acolhedora, apetitosa e bem frequentada, podendo inclusive VExa apreciar tapas cá fora, ao quentinho, em plena invernia, situa~se na esquina da R. Marechal Saldanha com a R. do Cafeína e do Clube Chocolate.

Poesia comestível -Pastrami, by Saphou

Poesia concreta/visual poetry - cuema by Fernando Aguiar

Sobre Fernado Aguiar, leia, não continue um pateta ignorante

sábado, 29 de janeiro de 2011

Jayme Yen: visual poetry

Terá comido os brioches?

Ricardo Araújo Pereira: sobre o terrorismo em Portugal

Crónica de Ricardo Araújo Pereira sobre o terrorismo em Portugal (fonte: aqui)
Clique para ampliar "Terrorismo é uma coisa, estupidez é outra"

"Os serviços secretos de Espanha andam a brincar connosco. Há uns séculos, os espanhóis levaram uns bofetões de uma profissional da indústria da panificação, e não deve passar um dia em que não pensem na vingança. Na semana passada comunicaram-nos que a Al Qaeda ameaça praticar actos terroristas em Portugal. E nós, parvos, acreditámos. Até onde chega a credulidade dos portugueses... Primeiro acreditámos no Sócrates, e agora nos espanhóis. Há que aprender a lição.

Como é evidente, só um terrorista muito estúpido é que vem exercer a profissão para cá. Com a vigilância que existe, hoje em dia, nos aeroportos, os terroristas só podem entrar no País de carro. E vir andar de carro para as nossas estradas é das decisões mais obtusas que uma pessoa pode tomar. É verdade que eles são suicidas, mas não exageremos. Vai uma grande diferença entre ser suicida e ser burro.

Por outro lado, os terroristas que tiverem a infeliz ideia de entrar no País terão de construir a bomba cá. Não se faz uma viagem Paquistão-Portugal com um engenho explosivo debaixo do braço. Há que ir a uma loja comprar peças. E é aqui que as chatices começam. «Esta peça, só mandando vir do estrangeiro, chefe. Daqui a duas semanas mete-se o Carnaval, por isso agora só em Março.»
Se o explosivo levar combustível, pior ainda. Eles que vejam o preço a que está a nossa gasolina, a ver se continua a apetecer-lhes rebentar coisas. É muito fácil apanhar terroristas em Portugal. São os tipos de turbante que estão nas bombas da Galp a chorar. Os que lá andam a chorar sem turbante somos nós.

E depois temos as contingências inerentes a uma actividade tão perigosa como é o fabrico de um engenho explosivo. O terrorista corre inúmeros riscos, o maior dos quais é ir parar a um hospital português. Basicamente, o sistema de saúde português oferece-lhe três hipóteses: pode morrer no caminho, pode morrer na sala de espera e pode morrer já dentro do hospital. É certo que o esperam 71 virgens no Paraíso, mas aposto que, para morrer num hospital português, o terrorista fica em lista de espera até as virgens serem septuagenárias, altura em que a virgindade perde muito do seu encanto.

Quando, finalmente, os terroristas conseguem reunir condições para construir a bomba, o prédio que tinham planeado mandar pelos ares já explodiu há dois meses, ou por mau funcionamento da canalização do gás, ou porque o esquentador de quatro ou cinco condóminos está instalado na casa de banho. Portugal pode ser um bom destino turístico, mas para fazer terrorismo não tem condições nenhumas."