Estranho modo de ser este que nos aglutina os sentidos e nos destina a existências que não conhecemos e, ainda assim, nos preenchem e nos entregam àquilo que sempre suspeitamos não ter perdido. Que vidas separadas são estas que tanto se tocam e se imiscuem nos seus mais recônditos jardins proibidos? Como se de nada se acurasse, cuida-se o sentimento, apartado pela distância euclidiana e, contudo, alcançável ao toque da mão que se estica procurando amparo e equilíbrio. Não poucas vezes me questiono sobre a sanidade deste querer, deste sentir. Sei que sou eu que assim me sinto, ainda assim, são eles que conseguem orvalhar a aridez da minha alma com a sua sabedoria e grandeza de espírito. A dor da solidão minorou-se quando me viram sem me olhar e pespegou-se-me a sede insaciável de lhes penetrar na vida que não tenho e que é deles mas que me doam como se doa um sorriso a uma criança. Sei que vos tenho enquanto me quiserem. Sei que sou vossa enquanto mo permitirem. Estarei convosco para onde fôr e ver-vos-ei na beira das estradas que palmilhar. Limparei as lágrimas que se soltarem sabendo que é vossa a dor que me acanha o peito mas levantarei os olhos sem demora porque sei que vos terei quando acordar.
7 comentários:
Xiça, até se me entope a torneira.
Sem palavras, babada em choro e ranho.
Comovida com a beleza da escrita e a ternura da mensagem...genial!
:):(
Dass :(:)
Cá te esperamos. E nao penses k te livras de nós, cada cena k vejas, vais logo pensar fazer um post divertido e tal :-)()))))) Foi uma mezinhas ke ontem fizemos.
hi hi hi
Oh um grande beijo Bli
Oh Mofina, anda cá ver isto!
Cum caraças! Hoje não saio daqui. Quero ver quem vai organizar os papéis todos antes de sair, quero, quero!
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