sábado, 14 de novembro de 2009

O treinador da Bósnia

incentiva os jogadores a beijarem-se na boca. Será que esta táctica vai ser decisiva? É inovadora e revolucionária. Poderia sugerir outras, mas mais vale estar calada. Se a Bósnia ganhar, está explicada a causa.

Força Portugal! Todos concentrados no mesmo objectivo


Crónica da Semana de Ricardo Araújo Pereira

A argamassa alegórica dos muros metafóricos
Somos um povo de construtores civis da metáfora, de patos-bravos da figura de estilo - o que não tem mal nenhum
As carinhosas irmãs vicentinas que me educaram até à quarta classe suportaram o meu ateísmo sem o mais pequeno queixume. E suportaram-me a mim com o mesmo silêncio, o que é ainda mais notável. O facto de não terem tentado sequer convencer-me a fazer ao menos o baptismo revela um respeito tão firme pela liberdade religiosa que chega a comover-me. Por outro lado, pode dar-se o caso de não terem querido oferecer um sacramento ao pecadorzinho pertinaz que, sem dúvida nenhuma, perceberam que estava ali a despontar. Também comove: senhoras que viviam em reclusão, com pouca experiência do mundo real, conseguiam mesmo assim topar um selvagem aos seis anos. Mas, mesmo não tendo desperdiçado proselitismo que lhes fazia falta para salvar almas mais merecedoras da salvação, ainda assim ensinaram-me canções religiosas. Esta semana, recordei uma que se chamava Os muros vão cair.
É interessante quando certos pormenores da biografia do cronista se adequam ao tema tratado na crónica, não é? Ficamos com a sensação de que o tempo passa pelo mundo e pelo cronista do mesmo modo, que deixa em ambos a mesma marca, e sobretudo que o mundo e o cronista têm a mesma importância, o que é especialmente agradável. (Para o cronista. Para o mundo, é relativamente desprestigiante.) Por isso, sempre que posso invento um facto biográfico que se relacione com os principais acontecimentos da semana. Desta vez, não precisei de fazê-lo. As freiras ensinaram-me mesmo a música político-religiosa Os muros vão cair, que falava de muros metafóricos em geral para falar do muro de Berlim em particular.
A esta distância, constato que as vicentinas tinham duplamente razão: dez anos depois, o muro de Berlim caiu mesmo, e 20 anos depois da queda as metáforas sobre muros continuam pujantes. Quando, na passada segunda-feira, se comemorou o aniversário da queda do muro, ficou claro que as metáforas com muros estão para o muro de Berlim como a pergunta "Queria, já não quer?" está para os clientes dos cafés que, por educação, fazem o pedido no pretérito imperfeito. A queda do muro é uma efeméride que, ano após ano, ouve sempre as mesmas piadas. Todos, mas mesmo todos os comentadores lembraram outros muros que, à semelhança do de Berlim, devemos derrubar. O muro da intolerância, o muro da injustiça ou o muro da desigualdade social foram alguns dos muros mais citados. E todos, mas mesmo todos, apontaram a seguir as pontes que devem ser construídas nas ruínas dos muros. A ponte da esperança e a ponte do entendimento entre os povos foram as duas infra-estruturas metafóricas mais referidas. Se juntarmos a estes muros e pontes as auto-estradas da informação, percebemos que as metáforas sobre obras-públicas são, sem dúvida nenhuma, as mais populares do espaço público português. Somos um povo de construtores civis da metáfora, de patos-bravos da figura de estilo - o que não tem mal nenhum. Estou só a observar um fenómeno sem o julgar. Por favor, não me enfiem no túnel da incompreensão.
Ricardo Araújo Pereira, Visão, 12.11.2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Estão preocupados com quê? Vamos directos do cu da Europa para o topo do mundo. Depois venham pedir-nos batatinhas...

Temos mais reservas de petróleo e gás natural na pátria do que a Dinamarca. Palavra de Joe Berardo, à frente do projecto, com os partners canadianos. Ainda vamos ser o país mais rico do mundo, way ahead of Noruega! E dizem que sexta-feira 13 dá azar. Toca mas é a esbanjar por conta, como é próprio da nossa natureza, desde há gerações e gerações. Talvez só D. Afonso Henriques fosse verdadeiramente sovina. Com ressalva de AR. É a terceira oportunidade, a nova janela, depois de termos levado com a porta nos últimos anos. Depois das especiarias, do ouro e café do Brasil, o crude e afins aqui mesmo, em pleno Séc. XXI. E foi preciso mais um "maderense" dado a aventura, que nem sequer sabe falar português, para trazer a riqueza ao rectângulo, estimular a sua auto-estima. Acima a Madeira! Acima os Madeirenses e o treinador do Marítimo, aquele pão holandês.

The Jonas Brothers. La locura en Madrid ayer

ISTO É COLTURA!

5 em cada 6 benfiquistas pensa que Jorge Jesus derrotou Adolf Hitler na Segunda Guerra Mundial

Segundo um inquérito realizado na Inglaterra, 1 em cada 6 jovens do país pensa que Adolf Hitler foi um treinador de futebol.
Já em Portugal, segundo um inquérito IP/Univesidade Católica/Colégio Islâmico de Palmela, 5 em cada 6 portugueses está convencido que foi Jorge Jesus que ganhou, “por goleada”, a batalha de Estalinegrado e que organizou o desembarque vitorioso do Dia D, mostrando cinco dedos a Adolf Hitler, não para lhe lembrar, com prepotência, quantas vitórias tinha já conseguido na II Guerra Mundial, mas apenas para indicar a cinco soldados onde se deviam posicionar nas praias da Normandia. Ainda segundo o inquérito, 5 em cada 6 portugueses considera que Oliveira Salazar é treinador do Sporting e caiu da cadeira na semana passada.

