quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Oh les lumières

“Enfim, os franceses proclamaram-se todos iguais nos seus direitos, e também nas suas vestes, e a cambiante no tecido ou a diversidade nos trajes deixou de ser distintivo das condições sociais.

Como então reconhecer-se no seio desta igualdade? Por que traço exterior distinguir a classe de cada indivíduo?
A partir dali, estava reservado à gravata um propósito novo: ela nasceu para a vida pública, conquistou importância social; foi chamada a ressuscitar os matizes integralmente apagados do vestir, converteu-se no sinal pelo qual se distinguiria o homem digno deste nome do homem sem educação.

Porém, teria mil vezes mais prazer em ser o glutão dos glutões do que de não ter nenhum traço distintivo em termos gastronómicos; nada é mais penoso do que ser igual a todos os demais.

Um escritor absurdo, mas excessivamente absurdo, alcança mais mérito aos meus olhos do que um escritor medíocre, do que um autor como qualquer um pode ser. O absurdo em excesso é o génio da asneira. Em gastronomia, dá-se o mesmo com a glutonaria.”


Ohhhhhhhh très bien Monsieur Balzac! Très bien! Clap Clap clap
Bonjour SEC XXI
In Do Vestir e do Comer

3 comentários:

Blimunda disse...

Eh pá, e vocês a darem-lhe com o Saramago, fogo! Calem-se lá com essa treta! Já não há cu que aguente tanta repetição. E nem te atrevas a dizer que não falaste do homem, que eu bem vi que falaste, ouviste? Ai o menino! Que lata, ainda por cima me vir-me pedir para interceder junto da Saphou, que a ama, que não pode viver sem ela e... e eu, e eu? Não sou ciumenta mas também quero.

Blimunda disse...

Privada, acorda lá a Saphou senão ainda se me dá um treco à Mofina, pá. Fazem-me cada saramaguice estes gajos, valha-me Deus! Poema da Auto-Estrada da Mofina! Isso é que era bom! Como se ela não fosse muito superior ao Gedeão.

saphou disse...

Qual é o problema? Uma simbiose perfeita entre Gedeão e Mofina. Gedeão não se amofina.