A "Radiohead Revolution" marca o início do fim do poderio da indústria discográfica em matéria de direitos de autor e direitos conexos. A banda colocou o seu álbum In Rainbows on line para downloads gratuitos, com a frase de marketing notável "pague o que achar que merece". Os Radiohead arrecadar somas muito superiores ao 0,99 cêntimos por canção no mercado virtual (preço praticado pelas lojas on line) e ainda foram nº1 do top de vendas no mercado físico de CDS no Reino Unido. Os Radiohead demonstraram o que grande parte da doutrina vinha afirmando: criminalizar o download privado e, ainda por cima, cercá-lo de medidas tecnológicas, cuja retirada também é crime, não é a solução. Uma cópia pirata não é uma cópia perdida e a indústria discográfica tem que mudar a forma de fazer negócio em vez de querer mandar qualquer utilizador privado para a cadeia, por tudo e por nada, e sem resultados em termos de retorno monetário. Todos sabemos que se fecha uma P2P, abre outra de imediato. Vão emtupir os tribunais? Não esqueçamos que há uma grande hipócrisia porque muitas vezes as editoras são multinacionais que no departamento de hardware colocam os dispositivos que permitem as cópias, desde os leitores de MP3 aos CDs virgem, passando pelos telemóveis, etc....e esquecem, como convém, o negócio altamente lucrativo dos phone ring tones. Nunca nenhuma outra indústria viveu tanto à custa dos direitos de autor e dos dos direitos conexos, e nunca uma indústria se vitimizou tanto face ao utilizador e fez tanto lobbying junto das Instituições Comunitárias. A crise desta indústria, veio a demonstrar-se ex abundanti, não se deve às P2P, mas ao facto de não saberem fazer o negócio no ambiente digital. O CD tem que ser um objecto de culto e o download privado deve ser descriminalizado. Os royalties devem ser cobrados em função da publicidade da página.
Os Radiohead deram o pontapé de saída...Curioso que a reacção tenha vindo dos próprios titulares de direitos, também eles já fartos dos intermediários que ficam com a grande fatia do lucro. Os utilizadores limitaram-se a continuar a fazer downloads e uploads, sem ter qualquer remorso ou consciência de estar a cometer um crime punível com até 3 anos de cadeia.
A tendência continuou e muitos se lhes seguiram. Mas eles deram o pontapé de saída. Bem hajam Radiohead!
2 comentários:
Ei tavas aí, eu sabia, eu nunca, nunca estou só.
Tava, Fui...Pego às 18 h.
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