Vítor Elias (OInimigo Público, 09.13.11)

A propósito da guerra no STJ e do aldrabão do Sócgates, agora com a face oculta,

acabo de ouvir Rogério Alves, apresentado, segundo a pivot do Notícias24 da RTPN, como "o ex-Bastonário da Ordem dos Bastonários". Ora, cá está uma Ordem que eu não conhecia. Terá carácter religioso? Paramentam-se, já é um indício. Será transversal? Uma Federação de todas as Ordens dos Bastonários? E quando é que esta gente aprende que once Bastonário, always Bastonário?

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Kiss & Go - Portuguese novelty in traffic signs: love, love, love

Fotografia tirada hoje, no Porto, à Rua da Vilarinha, com telemóvel de terceira
A DGV estimula o amor ao próximo

O Belo e o Bruto

André Villas Boas, um treinador muito atraente e competente, que admiro em especial, junto com o director de futebol Ricardo Sá Pinto, a varrer o balneário à pancada, são a receita de sucesso para o Sporting Clube de Portugal. Espero que se concretize a contratação da dupla. O bruto já lá está. Falta o belo. Todos unidos contra os lampiões.

Quotes and Quotations

“"Porque se duas pessoas do mesmo sexo se podem casar não há razão para proibir o casamento a termo certo (5, 10, 20 anos) ou o casamento poligâmico (um homem e três mulheres, uma mulher e dois homens)".
Maria José Nogueira Pinto, "Diário de Notícias", 12-11-2009

Diálogos

-Levas-me à escola?
-Não posso, estou sob o efeito de drogas.
-Não te custa nada. Tenho ensaio na peça e sou o mafioso principal, il padrino.
-Mafioso já és, não precisas de representar. E custa-me a carta, se a polícia me mandar soprar no balão.
-Mas aquilo só acusa álcool.
- E drogas, embora lícitas...Ok, eu vou, mas se nos espetarmos contra um muro, não te queixes, acabei de tomar um comprimido para dormir, está tudo muito lento, até o raciocínio. Para a próxima pede com tempo.
...
-Quando fui para a escola todos queriam estar perto de mim. Tipo herói. Tive que enxotar os tipos e afastar as meninas.
-Porquê?
-Queriam apanhar a gripe A. Pensavam que eu ainda estava contagioso.
-Mas isso é estúpido. Porquê?
-Porque não querem ser vacinados.
-Ainda mais estúpido, se não querem vacina que fiquem à espera da gripe.
...
-Sinto que me andam a roubar gasolina. Não pode ser. Meto gasolina, quase não ando com o carro e já está outra vez no amarelo. Só temos gasolina para um quilómetro.
-Mete gasolina.
-Não me apetece. Já anda no amarelo há três dias. E neste momento não tenho reflexos suficientes para a tarefa. Só queria dormir.
-Preguiçosa.
-Mete tu.
-Nem penses. Além de que já te expliquei que não te podem tirar gasolina porque nesse caso o alarme tocava. Mas tu insistes. És ignorante e insistes. És do pior tipo de ignorante: o ignorante que é burro.
-Podes ir a pé a partir daqui.
-Não me parece. Tu sabes quando tenho razão.
-Mas se eu sou ignorante e burra...
- Mas tens sexto sentido. Desculpa lá se me excedi, é que não me apetece mesmo ir a pé.

Água Benta electrónica


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Contradições em dia de São Martinho



Em dia de S. Martinho não blogo,

Empanturro-me com castanhas
E apanho uma carraspana,


acompanhada por Dionísio e
um divinal vinho. Hic!

Acho que já queimei o vestido etéreo a saltar a fogueira.
Mesmo aqui no Olimpo.

Acudam! Aí, esse bombeiro que parecem dois
Brad Pitts ou coisa que o valha. Ou serão dois Apolos?

E aquele tipo peludo, com cara de frete, que acabou de queimar as truces? Será Epitemeu Funes?



Mofina, porque no juegas

Farmville comigo? Necessito vecinos para tener free gifts. Blimunda e Privada no juegan. Estoy muy necessitada, mujer! Mi finca es mi finca, tu finca es nuestra finca. Te sembra bien la filosofia socialista que me alumbra?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Quotes and Quotations

“no norte é tudo mais rápido”: “Entre os visigodos, os pais e as mães puxavam as orelhas aos filhos e resolviam tudo na hora. Com os mouros é diferente. É tudo mais lento, as coisas vão ardendo em lume brando.”
(José Eduardo Bettencourt, Presidente do SCP,08/11/2009)

ATÉ AMANHÃ DEMÓNIOS!


Quem é que se chama Chocolate Contradanças?

Armando Vara, não é grande coisa; José e Paulo Penedos, pior; Namércio Cunha, já mais do que mau; mas Chocolate Contradanças ultrapassa tudo. Com nomes destes, estavam à espera de quê? Cidadãos que foram gozados desde o nascimento, só podiam cair no mundo do gamanço. Qualquer psicanalista explica a coisa: recalcamentos da infância e adolescência e tal. Imaginem as piadas de que estes desgraçados foram objecto por causa do nome e/ou apelido. Os arguidos, nestas hipóteses, deveriam ser os pais e os padrinhos.

Copa del Rey: Alcorcón de mi corazón!

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Real Madrid, una verguenza, eliminado por Alcorcón: 4-1 ( 4-0; 0-1)

Talvez o anúncio mais estúpido a que assisti nos últimos meses; devia levar com os ovos na fuça, à dúzia, baratinhos