terça-feira, 17 de novembro de 2009

Três da manhã. Hora fatídica

Ela acorda invariavelmente às três da manhã. Hora a que ele, como um elefante a pisar um salão de dança, se vai deitar. As luzes ligam e desligam, vezes sem conta, caem os objectos mais improváveis, tropeça no inimaginável, as portas rangem dezenas de vezes. Ele, finalmente, deita-se. Adormece de imediato. Ela levanta-se, esperam-na, pelo menos, três longas horas de insónias. E amanhã tem que trabalhar cedo. Mais uma semi-directa. O número de comprimidos para dormir permitidos já foi esgotado. Terá que ficar à espera (ironicamente, título de um livro que a impressionou, de um autor chinês cujo nome não recorda). Para acalmar e preparar mais um longa noite acordada, vai fazer um chá, pode ser de verbena desta vez. O mosquito está ali, agarrado ao estore. Observa-o. Não tem as pernas traseiras para cima. Será dos que picam? Pouco provável. Na dúvida, leva uma traulitada e cai esmagado.
Seremos mosquitos do Universo?

7 comentários:

Privada disse...

Excelente insónia! Excelente 5 points!

Blimunda disse...

As outras diziam que era bem bom, as tantas da manhã. Mas eu não concordo. Deviam proibir os elefantes de dançar às três da madrugada.

Mofina disse...

Tantas insónias para uma só noite!

Bom dia...

Privada, o bacoco disse...

:-)))))))))))))))
Elefantes a dançar às 3 da madrugada :-)))

saphou disse...

Por acaso estive para colocar essa música, as Doce, a seguir ao post.

Anónimo disse...

E não haverá ninguém que mande um pisa-papeis à cabeça do elefante?

saphou disse...

:)Boa ideia Marta.