Na orla do vento movem
Seus corpos mortos as folhas.
E ora das folhas choram,
Ora onde inertes não movem
A chuva de Outono molha-as.
Não há no meu pensamento
Vontade com o que pensar,
Não tenho neste momento
Nada no meu pensamento:
Sou como as folhas ao ar.
Mas elas certo não sentem
Esta mágoa inteira e funda
Que os meus sentidos consentem.
Nada são e nada sentem
Da minha mágoa profunda.
Seus corpos mortos as folhas.
E ora das folhas choram,
Ora onde inertes não movem
A chuva de Outono molha-as.
Não há no meu pensamento
Vontade com o que pensar,
Não tenho neste momento
Nada no meu pensamento:
Sou como as folhas ao ar.
Mas elas certo não sentem
Esta mágoa inteira e funda
Que os meus sentidos consentem.
Nada são e nada sentem
Da minha mágoa profunda.
(Fernando Pessoa)
10 comentários:
Então o que é isso? Citando Pessoa às 13:36?
Foi do turno.
O turno inspira-te?
Viu as freiras ou o frade?
Vou pregar para outra freguesia. Portem-se bem, rezem umas glórias e até mailogo!
Freiras, frades, padres e madres.
Mais meninas e meninos de coro.
...e comadres mais compadres.
Saphou, falta-nos disciplina, acho eu.
Ele diz e muito bem,
Que os meus sentidos consentem.
Se a malta não consentir, passa a ser falso que
Nada são e nada sentem
Da minha mágoa profunda.
Sonhos. Mas de sonhos vive o homem, né?...
Que chatice, a natureza humana.
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