quinta-feira, 28 de maio de 2009

Por onde me perco

Recostei-me numa rocha mesmo à minha medida, com o sol quente do entardecer ainda alto. O mar estava revolto, branco azulado, a espumar contra tudo o que lhe aparecia. Sentia os salpicos da água salgada que batia contra os rochedos mais baixos. No meu poiso sobranceiro, podia estar descansada. Fechei os olhos e relaxei muitos e muitos minutos. Talvez mais de uma hora.
Finalmente, fartei-me da imobilidade e decidi que a luz estava excelente para tirar fotografias com o meu telemóvel de segunda parcialmente espatifado. Queria captar mesmo o momento da água a bater contra a rocha e o splash da espuma branca azulada a espalhar-se por todo o lado. Tentei uma e outra vez. Aventurei-me. Desci e fui mais para a frente. Mesmo quando consegui, apanhei com uma onda nas pernas. Calças de ganga rotas e molhadas, sapatos ensopados, comecei por decidir sentir a areia nos pés, e fui-me descalçando. Depois, arregaçadas as calças, fui caminhando em todas as poças de água que encontrava, invulgarmente quente. Por fim, deixei-me de meias medidas. Decidi aproveitar, já que mais de metade da roupa já estava molhada, perdida por cem, perdida por mil. Dei o meu primeiro mergulho do ano, assim mesmo, com roupa e tudo. Foi magnífico!

6 comentários:

mac disse...

O Mar é coisa única

rps disse...

... mas isso dá pra morrer, com uma onde traiçoeira. Cuide-se.

jg disse...

Pois foi, tal e qual.
E eu, sou General.

Alter Ego disse...

Atum General
O único
Que foi roubado
E não faz mal

É a justiça deste país
Vasco da gama v. Ramirez

Privada, o bacoco disse...

pior foi depois descolar a roupa do corpo, usou tesouras e foi quando viu que todo o seu corpo estava roxo, roxo k o vestido já não tinha, o marido internou-a , o tribunal decide hoje se a devolvem ou nao à familia, boa noite seja bem vindo a mais um jornal nacional

Blimunda disse...

Que inveja, pá! O meu sonho é fazer isso, mas só com uma t-shirt branquinha, sem soutien e com um ajuntamento de galináceos machos à beira mar a correr atrás das próprias cabeças. E eu a perder-me de tanto rir. Mas dizem-me sempre que não posso, que não fica bem.